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Nesta sexta-feira (4), na Concha Acústica do TCA, Simone apresenta o show que celebra os 50 anos de sua carreira. Carlinhos Brown vai fazer uma participação especial na noite. A dupla já havia trabalhado junta no álbum 25 de dezembro, quando Brown assinou os arranjos da faixa “Boas Festas”.
Além de Brown, o Ilê Ayiê também vai participar da noite de show. O convite para o encontro inédito partiu do desejo de Simone de, celebrando as cinco décadas de carreira em sua cidade natal, ter no palco a expressão da sonoridade musical que representa Salvador ecoando nessa comemoração.
Fora dos palcos, a apresentação vai contar com a presença do cantor Milton Nascimento que está passando uns dias na Bahia e garantiu que vai ao show. Os ingressos ainda podem ser adquiridos no site Bilheteria Digital ou presencialmente na Midialouca Livraria.
A 42ª edição do tradicional concurso "Deusa do Ébano” do Ilê Aiyê foi realizado na Senzala do Barro Preto, no Curuzu, em Salvador. Na ocasião, Dalila Oliveira foi eleita como representante do bloco afro para o desfile do Carnaval 2023. Participando pela 4ª edição consecutiva do evento como patrocinadora, a Avon levou um time de maquiadores sob o comando de Tássio Santos para assinar a make das 14 candidatas.
Maquiador profissional e jornalista de beleza, Tássio entende bem o que é conviver com um universo da beleza com pouca diversidade. Sua vivência o influenciou a se tornar um ativista através da página @herdeiradabeleza, tornando-se um especialista em pele negra e, sobretudo, com foco em pessoas de pele retinta.
"A proposta da make foi trazer uma boca bem vibrante, explorando bem as várias possibilidades presentes na família de batons Ultra, em suas versões matte, semi-matte, cremoso e gloss, complementando com olhos bem expressivos, proporcionados pela Paleta Big Pro com mais de 40 opções de sombras, iluminadores e blushes que atendem todas as peles. Foi uma grande honra participar deste evento, completamente alinhado ao meu propósito e com a Herdeira da Beleza, que tenta reivindicar o nosso lugar, o papel das pessoas negras na sociedade. Eu acho que a gente pode reconquistar o nosso poder através dos cosméticos, acredito que seja um caminho pouco explorado”, declarou.
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A produtora do Ilê Ayiê, Val Benvindo, informou que a Noite da Beleza Negra, realizada há 40 anos no bairro do Curuzu, pode não ser promovida esse ano por falta de recursos. Ela fez um apelo junto ao poder público para que o evento seja viabilizado.
"Corre o risco de não existir. Sério risco de a Beleza Negra não mais acontecer. A gente, até a manhã de hoje, não tinha nenhum dinheiro. Não há nada confirmado", disse ela ao Jornal da Metrópole.
Conforme publicou o veículo, a Noite da Beleza Negra é o maior concurso de beleza e exaltação da mulher negra no Brasil.
O percurso do Carnaval do bairro da Liberdade e adjacências foi reconhecido e oficializado pelo Conselho Municipal do Carnaval e Outras Festas Populares (Comcar) de Salvador como Circuito Mãe Hilda de Jitolu.
A resolução, publicada no Diário Oficial do Município nesta segunda-feira (30), estabelece a validade do reconhecimento automático a partir do Carnaval de 2021, “em virtude dos ajustes e adaptações na logística e funcionamento do Circuito”.
A decisão se deu de forma unânime pelos conselheiros do Comcar, em votação realizada em uma Reunião Ordinária realizada no dia 23 de setembro.
MÃE HILDA DE JITOLU
Nascida no dia 6 de janeiro de 1923 em Salvador, Hilda Dias dos Santos faleceu aos 86 anos em 19 de setembro de 2009, em um hospital de Lauro de Freitas, por problemas cardíacos (clique aqui).
Mãe de santo que fundou e comandou por mais de 50 anos o terreiro Ilê Axê Jitolu, na Liberdade, ela, que era orientadora espiritual do Ilê Ayiê, é mãe de Antônio Carlos dos Santos Vovô, presidente fundador do bloco.
Em 1988, ela fundou a Escola Mãe Hilda Jitolu, com o objetivo de preservar e difundir os conhecimentos sobre a cultura e tradição africana.
Após Silva anunciar que o seu novo projeto "Bloco do Silva" estará em Salvador no dia 3 de fevereiro, no Trapiche Barnabé, às 16h, o cantor divulgou que Daniela Mercury e o Ilê Ayiê serão os convidados especiais do seu show.
No evento, Silva irá homenagear Caetano Veloso, Cheiro de Amor, Banda Eva, Daniela Mercury, Jorge Ben Jor, Novos Baianos entre outros artistas. "Tô muito, muito, muito feliz em finalmente colocar o meu Bloco na rua! Esse show vai ser demais, o setlist foi pensado cheio de amor pra gente cantar junto", escreveu o cantor em suas redes sociais.
