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Artigos

Daniel Sampaio
Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos
Foto: Divulgação

Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos

Ao desempenhar papel decisivo no desenvolvimento e no funcionamento das cidades de maneira sustentável, o setor imobiliário e de construção civil chama a atenção para a discussão entre a verticalização e a horizontalização dos espaços urbanos e a necessidade de uma reflexão sobre o assunto.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

fundacao palmares

Viola Davis já está na Bahia e posa em foto ao lado do presidente da Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Instagram

A atriz, ativista, produtora, filantropa e escritora Viola Davis já está em solo baiano. Ela participa nesta sexta-feira (3) do Festival Internacional Liberatum Brasil, em Salvador, ao lado do seu esposo, Julius Tennon, da empreendedora criativa Melanie Clark e da atriz brasileira Taís Araújo. 

 

Viola posou em foto ao lado do presidente da Fundação Palmares e ex-presidente do Olodum, João Jorge Rodrigues. 

 

“Com Viola Davis afro americana em Salvador que emoção”, escreveu Rodrigues em publicação no Instagram na noite desta quarta-feira (1º). 

 

 

O evento desta sexta acontecerá no Centro de Convenções da Boca do Rio e a mesa terá como tema “Contos da Afrodiaspórica”. No mesmo dia, Viola Davis e demais convidados do festival participarão de um jantar  em homenagem à cantora maranhense Alcione, no restaurante Amado, e incluirá o desfile de moda artesanal "Bahia Ancestral e Contemporânea" (saiba mais).

Fundação Palmares e prefeitura se reúnem para discutir situação dos quilombolas em Salvador
Fotos: Jefferson Peixoto / Secom-PMS

A situação dos quilombolas na capital baiana foi o mote da reunião ocorrida na quarta-feira (14) entre a titular da Secretaria Municipal da Reparação (Semur), Ivete Sacramento, e o presidente da Fundação Cultural Palmares, João Jorge Rodrigues, na sede da Semur, no Centro. Também estiveram presentes na ocasião os representantes de comunidades quilombolas de Salvador. 

 

A pauta foi solicitada pela pasta municipal, com a finalidade de iniciar um diálogo com a instituição para escutar as principais demandas e solicitações das comunidades existentes da capital. “Esse é o primeiro diálogo de outros que virão, e foi muito positivo. Temos muito a caminhar ainda, mas gradativamente vemos a gestão municipal fortalecer essas políticas públicas efetivas e ações afirmativas”, disse Ivete Sacramento. 

 

Na ocasião, o presidente da Fundação Palmares reafirmou o fortalecimento da instituição com as prefeituras em prol da comunidade brasileira, especialmente as quilombolas e de matrizes africanas de todo o país. “Esse é o primeiro encontro de todo o país. Salvador é o berço de toda nossa negritude e da luta pela resistência. Momentos entos como esse só acontecem com a participação popular, que é de extrema importância para mobilizar e pressionar para que as coisas aconteçam”, disse. 

 

Oriunda da comunidade quilombola Bananeiras, remanescente da Ilha de Maré, Marizélia Lopes, de 52 anos, avaliou de forma positiva a iniciativa. Para ela, a Semur tem o papel fundamental na articulação e fomentação de políticas públicas para quilombolas na cidade. “Esperamos que sejam avançadas ainda mais as garantias de políticas para nosso povo e que a reparação necessária aconteça”. 

 

Representando a comunidade quilombola Alto do Tororó, Maria de Fátima Ferreira, de 64 anos, disse ter grandes expectativas para os próximos passos das ações em prol deste público. “Foi um momento produtivo. Hoje, estamos tendo a oportunidade de conversar sobre nossas causas e acredito que todas as comunidades terão acesso pleno às políticas públicas”. 

 

Atualmente, Salvador possui sete comunidades certificadas como remanescente de quilombo pela Fundação Cultural Palmares. São elas: Alto do Tororó, Bananeiras, Maracanã, Praia Grande, Passa Cavalo, Martelo e Ponta Grossa. Através da Semur, a cidade possui o Programa Salvador Quilombola, que tem como objetivo fortalecer as políticas sociais na cidade, a fim de consolidar marcos da política municipal para as áreas quilombolas. O programa é inspirado no projeto Brasil Quilombola, do Governo Federal. 

Presidente do Olodum, João Jorge assume comando da Fundação Palmares
Foto: Divulgação

O baiano João Jorge Rodrigues foi oficializado como novo presidente da Fundação Cultural Palmares. O ato foi publicado no Diário Oficial da União desta terça-feira (21). João Jorge é militante do negro, advogado, produtor cultural e presidente do bloco afro Olodum.

 

A ministra da Cultura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Margareth Menezes, anunciou João Jorge ainda em 22 de dezembro do ano passado. Na palavras dela, ele teria a função de recuperar a Fundação Palmares, após a polêmica gestão de Sérgio Camargo, durante o governo Bolsonaro.

 

João Jorge tem história em campanhas nacionais e internacionais de defesa e promoção do povo negro brasileiro e de combate ao racismo.

João Jorge quer retomada de Xangô como símbolo da Palmares e cooperação com África, Caribe e EUA
Foto: Lula Bonfim / Bahia Notícias

Desde que foi indicado para a presidência da Fundação Palmares, em janeiro deste ano, João Jorge tem alertado para o estado de abandono deixado pelos gestores anteriores, da administração de Jair Bolsonaro (PL). Em entrevista ao Bahia Notícias durante o carnaval de Salvador, o novo presidente do órgão detalhou como está a sede da instituição, em Brasília, e enumerou o que precisa ser feito para a recuperação dos trabalhos.

 

De acordo com João Jorge, o abandono da Fundação Palmares na gestão de Sérgio Camargo não se deu apenas com o encerramento de projetos de apoio à população negra do Brasil, mas também com o descuido com as instalações da instituição, sediada na capital federal.

 

“A Fundação Palmares está no chão, na lama. Está funcionando na Asa Norte em Brasília em um ambiente muito ruim, sem ar condicionado, sem lugar para estacionamento, com as paredes caindo e sem projetos. Agora, nós estamos retomando os projetos”, afirmou João Jorge.

 

Ex-presidente do bloco afro Olodum, João Jorge também afirmou que a fundação retomará o orixá Xangô, oriundo das tradições religiosas iorubás, como o seu principal símbolo, algo que havia sido desconstruído pela gestão anterior.

 

Além disso, a Palmares deverá voltar a dar atenção à memória do povo negro e da escravidão no Brasil, retomando os cuidados com o Cais do Valongo, no Rio de Janeiro, e com o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, no interior de Alagoas.

 

“Há muita coisa para fazer. Vamos estabelecer editais com mais recursos para aqueles artistas brasileiros que não têm acesso, para o indivíduo que não é bloco afro, não é escola de samba ou terreiro. Vamos montar uma cooperação internacional forte com África, com Caribe, com Estados Unidos, via apoio do Itamaraty”, contou João Jorge, relembrando que todo o continente americano recebeu muitos povos africanos durante o período de colonização e exploração do trabalho escravo.

 

Advogado de formação, João Jorge também demonstrou preocupação com a mudança da educação no país. Segundo ele, o Brasil precisa aplicar de fato o ensino da História da África e dos Afro-Brasileiros, abandonando de vez o eurocentrismo que ainda domina a produção de conhecimento nos ambientes acadêmicos.

 

João Jorge relembrou ainda o projeto A Cor da Cultura, que tinha o apoio da Petrobras e da Fundação Roberto Marinho, mas foi paralisado durante as gestões bolsonaristas. Segundo ele, o programa - que tem o objetivo de valorizar a cultura afro-brasileira através da educação - deve ser reativado pela Palmares durante o governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

 

“Tem uma coisa bem simples que se precisa fazer: fazer com que cumpra-se a lei no país inteiro. Municípios, estados e governo federal. Outra coisa: precisamos juntar a TV Brasil, a TVE, a Fundação Roberto Marinho, todos os sistemas de audiovisual do país, para a gente projetar esse modelo de educação. E terceiro, produzir um conteúdo que seja fácil de explicar o que é a educação da História da África e dos Afro-Brasileiros. Isso era uma responsabilidade da Fundação Palmares e não foi feito. Estava abandonada”, criticou.

 

“As universidades brasileiras precisam tratar de conhecimento. Conhecimento é universal. Se você ficar apenas no que Estados Unidos faz e Europa faz, não é universidade”, complementou o futuro presidente da Palmares.

 

Por fim, João Jorge enumerou os caminhos prioritários do seu trabalho de recuperação da Fundação Palmares.

 

“Primeiro, organizando a gestão das várias entidades afro-brasileiras, mostrando como captar recursos, prestar contas e estar habilitada para os vários editais pelo país inteiro. Segundo, ajudando a mudar as políticas públicas de cultura que tem em cada estado, em cada município e também no Ministério da Cultura. E terceiro, gerando um ambiente de oferta maior de recursos para os afro-brasileiros produzirem cultura. Se pudermos estimular um ambiente sadio e amplo, nós começaremos a mudar isso”, finalizou.

Prestes a "deixar" Olodum, João Jorge quer reconstruir Fundação Palmares: "Ideal é R$ 250 milhões, nós temos R$ 24 milhões".
Foto: Waltemy Brandão / Bahia Notícias

Com a posse como presidente da Fundação Palmares prevista pra março, João Jorge se prepara para deixar as funções administrativas do Olodum. A despedida do Carnaval, por exemplo, acontecerá nesta terça-feira (21). Mas os planos para reconstruir a instituição federal já estão a todo vapor.


A ideia, segundo ele, é "iluminar a Fundação Palmares e fazer coisas criativas e novas", buscando parcerias com empresas, estatais e privadas, nacionais e internacionais, para financiar a cultura afrobrasileira. Para João Jorge, que esteve nesta segunda-feira (20) no Camarote Brahma, apesar da Fundação ter um orçamento maior este ano, ainda não é o suficiente: "O ideal é R$ 250 milhões, nós temos R$ 24 milhões".

 

A situação se complica por causa do desmonte sofrido durante a gestão do presidente Jair Bolsonaro, que avaliava como exagero muitas pautas defendidas no órgão. "Na Fundação Palmares, a situação é pior. Porque a instituição que todo governo anterior atacou diariamente. Foi uma tentativa de sepultar uma experiência prazerosa dos afrobrasileiros. Então agora Margareth, eu, Zulu [Araújo] e outros vamos ter que reconstruir o sistema", avaliou o futuro presidente.

