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O corpo de um homem foi encontrado na cidade de Mucuri, na divisa entre Bahia, Minas Gerais e Espírito Santo, e logo foi reconhecido pela identidade que levava no bolso. O problema é que aquele homem já tinha morrido. O caso de fraude documental foi descoberto após a Coordenadoria Regional de Polícia Técnica (CRPT) de Teixeira de Freitas realizar a identificação necropapiloscópica (confronto pelas impressões digitais).
Logo após a entrada do corpo no IML, a equipe da CRPT foi informada da possibilidade do falecido estar usando o nome de outro familiar, desta forma, foram solicitadas também as fichas dos irmãos.
“Recebemos este corpo com uma identidade do Estado do Rio de Janeiro e, imediatamente, solicitamos do Instituto de Identificação Afrânio Peixoto/RJ o envio da ficha papiloscópica do indivíduo para compararmos com as digitais do corpo”, explicou Elson Gonçalves Oliveira Jr, Perito Técnico responsável pela identificação.
Na análise, foi confirmado que o morto em Mucuri utilizava há quase 20 anos o nome de um de seus irmãos.“Temos por protocolo o processo de identificação biométrica de todos os corpos que dão entrada na nossa regional”, pontuou o Coordenador Eder Amorim. Mesmo quando não é possível a identificação pelas impressões digitais, os peritos optam pela arcada dentária ou ainda o DNA.
A finalidade de trocar de nome ainda não foi descoberta, visto que os principais envolvidos morreram. “Declarar o óbito de um indivíduo traz grandes repercussões, envolvendo seguro, pensões e aposentadorias, por exemplo. Portanto, é muito importante confirmar a identidade dos corpos que dão entrada na Polícia Técnica”, finalizou Eder.
O processo de identificação civil, criminal e da necropapiloscopia são atribuições dos profissionais Peritos Técnicos, que constituem parte das atividades fundamentais para o Departamento de Polícia Técnica ao cumprimento de sua missão institucional.
A coletiva de produção cultural Denda lançou o projeto Acervo Imediato, que busca reunir memórias e vivências de pessoas negras em uma galeria virtual colaborativa a partir de postagens no Instagram.
Usuários da rede podem interagir e contribuir com a iniciativa, compartilhando suas histórias e experiências através de fotos, vídeos ou stories do próprio perfil utilizando a hashtag #acervoimediato e marcando o perfil da coletiva.
As publicações poderão servir de inspiração na composição de narrativas visuais que serão elaboradas pelas artistas baianas Jamile Cazumbá, Safira Moreira e Shai Andrade, convidadas pela Denda a apresentarem uma mostra virtual em meados de abril. Cada uma delas desenvolverá um trabalho artístico em linguagem visual, que pode ser relacionado à fotografia, videoperformance, ilustração, entre outros.
A ideia é que as obras dialoguem com a proposta de construir registros da pluralidade da identidade negra. “O que a gente quer é que as pessoas negras compartilhem o que elas fazem no cotidiano, trazendo memórias positivas e mostrando outras possibilidades dentro do mundo que vivemos. O que mais se tem dessa população muitas vezes são imagens negativas, produzidas por outras pessoas, que trazem uma visão carregada de estereótipos”, destaca Nathália Procópio, uma das cinco integrantes da Denda.
“As pessoas podem fotografar momentos como uma plantação em um jardim, aniversário com o filho, um livro, um filme que inspira, uma conquista, um encontro, ou seja, tudo que acontece no presente e que traz carga afetiva para guardar e compor essas memórias do agora”, explica.
O Acervo Imediato foi uma das 75 propostas contempladas pelo Prêmio Anselmo Serrat de Linguagens Artísticas, no final de 2020, que selecionou projetos e atividades artísticas e culturais voltadas às linguagens de teatro, dança, circo, música, artes visuais, literatura, artes integradas, jogos digitais e arte de rua. Foram escolhidas 50 propostas com prêmios de R$50 mil e 25 propostas com prêmios de R$100 mil.
