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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

gaza

Chanceler diz no Senado que comparação da ação de Israel em Gaza com Holocausto foi "fruto da indignação de Lula"
Foto: Lula Marques/Agência Brasil

A declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), na qual comparou a incursão militar do governo de Israel na Faixa de Gaza com o Holocausto promovido pelo nazismo, foi fruto de um contexto de indignação com as mortes causadas pela guerra na região. Quem apresentou essa justificativa foi o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, ao comparecer nesta quinta-feira (14) à Comissão de Relações Exteriores do Senado. 

 

A comparação feita por Lula, feita durante viagem à Etiópia em fevereiro, teve ampla repercussão no Brasil, e provocou fortes críticas ao presidente. A declaração levou um grupo de 140 deputados a assinar um pedido de impeachment do presidente, e analistas políticos inclusive dizem que a fala de Lula foi uma das causas que levaram à queda de sua aprovação, conforme demonstrado em pesquisas divulgadas nos últimos dias. 

 

“Hoje já são 32 mil mortos e 73 mil feridos em gaza, 70% dos quais mulheres e crianças. Do lado israelense, além dos 1.112 mortos do ataque terrorista do Hamas em outubro, já morreram 251 soldados. Quantas vidas mais serão perdidas até que todos atuem para impedir o morticínio em curso? É nesse contexto de profunda indignação que se inserem as declarações do presidente Lula, são palavras que expressam a sinceridade de quem busca preservar e valorizar o valor supremo que é a vida humana”, disse o chanceler aos senadores da Comissão.

 

Ainda na defesa do posicionamento do presidente Lula, o ministro das Relações Exteriores afirmou no Senado que o governo de Benjamin Netanyahu estaria violando o direito humanitário internacional ao não permitir a entrada de suprimentos e alimentos na Faixa de Gaza. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), crianças estariam morrendo de fome diariamente em Gaza.  

 

“Sem sombra de dúvida, o bloqueio à ajuda humanitária no contexto atual de fome e falta de insumos médicos em Gaza consiste em uma violação do direito internacional”, afirmou o chanceler brasileiro, acrescentando que “o governo do primeiro-ministro de Israel continua dificultando sistematicamente a entrada de caminhões com ajuda humanitária nas fronteiras com Gaza”.  

 

Em sua explanação inicial, o ministro Mauro Vieira afirmou que cerca de 15 mil toneladas de suprimentos de ajuda humanitária internacional aguardam aprovação do governo de Israel para entrar em Gaza, sendo mais da metade dessa carga de alimentos. Vieira confirmou que parte da ajuda humanitária enviada pelo Brasil para Gaza, composta 30 por purificadores de água, foi retida pelas forças israelenses.

 

“O que podemos fazer, e continuaremos a fazer na nossa linha atual, é denunciar a decisão unilateral israelense de bloquear recorrentemente a entrada de ajuda humanitária e seguir trabalhando com os países vizinhos e os organismos internacionais em favor da abertura de corredores humanitários”, declarou.

 

Mauro Vieira compareceu à Comissão de Relações Exteriores atendendo a convite feito pelo presidente do colegiado, senador Renan Calheiros (MDB-AL). Em resposta a questionamento de Calheiros, o chanceler disse que o Brasil condenou o ataque terrorista do Hamas a Israel em outubro de 2023, assim como condena a reação militar israelense em Gaza, que considera desproporcional.

 

“Nossa mensagem foi sempre essa: apoio à operação de retirada de brasileiros que desejam retornar; apoio a todas as iniciativas para que não faltasse água, luz, remédios e hospitais em Gaza; apelo por corredor humanitário, pelo cessar fogo, pela retomada das negociações e pela liberação dos reféns. É preciso condenar e repudiar a atrocidade do ataque terrorista sofrido por Israel no dia 7 de outubro. Sim, Israel tem o direito de defender sua população, mas isso tem de ser feito dentro de regras do direito internacional. A cada dia que passa, no entanto, resta claro que a reação de Israel ao ataque sofrido tem sido extremamente desproporcional e não tem como alvo somente aqueles responsáveis pelo ataque, mas todo o povo palestino”, concluiu o ministro.
 

Após polêmica, Lula volta a dizer que Israel pratica genocídio em Gaza
Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil

 

Em evento da Petrobras, nesta sexta-feira (23), no Rio de Janeiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) reforçou sua posição sobre a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza. Lula é crítico a atuação de Israel. Desta vez, no entanto, o presidente não usou a palavra Holocausto, ou fez comparações com o governo nazista da Alemanha na Segunda Guerra.

 


"Eu quero dizer para vocês que eu não troco a minha dignidade pela falsidade. E quero dizer para vocês que eu sou favorável à criação do Estado palestino livre e soberano. Que possa, esse Estado palestino, viver em harmonia com Israel. E quero dizer mais: o que o governo de Israel está fazendo contra o povo palestino não é guerra, é genocídio, porque está matando mulheres e crianças", disse o presidente.