 

"A Palmares é importante porque é uma instituição criada em 1988 para cuidar de quilombos, terreiros de candomblé, patrimônio afro-religioso, e também ter uma noção de civilização. Nós precisamos ser civilizados. O que a gestão anterior fez: apagar nomes de personalidades como Gil, Leci Brandão, Milton Nascimento; trocar o símbolo da Fundação... Não fez nenhum projeto interessante. Ou seja: foram quatro anos perdidos", reforçou.

 

O presidente do Olodum falou ainda sobre a discussão da dificuldade de financiamento dos blocos afro na Bahia. "A queixa tem recorrência histórica e apenas algumas empresas ajudaram no Carnaval. Então fica o ônus pra prefeitura e pro governo do Estado muito duro. Fora o Olodum, o Ilê e o Gandhy, a maioria dos blocos afro não teve patrocínio. E eles são parte desse sistema. Aliás, a parte mais interessante desse sistema. É preciso corrigir isso, que é uma distorção do Carnaval de Salvador, do Rio, de Belo Horizonte...".

Plateia protesta durante entrega do Prêmio Mérito pela Igualdade Racial, a Carlos Moura
Foto: Divulgação

A solenidade de entrega do Prêmio do Mérito pela Igualdade Racial a Carlos Moura, que aconteceu na segunda-feira (8), no Teatro Castro Alves, foi marcada por um protesto da plateia contra o atual presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo.

 

Durante as falas de Carlos, fundador e primeiro presidente da Fundação Cultural Palmares, e da secretária de Promoção da Igualdade Racial, Fabya Reis, o público reagiu com gritos em coro de “fora Bolsonaro”, após criticarem as ações do atual Governo.

 

Fabya se pronunciou a respeito do crescimento da intolerância, inclusive racial, estimulado por ações do presidente Jair Bolsonaro. Destacou também o aumento do desemprego e da pobreza, além do negacionismo que, segundo afirmou, foi responsável pela maioria das mais de 600 mil mortes, na pandemia do Covid-19.

 

Abrindo as comemorações do Novembro Negro, da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial do Governo do Estado (Sepromi), Carlos Moura também teve destacada a atuação na defesa da igualdade racial como diretor do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (Cnir) e como secretário executivo da Comissão Brasileira de Justiça e Paz.

 

A concepção do prêmio do Mérito pela Igualdade Racial é da WCMS Produções, em parceria com a Sepromi, destinado a homenagear anualmente personalidades e instituições que tenham se destacado na promoção da igualdade racial.

Tabata Amaral vai processar Sergio Camargo por postagem falsa nas redes sociais
Foto: Agência Câmara/Reprodução/Twitter

A deputada federal Tabata Amaral pretende processar o presidente da Fundação Palmares, Sergio Camargo, após compartilhar uma imagem no Twitter com um falso diálogo entre a deputada e o presidente Jair Bolsonaro.

 

Segundo O Globo, Camargo compartilhou um diálogo em que Tabata teria escrito “Me deixa menstruar, Bolsonaro” e recebido do presidente a resposta: “E quando foi que eu proibi?”.

 

A deputada é uma das autoras do projeto que institui a distribuição gratuita de absorventes para mulheres brasileiras de baixa renda, vetado por Bolsonaro na semana passada.

No comando de comissão, Alice Portugal diz que Frias é 'indutor de desmonte' da Cultura
Foto: Reprodução / Facebook

Autodeclarada como veterana na vida pública, a deputada federal baiana Alice Portugal (PCdoB-BA) assumiu pela segunda vez, no início deste ano, a presidência da Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados. Em conversa com o Bahia Notícias, a parlamentar comentou os problemas pelos quais o setor artístico tem passado e criticou o governo federal, que segundo ela nada fez pela cultura durante a pandemia e elegeu a área como “sua inimiga número um”. 

 

“O governo sustenta-se numa guerra cultural, ideológica, tenta imprimir valores ultraconservadores ao nosso Brasil multicultural e entende que a cultura é nefasta, entende que a cultura tem que ser punida, que as leis de incentivo precisam ser inclusive canceladas. Então, se não fosse a ação suprapartidária do Congresso Nacional, nós estaríamos numa situação de terra arrasada, coisa que não está longe de ser atingida por causa do baixo valor de verbas que são destinadas à cultura em nosso país”, declarou Alice.

 

Durante o bate-papo com o BN, a deputada falou também do legado da Lei Aldir Blanc, construída por várias mãos e aprovada “em função da ampla aliança que nós conseguimos firmar com os diversos setores da Câmara”. Segundo a parlamentar baiana, além de socorrer os fazedores de cultura, a lei emergencial resultou em um “saldo organizativo maravilhoso”, com a criação de secretarias e departamentos de cultura em diversos municípios brasileiros, “onde nunca se imaginou ter”.

 

Alice Portugal comentou ainda a dificuldade para aprovar a Lei Aldir Blanc e a oposição do governo, sobretudo do titular da Secretaria Especial da Cultura, Mario Frias, para que as leis Aldir Blanc 2 e Paulo Gustavo avancem. “Olha, o secretário de cultura é um inimigo da cultura. Ele, infelizmente, trabalha armado, assedia moralmente servidores. Ele abomina qualquer financiamento à cultura, ele defende que a arte se auto financie e desconhece que o Brasil é um país onde não foi construído o que se chama no meio, um mecenato, ou seja, as elites nunca financiaram as artes”, disparou a presidente da Comissão de Cultura da Câmara. 

 

Alice atribui ao secretário papel importante e negativo no direcionamento da cultura no país, além de criticar a queda no orçamento para o setor e a paralisação das políticas públicas. “Seu Mario Frias é o indutor desse desmonte, é o coordenador dessa desativação do setor cultural do Brasil. É algo que realmente nós vamos ter que analisar inclusive as responsabilidades públicas desse tipo de ação, como a questão da Fundação Cultural Palmares, que numa diligência encontramos o patrimônio completamente desorganizado e dilapidado”, afirmou a deputada, segundo a qual a “estagnação institucional” da Secult se dá de forma “deliberada”, para construir “o novo padrão cultural do Brasil”.


Na entrevista, Alice Portugal comentou ainda casos emblemáticos como o incêndio da Cinemateca Brasileira (relembre), a censura do Festival de Jazz do Capão (saiba mais aqui e aqui) e os problemas na Fundação Cultural Palmares, cujo presidente retirou nomes de personalidades negras homenageadas, tentou se desfazer de parte do acervo da fundação e, recentemente, acabou afastado da gestão de pessoas pela Justiça, após denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição (clique aqui). “Estamos vivendo na Fundação Palmares uma tentativa de apagamento da historicidade do negro no Brasil. É muito grave, é um crime o que está acontecendo na Fundação Cultural Palmares”, avalia a parlamentar, que narrou ainda cenas “vertiginosas” vistas por ela durante diligência realizada nas instalações da Palmares.

 

Diante dos mais variados problemas identificados na condução das políticas culturais no Brasil, a deputada baiana falou da atuação da Comissão de Cultura da Câmara, que segundo ela acabou fazendo o papel de um “Ministério Público da Cultura” nos últimos tempos, por ter que desempenhar tarefas de fiscalizar, investiga, atuar no judiciário e legislar para proteger o setor. “Olha, sou veterana em vários comandos políticos e nunca participei em um que fosse tão plural, pela necessidade e pela dimensão do ataque que a cultura tem sofrido”, afirmou. Leia a entrevista completa na coluna Cultura.

Camargo tenta mostrar erudição, exalta Beethoven mas derrapa na ortografia: 'Chícara'
Foto: Reprodução / Facebook

Na tentativa de mostrar seus gostos refinados e erudição, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez uma publicação no Twitter exaltando a obra do compositor alemão Ludwig van Beethoven, mas deu uma escorregada na ortografia. 

 

“Depois de chícaras de café, ouvir o primeiro movimento do Concerto No. 5, intitulado ‘Imperador’, de Beethoven, é o maior estimulante que conheço para enfrentar um dia difícil. Sou meio estranho, né? Mas quem não é?”, escreveu o gestor, errando na palavra xícara, cuja grafia correta é com a letra “x” e não com “ch”.

 

 

O vacilo de Camargo não passou batido, e a mensagem ganhou vários comentários irônicos e burlescos. “Acho que você escorregou em Paulo Freire e digitou ‘chicaras’”, disse uma mulher, citando o educador brasileiro responsável por desenvolver um método de alfabetização para jovens e adultos, que é muito criticado pela direita bolsonarista, inclusive o próprio presidente da Palmares.

 

"A Fundação Palmares vai instituir o dia 22 de Setembro como o ‘Dia da Nacional da Chícara’? Acredito que seria uma importante data, sem contar um grande feito na sua carreira como secretário, para entrar na história, mesmo”, escreveu um seguidor, em tom de gozação. 

 

“Sérjao foi profundo no português ‘Chicaras de Café’, escutando Beethoven. Coitado do beethoven, deve está contorcendo no caixão… Sérgio acredito eu que vc está mais pra: Tati quebra Barraco e Nego do Borel”, disse outro.

Justiça dá 5 dias para presidente da Palmares se manifestar sobre denúncias de assédio
Foto: Reprodução / Facebook

Após o Ministério Público do Trabalho (MPT) pedir o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares em virtude de denúncias de assédio moral, perseguição ideológica e discriminação contra funcionários da instituição (relembre), a Justiça deu cinco dias para que ele se manifeste. 

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a decisão é do  juiz do trabalho Gustavo Carvalho Chehab, da 21ª Vara do Trabalho de Brasília, que também requereu explicações do MPT e da própria fundação.

 

"Decorrido o prazo de 5 (cinco) dias concedido às partes, retornem-me os autos à conclusão para exame da tutela antecipada e eventuais questões trazidas pelas partes", determinou o juiz.

 

Segundo a publicação, em depoimentos colhidos pelo MPT na instituição apontam que Camargo tem promovido uma “caça a esquerdistas” nas instituição, tendo como objetivo demiti-los ou impedir que seus contratos de trabalho sejam renovados.

 

Ao todo, o MPT ouviu 16 profissionais que trabalharam ou trabalham na fundação. As denúncias, que começaram a ser apuradas no início de março, motivaram a promotoria a pedir que a Justiça do Trabalho afaste Sérgio Camargo da presidência do órgão imediatamente, além de requerer uma indenização de R$ 200 mil por dano moral coletivo.

 

Diante do ocorrido, a Associação de Servidores do Ministério da Cultura divulgou um comunicado no qual diz repudiar “os atos de abusos e assédios” praticados pelo presidente da Fundação Palmares.