Os ingressos estão à venda no site Eventbrite e custam R$ 100 inteira e R$ 60 meia entrada.
SERVIÇO
O QUÊ: Bloco do Silva
QUANDO: Domingo, 3 de fevereiro, às 16h
ONDE: Trapiche Barnabé, Comercio, Salvador-BA
VALOR: R$ 100 inteira e R$ 60 meia
Nesta terça-feira (20), Dia da Consciência Negra, um incidente marcou negativamente a data, pondo em evidência as dificuldades pelas quais passam os blocos afro de Salvador, ano após ano. A tradicional Caminhada da Liberdade, organizada pelo Fórum de Entidades Negras da Bahia, foi cancelada por falta de patrocínio (clique aqui e saiba mais). “São 18 anos de Caminhada, mas nós não tínhamos como fazer esse ano sem ter grana suficiente na mão. Tinha estrutura de trio, de lanche, de água, mas não tinha o dinheiro para poder pagar o pessoal. E aí aparece uma discriminação que nós negros tanto combatemos. São mais de 50 músicos, tem o pessoal da corda que protege eles, tem a segurança, e tudo isso é um custo, equivalente a R$ 30 mil, e a gente não conseguiu algumas parcerias com os órgãos públicos, então esse foi o resultado”, disse Antônio Carlos dos Santos, o Vovô, presidente do Ilê Ayiê e integrante do Fórum.
Coincidentemente, também nesta semana, o Diário Oficial do Município estampou atos que tornam sem efeito diversos contratos de patrocínio referentes ao Carnaval de 2018, firmados entre blocos afro e a Empresa Salvador Turismo (Saltur), vinculada à prefeitura de Salvador. Segundo a assessoria de imprensa do órgão, trata-se apenas de uma adequação às leis federais já que, para fechar o caixa, os projetos com problemas de documentação tiveram que ter seus contratos cancelados.
“Foi feito um cancelamento e foi substituído por outra ação. Não foi feito o cancelamento por falta de documentação, não. O ato administrativo não afetou em nada o que nós tínhamos combinado”, afirma João Jorge, presidente do Olodum, destacando que o principal ponto a ser discutido com relação à cultura no momento é, na verdade, o incidente da última terça. “Dia da Consciência Negra na cidade com a maior população negra do país, o evento não foi realizado por falta de patrocínio privado e público”, critica o dirigente, apontando um futuro nebuloso para os blocos afro. “No Carnaval que vem, no verão que vem, será um drama. Porque há menos recursos da prefeitura, governo do Estado, do Brasil, das empresas, e há a necessidade de se financiar o Carnaval, o verão, isso e aquilo outro. Vai ser muitas vezes mais difícil do que o Carnaval desse ano, e do que o cancelamento de ato administrativo”, destaca.
João Jorge destacou ainda o papel do Olodum para promover a Bahia no mundo | Foto: Divulgação
Citando a crise do turismo em Salvador, que culminou no fechamento de hotéis tradicionais, João Jorge alerta para o possível colapso de grande parte da atividade econômica na cidade. “Salvador é uma cidade que vive de turismo, da cultura e dos serviços. Se esses setores não entenderem que precisa fazer o recurso circular, nós teremos mais hotéis fechados no verão, mais restaurantes fechados, menos táxis circulando, menos notícias pra dar. O que está havendo, e não é de agora, tem mais de 20 anos, é um modelo em que o recurso circula pouco. O patrocínio vem basicamente de São Paulo e Rio e sempre é direcionado para alguns setores. E os setores mais populares, que não podem aumentar preço, terminam não tendo como se financiar”, avalia o presidente do Olodum, que também tenta sensibilizar os empresários para a importância de apoiar as manifestações culturais. “Não é somente governo do Estado, governo federal e a prefeitura que têm que financiar cultura ou Carnaval, festas, eventos, ou atos históricos”, defende. “O que há com as empresas que estão instaladas na Bahia, em relação a patrocinar eventos, a patrocinar cultura? Uma pergunta: aqui tem bancos? Aqui tem shoppings? Aqui tem empresa de telefone? Aqui tem empresa que vende absorvente, leite em pó, palito de dente, sabonete, shampoos? Quem é que consome esses produtos?”, questiona, lembrando que mesmo diante do horizonte crítico, o Olodum segue suas atividades, promovendo shows e ensaios, além de se prepara para o Carnaval. "Estamos enfrentando dificuldade e ainda assim estamos indo à luta", afirma.