 


Em um segundo momento, Lula pediu para que as pessoas não tentassem fazer interpretações sobre o que ele disse quando esteve em agenda internacional em Addis Ababa, capital da Etiópia.

 


"Não tentem interpretar a entrevista que dei na Etiópia, leiam a entrevista. Leia a entrevista em vez de ficar me julgando pelo que disse o primeiro-ministro de Israel. O que está acontecendo em Israel é um genocídio. São milhares de crianças mortas, milhares desaparecidas. E não está morrendo soldado, está morrendo mulheres e crianças dentro de hospital. Se isso não é genocídio, eu não sei o que é genocídio", completou Lula.

 


A declaração de Lula foi durante a cerimônia do programa "Seleção Petrobras Cultural – Novos Eixos", no Museu de Arte Moderna do Rio.

 

DECLARAÇÃO DE LULA

 

No domingo passado (18), Lula classificou como "genocídio" e "chacina" a resposta de Israel na Faixa de Gaza aos ataques terroristas promovidos pelo Hamas no início de outubro. Ele comparou a ação israelense ao extermínio de milhões de judeus pelos nazistas chefiados por Adolf Hitler no século passado.

 


"O que está acontecendo na Faixa de Gaza e com o povo palestino não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu: quando o Hitler resolveu matar os judeus", disse Lula, durante entrevista em Adis Abeba, na Etiópia.

 


Em reação, Israel declarou Lula persona "non grata" no país. O termo é um instrumento jurídico utilizado nas relações internacionais para indicar que um representante oficial estrangeiro não é mais bem-vindo. Desde então, a fala vem tendo repercussão interna e externamente.
 

Secretário de Estado dos EUA diz que encontro com Lula foi "ótimo" e evita responder sobre conflito em Gaza
Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

Conflito entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza, eleições nos Estados Unidos, resistência do fenômeno da polarização na política, assuntos bilaterais e cooperação em medidas para aceleração do emprego. Estes foram alguns dos temas presentes no encontro entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Antony Blinken, secretário de Estado do governo Joe Biden nos Estados Unidos.

 

Blinken chegou ao Brasil nesta terça-feira (20) para participar de reuniões dos ministros de países do G20 no Rio de Janeiro. Antes da cúpula do G20, o secretário norte-americano foi ao Palácio do Planalto, nesta quarta (21), para o encontro com Lula. 

 

“Foi uma ótima reunião. Sou muito grato ao presidente pelo seu tempo. Os Estados Unidos e o Brasil estão fazendo coisas muito importantes juntos, estamos trabalhando bilateralmente, regionalmente, mundialmente. É uma parceria muito importante e somos gratos pela amizade”, disse o secretário Antony Blinken à imprensa, após a reunião com Lula.

 

Questionado sobre o conflito na Faixa de Gaza, Blinken não respondeu questionamentos feitos pela imprensa. Mais cedo, ao chegar no Palácio do Planalto, o secretário foi perguntado sobre a guerra, mas não fez comentários. 

 

O encontro entre Lula e Blinken durou quase duas horas. Participaram da reunião a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil, Elizabeth Frawley Bagley, e o assessor especial para assuntos internacionais, Celso Amorim.

 

Na conversa com Lula, o secretário de Estado enfatizou o apoio norte-americano à presidência do Brasil no G20 e a parceria Brasil-EUA pelos direitos dos trabalhadores. Blinken manifestou também suporte à cooperação na transição para a energia limpa e conversou sobre as comemorações do bicentenário das relações diplomáticas entre o Brasil e os EUA, completados neste ano de 2024.

 

Durante a sessão de fotos na abertura da reunião, o secretário norte-americano, que veio pela primeira vez ao Brasil, comentou que a “temporada das primárias está bem encaminhada”, ao responder pergunta do presidente brasileiro sobre a disputa entre Biden e Donald Trump.

 

“É um longo caminho”, disse Blinken, explicando que a situação política nos Estados Unidos está muito polarizada, e que “as pessoas já se decidiram”. 

 

Segundo afirmou o secretário a Lula, “dos nossos 50 estados, há apenas seis ou sete que estão realmente em competição. Portanto, você verá que quase toda a campanha provavelmente se concentrará em seis ou sete estados. Estados como a Pensilvânia, como Michigan, como Wisconsin, como Nevada”, disse o diplomata americano.

 

“Há uma batalha por um segmento muito restrito do eleitorado”, completou Blinken.

 

Após o encontro com Lula, Blinken seguiu para o Rio de Janeiro, onde participará da reunião de ministros das Relações Exteriores do G20. O secretário norte-americano segue depois para Buenos Aires, onde vai se reunir com o presidente argentino Javier Milei para discutir questões bilaterais e globais.
 

