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golpista
A Polícia Federal (PF) interceptou mensagens de WhatsApp em que um senador Marcos do Val (Podemos-ES) diz ter atuado para prender o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O diálogo foi obtido pela coluna de Paulo Cappelli do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
O aparelho foi apreendido no âmbito do inquérito do STF que apura suposto planejamento de golpe de Estado por parte do senador Marcos do Val, de Bolsonaro e do ex-deputado Daniel Silveira. Foi com base nas mensagens encontradas no telefone interceptado que investigadores da PF pediram a prisão de Do Val a Alexandre de Moraes, em junho.
Em dois de fevereiro, uma pessoa identificada como “Elmo” enviou uma mensagem a Do Val às 11h24: “O que precisar de nós é só falar. Se precisar estar aí com vc, é só falar. Tamo junto na alegria e na tristeza”.
O senador responde: “Estou há dois anos trabalhando para prender Alexandre de Moraes”. Pouco depois, Elmo encerra: “Batalha dura”. Segundo apurou a coluna, o interlocutor seria irmão de Do Val.
“Olha os relatórios do que provocamos na imprensa Brasileira em um único dia! Superou as expectativas, e a primeira fase foi concluída. Essa missão foi provocar a imprensa e a sociedade para pedir aos seus representantes no Congresso as assinaturas para a abertura da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) sobre o dia 08 de janeiro!”, escreveu Do Val no fim da tarde do dia 25 de fevereiro.
Na troca de mensagens, continuou o senador. “Disse que não imaginava que faria isso e os generais não paravam de ligar para ele, para dizer que descobriram as minhas ações e parabenizando. Disse que a CPMI irá dar início ao fim do Lula e Xandão. Lula acredito que conseguimos impeachment, o Xandão vai perder a força e vai mergulhar”.
Neste momento da conversa, Do Val não detalha a Humberto quem seria o sujeito por trás do verbo “disse”. Na sequência, Do Val finaliza: “Bolsonaro está muito feliz. E impressionado de eu ter feito tudo sozinho”.
“AFASTAMENTO DO MINISTRO”
No pedido de prisão preventiva de Marcos do Val feito a Alexandre de Moraes, policiais citaram suposta tentativa do senador de atrapalhar as investigações. No celular apreendido, a PF destacou mensagens enviadas pelo parlamentar ao senador Sergio Moro e ao deputado Eduardo Pazuello explicando como pretendia afastar Moraes do inquérito dos atos golpistas.
Os investigadores relatam que Do Val compartilhou com os dois parlamentares uma cópia de sua oitiva à Polícia Federal: “Esse meu depoimento, eu incluo o ministro AM [Alexandre de Moraes] e tecnicamente ele é obrigado a sair da relatoria dos Atos antidemocráticos”, diz uma primeira mensagem.
Em seguida, Do Val continua: “Temos que passar para os influenciadores que o Senador do Val abriu o caminho para o afastamento do ministro e para o impeachment do Lula”.
Em nenhum momento, a PF aponta qualquer irregularidade por parte de Moro ou Pazuello no referido caso.
“NÚCLEO DURO NA PGR”
Um outro diálogo destacado pela PF faz referência ao procurador-geral da República, Augusto Aras. No relatório, os investigadores afirmaram que Do Val dizia a interlocutores ter um “núcleo duro” na Procuradoria-Geral da República para dar “início a ações criminais contra Moraes”.
A Polícia Federal, contudo, pontuou que os diálogos com integrantes da PGR passaram longe de retratar qualquer relação de proximidade.
“Em nenhum momento foram identificadas mensagens que possam traduzir a formação de uma espécie de equipe entre o Senador e a PGR, a fim de tomarem alguma medida contra o Ministro Alexandre de Moraes. Na verdade, nas conversas com esses interlocutores, Do Val envia o mesmo repertório de mensagens que encaminha para uma variedade de contatos”, diz a PF no relatório enviado ao ministro do STF.