Deputadas pedem diligência na Palmares para avaliar preservação de acervo histórico
Comissão critica atuação de Camargo na Palmares | Foto: Reprodução / Twitter

As deputadas petistas Benedita da Silva e Erika Kokay apresentaram à Comissão de Cultura da Câmara, nesta terça-feira (8), um pedido de diligência “a fim de averiguar as condições estruturais da nova sede, bem como as de preservação e conservação integral de todo acervo histórico" da Fundação Palmares. 

 

De acordo com informações da coluna de Lauro Jardim, em O Globo, a preocupação se dá com a mudança da instituição para o antigo prédio da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), em Brasília. O local, segundo as parlamentares, tem "infiltrações e avarias as mais diversas".

 

As deputadas apontam ainda que "todo o acervo documental museológico, documental e arquivístico está encaixotado - correndo grave risco de deterioração pela forma criminosa com que é tratado pela direção do órgão".

 

Após o presidente da Palmares, Sérgio Camargo, se recusar a participar de audiência pública sobre a crise institucional da fundação, na segunda-feira (7), Benedita, que é presidente da Comissão, fez duras críticas à atuação dele à frente da Palmares. 

 

"Não me sento à mesa para dialogar com pretos racistas. Benedita da Silva me chama de capitão do mato a mando do Bolsonaro. Vá procurar sua turma. Não existe crise institucional na Palmares", postou Camargo, sobre a ausência.

 

Segundo a Folha de S. Paulo, Benedita, por sua vez, afirmou que "estamos vivendo uma trágica alteração do papel das instituições públicas e também do papel dos gestores". "Estamos pedindo que o senhor Sérgio Camargo não destrua aquilo que ele nunca deu uma contribuição para que existisse", pontuou a deputada, citando os “inúmeros agravos e denúncias em relação à Fundação Cultural Palmares —da saída de diretores, perda de estrutura e da paralisia em políticas públicas da valorização, da promoção e fomento da cultura afro-brasileira”.

 

Na ocasião, Benedita iformou ao O Globo que apresentaria um requerimento para convocar o ministro do Turismo, Gilson Machado, para dar explicações sobre a condução do trabalho de Camargo. Isto porque a fundação é subordinada ao ministério, e o gestor não pode ser convocado.

 

Na mais recente polêmica de Camargo, que já classificou o movimento negro como “escória maldita”, ele prometeu excluir obras sobre o escritor e guerrilheiro comunista baiano Carlos Marighella (1911-1969) e do revolucionário marxista Che Guevara do acervo da instituição (saiba mais).

Fundação Palmares excluirá obras sobre Marighella e Che Guevara de seu acervo
Fotos: Divulgação

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, anunciou que todas as obras sobre o político, escritor e guerrilheiro comunista baiano Carlos Marighella (1911-1969) serão excluídos do acervo da instituição.

 

“Além do imprestável Marighella, livros que promovem pedofilia, sexo grupal, pornografia juvenil, sodomia e necrofilia também estão com os dias contados na Palmares. Serão EXCLUÍDOS do acervo!”, anunciou Camargo, insinuando que o órgão tenha abrigado materiais desta natureza em outras gestões. 

 

Segundo Camargo, serão excluídos ainda materiais a respeito do revolucionário marxista Che Guevara, classificado por ele como “racista”, além de “inúmeros livros comunistas que contrariam a missão institucional da Fundação Palmares”.

 

O presidente da instituição disse que a revisão do acervo tem sido realizada por Marco Frenette, coordenador geral do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra da Palmares, (CNIRC), e informou que o resultado da análise de mais de 200 caixas de livros e documentos será exposto em um relatório público.

Fundação Palmares nomeia diretor branco que comparou ativismo negro a vitimismo
Foto: Reprodução / Facebook

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, nomeou, nesta segunda-feira (19), como diretor de Fomento e Promoção da Cultura Afrobrasileira da instituição, o crítico de cinema Marcos Petrucelli, homem branco que comparou a luta antirascista a vitimismo. 

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na Época, o novo quadro da Palmares é apoiador explícito de pautas do governo Bolsonaro e se opõe a pautas do movimento negro, assim como Camargo. "Recado importante que serve para todos os BRANCOS que de repente assumiram a CULPA BRANCA. Não sejam estúpidos, parem de humilhar a si mesmos e deixem a hipocrisia de lado. Há negros bem inteligentes por aí que não aceitam desculpas carregadas apenas de demagogia", comentou Petrucelli, nas redes sociais.

 

Ainda segundo a publicação, o novo diretor da Fundação Palmares - instituição voltada para a valorização da cultura afro-brasileira -  afirmou, afirmou que o diretor Spike Lee, conhecido por filmes críticos ao racismo, se vitimiza.  "A fama, combinada sobretudo ao fato de ser negro, fez do cineasta Spike Lee o suprassumo do poderoso vitimista. Acha que tudo pode — inclusive não cumprir regras — e, diante de uma óbvia negativa, apela para a velha narrativa de se estar sendo molestado", escreveu em março do ano passado.

 

Em outra ocasião, Marcos Petrucell negou que exista violência contra os negros e insinuou que eles não são agredidos sem motivo. “Você já viu alguma vez na vida algum cidadão — não estou falando de policiais, não —, um cidadão normal, sair às ruas violentando e agredindo cidadãos negros sem motivo aparente? Pois alguns fazem isso com judeus, só porque são judeus. Entenda isso se quiser discutir o racismo!”, comparou.

 

Além disso, segundo a coluna, ele também criticou um programa de treinamento da Folha de S. Paulo, que com o objetivo de promover a diverstidade, era voltado apenas para negros. "Treinamento em jornalismo... só para negros. A Folha diz que é para reduzir a distância entre o perfil da redação, mais branca, e o da população de maioria negra. Não, caros afro-negões. Isso é preconceito declarado de que vocês valem menos e precisam de treinamento especial", declarou.

Ex-assessor de titular da Secult que caiu por apologia ao nazismo terá cargo na Palmares
Camargo com Frenette e a filha em 2020 | Foto: Reprodução / Twitter

Um ex-assessor de Roberto Alvim, que perdeu o comando da Secretaria Especial da Cultura após fazer um pronunciamento com estética e discurso nazista (relembre o caso aqui e aqui), ganhará um cargo na Fundação Palmares.

 

O presidente da instituição, Sérgio Camargo, anunciou que irá nomear o conservador Marco Frenette para assumir o posto de coordenador-chefe do Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra.

 

 

A nomeação vem em meio a turbulências na Palmares, já que recentemente três gestores entregaram seus cargos (clique aqui) e nesta segunda-feira (15), a assessora de comunicação Raquel Brugnera também pediu exoneração (clique aqui). Além disso, atualmente Camargo é investigado por assédio moral contra funcionários da instituição (saiba mais).

Justiça manda Palmares devolver Marina, Benedita e Madame Satã à lista de homenageados
Foto: Reprodução / Época

A Justiça Federal determinou que a Fundação Cultural Palmares devolva os nomes de Marina Silva, Benetida da Silva e Madame Satã para a lista de personalidades negras homenageadas pelo órgão. 

 

De acordo com a coluna de Guilherme Amado no site da revista Época, a decisão foi assinada nesta terça-feira pelo juiz federal do Distrito Federal Diego Câmara, que atendeu a um pedido do advogado Marivaldo Pereira e da advogada Ana Paula Freitas, da Rede Liberdade.

 

Os nomes dos homenageados foram retirados da lista em setembro e outurbro do ano passado (veja aqui). A instituição, chefiada pelo jornalista Sérgio Camargo, não explicou para a Justiça quais foram as justificativas para a exclusão das personalidades e nem apresentou o processo administrativo que embasou a decisão.

MPT investiga presidente da Fundação Palmares por assédio moral contra funcionários
Foto: Reprodução / Facebook

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, é investigado pelo Ministério Público do Trabalho do Distrito Federal (MPT-DF) por suposto assédio moral contra funcionários da instituição. Segundo informações do Estadão, o inquérito está em fase de colheita de depoimentos e dezenas de pessoas devem testemunhar nos próximos meses.

 

Ainda segundo a publicação, a investigação começou em julho de 2020, após o MPT-DF receber uma denúncia relatando a prática de “perseguição ideológica a trabalhadores da Fundação que tenham opiniões e posições políticas e ideológicas distintas das suas”, por parte de Camargo.

 

A denúncia apontava que áudios de uma reunião entre o presidente da Fundação Palmares e servidores, realizada em abril do ano passado, confirmariam o “processo de perseguição ideológica”. No encontro em questão, Sérgio Camargo classificou o movimento negro domo “escória maldita” e afirmou que demitiria diretores cuja “meta” não tivessem como meta a demissão de um “esquerdista” (clique aqui e saiba mais sobre os áudios).

 

De acordo com o jornal, o MPT-DF notificou Camargo e a própria Fundação Palmares para que se manifestem sobre as acusações. À instituição, a procuradoria pediu uma relação dos funcionários lotados em Brasília e os contatos, além de lista de servidores que se desligaram em 2020.

 

Como a fundação não respondeu às notificações, a procuradoria entrou com ação de produção antecipada de provas para obter as informações que buscava no inquérito. Segundo o Estadão, o pedido foi apresentado à 20ª Vara do Trabalho de Brasília, em dezembro do ano passado.

 

À Justiça do Trabalho, o MPT sustentou que os fatos denunciados “são graves” e violam diferentes artigos da Constituição, a exemplo do princípio da dignidade humana (Art. 1º, III), a inviolabilidade da intimidade e honra (Art. 5º, inciso X) e direitos trabalhistas relativos à segurança, higiene e saúde dos trabalhadores o (Art. 7º, inciso XXII). Diante disso, a procuradoria argumentou sobre a necessidade da atuação do MPT.

 

“Para a devida apuração das irregularidades noticiadas, mister se faz a apresentação de dados para oitiva de funcionários da Fundação, tanto atuais quanto outros que já se desligaram da Instituição, bem como a apresentação de dados para contato com o representante da Fundação”, argumentou o MPT-DF.

 

A Procuradoria do Trabalho informou que a Fundação Palmares prestou informações nos autos da ação e no dia 1º de março a Justiça do Trabalho expediu despacho para que a instituição atenda a um último pedido do MPT que não tinha respondido: a indicação de uma pessoa autorizada para receber as  notificações da Procuradoria na forma eletrônica.

 

Acionada pelo jornal, a Fundação Palmares decidiu não se manifestar. 