Terceiro voo de repatriação de brasileiros em Gaza deve chegar ao Egito na noite desta quinta
Foto: Divulgação / FAB

Mais um grupo de brasileiros e seus parentes que viviam em Gaza se prepara para retornar ao Brasil, em um voo da operação Voltando em Paz, do governo federal. Uma aeronave KC-30 (Airbus A330 200), da Força Aérea Brasileira (FAB), decolou na manhã desta quinta-feira (21), rumo ao Aeroporto Internacional do Cairo, no Egito. 

 

Ainda não há informações sobre o número de pessoas que retornarão ao país. Esse será o terceiro voo de repatriação de brasileiros em Gaza, desde o início dos ataques israelenses ao território palestino, em outubro deste ano. As informações são da Agência Brasil.

 

O avião saiu da Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, às 8h20. A previsão é que o voo chegue por volta das 22h30 desta quinta-feira (horário de Brasília) na capital egípcia. 

 

Além de trazer os brasileiros, o avião está levando um carregamento humanitário de seis toneladas, doado pelo governo brasileiro, com 150 purificadores de água portáteis, equipados com kit voltaico (painel solar, inversor veicular e controlador de carga) para ampliar sua autonomia de energia.

 

A estimativa é que o avião chegue ao Brasil na manhã do próximo sábado (23), com pouso previsto para as 8h (horário de Brasília), na Base Aérea da capital federal. 

 

Desde o início da operação Voltando em Paz, já foram repatriadas 1.525 pessoas em 11 voos, sendo 1.413 provenientes de Israel, 80 vindos de Gaza e 32 da Cisjordânia (outro território palestino).

Israel e Hamas fecham acordo de cessar-fogo e para libertação de reféns
Foto: Internet divulgação

O governo de Israel e o grupo terrorista Hamas fecharam, nesta terça-feira (21) o primeiro grande acordo desde o início do conflito, no dia 7 de outubro, para o estabelecimento de uma trégua e a libertação de dezenas de reféns. É o que informa a imprensa israelense. O acordo teve a participação decisiva do Catar, que mediou o diálogo entre as duas partes. 

 

A imprensa israelense disse que os primeiros reféns devem ser libertados na quinta-feira (23). De acordo com o governo, mulheres e crianças sob o poder do Hamas serão liberadas dentro de um intervalo de quatro dias. Durante este período, o conflito estará em pausa.

 

Mais cedo, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, havia apelado para que seus pares no poder votassem a favor de um acordo com o Hamas que permitiria a libertação de ao menos 50 das cerca de 240 pessoas sequestradas pelo grupo terrorista durante a sua brutal incursão de 7 de outubro. O premiê convocou três reuniões seguidas para tratar do assunto: uma com a cúpula de guerra, outra com nomes ligados à segurança nacional, e, por fim, uma com todo o gabinete instituído a partir do início do conflito, que tem 38 membros.

 

O acordo foi costurado durante semanas de conversas em Doha, no Catar, país que fez a mediação junto com diplomatas dos Estados Unidos. A resolução do cessar-fogo foi aprovada por uma “maioria significativa” do gabinete de guerra do governo, em votação que durou mais de seis horas.

 

O Hamas confirmou o acordo, e afirmou que 150 mulheres e crianças palestinas serão libertadas por Israel. Ainda segundo o grupo radical, o cessar-fogo permitirá que centenas de caminhões com ajuda humanitária, medicamentos e combustíveis entrem em todas as áreas de Gaza. A expectativa é que o cessar-fogo dure cinco dias.

Semana de calor intenso tem chegada dos brasileiros repatriados de Gaza e Brasília esvaziada devido ao feriado
Foto: Divulgação MRE

A semana promete ser de altas temperaturas e baixa umidade na capital federal. Segundo dados do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), os termômetros em Brasília podem vir a marcar até 35º no feriado de 15 de novembro, dia da Proclamação da República. Apesar do calor e por conta do feriado, a semana promete ser “fria” na agenda dos três poderes. 

 

O feriado, que cai na quarta-feira, promete esvaziar as atividades parlamentares em Brasília. Senado e Câmara devem ter apenas a terça (14) para votações em plenário, e os tribunais superiores programaram julgamentos somente na quinta (16). 

 

Já o Palácio do Planalto vive a expectativa da chegada dos 32 brasileiros que foram resgatados de Gaza neste fim de semana. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já confirmou que irá receber os brasileiros repatriados na Base Aérea de Brasília, na noite desta segunda (13).

 

Confira abaixo um resumo da semana em Brasília.

 

PODER EXECUTIVO

O governo Lula começa a semana festejando a chegada em Brasília das 32 pessoas (22 brasileiros e 10 palestinos) resgatadas de Gaza. Na noite desta segunda, chegará na Base Aérea de Brasília o avião da FAB (Força Aérea Brasileira) vindo do Egito com os repatriados, o décimo voo de retorno ao Brasil com pessoas retiradas do cenário de conflito entre Israel e o Hamas.