Natural de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, o artista visual Tiago Sant’Ana é o primeiro brasileiro contemplado com a Soros Arts Fellowship, iniciativa da Open Society Foundations, organização filantrópica criada pelo bilionário americano George Soros.
Ele e outros 10 artistas, curadores, produtores culturais e pesquisadores de diversos países receberão o prêmio de 80 mil dólares, para desenvolver projetos relacionados à imigração, espaço público e artes. A execução dos trabalhos deve ser realizada pelo período de 18 meses.
“O processo de seleção da bolsa se dá por meio de indicação. A Open Society Foundations, que é a organização por trás do prêmio, solicita a profissionais do mundo inteiro indicações de artistas que estejam alinhados com o conceito do prêmio: estar num nível de carreira médio ou emergente, além de trabalhar com temas relacionados ao espaço público, diásporas e imigração, por exemplo. Após esse processo de indicação, há a submissão do projeto. E a última etapa é uma avaliação por diversos profissionais das artes, além de um entrevista”, conta Tiago, em entrevista ao Bahia Notícias. “É um processo longo e a peneira é rigorosa, mas o tratamento da fundação é primoroso e nos faz sentir confortáveis mesmo estando sob avaliação”, garante o artista baiano.
Com o prêmio, Sant’Ana pretende seguir um caminho que já vem trilhando, com foco na identidade cultural. “Eu vou dar continuidade a uma série de trabalhos que eu venho desenvolvendo na região do Recôncavo da Bahia, onde nasci e cresci, em torno das ruínas dos antigos engenhos de açúcar. É um projeto que trata sobre história, sobre memória e também da necessidade de tecer narrativas sobre o nosso passado sobre um ponto de vista que se distancia de uma visão eurocêntrica. Essa pesquisa culminará numa exposição que realizarei em um museu de Salvador em 2021”, detalha o artista visual.
Sensibilizado com o atual cenário do país, Tiago destaca a importância de um prêmio como a bolsa Soros Arts Fellowship. “Esse é um dado muito importante porque estamos vivendo uma situação muito complexa no setor cultural no Brasil. Há um desmonte sistemático das políticas públicas nesse setor. Então, ser contemplado é como um respiro”, diz o baiano. “Além disso, ser da região do Nordeste, uma região que está fora do eixo principal da arte no Brasil, é outra questão a ser citada. Há muitas pessoas produzindo em diversas geografias do país e esse corpo de trabalho também deve ser visto como importante”, conclui.
No trabalho “Passar em branco”, o artista faz intervenção nas ruínas do antigo Engenho da Vitória, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia
SOBRE O ARTISTA
Tiago Sant’Ana (Santo Antônio de Jesus, 1990) é artista visual, curador e atualmente está concluindo Doutorado em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras, entendendo as dinâmicas coloniais que envolvem a produção da História e da memória. Foi um dos artistas indicados ao Prêmio PIPA 2018 e vencedor do Prêmio Foco ArtRio 2019.
Já expôs seus trabalhos em diversos países como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Colômbia. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como “Rua!” (2020) e “O Rio dos Navegantes” (2019), no Museu de Arte do Rio; “Histórias afro-atlânticas” (2018), no MASP e Instituto Tomie Ohtake; “Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” (2017-2018), no Fowler Museum at UCLA; “Negros indícios” (2017), na Caixa Cultural São Paulo e “Reply All” (2016), na Grosvenor Gallery.
Foi curador-assistente da 3ª Bienal da Bahia (2014), além de ter organizado outras mostras como “O espaço dividido” (2019), “Kaurís” (2019); “Concerto para pássaros” (2019); “Vamos de mãos dadas” (2018); “Campo de Batalha” (2017) e “Future Afro Brazil Visions in Time” (2017). Suas obras fazem parte de acervos públicos como o do Museu de Arte do Rio, Casa de Cultura da América Latina e Museu de Arte Moderna da Bahia. É representado em Salvador pela Roberto Alban Galeria.