Após debandada de gestores, assessora de comunicação da Palmares anuncia saída
Raquel à direita, com Camargo na esquerda | Foto: Reprodução / Redes Sociais

Após uma leva de gestores deixarem a Fundação Palmares, por insatisfação com o presidente da instituição, Sérgio Camargo, a assessora de comunicação do órgão anunciou que pediu demissão nesta segunda-feira (15).

 

“Amigos, devo explicações só para vocês, então saibam direto da fonte: acabei de entregar meu cargo na Fundação Palmares”, informou Raquel Bruguera, por meio de sua conta no Facebook. “Focada em novos projetos e com aquela sensação de missão cumprida”, acrescentou a assessora, que aproveitou a ocasião para agradecer aos colegas e a Camargo pela “oportunidade” de trabalhar pela segunda vez no governo Bolsonaro. 

 

“Se for nomeada 3 vezes, pede música no Fantástico?”, brincou Raquel, que segundo informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, integrou a gestão de Roberto Alvim na Secretaria Especial da Cultura, como chefe da pasta de Economia Criativa, tendo sido exonerada na véspera da posse de Regina Duarte.

 

Ao final do anúncio da demissão da Palmares, a assessora atacou a imprensa e afirmou que a saída se deu sem conflitos, diferente dos demais gestores, que foram chamados por Camargo de “traíras” e comparados ao ex-ministro Sérgio Moro ao deixarem a Fundação Palmares (saiba mais). “Ps: mídia esquerdista, não arreganhe os dentes! Não há sangue! Vão dormir com fome”, concluiu Raquel Bruguera.

Camargo chama gestores que deixaram a Palmares de 'traíras' e os compara a Moro
Foto: Divulgação / Fundação Palmares

Após três gestores da Fundação Palmares entregarem seus cargos na última semana por insatisfação com o presidente do órgão, Sérgio Camargo, (clique aqui e saiba mais) ele os classificou de “traíras” e os comparou com o ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, que deixou o governo Bolsonaro fazendo uma série de acusações contra o presidente. 

 

“Há uma direita perniciosa, mesquinha e vil. É a direita traíra. Alguns de seus expoentes eram gestores na Fundação Palmares - disfarçados de aliados, crias do Sérgio Moro, o biografado. Foram exonerados! Um verdadeiro livramento para a instituição!”, escreveu Camargo em sua conta no Twitter. "Traíras da 'direita' - mais perniciosos do que a esquerda", acrescentou.

Insatisfeito com trabalho de Sérgio Camargo, diretor da Palmares pede demissão
Relação com Sérgio Camargo gerou saída de diretor | Foto: Reprodução / Facebook

Descontente com o trabalho do bolsonarista Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, um diretor da instituição entregou o cargo. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, após Ebnézer Nogueira deixar o cargo de diretor de Fomento da Cultura Afro-Brasileira da Palmares, outros diretores estudam também desembarcar.

 

Controverso, Sérgio Camargo coleciona desafetos e chegou a ter a indicação à presidência da Palmares afastada pela Justiça (saiba mais). Reconduzido (clique aqui), ele fez uma série de mudanças e chegou a retirar nomes como Benedita da Silva, Conceição Evaristo, Elza Soares, Gilberto Gil, Leci Brandão, Marina Silva, Milton Nascimento, Martinho da Vila, Vovô do Ilê e Zezé Motta da lista de Personalidades Negras homenageadas pela instituição (clique aqui). 

 

Em outro episódio, ele chamou o movimento negro de  “escória maldita”, que abriga “vagabundos”, e chamou Zumbi dos Palmares de “filho da puta que escravizava pretos” (relembre). 

Fabya Reis critica exclusão de Luiza Bairros de lista da Palmares: 'está no viés da politicagem'
Foto: Bahia Notícias / Priscila Melo

A atual titular da Secretaria de Promoção Da Igualdade da Bahia (Sepromi), Fabya Reis, classificou como “lamentável” a retirada de Luiza Bairros - e ex-secretária da pasta e ex-ministra da Igualdade Racial -, da lista de personalidades negras notáveis da Fundação Cultural Palmares (saiba mais).

 

Segundo o presidente da instituição, Sérgio Camargo, a exclusão se deu por não estar “em conformidade com o critério de importância da contribuição histórica”, alegou que “mera militância partidária não basta” e que “é preciso mérito e relevância”, para receber a homenagem.

 

“Primeiro, gostaria de dizer da perplexidade e lamentar a concepção que tem sido adotada à frente da Fundação Cultural Palmares. A Luiza foi uma das grandes personalidades, mulher da academia, de diálogo profícuo de estruturação dos movimentos sociais e que foi uma das grandes formuladoras das nossas políticas de promoção da igualdade racial. Por ocasião, inclusive, que o Brasil dá um salto e faz um compromisso, ela compôs a comitiva para a Conferência de Durban [Terceira Conferência Mundial contra o Racismo, a Discriminação Racial], que o Brasil foi signatário, e depois foi dada a consequência prática com a criação do Ministério da Igualdade Racial no governo Lula, em 2003”, pontuou a secretária, destacando o papel de Luiza Bairros nas políticas voltadas para a igualdade racial. 

 

“Então, das duas uma, ou ele não conhece a história, ou ele não conhece realmente a história do país e o link dessas pessoas. Uma personalidade como Luiza, da Academia, que foi uma relatora pelo PNUD no âmbito da Conferência de Durban, que é uma referência não só para o Brasil, mas para vários países que foram signatários, desdobrando vários marcos regulatórios”, criticou Fabya Reis.

 

“Ele não conhece que a mulher foi aqui na Bahia a secretária de 2008 a 2011, que foi alçada à condição de ministra e ajudou a construir as políticas de promoção da igualdade racial. Então ele precisa conhecer um pouco melhor a história, na minha opinião, e focar um pouco mais no que é o compromisso, inclusive do ponto de vista do que é a atribuição institucional, porque o Brasil é signatário da Década Internacional Afrodescendente, também como fruto desse grande legado de vários, de muitas”, acrescentou, apontando como “um completo absurdo” o governo federal ignorar o peso simbólico e objetivo de pessoas como Luiza Bairros e outras personalidades também retiradas da lista, a exemplo de Vovô do Ilê.

 

Segundo Fabya Reis, a medida tomada pelo presidente da Fundação Palmares “demonstra que está no viés da politicagem”. Ela afirma ainda que Sérgio Camargo “não tem condições, não tem pertencimento e compromisso com essa pauta [da igualdade racial]” e que vê com muita preocupação “os rumos de uma pauta que precisa ganhar força, mas que as posições têm sido uma tentativa de esvaziamento”.

 

Apesar do ambiente preocupante apontado pela secretária, ela diz ter esperança. “O que nos conforta é que o legado, assim como de várias outras que eles andam querendo apagar da história, não conseguirão”, avalia. “O movimento social está aí, o conjunto de coletivos, seja na Academia, seja na sociedade civil, seja de reconhecimento de instituições com o compromisso anti racista, que reconhece e que vão continuar levando esse legado e compromisso se a gente seguir lutando”, conclui.

Ex-ministra de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros é excluída de lista da Palmares
Foto: Coletivo de Entidades Negras

Depois de excluir nomes como Gilberto Gil, Elza Soares e Zeze Motta da lista de notáveis da Fundação Palmares, o presidente da instituição, Sérgio Camargo, anunciou a retirada de mais duas personalidades negras dos tributos.

 

Se antes a justificativa dada por Camargo era que os homenageados ainda estavam vivos, desta vez ele afirmou que o critério foi por “não atenderem ao critério de importância histórica previsto na portaria 189/2020”.

 

Desta vez, Camargo excluiu da lista Luiza Bairros, morta em 2016 após lutar contra um câncer (clique aqui e saiba mais). Gaúcha radicada na Bahia, ela foi Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi), no governo Jaques Wagner, e posteriormente, ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial do Brasil, na gestão de Dilma Rousseff. 

 

“Sua trajetória contra a discriminação racial se inicia em 1979 após conhecer o Movimento Negro Unificado da Bahia. Logo iniciou sua militância no Grupo de Mulheres do MNU. Participou ativamente das principais iniciativas do movimento em todo Brasil, sendo eleita, em 1991, como primeira Coordenadora Nacional do MNU, onde permaneceu até 1994. 

 

Seus artigos sobre racismo, sexismo, o negro no mercado de trabalho e enfrentamento ao racismo institucional, já foram publicados em livros de coletânea e periódicos das Nações Unidas no Brasil e em revistas como Afro-Ásia, Análise & Dados, Caderno CRH, Estudos Feministas, Humanidades, e Força de Trabalho e Emprego. Atuou também como consultora do Sistema Nações Unidas no Brasil no processo da III Conferência Mundial contra o Racismo e em projetos de interesse da população afrobrasileira”, dizia texto publicado anteriormente na Fundação Palmares, sobre ela.

 

Camargo retirou a homenagem também a Maria Aragão, médica, professora e líder do Partido Comunista do Brasil, anteriormente reconhecida pela Palmares como "dotada de um grande senso de liderança, enfrentou as oligarquias políticas (poder político concentrado nas mãos de poucos) e por isso sofreu perseguições, agressões físicas e morais, além de ser presa diversas vezes durante a Ditadura Militar".

 

“Ambas foram excluídas da lista de Personalidades Negras por não estarem em conformidade com o critério de importância da contribuição histórica. Mera militância partidária não basta. É preciso mérito e relevância”, escreveu Sérgio Camargo ao anunciar a exclusão de Luiza Bairros e Maria Aragão.

 

As medidas foram tomadas a partir da portaria 189/2020, assinada por Camargo, que estabelece novos critérios para as homenagens. O ato, no entanto, é contestado pelo Movimento Negro e já existe um projeto aprovado no Senado para derrubar a portaria (clique aqui).

Senado vota lei para derrubar ato que excluiu tributos a personalidades negras na Palmares
Projeto visa desfazer ato de Sérgio Camargo | Foto: Reprodução / Facebook

Após pressão de líderes para que o presidente da casa, Davi Alcolumbre, colocasse rapidamente em pauta (clique aqui e saiba mais), o Senado aprovou um projeto que derruba a portaria da Fundação Palmares que excluía uma série de personalidades negras na lista de notáveis da instituição (saiba mais).

 

Dentre as personalidades excluídas da lista da Fundação Palmares estão nomes como Zezé Motta, Gilberto Gil, Marina Silva, Milton Nascimento e Elza Soares.