 

O ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, afirmou que o governo federal irá oferecer o suporte necessário para as 32 pessoas que estão vindo de Gaza para o Brasil. Eles terão acesso a abrigos, documentos, ao SUS (Sistema Único de Saúde) e permissão de trabalho. O presidente Lula estará na Base Aérea para recepcionar os brasileiros e palestinos que chegam por volta das 23h30. No Brasil, os repatriados ficarão em um alojamento da FAB, em Brasília, por duas noites.

 

Antes da recepção aos repatriados, nesta segunda o presidente Lula sanciona o Projeto de Lei nº 5.384/2020, que atualiza a Lei de Cotas para pretos, pardos, indígenas e pessoas com deficiência no ensino federal. O novo texto também insere os quilombolas na reserva de vagas em instituições de ensino. A sanção acontece em evento com os ministros Camilo Santana, Silvio de Almeida, Anielle Franco e Sonia Guajajara, no Palácio do Planalto. 

 

E para esta semana de feriado ainda não há previsão se o presidente Lula irá indicar o nome do futuro procurador-geral da República. A PGR já está há quase 50 dias sem um procurador indicado pelo presidente, desde a saída de Augusto Aras do cargo. O maior tempo sem a indicação do procurador-geral havia acontecido no governo Dilma Rousseff, quando a presidente levou quatro dias para indicar Rodrigo Janot a partir do término do mandato de Roberto Gurgel.

 

PODER LEGISLATIVO

Em uma semana esvaziada por conta do feriado de 15 de novembro, a Câmara dos Deputados aguarda a chegada do texto da reforma tributária, aprovada pelo Senado. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse que a proposta poderia vir a ser “fatiada”, com a promulgação das regras da reforma que foram chanceladas pelas duas Casas, enquanto os pontos que ainda rendem controvérsia seguiriam tramitando separadamente.

 

O relator da reforma tributária na Câmara, deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), afirmou que aguarda a chegada do texto para avaliar se será possível o fatiamento da proposta. Segundo ele, o fatiamento só será possível se não comprometer a estrutura da proposta de emenda à Constituição (PEC). O relator da reforma no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM), disse ser contra a ideia do fatiamento. Para Braga, o projeto é muito complexo e seria difícil promulgar apenas uma parte dele.

 

Acaba na próxima quinta (16) o prazo para que parlamentares apresentem emendas ao Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), que orienta a elaboração do orçamento federal do próximo ano. O relator da LDO é o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), que espera poder votar o projeto na próxima semana.

 

Na agenda do Senado, as comissões devem se reunir ao longo da semana para discutir propostas de emendas para a Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2024. As comissões têm prazo até 23 de novembro para apresentar emendas ao projeto da LOA. 

 

Já estão agendadas 13 reuniões de comissões nesta semana. Cada comissão pode aprovar oito emendas à peça orçamentária. Para as emendas de comissão, não existem recursos financeiros previamente reservados.

 

No Plenário, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), programou sessão deliberativa apenas para esta terça (14). Na pauta, o PLP 205/2023, do senador Randolfe Rodrigues (Sem Partido-AP), que altera a Lei Paulo Gustavo para prorrogar o prazo de execução dos recursos, até 31 de dezembro de 2024, por Estados, Distrito Federal e Municípios. Também deve ser votado o projeto do próprio Pacheco que altera o art. 265 do Código de Processo Penal para extinguir a multa por abandono do processo aplicada sumariamente pelo juiz em desfavor do advogado. Outro projeto em pauta é o PL 5086/2023, da Presidência da República, que altera a Lei nº 12.587/2012, para mudar o prazo de elaboração do Plano de Mobilidade Urbana pelos municípios. 

 

PODER JUDICIÁRIO

A ministra Cármen Lúcia representa o presidente do STF, ministro Luiz Roberto Barroso, no seminário “O papel do Supremo nas Democracias”, nesta terça (14) em São Paulo. O evento é realizado pelo jornal Estado de S.Paulo em parceria com a Faculdade de Direito da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM).

 

A ministra participará da mesa que irá debater o tema do Poder Judiciário como condutor de processos eleitorais. Cármen Lúcia deve falar sobre os desafios do Supremo Tribunal Federal na democracia brasileira.

 

O presidente do STF marcou julgamento no Plenário apenas na quinta (16). Na ocasião, os ministros irão analisar recursos contra o entendimento de que uma decisão em matéria tributária (“coisa julgada”) perde efeito se o Supremo decidir de forma contrária a ela.

 

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral, Alexandre de Moraes, também marcou sessão para a manhã de quinta (16). Na pauta, alguns poucos julgamentos de recursos eleitorais em pequenos municípios. 
 