Bansky, que durante a pandemia divulgou trabalhos realizados dentro de casa, resolveu sair da quarentena por um motivo especial.
O misterioso artista britânico, famoso pelas intervenções artísticas em espaços públicos, divulgou um vídeo em suas redes mostrando sua mais recente aventura, a intervenção “If you don’t mask – you don’t get”. A expressão é uma adaptação de “if you don't ask – you don't get”, que significa “se você não perguntar, não tem resposta”, mas trocando a palavra “pergunta” por “máscara”.
No vídeo, Bansky aparece de máscara, disfarçado como um funcionário da limpeza, enquanto grafita no metrô de Londres. As imagens dão algumas pistas a respeito do enigmático artista, que nunca revelou sua verdadeira identidade. É possível ver que se trata de um homem branco e alto.
Os desenhos mostram os ratos travessos - figuras que já são uma marca do artista - espirrando sem produção e usando máscaras como paraquedas. A intervenção, no meio da pandemia, emite a uma mensagem de apoio às medidas de prevenção ao novo coronavírus.
Confira o vídeo:
“Ancestralidade para qual identidade?”. A partir desta pergunta/mote, o espetáculo “Afronte” propõe uma reflexão sobre a interseccionalidade das discussões de gênero e raça, além da importância de preservar a memória e a construção histórica do que o diretor chama de “bixa preta”. Projeto de formatura de Thiago Romero em Direção Teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a montagem estreou nesta quinta-feira (7), na Casa Rosada, em Salvador, e segue em cartaz de quarta a sábado, até o dia 16 de fevereiro, sempre às 19h.
Thiago conta que, junto com o Teatro da Queda - plataforma que dirige há cerca de 10 anos na Bahia -, já trabalhava com pesquisa de gênero, estudando a representação e os dados históricos do homossexual em cena, mas foi em 2018 que decidiu se aprofundar também nas discussões de raça dentro do universo LGBT. “Ano passado eu lancei o ‘Madame Satã’, que já falava um pouco dessa relação entre gênero e raça. E a ideia do ‘Afronte’, então, é da gente na verdade entender como opera gênero e raça dentro dessas discussões, porque a gente tem muitas discussões sobre a homofobia, LGBTfobia, de racismo, mas pouco esses lugares se encontram”, explica.
O diretor destaca ainda a necessidade de que a sociedade entenda que o corpo negro LGBT tem um recorte muito específico. “Desde o ‘Madame Satã’, me interessam as narrativas das ‘bixas pretas’. O quanto de silenciamento as histórias que inter-relacionam gênero e raça ainda estão distantes da gente. A partir dessa necessidade, dessa interseccionalidade, eu fui percebendo quanto seria importante a gente perceber uma coisa que virou o mote da peça, que é uma ancestralidade ‘bixa preta’”, diz Thiago Romero, que busca evidenciar a existência de processos de silenciamento que fazem com que as narrativas das “bixas pretas” desapareçam.
Na montagem, público poderá escolher por dois caminhos, contemporâneo ou ritualístico | Foto: Mayara Ferrão / Divulgação
A dramaturgia da montagem, que une duas peças em uma, convida o espectador a optar por dois caminhos, que ao final se encontram. “Acontecem simultaneamente. Ao chegar na bilheteria, ele [o espectador] vai poder escolher entre os dois percursos. Um é mais poético, mais lírico, que a gente acompanha a trajetória dos Quimbandas e se reconhece a partir desse grupo”, explica o diretor. Esta composição cênica traz os atores Teodoro, Diego Alcântara, Ricardo Andrade e Antônio Marcelo. O público poderá optar também por outro caminho, que segundo Thiago “parte da experiência da formação de um ‘Queerlombo’, formado por quatro ‘bixas pretas’”, interpretadas pelos atores Anderson Danttas, Diogo Teixeira, Igor Nascimento e Rafael Brito. “O ‘Afronte’ é exatamente isso. As pessoas têm a possibilidade de escolher entre o agora, o presente, que é um circuito; e a história dos Quimbandas, que na verdade foi esse grupo de negros trazidos ao Brasil por conta do tráfico negreiro e viveram aqui ainda nesse processo de resistência”, pontua, destacando que, ao final, o público é levado a refletir sobre como a história dos homossexuais negros é apagada.