 

Aprovado por 69 a 3, o projeto restaura as regras anteriores e volta a permitir os tributos a figuras proeminentes ainda em vida. Depois de passar pelo Senado, a proposta será analisada ainda na Câmara dos Deputadas e, caso seja aprovada, se torna lei sem a necessidade de passar por sanção do presidente Jair Bolsonaro.

 

Os únicos três votos contrários ao projeto foram do filho do presidente, Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), Soraya Thronicke (PSL-MS) e Zequinha Marinho (PSC-PA).

Senado debate projeto para barrar ato que excluiu negros homenageados na Palmares
Camargo retirou nomes proeminentes de lista de notáveis | Foto: Facebook

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, inseriu como primeiro item da pauta desta quarta-feira (9) um projeto que barra os efeitos de uma portaria do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que excluiu 29 personalidades negras da lista de notáveis da instituição (clique aqui e saiba mais).

 

A portaria em questão excluiu da lista nomes proeminentes no cenário nacional, a exemplo de Elza Soares, Conceição Evaristo, Milton Nascimento, Zezé Motta e Marina Silva.

 

Segundo informações da coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, a inclusão da pauta se deu por pressão de líderes do Senado e o projeto é assinado pelos senadores Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e Humberto Costa (PT-PE).

Fundação Palmares exclui Vovô do Ilê e outras personalidades da lista de homenageados
Foto: Reprodução / Alma Preta

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, divulgou nesta quarta-feira (2) a lista oficial dos excluídos da lista de Personalidades Negras homenageadas pela instituição. De acordo com o blog do Lauro Jardim, em O Globo, a partir de agora, a Fundação Palmares  só irá conceder homenagens póstumas. 

 

Vinte e nove personalidades foram retiradas da lista. Dentre os nomes retirados estão o de Benedita da Silva, Conceição Evaristo, Elza Soares, Gilberto Gil, Leci Brandão, Marina Silva, Martinho da Vila, Milton Nascimento, o senador Paulo Paim (PT-RS), Sandra de Sá, Vanderlei Cordeiro de Lima e Zezé Motta.

 

A homenagem póstuma à Madame Satã, artista que se tornou um símbolo LGBT na noite do Rio de Janeiro, morto em 1976, também foi retirada da listagem do órgão.

 

"É certo que alguns nomes voltarão um dia. Mas acredito que a maioria não", disparou o jornalista Sérgio Camargo, presidente da Palmares.

 

Veja todos os nomes excluídos da lista:

  • Ádria Santos
  • Alaíde Costa
  • Benedita da Silva
  • Conceição Evaristo
  • Elza Soares
  • Emanoel de Araújo
  • Gilberto Gil
  • Givânia Maria da Silva
  • Janete Rocha Pietá
  • Janeth dos Santos Arcain
  • Joaquim Carvalho Cruz
  • Jurema da Silva
  • Léa Lucas Garcia de Aguiar
  • Leci Brandão
  • Luislinda de Valois
  • Madame Satã
  • Marina Silva
  • Martinho da Vila
  • Melânia Luz
  • Milton Nascimento
  • Paulo Paim
  • Petronilha Beatriz Gonçalves e Silva
  • Sandra de Sá
  • Servílio de Oliveira
  • Sueli Carneiro
  • Terezinha Guilhermina
  • Vanderlei Cordeiro de Lima
  • Vovô do Ilê
  • Zezé Motta
'Imbecil', dispara Leci Brandão ao criticar presidente da Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Leci Brandão

A cantora e deputada estadual de São Paulo, Leci Brandão (PC do B), criticou o presidente da Fundação Cultural Palmares, Sérgio Camargo. A artista é uma das personalidades negras com contribuições relevantes que tiveram o nome retirado da lista de homenageados do órgão.

 

À coluna Painel, da Folha, Leci afirmou que Sérgio Camargo foi escolhido para o cargo por ser um alienado. “Quer aparecer, está sempre procurando uma forma de humilhar, desmerecer. Quer desmontar toda uma história, uma verdade que existe aí”, disse a sambista que evitou citar o nome de Camargo.

 

Ela ainda criticou a decisão do presidente da Fundação Palmares de não celebrar o Dia da Consciência Negra este ano e o classificou como um imbecil. “Não entendeu o quanto a população negra tem uma felicidade, a gente se sente fazendo parte realmente da história desse país. Nós fazemos parte de tudo o que está aí. Você não pode olhar costumes, cultura, arte, e não falar da população negra. Estamos em tudo isso”, afirmou à Folha. “É um cidadão que não pesa em nada, não significa nada para mim”.

Palmares estabelece diretrizes de seleção de personalidades negras a serem homenageadas
Protesto contra presidente da FCP, em 2019 | Foto: Carolina Cruz/G1

A Fundação Cultural Palmares (FCP) publicou nesta quarta-feira (11) uma portaria que cria uma série de regras para selecionar personalidades negras notáveis, brasileiras ou estrangeiras, a serem homenageadas no site da instituição. A portaria que certame foi divulgado no Diário Oficial da União e é assinada pelo presidente da fundação, o jornalista Sérgio Camargo.

 

Responsável pelo reconhecimento de comunidades quilombolas em todo o país e pela defesa de ações que promovam e preservem os valores culturais, históricos, sociais e econômicos provenientes da influência do povo negro na formação da sociedade brasileira, a Palmares acumula um histórico de polêmicas quanto ao reconhecimento da importância de políticas afirmativas e ações de reparação (confira aqui) pelo seu gestor. A própria valorização de pessoas negras famosas e de importância histórica e política (clique aqui, aqui e aqui para saber mais) já foram questionadas pelo presidente da FCP.

 

De acordo com o texto da portaria que estabelece as regras, as pessoas que devem ter seus nomes e biografias veiculadas no site da fundação devem ter uma contribuição relevante para a "formação e desenvolvimento dos valores culturais, sociais e econômicos no Brasil ou no mundo". Dentre os outros critérios estabelecidos para as homenagens estão "os princípios defendidos pelo Estado brasileiro" e "outros critérios que poderão ser avaliados, de forma motivada, no momento da indicação".

 

A indicação, a inclusão e a exclusão de nomes no rol de pessoas relevantes para a FCP deverão ser precedidas de procedimento administrativo, que por sua vez deverá ser instruído por uma comissão técnica constituída pelo titular da pasta. Os nomes indicados deverão ser aprovados pela diretoria da Palmares. 

 

Por fim, a portaria também menciona em um de seus parágrafos a possibilidade da impugnação: "Em caso de impugnação do nome contido na lista de personalidades notáveis negras, caberá à comissão técnica, a análise do pedido, podendo acatar ou indeferir, no prazo de 30 dias, prorrogável uma vez por igual período". A mesma comissão técnica também vai agir no julgamento de recursos relativos a inclusão de nomes na lista da Palmares. 

Sérgio Camargo anuncia retirada de Benedita de lista de Personalidades Negras da Palmares
Foto: Reprodução / Facebook

O presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, anunciou, nesta quarta-feira (30), a retirada da deputada federal Benedita da Silva (PT-RJ) da lista de Personalidades Negras da instituição. “Benedita responde pelo crime de improbidade administrativa e seus bens foram bloqueados pela Justiça. O preto, o pobre e o favelado são as maiores vítimas da corrupção”, escreveu Camargo em sua conta no Twitter, para justificar a decisão. 

 

 

Candidata à prefeitura do Rio de Janeiro, Benedita alega, por meio de nota enviada ao jornal O Globo, que a medida se trata de uma interferência do presidente nas eleições municipais, já que Jair Bolsonaro apoia a reeleição do prefeito Marcelo Crivella (Republicanos). A equipe da petista afirma ainda que irá à Justiça contra o suposto crime de racismo. 

 

Em uma publicação em suas redes sociais, Benedita também se manifestou contra a medida anunciada por Camargo. "Nestes últimos dias venho sendo alvo de uma campanha de ódio, minhas redes sociais têm sido atacadas por robôs de extrema-direita. E hoje ainda fui surpreendida com a notícia de que meu nome foi retirado da Fundação Palmares. Mais uma decisão arbitrária e ilegal, típica do governo atual. A democracia é uma conquista e o direito de expor as suas opiniões também. Porém , não podemos deixar que esses comportamentos violentos sejam reproduzidos nos dias atuais. Tenho 40 anos de vida publica, minha vida é um livro aberto, não tenho nenhuma condenação e não vou tolerar esses tipos de acusações e ataques, principalmente racistas!", afirmou.

 

É preocupante e de partir o coração que em pleno ano de 2020, alguns ainda utilizem recursos agressivos ou recursos ilegais para a transmitirem suas opiniões. Nestes últimos dias venho sendo alvo de uma campanha de ódio, minhas redes sociais têm sido atacadas por robôs de extrema-direita. E hoje ainda fui surpreendida com a notícia de que meu nome foi retirado da Fundação Palmares. Mais uma decisão arbitrária e ilegal, típica do governo atual. A democracia é uma conquista e o direito de expor as suas opiniões também. Porém , não podemos deixar que esses comportamentos violentos sejam reproduzidos nos dias atuais. Tenho 40 anos de vida publica, minha vida é um livro aberto, não tenho nenhuma condenação e não vou tolerar esses tipos de acusações e ataques, principalmente racistas! Precisamos de mais amor, tolerância e empatia. Devemos nos expressar e respeitar o próximo sempre! #benedita13prefeita #beneditadopovo #BeneditaDoRio

Publicado por Benedita da Silva em Quarta-feira, 30 de setembro de 2020

 

Segundo o jornal, o caso a que se refere Camargo é de 2015, quando a 6ª Vara de Fazenda Pública do Rio determinou o bloqueio de bens e a quebra de sigilos bancário e fiscal da deputada. Ela é acusada pelo Ministério Público de improbidade administrativa por dispensar licitação e gerar “grave prejuízo” ao patrimônio público estadual, em contratos enquanto secretária estadual de Assistência Social e Direitos Humanos. Ela ocupou o cargo de 2007 a 2010, no primeiro mandato de Sérgio Cabral.

 

Em nota, a defesa da petista afirmou que “com 40 anos de vida pública, a deputada Benedita da Silva já foi vereadora, deputada, senadora, secretária, governadora e ministra, sem jamais ter sido condenada sequer em primeira instância”.

Fundação Palmares não vai comemorar Mês da Consciência Negra
Foto: Sérgio Lima / Poder360

Com apenas um edital aberto neste ano, a Fundação Palmares vai passar em branco o Mês da Consciência Negra, em novembro. De acordo com o colunista Guilherme Amado, da revista Época, não há atividades comemorativas programadas.

 

O único edital do ano será um prêmio de R$ 690 mil para cem iniciativas da cultura afro-brasileira.