Repatriados de Gaza chegam ao Brasil nesta segunda com operação de acolhimento
Foto: Divulgação

Os brasileiros e seus familiares palestinos que deixaram a Faixa de Gaza desembarcam no Brasil nesta segunda-feira (13) . O governo federal já implementou uma operação de acolhimento abrangente para o grupo, incluindo atendimento médico, apoio psicológico e regularização de documentos. As informações são da Agência Brasil.

 

A jornada teve início quando eles cruzaram a fronteira com o Egito pelo Portal de Rafah, nas primeiras horas deste domingo (12), com destino ao Cairo, de onde partirão em um voo com destino a Brasília. A previsão é que a aeronave deixe a capital egípcia às 11h50 (horário local) e pouse em Brasília às 23h30 (horário local), realizando três paradas técnicas em Roma, na Itália; Las Palmas, na Espanha; e na Base Aérea do Recife, já no Brasil.

 

Os repatriados serão submetidos a apoio psicológico, cuidados médicos, imunização e um período de repouso em Brasília, alojados nas instalações da Força Aérea Brasileira (FAB), antes de seguir para outras cidades no Brasil. O Ministério da Saúde informou que a Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) está mobilizada para oferecer os cuidados necessários em saúde assim que chegarem ao Brasil, em Brasília.
 

Grupo de brasileiros tem expectativa de sair de Gaza na quinta-feira; Itamaraty não confirma
Foto: Embaixada do Brasil na Palestina

 

A diplomacia do Brasil informou aos brasileiros em Gaza que os responsáveis dos países envolvidos na evacuação de civis do enclave avisaram às embaixadas que a saída do grupo pela fronteira com o Egito será nesta quinta-feira (9).

 

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No entanto, apesar de os brasileiros terem recebido a previsão, nem o Itamaraty, nem o Escritório da Representação do Brasil em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, confirmam a informação. 

 

A expectativa inicial era de que os 34 brasileiros presos no sul da Faixa de Gaza deixassem o local rumo ao Egito até esta quarta-feira (8), porém, eles ficaram fora da sexta lista de estrangeiros autorizados a deixar o enclave palestino divulgada nesta quarta-feira (8). As informações são da Agência Brasil.

 

O chancelar brasileiro Mauro Vieira informou semana passada que o ministro das Relações Exteriores de Israel, Eli Cohen, deu garantias de que os brasileiros deixariam Gaza até esta quarta-feira. Os ministros conversaram, por telefone, na última sexta-feira (3).

 

Nesta quarta-feira, a assessoria do Itamaraty informou que as negociações para a saída dos brasileiros do enclave continuam sendo feitas com autoridades dos países envolvidos, por meio das embaixadas do Brasil no Cairo, no Egito, em Tel Aviv, em Israel, e em Ramala, na Cisjordânia.

 

Na lista de estrangeiros autorizados a deixar Gaza nesta quarta-feira, divulgada pelo Escritório da Representação do Brasil, em Ramala, constam 601 estrangeiros. A maioria são pessoas com passaporte da Ucrânia, 228 ao todo. Em seguida, estão os nacionais das Filipinas (107), Estados Unidos (100), Alemanha (75), Romênia (51) e Canadá (40).  

 

No último sábado (4), a saída do enclave foi suspensa depois que Israel bombardeou um comboio de ambulâncias que levariam feridos para o Egito. A fronteira de Rafah só foi reaberta nessa segunda-feira (6). 

 

Segundo o Itamaraty, a lista é feita pelas autoridades israelenses e egípcias. Porém, a Embaixada de Israel no Brasil informou, por meio da assessoria, que as listas são preparadas por “entidades e organismos internacionais”, mas não informam que entidades seriam essas. Já a Embaixada do Egito no Brasil não respondeu aos questionamentos enviados pela Agência Brasil. 

Itamaraty ainda não tem “previsão clara” de quando brasileiros deixarão Gaza e não quer gerar "expectativas frustradas"
Foto: Reprodução / FAB

 

Diplomatas da embaixada do Brasil no Egito e fontes do Itamaraty dizem ainda estar “sem previsão clara”, nesta sexta-feira (3), de quando os cerca de 30 brasileiros conseguirão deixar a Faixa de Gaza.

 

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Desde a última quarta (1º), autoridades do Egito e de Israel produziram três listas com nomes de estrangeiros autorizados a deixarem a região por meio da fronteira com a cidade egípcia de Rafah. As informações são do colunista Igor Gadelha, do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.

 

Nenhuma pessoa com cidadania brasileira, contudo, estava nessas três listas, que são anunciadas diariamente. A próxima lista deve ser divulgada pelas autoridades egípcias e israelenses no sábado (4).

 

A postura do Itamaraty hoje é de evitar gerar expectativas frustradas. A ordem na diplomacia brasileira tem sido não dar previsões exatas publicamente, para não terminar gerando frustrações aos envolvidos.

 

Na quinta-feira (2/), o chanceler brasileiro, Mauro Vieira, falou pela quinta vez com Sameh Shoukry, chanceler do Egito, para reiterar o pedido para liberação de brasileiros que estão em Gaza, por Rafah.