SERVIÇO
O QUÊ: “Afronte”
QUANDO: Quarta a sábado, 7 a 16 de fevereiro, às 19h
ONDE: Casa Rosada – Travessa dos Barris – Salvador (BA)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
Um amigo pode ser revelado, sem querer, a identidade secreta de Banksy, grafiteiro misterioso que tem obras de sucesso espalhadas por ruas do Reino Unido. De acordo com informações do jornal O Globo, o lapso aconteceu com o produtor musical e DJ Goldie, durante uma entrevista ao podcast do artista de hip hop Scroobius Pip. "Me dê uma bubble letter [tipo de letra, em geral, desprezada pelos artistas contemporâneos], coloque em uma camiseta, escreva 'Banksy', e estamos feitos. Podemos vender (...) Sem ofensa a Robert, o acho um artista brilhante, que virou o mundo da arte de cabeça para baixo", disse o DJ, sobre a monetarização do grafite na cena artística. Ainda de acordo com a publicação, ao perceber que havia entregado o amigo, Goldie pausou a resposta por alguns segundos, sugerindo arrependimento por ter entregado a identidade do artista, e logo mudou de assunto. A mídia britânica avalia que o lapso reforça as suspeitas de que Banksy seja o músico Robert Del Naja, membro da banda Massive Attack.
Publicados pela primeira vez em 2015, os livros já venderam mais de um milhão de cópias, com tradução para diversas línguas. A autora, identificada como a tradutora Anita Raja, 63, sempre escreveu sob o anonimato por julgar que abria um "espaço criativo" para seu trabalho.
Com direção de Marcos Ferreira e concepção colaborativa dos intérpretes-criadores Alice Rodrigues, Iago Gomes, Ícaro Ramos, Luana Fulô, Vinicius Santos e do assistente de direção, Leonardo Santos, o espetáculo visa levar ao público a reflexão sobre quem somos sob as vistas do mundo e para nós mesmos. O grupo, que surgiu em 2011 como fruto dos experimentos cenográficos de Ferreira, tem no currículo trabalhos, como "1º Eu, 2º Eu, 3º Eu" e "Malemolência”, retorna de uma temporada na Galeria Olido, em São Paulo.
ID: um pouco de cada um em cada um
Datas: 08 e 09/04
Local: Teatro do Movimento - Escola de Dança da Ufba, Avenida Adhemar de Barros, Ondina
Horário: 20h
Ingressos: R$10 Inteira | R$5 Meia
Confira (ou relembre) o vídeo do meme:
"Cláudia" aparece aos 28 segundos, 35 segundos e 1 minuto e 13 segundos
Erica ao lado dos primos, que foram juntos ao Clube da Criança
Confira o vídeo da menina que realmente se chama Cláudia, mas que Xuxa não mandou sentar:
Depois de 30 anos da gravação, Erica descobriu os vídeos na internet. “Minha prima mandou o link, vi uma imagem minha entregando um papel para a Xuxa. Durante os programas as crianças queriam muito ajudá-la, lembro de achar o papel no chão e entregar a ela. Eu nem conhecia a expressão “Aham”, mas vi que era sempre uma imagem minha. E aí meu marido falou: ‘Erica, você é 'a Cláudia'!”, relembra a administradora, que foi alvo de muitas brincadeiras entre os conhecidos, após o incidente.
Comparativo entre imagens de Erica nos vídeos da Xuxa e em uma foto do arquivo pessoal
Erica atualmente, aos 35 anos
Veja vídeo "investigativo" sobre a identidade da garota que virou meme. Eles só não sabiam que Erica era a verdadeira 'Cláudia Senta Lá', mas agora o mistério está realmente solucionado:
Confira o vídeo do primeiro episódio da série:
Serviço
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.