 

A fundação, no entanto, disse que o mês não passará totalmente batido, já que esta premiação será entregue justamente em novembro.

 

Presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo minimiza constantemente o movimento negro e já chegou a negar a existência do racismo no Brasil. 

Presidente da Palmares diz que vai criar 'Guia do Antivitimismo' e alfineta movimento negro
Foto: Reprodução / Facebook

Conhecido por posicionamentos controversos, como negar a existência do racismo, afirmar que a escravidão foi benéfica e chamar o movimento negro de “escória maldita” que abriga “vagabundos” (clique aqui e saiba mais), o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, fez mais uma provocação em suas redes sociais, nesta terça-feira (22).

 

“Vou organizar e sistematizar minhas opiniões e conceitos para publicá-los num livro, que será o primeiro Guia do Antivitimismo do Brasil. Negros são livres. Negros não precisam ser de esquerda. Temos valor, honra e nobreza. A degradação moral e intelectual não é nosso destino!”, escreveu Camargo. 

 

“Se o movimento negro quiser interpretar como uma ameaça, sinta-se à vontade. Há muito o que ‘desconstruir’”, alfinetou, classificando como vitimistas as manifestações anti racistas no país e atrelando tais movimentos à esquerda.

Após tecer críticas, presidente da Fundação Palmares elogia Olavo de Carvalho
Foto: Reprodução / Sérgio Lima / Poder360

O presidente da Fundação Cultural Palmares, o jornalista Sérgio Camargo, elogiou o "guru bolsonarista" Olavo de Carvalho após ter feito críticas ao filósofo de extrema direita. 

 

Em uma publicação feita em seu tweet na última sexta-feira (11), Camargo reforçou as afirmações de Carvalho em uma antiga entrevista ao jornalista Boris Casoy, na Record, de que "o movimento negro exalta culturas tirânicas da África". 

 

Ele ressaltou algumas falas ditas por Olavo de Carvalho. "A escravidão na África existiu durante mil anos. Sudaneses pegaram em armas para manter a escravidão. Direitos iguais para todas as raças é criação do Ocidente", escreveu.

 

 

Na semana passada, o jornalista cutucou o "guru" em um tweet em que diz que Bolsonaro não precisou do apoio de Olavo para se tornar presidente da República. "Bolsonaro foi eleito pelo povo e não precisa do Olavo para nada!", disparou.

 

"Reconheço a grandeza e importância histórica do professor Olavo de Carvalho, no entanto é preciso esclarecer. Minhas opiniões sobre pretos nada devem a ele. Sigo meu caminho, como sempre fiz", completou logo em seguida.

 

 

Em suas redes sociais, Sérgio Camargo se autodeclara como "negro de direita, antivitimista, inimigo do politicamente correto, livre". Ele assumiu órgão após uma briga judicial (relembre aqui e aqui) e se posiciona contra o movimento negro, bem como políticas afirmativas e reparatórias.

Orçamento da Fundação Palmares em 2021 será o menor dos últimos 10 anos
Foto: Reprodução / Facebook

Comandada pelo bolsonarista Sérgio Camargo, que nega a existência de racismo e chegou a afirmar que a escravidão foi benéfica no Brasil (clique aqui, aqui e aqui e saiba mais), a Fundação Palmares terá o menor orçamento dos últimos dez anos em 2021, em valores corrigidos pela inflação.

 

De acordo informações da coluna Painel, na Folha de S. Paulo, os recursos previstos para a instituição no ano que vem são de R$ 20,3 milhões, cerca de R$ 3 milhões a menos que o orçamento de 2020. O número corresponde ainda a 40% dos R$ 48 milhões que o órgão teve em 2011.

 

Segundo a coluna, o levantamento que mostrou o valor mais baixo de recursos da série histórica nos últimos dez anos foi realizado pela bancada do Psol na Câmara, com base em informações requisitadas pelo deputado Ivan Valente (Psol), via Lei de Acesso à Informação.

Economia desfaz nomeação de cantor lírico que atuaria na Fundação Palmares na Bahia
Foto: Reprodução / Linkedin

Ocorrida em 4 de agosto, a nomeação do cantor lírico Sérgio Del'Arco Filho para atuar como representante da Fundação Palmares na Bahia, foi desfeita, nesta segunda-feira (24). 

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na revista Época, a anulação ocorreu após o Ministério da Economia informar que o órgão já havia atingido sua conta máxima para ocupação de cargos em comissão no nível em que o músico exerceria.

 

Ainda segundo a publicação, Sérgio Del'Arco tem 26 anos e, mesmo sem ter no currículo qualquer especialização ou experiência com projetos voltados à cultura negra, seria responsável por atuar na promoção da identidade cultural de remanescentes de quilombolas na Bahia.

 

O cantor lírico tampouco tem experiência mínima de dois anos  em "atividades correlatas às áreas de atuação do órgão ou da entidade ou em áreas relacionadas às atribuições e às competências do cargo ou da função", o que é exigido para ocupar cargos comissionados no governo.

 

FORMAÇÃO

Segundo informações de seu perfil no Linkedin, Del'Arco Filho tem bacharelado e licenciatura em Filosofia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho e é Mestre em Filosofia Medieval pela mesma instituição. 

 

"Professor de Humanidades, Idiomas e Música. Tradutor e revisor de textos. Tem experiência com aulas online de idiomas (inglês, italiano e latim), canto e flauta doce. É cantor lírico. Professor mestre e pesquisador de filosofia com maior foco em Ética e história da filosofia medieval. Busco trabalhar na preparação intelectual, humanística e cultural dos jovens. Auxiliando-os tanto na preparação para a vida profissional quanto para uma formação cultural e ética para uma vida adulta madura", se descreve o músico na rede social.

 


O cantor lírico inclui ainda entre as atividades extracurriculares, um curso de Regência Orquestral com Dante Mantovani, maestro que chegou a ser nomeado como presidente da Funarte e ficou conhecido por relacionar o rock a drogas, ao sexo, ao aborto e ao satanismo (clique aqui e saiba mais).

Após vencer edital, entidade contesta tentativa da Fundação Palmares de abrir nova seleção 
Foto: Reprodução / Instagram

Após vencer o edital Circuito de Formação de Jovens Agentes da Cultura Negra, da Fundação Palmares, o Instituto Blaise Pascal contesta a tentativa do órgão administrado por Sérgio Camargo de lançar uma outra seleção pública.

 

De acordo com informações da coluna de Guilherme Amado, na revista Época, o instituto afirma que aguarda a assinatura do contrato há oito meses, mas que a Palmares alega não ter recursos para honrar o acordo. 

 

Diante desta situação, a entidade avalia que “questões ideológicas” impedem a assinatura do contrato e diz não entender o motivo para a abertura de novo edital, já que o anterior não foi fechado. A nova seleção pública prevê o pagamento de R$ 688 mil. Procurada pela revista, a Fundação Palmares não se manifestou.

Aluno de Olavo de Carvalho sem experiência é nomeado para cargo na Fundação Palmares
Foto: Facebook / Victor Hugo Diogo Barboza

Após ser indicado em julho por Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, Victor Hugo Diogo Barboza, aluno de Olavo de Carvalho, foi nomeado para um cargo na instituição, nesta sexta-feira (12). 

 

De acordo com informações do Estadão, ele vai comandar a Coordenação de Articulação e Apoio às Comunidades Remanescentes dos Quilombos, do Departamento de Proteção ao Patrimônio Afro-Brasileiro, em substituição a Tauiny Lasmar Moura dos Santos, que estava no cargo desde julho julho de 2019.

 

Ainda segundo a publicação, o novo contratado é graduado em direito e biomedicina, e não tem experiência na área de atuação na Fundação Palmares, órgão vinculado à Secretaria Especial da Cultura. Victor Hugo já foi filiado ao PPL e atuou como como ajudante parlamentar do PMDB. Ele também passou em um concurso para soldado em Brasília, e é aluno de um curso online de filosofia ministrado por Olavao de Carvalho, guru ideológico da família Bolsonaro.

STJ nega recurso e mantém Camargo no comando da Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Twitter

O Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou nesta quarta-feira (5), um recurso da Defensoria Pública da União (DPU) (lembre aqui) para retirar o jornalista Sérgio Nascimento de Camargo da presidência da Fundação Palmares.

 

Segundo publicou o G1, a decisão foi da Corte Especial do tribunal, que reúne os ministros mais antigos. O caso não chegou a ser debatido pelos ministros, que apenas concordaram em rejeitar o recurso da DPU - que questionou o entendimento do presidente da Corte, João Otávio de Noronha, que atendeu a um pedido da Advocacia Geral da União (AGU) em fevereiro e liberou a nomeação de Camargo (relembre aqui).

 

A defensoria argumentou ao STJ que a gestão de Sérgio Camargo "desviou a Fundação Cultural Palmares de suas finalidades legais e dos imperativos que devem reger a administração pública".

 

Camargo acumula polêmicas no cargo por ataques frequentes ao movimento negro e políticas como as cotas raciais. O jornalista também é avesso a símbolos da luta negra no Brasil como o próprio líder negro Zumbi dos Palmares, que dá nome ao órgão.

Sérgio Camargo diz que Bolsonaro merece 'cachê do fabricante da cloroquina'
Foto: Reprodução / Facebook

Após o presidente anunciar que testou positivo para o novo coronavírus e publicar um vídeo no qual diz estar se medicando com a cloroquina (clique aqui), o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, celebrou a recuperação de Jair Bolsonaro e afirmou que ele deveria ser recompensado pela publicidade do remédio.

 

"A cloroquina ganha seu maior garoto propaganda. Ninguém menos que o presidente Jair Bolsonaro", escreveu Camargo em sua conta no Twitter, junto ao vídeo em questão. “Bolsonaro está cada vez melhor! É um dia triste para a esquerdalha. Grande dia para a direita conservadora e para o Brasil!”, acrescentou o presidente da Fundação Palmares, que, em tom de deboche, afirmou ainda que Bolsonaro “merecia ganhar um cachê do fabricante da cloroquina”.

 

Apesar do incentivo do presidente para a prescrição da cloroquina ou da hidroxicloroquina, autoridades médicas e científicas não comprovam a eficácia da droga para o tratamento do novo coronavírus e apontam ainda riscos para os pacientes. 

Presidente da Fundação Palmares alfineta artistas 'queridinhos' ao anunciar edital
Foto: Reprodução / Facebook

Sempre envolvido em controvérsias e embates com artistas, a esquerda e o movimento negro, o presidente da Fundação Palmares aproveitou o anúncio de um edital para alfinetar seus desafetos. 

