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Um estudo divulgado pelo Instituto Reuters nesta semana aponta que 61% dos brasileiros confiam no jornalismo local, isto é, conteúdo de veículos a nível estadual ou municipal. O levantamento também mostra que 17% não confia na produção jornalística nessa categoria e outros 23% se mantiveram neutros.
Além do nível de confiança, o relatório mede como as pessoas acessam notícias online. No Brasil, 82% dos entrevistados afirmam que se informam pelo celular, 51% através do computador e outros 30% usam tablets para ler notícias.
Os números representam um crescimento de 7% no consumo pelo celular em dois anos, já que em 2022 o percentual chegava a 75%.
Na contramão, a TV segue em declínio como fonte de notícias escolhida pela população, apesar de ainda abocanhar boa parte de verbas de publicidade. Já a mídia impressa, que viveu uma queda acentuada desde 2015, passa por um período de estabilização nos últimos anos.
No levantamento divulgado agora, a principal fonte de notícias é online, incluindo redes sociais, com 74%. TV aparece com 50% e a mídia impressa 11%.
O levantamento da Reuters mede, ainda, as principais plataformas usadas para o consumo de notícias. Integram o top 3 WhatsApp (38%), YouTube (38%) e Instagram (36%).
De forma geral, o nível de confiança da população brasileira com as notícias é de 43%, depois de uma queda significativa nos últimos dois anos. Ainda assim, o Brasil ocupa a primeira posição do ranking em termos de confiança entre todos os países da América Latina.
Acontece em Salvador, desta quinta-feira (16) atá domingo (19), o 22º Encontro Nacional dos Jornalistas em Assessorias de Imprensa (Enjai), nas dependências do Hotel Sol Victoria Marina, em Salvador. O evento é organizado pela Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) e Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e reunirá 250 participantes, entre jornalistas, estudantes de jornalismo e professores da área.
O evento tem o patrocínio do Governo do Estado (através das secretaria de Comunicação e de Turismo), Prefeitura de Salvador, Bahiagás, Neoenergia/Coelba, Assembleia Legislativa da Bahia, Sindicato dos Fazendários da Bahia (Sindsefaz), além dos apoios da Associação Baiana das Empresas de Base Florestal (ABAF), Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e Soma Impressões.
“Este é o maior fórum específico para os debates e a organização das lutas dos profissionais que atuam em assessorias de imprensa e de comunicação no Brasil”, diz Moacy Neves, presidente do Sinjorba. Ele informa que, atualmente, 43% dos jornalistas brasileiros estão atuando neste segmento, exigindo das entidades sindicais da categoria a elaboração de políticas para a área.
PALESTRANTES
Participam do evento os professores Boanerges Lopes (UFJF), Wilson Costa Bueno (USP), Naiana Rodrigues (UFC), André Santana (Uneb), Claudiane Carvalho (UFBA) e Yuri Almeida (UCSal). Terá também a presença do deputado federal Orlando Silva (relator do PL das Fake News), Marcos Perioto (Secretário de Relações do Trabalho do MTE), Clemente Lúcio (membro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Sustentável da Presidência da República e do Conselho de Administração do BNDES) e Ana Georgina (economista-chefe do Dieese na Bahia).
Além deles, participam das oficinas, cases e painéis profissionais com longa experiência na área de assessoria, como Vera Longuini (Ateliê da Notícia) Guilherme Pichonelli (Vira Comunicação), Suely Temporal (AT Comunicação Corporativa), Elaine Hazin (Via Press), Lúcio Filho (Gestor de Rádio do governo do Ceará), Gabriela de Paula (Ayoo Comunicação) e Michele Rubim (consultora em Comunicação Estratégica, Jornalismo de Marca e Branding).
Os secretários de Comunicação do governo da Bahia e da Prefeitura de Salvador, respectivamente André Curvello e Renata Vidal, são esperados para apresentarem as experiências na gestão de comunicação dos dois órgãos dos poderes executivos.
