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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que a tentativa de golpe na Bolívia, na última quarta-feira (26), pode estar relacionada com as reservas de lítio, gás e outros minérios no país.
“A Bolívia é um país que tem muitos interesses internacionais focados lá porque é a maior reserva de lítio do mundo e outros minerais críticos de muita importância, além de ter gás. É preciso que a gente tenha em mente que tem interesse em dar golpe”, disse Lula em entrevista à Rádio Itatiaia, reproduzida pela Agência Brasil.
Chamado de “ouro branco” ou “petróleo do século 21”, o lítio é um dos minerais considerados críticos de importância central para transição energética e para as baterias dos carros elétricos. Estima-se que 53% do lítio na América Latina esteja concentrado em países como Chile, Bolívia e Argentina.
O presidente Lula confirmou sua ida à Bolívia no dia 9 de julho, onde irá se encontrar com o presidente Luis Arce, em Santa Cruz de la Sierra, e também se reunirá com empresários locais. Lula irá à Bolívia logo após a Cúpula de Chefes de Estado do Mercosul, que será realizada em Assunção, no Paraguai, nos dias 7 e 8 de julho.
"Vou lá para fortalecer o Luis Arce, para fortalecer a democracia e mostrar para os empresários que é muito importante que se mantenha a Bolívia governada democraticamente. Se não for assim, a Bolívia nem pode entrar no Mercosul”, afirmou.
O general Juan José Zúñiga foi transferido para um presídio de segurança máxima neste sábado (29). A ordem foi dada por um juiz que impôs seis meses de prisão preventiva ao militar acusado de liderar uma tentativa fracassada de golpe contra o presidente da Bolívia.
Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a reclusão do general ocorrerá enquanto as investigações avançam. Zúñiga e outros dois militares de alto escalão também acusados de liderar o golpe, o vice-almirante Juan Arnez, ex-chefe da Marinha, e Alejandro Irahola, ex-chefe da brigada mecanizada do Exército, chegaram à prisão de Chonchocoro acompanhados por uma escolta.
Os militares são acusados de terrorismo e rebelião armada e, segundo o Ministério Público, podem receber uma sentença de até 20 anos de prisão. Ainda conforme o jornal, o general Zúñiga era o comandante-geral do exército boliviano e tem sido apontado como o principal responsável pela conspiração contra o presidente Luiz Arce desde o início das investigações. O militar foi preso na última quarta-feira (26).
Três deputados federais do PSol entraram com uma representação contra Ricardo Salles (PL-SP) na Procuradoria-Geral da República (PGR), após o parlamentar publicar que “melancias” da Bolívia têm “culhões”, no dia da tentativa de golpe militar no país. Fernanda Melchionna, Sâmia Bomfim e Glauber Braga pedem abertura de processo criminal contra Salles.
O deputado do PL fez uma postagem no X, antigo Twitter, afirmando que “melancias” da Bolívia têm culhões, logo após a repercussão do anúncio de um golpe de Estado no país, comandando pelo ex-comandante do Exército, Juan José Zúñiga, nesta quarta-feira (26).
"En Bolívia las melancias tienen cojones... "
— Ricardo Salles (@rsallesmma) June 26, 2024
Na postagem, repercutida pelo Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, ele escreve, em espanhol, com um erro, e entre aspas: “En Bolívia las melancias tienen cojones… “. Em tradução livre, Salles diz que os “melancias”, que seriam os militares bolivianos, têm “culhões”. O termo melancia é usado de forma pejorativa pela extrema direita para se referir ao Exército, com a ironia de que eles vestiriam uniforme verde, mas teriam, por dentro, pensamento vermelho, de esquerda. Em espanhol, porém, melancia se traduz como sandía.
A representação dos deputados do PSol pede que Salles seja “processado criminalmente pelos supostos atos ilegais e criminosos estabelecidos nos artigos 286 (Incitação ao crime), parágrafo único (Incitação pública das Forças Armadas) e 287 (Apologia de Crime ou Criminoso) previstos no Título IX (Dos Crimes contra a Paz Pública) do Código Penal”.
“Nota-se claramente que o parlamentar comemora a tentativa de golpe de Estado ocorrida no país vizinho, além de demonstrar claramente sua frustração com o fato de o Exército brasileiro não ter feito o mesmo no Brasil. Isso, enquanto autoridades públicas, entre elas, o Ministério de Relações Exteriores brasileiro emitia nota condenando ‘nos mais firmes termos a tentativa de golpe de Estado na Bolívia’, rechaçando a violação da ordem constitucional no Estado boliviano.”
O documento enviado à PGR solicita abertura de inquérito criminal, a responsabilização de Salles pelos crimes, caso sejam verificadas as irregularidades, a inclusão do representado no âmbito do Inquérito 4.921/DF, relativo aos autores intelectuais dos atos antidemocráticos em Brasília, medidas judiciais cabíveis para a exclusão da postagem e o afastamento imediato do cargo de deputado federal.
Nesta quinta-feira (27), Salles defendeu não ter comemorado a tentativa de golpe, apenas ter feito “uma piada” com uma fala do general boliviano que tentou dar um golpe.
Preso suspeito de arquitetar a tentativa de golpe de estado iniciada nesta quarta-feira (26) na Bolívia, o general Juan José Zuñiga era o comandante-geral do exército do país, mas foi destituído do cargo ao afirmar que prenderia Evo Morales caso o ex-presidente, que vai concorrer às eleições no país em 2025, volte a se eleger.
“Sou um soldado de honra que está disposto a oferecer sua vida pela defesa e unidade da Pátria. Nossa Pátria, mais uma vez, está sob a ameaça de inimigos internos e externos que buscam a divisão, a desestabilização e o ódio entre os bolivianos, para tomar sobre os recursos naturais em benefício de interesses mesquinhos e grupos de poder que respondem ao caudilhismo", afirmou, um dia antes da tentativa de golpe.
Além da destituição, a declaração gerou reação imediata de Evo Morales, que declarou a possibilidade de um golpe de estado, em episódio que acabou em sua renúncia, em 2019. As informações são do g1.
Horas depois da resposta de Morales, Zuñiga liderou os tanques e militares que invadiram o palácio presidencial contra o governo de Luis Arce, eleito em 2020, e afirmou que o movimento era uma "tentativa de restaurar a democracia" na Bolívia e de libertar prisioneiros políticos.
O general estava no cargo máximo do Exército desde 2022. Na época, ele já tinha relação ruim com o movimento político de Evo Morales, que tinha apontado o general como integrante de um grupo de militares especialistas em escutas telefônicas e monitoramento pessoal.
Zuñiga também já foi acusado de envolvimento em escândalos de corrupção, segundo o jornal boliviano El Deber. Por conta do caso, o general foi sancionado com sete dias de prisão.
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Pérolas do Dia
Margareth Menezes
"Cultura não é supérfluo".
Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.