 

“Cartaz do primeiro edital da minha gestão. Com recursos da ordem de 700 mil, premiará 100 artistas, principalmente das comunidades quilombolas. Publicação na próxima semana.  A prioridade da FCP é o pequeno artista, não mais os apadrinhados e queridinhos da ‘classe artística’”, escreveu Camargo em uma publicação no Twitter. 

 

 

Ele tem sua nomeação contestada na Justiça por negar a existência do racismo e dizer, entre outras coisas, que a escravidão foi benéfica e que o movimento negro deveria ser extinto (clique aqui e saiba mais). Mais recentemente ele chegou a chamar o movimento de “escória maldita” que abriga “vagabundos”, classificou Zumbi dos Palmares como “filho da puta que escravizava pretos” e se referiu a uma mãe de santo como "filha da puta", "macumbeira" e "miserável" (clique aqui).

STJ define para agosto julgamento sobre posse de Sérgio Camargo na Fundação Palmares
Foto: Reprodução

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) definiu para o dia 5 de agosto o julgamento que gira em torno da nomeação de Sérgio Camargo para a Fundação Palmares. 

 

De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, o órgão vai analisar um recurso movido pela Defensoria Pública da União (DPU), que se posicionou contra a derrubada da liminar que havia suspendido a posse do atual presidente da instituição. 

 

Em dezembro de 2019, o juiz Emanuel José Matias Guerra, da 18ª Vara Federal do Ceará, chegou, em decisão, a tornar sem efeito a nomeação de Camargo para a fundação. A suspensão do ato foi feita após uma Ação Popular ter sido acatada pelo magistrado (relembre aqui). Em fevereiro de 2020, no entanto, o próprio STJ atendeu um recurso da Advocacia Geral da União (AGU) e retomou a nomeação (relembre aqui).

 

No mesmo mês, sob o argumento de que currículo e o histórico de Camargo "o habilitam exclusivamente para causar a deletéria redução da proteção ao direito à igualação dos negros", a Defensoria Pública da União entrou com o recurso contra a derrubada da liminar (relembre aqui). 

 

O partido Rede Sustentabilidade, recentemente, também chegou a encaminhar um pedido de liminar de mandado de segurança ao STJ. Na ação, que foi negada pelo órgão, a legenda solicitava o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares (relembre aqui). 

 

Bolsonarista, Camargo nega o racismo e chegou a afirmar que a escravidão foi benéfica para o Brasil. Mais recentemente, foi acusado de censurar o site da Fundação Palmares, tendo ordenado a exclusão de materiais sobre líderes negros históricos (relembre aqui). 

STJ nega pedido de liminar da Rede para afastar Sérgio Camargo da Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Twitter

O Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou o pedido de liminar de mandado de segurança da Rede Sustentabilidade, no qual o partido pedia o afastamento de Sérgio Camargo da presidência da Fundação Palmares. De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a decisão é da ministra Regina Helena Costa, relatora do processo.

 

O pedido do afastamento de Camargo se deu após ele classificar o movimento negro como “escória maldita” que abriga “vagabundos”, e chamar Zumbi de “filho da puta que escravizava pretos”, em uma reunião privada realizada em abril com diretores da fundação (clique aqui).

 

Sérgio Camargo tem se envolvido em reiteradas polêmicas desde que o presidente Jair Bolsonaro lhe concedeu o cargo, em novembro de 2019. Ele chegou a ter a nomeação suspensa em dezembro de 2019, por conta de declarações do tipo, mas foi reconduzido pelo STJ em fevereiro deste ano, a pedido da Advocacia-Geral da União.

 

Bolsonarista, Camargo nega o racismo e chegou a afirmar que a escravidão foi benéfica para o Brasil. Mais recentemente, foi acusado de censurar o site da Fundação Palmares, tendo ordenado a exclusão de materiais sobre líderes negros históricos. Dentre os textos censurados estão artigos sobre Zumbi dos Palmares, Carolina de Jesus, Luís Gama e André Rebouças (clique aqui e saiba mais).

Líderes negros históricos têm biografias censuradas em site da Fundação Palmares
Foto: Fundação Palmares / Divulgação

Indo na contramão dos próprios objetivos, a Fundação Palmares, órgão federal sob comando de Sérgio Camargo, vem censurando biografias de líderes negros históricos. Segundo a Folha de S. Paulo, funcionários do órgão acusam o gestor de ordenar a exclusão de uma página do portal dedicado a divulgação de artigos. 

 

Entre os arquivos censurados pela Fundação estão os trabalhos sobre Zumbi dos Palmares, sobre a escritora Carolina de Jesus, sobre os abolicionistas Luís Gama e André Rebouças, além de artigos sobre negros que se destacaram no esporte brasileiro. A exclusão, no entanto, não foi definitiva já que ainda é possível chegar até os escritos ao digitar o nomes no campo de busca do portal. 

 

No sentido oposto a criação de obstáculos para o acesso a estes trabalhos, Sérgio Camargo tem utilizado o portal para publicação de artigos que se referem de forma controversa alguns personagens da história. Zumbi dos Palmares, por exemplo, foi classificado como gay e figura da esquerda em dois trabalhos disponibilizados no dia 13 de maio (relembre aqui). 

 

Para além do site, Camargo também vem planejando criar uma biblioteca em uma ala do prédio que pertence a Empresa Brasil de Comunicação. O acervo do local será ocupado por livros que reforçariam a importância da corte portuguesa na configuração da identidade brasileira, considerando, inclusive, a influência europeia na abolição da escravatura. A medida do gestor da Fundação Palmares é vista como mais um plano de apagamento da história sob o olhar da população negra do Brasil. 

Artistas gravam vídeo em apoio a Alcione, após ataques de presidente da Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Instagram

Após se envolver em uma briga virtual com o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, tendo-o criticado por dizer, entre outras coisas, que o movimento negro é uma “escória maldita” (clique aqui e saiba mais), Alcione foi defendida por uma série de artistas. 

 

Nomes como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Emicida, Martnália, Cris Vianna, Teresa Cristina, Pretinho da Serrinha, Rogério Flausino, Frejat, Seu Jorge, Nando Reis, Djavan, Lenine, Paulinho da Viola, Zélia Duncan, Bruno Gagliasso, Camila Pitanga, Maria Bethânia e até Marisa Monte, que não costuma se manifestar publicamente, integraram a lista de apoiadores da cantora no vídeo lançado pelo Movimento 342 Artes.

 

Eles destacaram o valor de Alcione para a cultura nacional. “Você é muito importante pra gente, que a sua música, a sua arte, melhoram a nossa vida e que o Brasil e o mundo te amam”, disse Marisa. “Querida Alcione, Deus se manifesta através das coisas mais bonitas desse plano, e uma das coisas mais bonitas que existem nesse plano é a sua voz. Mas para além disso, também tem tudo que você representa pra nós”, comentou Emicida. 

 

Camargo chama Alcione de 'barraqueira' e diz que não suporta voz da cantora
Foto: Reprodução / Facebook

Após Alcione fazer críticas e dizer que tem vontade de “encher de porrada” no presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, por ele negar a existência do racismo e classificar o movimento negro como “escória maldita” (clique aqui e saiba mais), ele rebateu a artista. 

 

“Alcione, vê se enxerga! Admiro Jessye Norman, umas das maiores cantoras de ópera da história da música, não uma barraqueira que incita ao crime e à violência contra um negro que tem opiniões próprias. Desprezo suas declarações, assim como sua insuportável ‘música’!”, escreveu Carmargo, no Twitter, na quinta-feira (5). “Posso citar Ella Fitzgerald, soberba cantora de jazz que humilha Alcione como intérprete e como ser humano - nunca mandaria espancar um negro para ver se ele vira gente. Eu passaria o resto da minha vida ouvindo as gravações dela. Não suporto nem 30 segundos da voz de Alcione”, acrescentou, classificando a cantora brasileira como “puro pesadelo auditivo” e com “mente escravizada”.

 

Na manhã desta sexta-feira (6), ele voltou a alfinetar Alcione. “Bom dia, menos para quem afirma que um negro que tem opiniões próprias deve levar porrada e usa a classe artística para se fazer de vítima”, publicou o presidente da Fundação Palmares, que tem contra si diversas ações para que deixe o cargo por supostamente desviar da finalidade do órgão, voltado para políticas públicas e defesa das manifestações culturais e artísticas negras, como patrimônios nacionais.

Após fala de titular da Palmares, Alcione diz ter vontade de 'encher de porrada pra virar gente'
Foto: Divulgação

Alcione fez duras críticas ao posicionamento do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que em uma reunião privada afirmou que o movimento negro é “escória maldita” que abriga “vagabundos” e xingar mãe de santo de "filha da puta", "macumbeira" e "miserável" (clique aqui).

 

Conforme levantado pelo jornal O Dia, a cantou fez fortes declarações durante sua participação na live da sambista Teresa Cristina, nesta terça-feira (3), que tinha como tema “Umbanda e Candomblé”. “Hoje eu vi aquela matéria do zé ninguém lá da Fundação Palmares. Ainda dou na cara dele para parar de ser um sem noção”, comentou a cantora maranhense, referindo-se à fala de Camargo a respeito do movimento negro.

 

“A gente vê tanto sofrimento. Você vê os negros americanos naquela batalha, por causa daquele senhor que morreu com aquele filha da mãe com o joelho nele. A gente vê as coisas que acontecem no Brasil, com bala perdida e tudo. Então a gente vê uma pessoa da nossa cor falando uma besteira daquelas, tenho vontade de arrancar da televisão e encher de porrada pra virar gente”, completou Alcione.

Rede entra com ação no STJ pelo afastamento de Sérgio Camargo da  Fundação Palmares
Foto: Reprodução / Twitter

Após as declarações do presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, que classificou o movimento negro como “escória maldita” e xingou mãe de santo de "filha da puta", "macumbeira" e "miserável" em uma reunião privada (clique aqui e saiba mais), a Rede Sustentabilidade vai pedir seu afastamento do órgão.

 

De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, o partido vai entrar com um mandado de segurança coletivo no Superior Tribunal de Justiça (STJ), requerendo que ele deixe de presidir o órgão, que é responsável por  desenvolver políticas públicas voltadas para os afro brasileiros e preservar as manifestações culturais e artísticas negras, como patrimônios nacionais.