INSCRIÇÕES
As inscrições para participar continuam abertas até a véspera do evento, dia 15, através do site www.enjai.com.br, para aqueles que não necessitam de hospedagens (nessa modalidade já estão encerradas). Só os inscritos terão acesso a todas as atividades: 6 painéis temáticos, 4 minicursos, apresentação de 3 cases de comunicação em assessoria, 2 conferências e mais 7 eventos diversos, em um total de 50 horas de atividades. O Enjai, cujo tema é “Assessoria de Imprensa e os Desafios da Atualidade”, fornecerá certificado de participação, que poderá ser usado como “atividade complementar”.
ATIVIDADES
Painéis
1) Responsabilidade Profissional e Ética em Tempos de Pós-Verdade
2) Impacto das Tecnologias Digitais no Cotidiano das Redações e Assessorias
3) Ensino de Jornalismo e as Exigências do Mercado de Trabalho”
4) Jornalismo de Marca: Uma Perspectiva Estratégica para a Comunicação Empresarial
5) Nova Regulamentação como Instrumento de Combate à Precarização
6) Desafios Sindicais após a Implantação da Contrarreforma Trabalhista
Cases
1) Assessoria de Imprensa na Construção da Cidadania
2) Redes Sociais como Instrumento de Comunicação com a Sociedade
3) Via 360: Comunicação que Transforma
Minicursos
1) Assessoria de Imprensa Digital
2) Produção de Podcast voltado à Assessoria
3) Gestão de Negócios para Jornalistas
4) Aplicabilidades da Inteligência Artificial
Conferências
1) Inovação, Regulamentação, Precarização e Pós-Verdade nas Assessorias de Imprensa
2) Sindicato do Futuro em um Cen
Celebrando o Dia do Jornalista nesta sexta-feira (7), a baiana Jéssica Senra conversou com o BN Hall sobre a importância da data. Apresentadora do jornal Bahia Meio Dia, da TV Bahia, há cinco anos, ela levou para a emissora o seu estilo opinativo. Com essa característica, a profissional costuma ganhar notoriedade dentro e fora da televisão com o compartilhamento de suas falas nas redes sociais.
“Escolhi ser jornalista pelo desejo de contribuir com a vida das pessoas e com o mundo. Para mim, a melhor forma de transformar realidades é a partir do conhecimento e o jornalismo consegue levá-lo de maneira acessível para as pessoas. Sempre tive facilidade de me comunicar e acredito que os dons que recebemos devem estar a serviço dos demais. Além disso, me sinto muito à vontade em frente às câmeras e microfones. Então o jornalismo acabou sendo um caminho natural pra mim”, declarou a jornalista, em entrevista ao BN Hall.
Formada em Jornalismo pela Rede UniFTC, Jéssica ingressou na área através de um estágio na Rádio Metrópole, conquistando o cargo de editora-chefe da empresa anos depois. A aparição nas telinhas de todo o Brasil também não demorou e aconteceu na Band Bahia, onde atuou como repórter e apresentadora. Na trajetória de sucesso, Senra também coleciona passagens pela Record, com o comando dos programas Bahia no Ar e Fala Brasil, e na Rádio Sociedade da Bahia, de forma conciliada nesses dois últimos locais.
A jornalista teve também a oportunidade de apresentar o Jornal Nacional, da Rede Globo, duas vezes: a primeira em 2019, em comemoração aos 50 anos do telejornal, e a segunda no ano seguinte como plantonista.
Ainda em conversa com o BN Hall, Jéssica comentou sobre as dificuldades dos jornalistas de se manterem firmes, mas comemorou a persistência da profissão. “No dia de hoje, celebro que o jornalismo profissional esteja resistindo, apesar de tantas dificuldades, como a desvalorização da profissão, os ataques constantes e o fenômeno das fake news, tão nocivas à vida das pessoas e à sociedade em geral. O trabalho árduo e dedicado de jornalistas, que apuram, investigam e desmentem as mentiras, protege a todos e todas nós”, comentou.