Ajuda humanitária enviada à Gaza é “insuficiente”, afirmam entidades
Foto: Reprodução / Rede Globo

Entidades internacionais de ajuda humanitária afirmaram hoje (29) que os caminhões com remédios e mantimentos liberados por autoridades israelenses para atender a população civil na Faixa de Gaza possuem um número insuficiente.

 

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Segundo a organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), antes do início da Guerra entre o Estado de Israel e o Hamas, cerca de 300 a 500 caminhões com suprimentos entravam diariamente em Gaza para ajudar a população. Desde o último dia 20, foram autorizados a entrar no enclave apenas 118 caminhões. As informações são da Agência Brasil.

 

“Uma resposta extremamente inadequada às necessidades constantes e crescentes em Gaza”, destacou a organização MSF, em publicação.

 

De acordo com o presidente internacional da MSF, Christos Christou, a entidade está pronta para aumentar a ajuda humanitária a Gaza, com equipes e suprimentos médicos de prontidão. “Mas, enquanto os bombardeios continuarem com a intensidade atual, qualquer esforço para aumentar a ajuda médica será inevitavelmente insuficiente”, disse.

 

Agência da Organização das Nações Unidas (ONU) para Refugiados da Palestina (UNRWA) informou que milhares de pessoas invadiram, neste sábado (28), armazéns e centros de distribuição da agência nas áreas central e Sul da Faixa de Gaza para pegar farinha de trigo e itens básicos de sobrevivência, como suprimentos de higiene pessoal.

 

“Este é um sinal preocupante de que a ordem civil começa a ruir depois de três semanas de guerra e de um cerco rigoroso a Gaza. As pessoas estão assustadas, frustradas e desesperadas. As tensões e o medo são agravados pelos cortes nos telefones e nas linhas de comunicação pela Internet. Eles sentem que estão sozinhos, isolados das suas famílias dentro de Gaza e no resto do mundo”, disse o diretor de assuntos da UNRWA na Faixa de Gaza, Thomas White.

 

De acordo com a agência da ONU, o deslocamento em massa de pessoas do Norte da Faixa de Gaza para o Sul faz com que a estrutura da região Sul entrasse em colapso. Há famílias que receberam até 50 parentes e agora estão todos abrigados em uma mesma casa.

 

“Os fornecimentos no mercado estão esgotando enquanto a ajuda humanitária que chega à Faixa de Gaza em caminhões provenientes do Egito é insuficiente. As necessidades das comunidades são imensas, mesmo que apenas para a sobrevivência básica, enquanto a ajuda que recebemos é escassa e inconsistente”, destacou White.

 

Segundo a agência, neste sábado, não houve ingresso de caminhões com ajuda humanitária devido ao apagão nas comunicações: a UNRWA – principal intermediadora na recepção e armazenamento de ajuda na Faixa de Gaza – não conseguiu estabelecer comunicação com os diferentes agentes envolvidos no processo para coordenar a passagem do comboio.

 

“Apelamos a uma linha de fluxo regular e constante de fornecimentos humanitários para a Faixa de Gaza para responder às necessidades, especialmente à medida que as tensões e frustrações aumentam”, acrescentou White.

 

A UNRWA relatou que parte dos serviços e ligações à Internet foram restabelecidos neste domingo.

Israel cancela reunião na ONU após secretário-geral dizer que ataque do Hamas “não aconteceu por acaso”
Foto: Reprodução / Brasil de Fato

A sessão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) para votar a resolução que os Estados Unidos elaboraram sobre a guerra no Oriente Médio terminou em atrito diplomático entre a ONU e Israel.

 

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O chanceler israelense cancelou a reunião bilateral que teria com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, após Guterres dizer que "o ataque de Hamas não aconteceu por acaso", em referência aos atentados em série do grupo terrorista em solo israelense em 7 de outubro. As informações são do g1.

 

Em discurso de abertura da sessão, o secretário-geral falou ainda de uma "ocupação sufocante" de Israel na Faixa de Gaza. "É importante reconhecer que os atos do Hamas não aconteceram por acaso. O povo palestino foi submetido a 56 anos de uma ocupação sufocante. Eles viram suas terras serem brutalmente tomadas e varridas pela violência. A economia sofreu, as pessoas ficaram desabrigadas e suas casas foram demolidas", discursou Guterres.

 

Ele disse, em seguida, que "os sofreres do povo palestino não podem justificar os ataques do Hamas", porém, ainda assim, Israel criticou a fala. Em represália, além de o chanceler cancelar a reunião que teria com Guterres, o embaixador do país na ONU, Gilad Erdan, pediu a demissão imediata do secretário-geral.