Esta não é a primeira vez que Sérgio Camargo se envolve em choques com a área que deveria defender. Ele chegou a negar a existência do racismo e afirmar que a escravidão foi positiva e teve que ficar afastado do órgão, mas foi reconduzido posteriormente (clique aqui).

 

Agora, senador  Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da minoria no Senado, vai entrar com nova ação popular contra Camargo na Justiça Federal de Brasília.

'Não é racista': Sérgio Camargo cria selo para pessoas 'execradas pela esquerda'
Foto: Reprodução / Twitter

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, órgão ligado à Secretaria de Cultura do governo federal, publicou em seu perfil no Twitter, nesta quarta-feira (27), uma criação polêmica voltada para pessoas que são acusadas de cometer crimes de racismo. 

 

O selo “Palmares garante, não é racista” visa, segundo ele, “restaurar a reputação de pessoas que injusta e criminosamente foram tachadas de racistas em campanhas de difamação e de execração pública promovidas especialmente pela esquerda”. Com objetivo claro de “limpar a imagem pública das pessoas atingidas”. 

 

Esta é a segunda grande polêmica de Sérgio Camargo em menos de um mês, ligada diretamente às atividades exercidas pela Fundação Palmares. Em 13 de maio, data da Abolição da Escravatura, o portal do órgão foi alimentado com dois artigos sobre Zumbi dos Palmares que o descreviam como gay, figura da esquerda e ficcional (relembre aqui). 

 

Confira:
 

Flávio Bolsonaro elogia Sérgio Camargo após ele criticar Zumbi e a 'esquerda vitimista'
Foto: Agência Brasil

Neste 13 de maio, data que marca a abolição da escravatura, o senador Flávio Bolsonaro parabenizou o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, após ele afirmar que sua gestão “vai reconhecer  a importância da Princesa e resgatá-la do ostracismo histórico a que foi relegada pela esquerda vitimista”. “Parabéns pelo trabalho”, disse o filho mais velho do presidente Jair Bolsonaro ao dirigente do órgão ligado à Secretaria Especial da Cultura, que é responsável pela a promoção da cultura afro-brasileira.

O elogio nas redes sociais aconteceu também após Camargo publicar no site oficial da instituição artigos nos quais diz “revelar a verdade” sobre Zumbi dos Palmares, descrevendo-o como gay, figura da esquerda e ficcional (clique aqui e saiba mais). 

Sérgio Camargo publica artigos que citam Zumbi como gay e figura da esquerda
Foto: Reprodução

Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares, órgão ligado à Secretaria de Cultura do governo federal, publicou nesta quarta-feira (13), data da Abolição da Escravatura, dois artigos sobre Zumbi dos Palmares que o descrevem como gay, figura da esquerda e ficcional. 

 

No texto intitulado, “A Narrativa Mítica de Zumbi dos Palmares”, da doutora em linguística Mayalu Felix, consta que “depois de degolado, Zumbi foi castrado e teve o pênis enfiado dentro da boca”, como uma “forma antiga de humilhar homossexuais”. Para o fato, segundo ela, “o Movimento Negro faz silêncio sepulcral, pois é conveniente que o mito etnocultural do libertador dos negros seja viril”, citando o artigo “Causas Sagradas”, de Olavo de Carvalho.

 

Ao longo do texto de sete páginas, a palavra “esquerda” é citada nove vezes. Em um dos trechos, Maylu afirma que “o Movimento Negro precisava de uma figura para representar o ‘povo negro’, essa massa vista como homogênea, uniforme, que deveria ser politicamente configurada à esquerda”. 

 

Em outro trecho diz que Zumbi “foi o mito moderno moldado pela conveniência política da necessidade da esquerda, dona do Movimento Negro”. E em outra passagem afirma que “apesar de não ter nenhuma comprovação histórica real, a narrativa é respeitada entre a esquerda e o Movimento Negro como fidedigna" e que "não passa de ficção”.

 

No artigo “Zumbi e a Consciência Negra – Existem de verdade?” de Luiz Gustavo dos Santos Chrispino, também disponibilizado no site, há um trecho o qual cita Zumbi como ícone do Movimento Negro “montado” e “introduzido” como tal, graças a deputada federal Benedita da Silva, do PT, ao colocá-lo como “figura no Panteão de Heróis do Brasil”. 

 

Para o autor, o fato de Zumbi ser “representante da suposta Consciência Negra” “pode ser refutado veementemente”. Ele justifica a explicação em “estudos mais atuais” que, segundo ele, Zumbi “é colocado como o assassino ou mandante do assassinato do líder palmarino Ganga Zumba, bem como um dos incentivadores do processo,natural de sua etnia africana, de manter seus inimigos escravizados para conter possíveis levantes destes contra a tribo escravista”. Ao término do parágrafo, Luiz conclui que há distorção sobre o que é ser herói. 

 

A introdução de tais artigos no site da fundação Palmares pode não parecer surpresa, visto que o próprio Sérgio Camargo que é “olavista”, se autointitula nas redes sociais como “negro de direita, antivitimista e inimigo do politicamente correto”. No Twitter, ao repercutir a divulgação de tais artigos, ele afirmou que “Zumbi não é um herói autêntico” e sim “uma construção ideológica da esquerda”, esquerda está classificada por ele como “racialista”. 

Contrariando OMS, presidente da Fundação Palmares diz que isolamento é 'imbecilidade'
Discurso é alinhado ao de Jair Bolsonaro | Foto: Reprodução / Facebook

Contrariando as orientações da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o combate ao coronavírus e os exemplos bem sucedidos pelo mundo, o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Carmargo, afirmou que o isolamento é uma “imbecilidade”.


“Confinaram 99% da população em casa para vencer um vírus que mata em torno de 1% dos infectados. O isolamento, exceto para os que são do grupo de risco, precisa ser imediatamente suspenso. É a maior imbecilidade da história da humanidade! Ao trabalho, brasileiros!”, opinou Carmargo em suas redes sociais. 

 

Ele, que já se envolveu em outras situações controversas e questionáveis, como ao afirmar que a escravidão foi benéfica (clique aqui e saiba mais), tem um discurso afinado ao do presidente Jair Bolsonaro, que tenta minimizar a gravidade do Covid-19, tendo inclusive classificado o vírus como uma “gripezinha”. O chefe do Executivo também tem criticado iniciativas dos governadores e prefeitos que instruem a população ao isolamento.

Presidente da Fundação Palmares extingue órgãos e concentra poder de decisão
Foto: Reprodução / Twitter

Em um cabo-de-guerra com Regina Duarte (clique aqui a saiba mais), recém-empossada secretária especial da Cultura, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares - órgão subordinado à pasta -, excluiu sete órgãos colegiados para concentrar poder de decisões antes tomadas de forma conjunta.


De acordo com informações da Folha de S. Paulo, foi publicada, no Diário Oficial da União, desta terça-feira (10), a portaria que determina a exclusão, assim como a revogação da nomeação de integrantes de comitês e comissões.


Ainda segundo a publicação, Camargo acabou com o Comitê Gestor do Parque Memorial Quilombo dos Palmares; a Comissão Permanente de Tomada de Contas Especial; o Comitê de Governança; o Comitê de Dados Abertos; a Comissão Gestora do Plano de Gestão de Logística Sustentável; a Comissão Especial de Inventário e de Desfazimento de Bens e o Comitê de Segurança da Informação.

 

Controverso, Sérgio Camargo chegou a ter o cargo suspenso, por negar a existência do racismo e afirmar que a escravidão foi benéfica ao Brasil. A nomeação foi retomada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) atendeu o recurso da Advocacia Geral da União (AGU) (clique aqui).

Para 'seguir linha' de Alvim, presidente da Fundação Palmares demite funcionários negros
Foto: Divulgação

Com a nomeação retomada após suspensão da Justiça (clique aqui e saiba mais), o presidente da Fundação Palmares, Sérgio Camargo, demitiu funcionários “negros com reconhecida trajetória em políticas públicas em prol da cultura afro-brasileira”. A informação foi levantada por fontes do jornal Estado de Minas.


De acordo com a publicação, Camargo dispensou os servidores por telefone, sob a justificativa de que pretende “montar uma nova equipe de extrema direita”. Ainda segundo as fontes, ele disse aos diretores ainda que vai “seguir a linha do secretário Alvim”, em referência ao ex-secretário especial da Cultura, exonerado após fazer um pronunciamento com discurso e estética nazista (clique aqui).


“Ele corre para fazer tudo que pode contra negros antes de ela entrar”, disse um funcionário, referindo-se à atriz Regina Duarte, que aceitou o convite do presidente Jair Bolsonaro para assumir a Cultura, pasta à qual a fundação está subordinada. 


Os servidores destacam ainda que os servidores dispensados foram contratados na atual gestão, por indicação de políticos ligados a Bolsonaro. Segundo a fonte do jornal, a maioria “necessariamente de esquerda ou de direita, são técnicos, apenas”.


Dentre os demitidos estão Sionei Leão, da Diretoria de proteção Afro-brasileira (DPA); Clóvis André da Silva, da Diretoria de Fomento e Promoção da Cultura Afro-brasileira (DEP) e Kátia Martins, Centro Nacional de Informação e Referência da Cultura Negra (Cenirp).


Clóvis Silva revelou que o telefonema de Sérgio Camargo aconteceu por volta das 10h, na quarta-feira (26). “Fomos pegos de surpresa. Ninguém esperava. O presidente já estava a autorizado a retornar. Mas somente chegou na quinta (19) e estava tudo calmo”, contou. “Sou um técnico. Direito social é progressista. Não sei onde ele incluiu extrema direita no debate”, questionou o servidor, que entrou na fundação em setembro de 2019 e já foi secretário da Igualdade Racial em Porto Alegre.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O São João na Ilha tá rendendo até agora, e vai ter impacto nas próximas semanas. Mas no meio político também teve gente se destacando. Principalmente de forma visual. Mas nem por isso a campanha parou, pelo contrário. O Ferragamo já tá buscando um jeito de economizar, enquanto Kleber das Rosas mirou em algo mais popular. Mas ninguém muda porque é festa junina. Que o diga o barbeiro do Cacique. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Margareth Menezes

Margareth Menezes
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

"Cultura não é supérfluo".

 

Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.

Podcast

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato
Foto: Feijão Almeida / Gov.Ba
Ainda mais reforçado em um ano eleitoral, o cortejo ao Dois de Julho, em Salvador, contou com a presença de diversas lideranças políticas, inclusive, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com o termômetro político buscando medir a popularidade, principalmente dos nomes que irão disputar a prefeitura da capital baiana, o povo foi às ruas mantendo a tradição e conservando os costumes. 

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