Diante da realidade cada vez mais dramática, o presidente do Afoxé Filhos de Gandhy, Gilsonei de Oliveira, no entanto, demonstra impaciência e incredulidade com relação ao apoio das empresas, mas diz estar confiante na parceria com os governos. “Deixa eu te falar, por que eu tenho que dar essa informação pra imprensa, se recebeu ou deixou de receber? Não, a gente resolveu, a gente está resolvido com a prefeitura”, disse ele, sobre o patrocínio referente ao “Do Cais do Porto para o Mundo”, ação que está entre os projetos que tiveram o contrato tornado sem efeito pela Saltur. “Eu acho que a iniciativa privada está muito voltada pro axé, na questão da visibilidade de Ivete [Sangalo], de Bell [Marques], nos horários que eles saem. Eu nunca vi essa iniciativa privada olhar pela gente. Tirando a cervejaria Schincariol que já é nossa parceira há 17 anos, eu não tenho expectativa mais nenhuma. É a única que ainda tem a sensibilidade com nossa cultura, pra um olhar de apoio”, afirma, sem esconder a preocupação com o futuro do bloco, que vai completar 70 anos em 2019. “Os bancos não estão patrocinando, a gente não sabe como é que vai ficar essa mudança de governo, tem essa crise que já se arrasta há muito tempo, mas a gente está confiando que o governo do estado e a prefeitura venham dar esse suporte, principalmente para os blocos afro, pela necessidade que a gente tem em dar continuidade à nossa existência. Os Filhos de Gandhy, como sendo o pioneiro, têm uma expectativa muito grande de receber ajuda dos dois governos”, reitera.
Presidente dos Filhos de Gandhy não acredita que o o setor privado vá dar apoio aos blocos afros e aposta na parceria com a prefeitura de Salvador e o governo da Bahia | Foto: Marcelo Guedes / Ag. Haack / Bahia Notícias
Alberto Pitta, presidente do Cortejo Afro, que figura entre os blocos que também tiveram contratos tornados sem efeito pela Saltur, informou que o problema com a prefeitura foi solucionado. “Já foi resolvido, no caso do Cortejo sim, os demais eu não sei. Eu não sei nem porque saiu isso. Eu não tenho problema nenhum. Por isso que eu digo que está resolvido. Não foi cancelado nada. A prefeitura não deve nada ao Cortejo Afro”, afirma o dirigente, que disse estar cansado de falar sobre a falta de patrocínio. “Esse ano eu não quero falar sobre isso. Eu vou deixar pra Vovô continuar falando, e pra João Jorge também. Eu não vou falar sobre o que todo mundo sabe. O que eu vou fazer é o que faço sempre, vou atrás de patrocínio, do dinheiro, buscar viabilizar, como faço há 20 anos, a saída do Cortejo Afro”, diz ele, sugerindo que agora parta dos veículos de comunicação uma crítica contundente. “Não adianta ficar chorando. Eu acho que poderia partir de vocês, da imprensa, a partir de uma análise e de tudo que vocês já têm aí durante anos. Porque todo ano a gente recebe esse telefonema, e eu já disse em reuniões de blocos afro que eu não quero mais falar sobre isso”, diz Pitta. “Se parte um editorial da parte de vocês, talvez seja melhor. Faz uma análise e alguém escreve um artigo sobre. Eu acho que é melhor do que Vovô continuar chorando, se lamentando e se angustiando”, explica.
Oito canções disputam o título de "Música Tema", enquanto a categoria "Música Poesia" terá em sua final dez canções concorrentes. As canções vencedoras do festival em ambas as categorias serão oficializadas como as principais do repertório do Mais Belo dos Belos no Carnaval de 2014. Concorrem na categoria Tema, as músicas "Ah Se Não Fosse Ilê Aiyê" (do compositor Aleh Santana); "Ilê, Fé, Resistência e Poder" (Paulo Natividade e Rui Poeta); "Quilombolas Ilê Aiyê" (Marito Lima e Milton Boquinha); "Ilê para o Mundo" (Dico e Gabi Guedes); "Ilê Aiyê são Outros Quarentas" (Adailton Poesia e Valter Farias); "Ilê do Ilê Axé" (Marco Boa Morte); "Ilê Ideologia Negra" (Jucka Maneiro, Sandoval e Roberto Cruz); e "Ilê, Ordem e Progresso" (Valter França). Na categoria Poesia, concorrem "Força Ancestral" (Shido e Henrique), "Quarentano Junto com Você" (Amilton Lopes, Marcos Alves e Milton do Sina), "No Balanço do Ilê" (Zenilton Ferraz); "Ibamasebe Ilê" (Lima Ganaê); "Liberte-me" (Genivaldo Evangelista e Katia Show); "Ilê Brilho de Paz" (Lafaiete); "Antiga Paixão" (Nem Tatuagem); "IlêAiyê...Brotou na Camarinha" (Valmir Brito), "Ilê, com a Força da Mãe Natureza" (Nego Julio e Fernando Brito) e "Nossa Excelência Ilê Aiyê" (Rui Poeta).
ONDE: Centro Cultural Senzala do Barro Preto – Curuzu
Serviço
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).