 

Ainda em seu discurso, ele afirmou que cerca de 35 funcionários da ONU morreram em Gaza desde o início da guerra e pediu novamente para que Israel e Egito destravem negociações para a entrada de ajuda humanitária no território - até agora, apenas três comboios com menos de cem caminhões foram permitidos em Gaza.

Caminhões com ajuda humanitária foram autorizados a atravessar a fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza
Foto: Reprodução Youtube

Cerca de 20 caminhões carregados com mantimentos, suprimentos e ajuda humanitária conseguiram entrar na Faixa de Gaza neste sábado (21), segundo autoridades palestinas. Outros 100 veículos aguardam autorização na passagem de Rafah, na fronteira do Egito. 

 

Após a passagem dos primeiros 20 veículos autorizados, os portões em Rafah voltaram a ser fechados. O comboio que entrou em Gaza transportava remédios, suprimentos médicos e alimentares (produtos enlatados).

 

A Embaixada dos Estados Unidos em Jerusalém anunciou que a passagem seria aberta por volta das 4 horas no horário de Brasília. Pouco depois deste horário, emissoras de TV do Egito começaram a exibir imagens de caminhões atravessando a fronteira. Em relação à passagem de ajuda humanitária, inicialmente o governo de Israel havia bloqueado a entrada de água, alimentos, eletricidade e combustível em Gaza.

 

No entanto, apelos da comunidade internacional e, principalmente, um encontro com Joe Biden, presidente dos Estados Unidos, em Tel Aviv, convenceram Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelense, a autorizar o envio da ajuda para o território.

 

O gabinete do primeiro-ministro de Israel afirmou, em comuicado, que “não impedirá” as entregas de alimentos, água e medicamentos, desde que os fornecimentos não cheguem a integrantes do grupo Hamas. Não houve menção a combustível, que é essencial para abastecer os geradores dos hospitais locais.

 

A ajuda humanitária estava parada no Egito há dias, enquanto Gaza mergulha em uma crise humanitária cada vez mais grave. O local está ficando sem alimentos, água, combustível e produtos médicos, ao mesmo tempo que é atingida por ataques aéreos.

Cerca de 150 brasileiros estão entre a Faixa de Gaza e Israel aguardando repatriação
Foto: Antônio Cruz / Agência Brasil

O Brasil retirou da região do conflito no Oriente Médio um total de 1.137 brasileiros por meio da Operação Voltando em Paz, iniciativa do governo brasileiro para trazer nacionais que desejam sair da zona de guerra. Outros 150 brasileiros continuam na região no aguardo da repatriação: 120 em Israel e cerca de 30 na Faixa de Gaza.

 

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Foram seis voos desde o dia 10 de outubro, sendo que o último, com 221 brasileiros, deixou a área de conflito e deve chegar ao país na madrugada desta quinta-feira (18).  As informações são da Agência Brasil.

 

“Com isso, nós encerramos a primeira fase da maior operação de repatriação de brasileiros em zona de conflito, excluída, portanto, a pandemia, desde 2006”, relatou o ministro das Relações Exteriores Mauro Vieira nessa quarta-feira (18), em Brasília, em entrevista à imprensa.

 

Vieira destacou que a operação disponibilizou veículos para transportar os brasileiros das áreas centrais de Jerusalém e Tel Aviv até o aeroporto e que toda operação foi acompanhada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

 

Agora, o Itamaraty aguarda a possibilidade de retirar os brasileiros da Faixa de Gaza, alvo dos bombardeios diários de Israel. "O presidente Lula falou com o presidente do Egito, El-Sissi, eu falei ontem com o ministro do Exterior do Egito pedindo o apoio para que o os brasileiros possam ser evacuados assim que essa passagem for aberta”, informou o ministro.

 

Duas aeronaves, um KC-390 e um KC-30, estão de prontidão, uma em Roma, na Itália, e outra no Rio de Janeiro, para trazer mais brasileiros, “em virtude das listas estão sendo compostas pela nossa Embaixada”, relatou o comandante da Aeronáutica, Marcelo Damasceno.  Há ainda 15 estrangeiros de países latino-americanos, da Bolívia, Argentina, Uruguai e Paraguai, que solicitaram ajuda ao Brasil para deixar a região da guerra.

 

“Evidentemente, foi dada preferência nos primeiros voos aos cidadãos brasileiros. Mas estamos programando que, no último voo dessa primeira faze, se possa transportar 15 estrangeiros ainda interessados em voltar ao Brasil e daqui para seus países”, afirmou o ministro Mauro Vieira.   

Governo federal envia kits de ajuda humanitária no avião da FAB que fará novo voo de repatriação
Foto: Secom PR/FAB

Pousou em Roma, na madrugada desta terça-feira (17), a aeronave KC-30 da Força Aérea Brasileira que fará o sétimo voo de repatriação de brasileiros que se encontram atualmente em Israel. Com esse voo, que sairá do aeroporto de Tel Aviv nesta quarta (18), o governo brasileiro alcançará a marca de 1100 brasileiros que pediram para sair de Israel por conta dos conflitos com o Hamas. 