“Não há sequer resposta ou diálogos que permitam demonstrar proximidade entre Do Val e os Procuradores da República sobre o assunto. Augusto Aras, por exemplo, reserva-se no direito de responder Do Val em mais de uma vez com a mensagem: ‘Prerrogativas de Senador hão de ser defendidas pelo Senado'”.
Querida por uma legião de fãs, Baby do Brasil foi bastante criticada após publicar nas redes sociais uma foto ao lado de Sérgio Sá Leitão, atual ministro da Cultura, nomeado pelo presidente Michel Temer. “Estamos todos com muitas alegrias e expectativas superpositivas de que a nossa cultura será turbinada em 2018! Além de simpaticíssimo, o ministro falou para todos os artistas, empresários e convidados presentes que a sua visão é estratégia para devolver ao Brasil o seu potencial Cultural!”, escreveu Baby na legenda da fotografia. Apesar da empolgação da artista, seus seguidores logo rebateram: “Ministro da Cultura de um governo ilegítimo capitaneado por uma quadrilha de corruptos? Como assim Baby? Faltou freio ou um mínimo de consciência crítica. Curto o seu trabalho, mas acaba de cair no meu conceito”, escreveu um. “Porra Baby, até você? Parei de te seguir agora. É como diz o ditado popular: Não crie expectativas, crie galinhas elas lhe trazem ovos e eles matam sua fome, expectativas trazem surpresas e essas surpresas quase sempre decepção. Que triste, uma artista do seu nível descer tanto, fui”, disse outro. “Desnecessário, tirar foto com pessoas ligadas ao governo é de certa forma mostrar simpatia a este. Como é pessoa pública seus fãs tem todo direito de opinar. Estamos vivendo um momento conturbado no país, portanto tudo postado tem sim uma mensagem, não precisa nem de legenda”, comentou uma terceira.
Após a avalanche de críticas, Baby voltou às redes sociais para se explicar. “Gente, entendo a preocupação e o zelo de tantos, e quero dizer a vocês com todo o meu carinho e respeito que a opinião de cada um é muito preciosa para mim, mas quero de fato ser sincera sobre o que sinto: Desejo muito que a nossa cultura que está passando pelo momento mais ‘baixo nível’ de todos os tempos da nossa história, e que hoje é muito mais forte fora do Brasil do que no nosso próprio país, seja revigorada, e ressuscitada; e possamos apresentar novos projetos para que as gerações que já estão aí e as que estão nascendo possam conhecer o melhor do nosso Brasil!”, defendeu-se a cantora, afirmando que quer “dar um voto de confiança para que tudo possa tomar um novo rumo”. A artista então detonou o que considera “baixo nível”, sonhando que num futuro prospero “nossas crianças não mais irão dançar na boca da garrafa, mas sim o melhor samba no pé e a melhor dança de salão, e o melhor de todas as danças das artes, como sapateado e muitas outras”. Neste sentindo, ela elencou o que considera arte de qualidade: música, teatro, cinema, poesia, literatura, artes plásticas, pintura, etc.. “Amados, como cidadã e artista, quero dar o meu voto de confiança. E estou torcendo e orando para que eu não me decepcione e tudo dê certo!”, concluiu. A tentativa de se explicar, no entanto, acabou atraindo outras críticas. “’Com todo carinho e respeito’ e na sequência classifica como baixo nível uma cultura a qual você não se identifica. Chamar algo de baixo nível é um argumento muito adulto cheio de carinho e respeito né? E falando de música, a vida não só acontece na TV aberta, rádios e charts Baby, tem muita gente fazendo um trabalho lindo e só querer descobrir que você acha. E se toda essa sua fala é por causa do funk, se ele está na posição que está alguma explicação tem né? Ele vem da periferia aonde a cultura a qual você classifica de alto nível muitas vezes não chega”, rebate um internauta. “Ai Baby, respeito e aprecio sua trajetória, mas tem tanta gente produzindo coisa boa nos cenários underground, independente e mainstream que sua opinião mais parece um saudosismo ou algum tipo de ressentimento. Isso em relação a cultura mesmo, de resto não sei o que aconteceu”, diz outro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.