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geraldo simoes
A definição sobre quem será o nome apoiado pela base aliada do governo Jerônimo Rodrigues (PT) à prefeitura de Itabuna, no Sul baiano, não deve vir à tona por enquanto. O melhor dos mundos para os petistas seria apoiar o atual prefeito e pré-candidato à reeleição, Augusto Castro (PSD), tido como o “queridinho” de Jerônimo. O detalhe é que existem ressalvas quanto ao trabalho desempenhado pelo gestor na administração itabunense, na avaliação do presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, o que pode acabar fazendo com que a sigla reivindique o comando da chapa majoritária em Itabuna.
Durante entrevista ao Bahia Notícias, Éden pontuou que o nome de Augusto segue sendo tratado como prioridade dentro do Conselho Político, e que o entendimento é que ele pode unificar a base aliada em torno da sua candidatura, até pelo fato de ter apoiado Jerônimo nas eleições estaduais em 2022. Porém o próprio presidente destacou que essa não é uma “regra imutável” e admitiu que, após pesquisas internas realizadas pelo PT, existe uma “dúvida política eleitoral” acerca da melhor tática para a administração de Itabuna.
“É um critério importante? Sim, mas, mais do que um dever dos aliados, isso é uma tarefa para o prefeito. Temos que, eventualmente, conversar sobre a futura composição de governo. Tem uma demanda que penso que cabe ao partido que reivindica a cabeça da chapa uma tarefa política a ser executada. Lá em Itabuna, me perdoe a sinceridade, o prefeito está deixando a desejar. [...] Então tem um processo de diálogo ainda para avançar com relação à unidade. Mas também há uma dúvida sobre a tática eleitoral. As pesquisas deixaram a gente com dúvida com relação à melhor tática", disse o presidente do PT na Bahia.
As possibilidades são duas, nas palavras do próprio Éden. A primeira é unificar toda a base em torno da reeleição de Augusto Castro, que busca quebrar o tabu da reeleição em Itabuna. O outro caminho seria lançar uma candidatura que “dialogue com quem está insatisfeito com a administração local, a fim de não deixar esses votos caminharem para os candidatos de oposição”. O nome que surge com mais força para fazer frente a Augusto é o do ex-deputado federal e ex-prefeito de Itabuna, Geraldo Simões (PT). Inclusive, ainda durante a entrevista, Éden citou uma “animosidade” entre Augusto e Geraldo. Na visão dele, a prefeitura não encara com bons olhos a pré-candidatura do petista.
“Me parece que o clima lá [em Itabuna] está muito mais de animosidade com a pré-candidatura do PT, do companheiro Geraldo Simões, que tem buscado apresentar legitimamente a sua pré-candidatura e que tem encontrado, no diálogo com a prefeitura, um clima de briga, não está um clima amistoso. Então eu não jogo gasolina na fogueira, não sou alguém que acha que é brigando que a gente resolve. Todas as minhas falas, minhas orientações são sempre de tentar politizar o debate e ver qual é o melhor caminho para o PT e para o governo. Há uma dúvida ainda política eleitoral, com relação qual é a melhor tática para o governo lá. Se é realmente unificar todo mundo em torno da reeleição de Augusto ou se nós podemos ter outras candidaturas que dialoguem eventualmente com quem está insatisfeito com a administração local e tal, e não deixar esses votos caminharem para os candidatos de oposição”, afirmou Éden Valadares,
O presidente destacou que os temas serão debatidos no próximo Encontro Municipal de Tática Eleitoral do PT, marcado para a segunda semana de abril. A reunião marcará as estratégias adotadas pelos petistas para a disputa municipal em Itabuna que, por ter menos de 200 mil eleitores, não pode realizar segundo turno, de acordo com as regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
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