 

Além de repatriar os brasileiros, a aeronave da FAB transportou 40 purificadores de água e dois kits de medicamentos e insumos, suficientes para atender até três mil pessoas ao longo de um mês. Os purificadores têm capacidade de tratar mais de 220 mil litros por dia, e serão destinados a apoiar as vítimas do conflito do Oriente Médio. Cada kit de assistência humanitária é composto por medicamentos e insumos, como anti-inflamatórios, analgésicos, antibióticos, além de luvas e seringas.

 

De acordo com o Palácio do Planalto, uma equipe de atendimento formada por duas psicólogas, um médico, uma enfermeira e uma técnica de enfermagem da Força Aérea Brasileira também seguiu para Roma com a aeronave. Essa equipe dará apoio aos passageiros durante a repatriação ao Brasil.

 

Enquanto organiza mais uma etapa da operação “Voltando em Paz” para repatriação de brasileiros, o avião presidencial da FAB aguarda a abertura da fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito, para buscar os 28 cidadãos brasileiros que viviam ou estavam no território palestino e pediram resgate por conta dos conflitos entre o Hamas e Israel. O grupo tem 14 crianças, oito mulheres e seis homens (22 deles nasceram no Brasil, três são imigrantes palestinos e três são palestinos que possuem cidadania brasileira). Esse grupo aguarda a autorização para cruzar a fronteira em cidades palestinas próximas ao Egito.

 

Assim que for autorizada a passagem dos brasileiros, o avião da FAB deve se deslocar até o Egito para fazer o resgate. Enquanto isso, os brasileiros têm recebido apoio psicológico da Embaixada do Brasil na Palestina. Uma psicóloga foi contratada em Gaza para fazer o acompanhamento das famílias.
 

Brasileiros podem deixar Gaza nesta segunda, diz embaixador na Cisjordânia
Foto: Abed Rahim Khatib / Getty Images

O embaixador do Brasil na Cisjordânia, Alessandro Candeas, disse neste domingo (15) esperar que os brasileiros que aguardam repatriação na Faixa de Gaza possam atravessar a fronteira para o Egito, em passagem próxima à cidade de Rafah, na segunda-feira (16). As informações são Reuters.

 

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Segundo ele, a embaixada recebeu a informação de brasileiros que estão em Gaza de que "circulam rumores" de que a fronteira será aberta na segunda, e também confirmou essa informação por outro canal.

 

Um grupo de 28 pessoas, 22 brasileiros e seis palestinos com residência no Brasil, segue abrigado nas cidades de Rafah e Khan Yunis, no sul de Gaza, aguardando autorização para cruzar a fronteira.

 

O embaixador afirmou que a saída dos brasileiros depende da abertura da passagem para o Egito e também da autorização das autoridades de imigração, que precisam carimbar os passaportes dos brasileiros.

 

"No nível político tudo já está feito. É necessário apenas que, uma vez que seja aberta a fronteira, o funcionário que está ali, que vai receber os brasileiros, ele tenha a lista e autorize o ingresso. Esperamos que isso aconteça amanhã, essa é a nossa expectativa", disse Candeas.

 

Segundo o governo brasileiro, assim que o grupo puder cruzar para o Egito, eles serão trazidos ao Brasil no avião VC-2 da Presidência da República, que tem capacidade para transportar até 40 passageiros. Outros cinco voos de repatriação já foram feitos para trazer brasileiros e familiares de Israel.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, vêm negociando a abertura da fronteira desde a semana passada para poder resgatar o grupo. Entre sexta e sábado, o presidente abordou a questão em telefonemas com o presidente de Israel, Isaac Herzog, o presidente do Egito, Abdul Fatah al-Sisi, e o presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas.

 

REABERTUA DE FRONTEIRAS

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, afirmou neste domingo que a passagem fronteiriça controlada pelo Egito na Faixa de Gaza será reaberta e que os Estados Unidos estão trabalhando com egípcios, israelenses e a Organização das Nações Unidas (ONU) para que auxílio humanitário possa chegar à região.

 

Centenas de toneladas de ajuda foram enviadas de vários países e estão esperando há dias na península do Sinai, no Egito. Falta um acordo para sua entrega em segurança em Gaza, além da evacuação de estrangeiros por meio da fronteira em Rafah.

 

O Egito afirmou que intensificou seus esforços diplomáticos para resolver o impasse. “Colocamos para funcionar, o Egito botou para funcionar muitos materiais de apoio ao povo em Gaza, e Rafah será reaberta”, afirmou Blinken a repórteres no Cairo, depois do que disse ter sido uma “conversa muito boa” com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi.

 

“Estamos estabelecendo com a ONU, o Egito, Israel e outros o mecanismo pelo qual vamos receber a ajuda e como ela chegará às pessoas que precisam”, finalizou.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
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"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

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