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guerra na ucrania
A Cúpula da Paz para a Ucrânia, realizada em Buergenstock, Suíça, terminou neste domingo (16) sem consenso total entre os participantes. A presidente suíça, Viola Amherd, anunciou que a maioria dos 90 países presentes apoiou a declaração final do evento, embora México, Arábia Saudita e Índia não tenham assinado o documento.
De acordo com a CNN, o comunicado final da cúpula destacou a necessidade de uso seguro da energia nuclear, a proteção das rotas de navegação marítima e o retorno das crianças deslocadas e civis detidos ilegalmente. Amherd reconheceu a importância de incluir a Rússia em futuras negociações e enfatizou o respeito à Carta das Nações Unidas.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, afirmou que o apoio dos líderes mundiais poderia ajudar a restaurar o Estado de Direito Internacional. Entretanto, o conselheiro de Segurança Nacional dos EUA, Jake Sullivan, rejeitou uma proposta de paz do presidente russo, Vladimir Putin, classificando-a como "completamente absurda" e argumentando que atender às exigências de Moscou deixaria Kiev vulnerável a novas agressões.
A declaração final foi apoiada pela maioria dos participantes, mas a ministra das Relações Exteriores do México, Alicia Barcena Ibarra, afirmou que não havia apoio internacional suficiente para nenhuma iniciativa de paz específica. Alguns aliados europeus expressaram a necessidade de um alcance mais amplo nas negociações.
Moscou, que não foi convidada para a cúpula e não demonstrou interesse em participar, considerou o evento uma perda de tempo e apresentou propostas rivais à distância.
O governo russo colocou Moscou em alerta máximo após o grupo de mercenários Wagner iniciar uma campanha contra o ministro da Defesa do país. Na madrugada deste sábado (24), no horário local, Yevgeny Prigozhin, chefe dos mercenários, afirmou que suas forças chegaram a uma região perto da Ucrânia, Rostov.
Prigozhin sugeriu não ter encontrado resistência das tropas russas até o momento, mas prometeu "destruir" quem se colocar em seu caminho. "Nós estamos avançando e vamos até o fim", disse. O governador de Rostov pediu que as pessoas não saiam de casa a não ser que seja necessário.
O Grupo Wagner é uma empresa privada paramilitar que existe desde antes da guerra na Ucrânia, e tem vínculos com o governo de Wladimir Putin. Porém, após baixas no conflito ucraniano, o número de recrutas aumentou, assumindo a "linha de frente" da guerra. E isso levou a desentendimentos com o exército russo.
O estopim para a reação contra Moscou teria ocorrido após supostamente o Ministério da Defesa atacar um acampamento do Grupo Wagner, matando combatentes.
Ainda assim, Prigozhin prometeu não se tratar de um golpe militar. "É uma marcha por justiça. Nossas ações não interferem de forma alguma nas tropas." Após as ameaças, a segurança em Moscou foi reforçada e a população compartilhou vídeos de tanques de guerra na cidade.
????Why is military equipment in the center of Moscow tonight?#Moscou #War #WarinUkraine #Prigoschin pic.twitter.com/DEhskKrmLE
— AG Breaking News (@AGiruckis) June 23, 2023
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Gilmar Mendes
"Eu diria que nós estamos ‘metidos em muita coisa’ exatamente em face dessa conflagração que marca a sociedade brasileira, mas não só neste momento não tão glorioso das democracias no Ocidente".
Disse o ministro do STF Gilmar Mendes ao comentar as recentes decisões tomadas pela Corte.