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infancia sem racismo
Com a ação cidadã Infância Sem Racismo, a Defensoria Pública da Bahia (DP-BA) convoca pais, educadores e toda a sociedade a se engajar na construção de subjetividades positivas de crianças negras e indígenas. O start da campanha deste ano acontece nesta quarta-feira (31), às 9h, dentro da programação do projeto Primeira Infância Antirracista (PIA), do Unicef, que será lançado na Escola Superior da Defensoria da Bahia (Esdep), na Rua Pedro Lessa, bairro do Canela, em Salvador.
Em sua terceira edição, a ação mantém o enfoque na efetivação das leis 10.639/2003 e 11.645/2008, que versam sobre a obrigatoriedade do ensino da história e cultura afro-brasileira e indígena.
Um estudo nacional realizado pela Plano CDE e liderado por Geledés Instituto da Mulher Negra e Instituto Alana levantou dados de 1.187 secretarias municipais de educação sobre o ensino de História e Cultura Afro-brasileira, objeto da Lei 10.639/03.
Para a pesquisa, a maioria das secretarias afirmou que as escolas da rede incorporaram a temática em seus projetos político-pedagógicos. Entretanto, 69% declararam que a maioria ou boa parte das atividades são realizadas apenas em novembro, durante o mês ou semana do Dia da Consciência Negra.
A CAMPANHA
Através de ações de marketing nas redes sociais, a campanha Infância sem Racismo vai ajudar a difundir as contribuições que os povos negros e indígenas trouxeram não apenas para o Brasil, mas para toda a humanidade.
Uma série em quadrinhos vai recontar histórias invisibilizadas pela supremacia branca e que colabora diariamente para fortalecer o racismo como sistema de opressão. Vídeos com educadores antirracistas também vão abordar a importância de ensinar às crianças o respeito com pessoas negras e indígenas e as suas culturas.
Ainda como parte desta terceira edição, a Defensoria vem mantendo diálogo institucional para a assinatura de protocolo de intenções que irá formalizar a rede de enfrentamento ao racismo desde a infância, com vistas a reunir e fortalecer as ações de diversos parceiros na temática.
O Infância sem Racismo é uma iniciativa das especializadas de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente, por meio das defensoras públicas Laissa Rocha e Gisele Aguiar, e de Direitos Humanos, e da defensora pública Eva Rodrigues. Este ano, o recém criado Núcleo de Equidade Racial da Defensoria, coordenado pela defensora pública Vanessa Nunes, também contribuiu para a elaboração da proposta.
“A ideia é publicizar o conhecimento ancestral africano e indígena não apenas no campo da arte, cultura e música, mas sobretudo no campo da ciência, apresentando também os(as) grandes expoentes negros(as) e indígenas que deixaram um grande legado para humanidade, bem como aqueles(as) que estão vivos e produzindo muito, mas que são invisibilizados”, explicam as defensoras públicas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).