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Nomes consagrados do jornalismo estão entre os cortes em massa anunciados pela TV Globo, na manhã desta terça-feira (4). Eduardo Tchao, Carlos de Lannoy, Flávia Jannuzzi, Marcelo Canellas e Mônica Sanches foram atingidos e não fazem mais parte da emissora.
Eduardo Tchao estava fazendo uma reportagem quando foi pedido para que ele voltasse para a sede da emissora. Assim que voltou, foi informado de sua demissão.
Jannuzzi e Lannoy se surpreenderam ao descobrir que faziam parte dos nomes que seriam cortados.
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O clima na TV Globo está tendo entre os jornalistas que continuam na emissora, porque, segundo a revista “Veja”, a expectativa é que a lista de demissões aumente nos próximos dias.
Jessica Senra está completando 20 anos de carreira nesta quarta-feira (8). Em suas redes sociais, a apresentadora do Bahia Meio Dia compartilhou os passos que trilhou até se tornar referência no jornalismo na TV baiana.
No relato da sua trajetória, a jornalista falou sobre suas passagens pela TV Band Bahia e Tv Record, onde apresentou pela primeira vez um jornal em rede nacional, fazendo parte da escala aos finais de semana.
“Como repórter e apresentadora de jornal, comecei na TV Band Bahia em 2010, no Jornal da Bahia. [...] Em 2011, fui pra TV Record, onde apresentei o Bahia no Ar até março de 2018. Foram anos também de muito aprendizado, com liberdade para fazer um jornal a minha cara, com leveza e opinião, ajudando muita gente. Quando saí, o programa era líder absoluto de audiência há 2 anos e o maior Ibope de um jornal local matinal no Brasil, atingindo picos de até 20 pontos!”, escreveu Jessica em seu perfil no Instagram.
À frente do Bahia Meio Dia, da Rede Bahia, desde 2018, Jessica levou a emissora o seu estilo opinativo, característica que acabou sendo notada dentro e fora da televisão com o compartilhamento de suas falas nas redes sociais.
“Em 2018, aceitei o desafio de me juntar à TV Bahia no seu processo de transformar o jornalismo local. Trouxe minha forma próxima de comunicar e meu estilo opinativo, meu olhar voltado para a comunidade e minha defesa de grupos historicamente silenciados. Levamos o Bahia Meio Dia para mais perto das pessoas e retomamos a liderança da audiência do horário. Em 2019, vivi o sonho de ser a primeira baiana a sentar na bancada no Jornal Nacional, representando minha terra no jornal de maior destaque do país.”, afirmou.
Apresentadora da TV Bahia, a jovem escritora Luana Souza é finalista do 16º Troféu Mulher Imprensa.
Há dois anos na Rede Bahia, Luana concorre na categoria Jornalista Revelação. A também comunicóloga tem passagens como repórter e apresentadora do programa Conexão Bahia, do Conversa Preta e do Mosaico Baiano. Além disso, participou do especial São João da Rede Bahia de 2020 e pelo projeto Uma Rede Por Todos.
Luana Souza é natural de Cachoeira, no Recôncavo baiano, e tem experiência não apenas com televisão, mas também com rádio. A jornalista ainda é co-fundadora da Controversas, coletivo de mulheres pesquisadoras da cultura.
Em 2021, Luana recebeu o Prêmio Maria Felipa, representando o jornalismo. É co-autora do livro “Negras Crônicas: Escurecendo os fatos”, co-organizadora e escritora do livro "Controversas: Perspectivas de Mulheres em Cultura e Sociedade" e autora do livro-reportagem “Na contramão do Afeto”.
O Troféu Mulher Imprensa é uma iniciativa da Revista e Portal IMPRENSA e é o único prêmio do Brasil dedicado ao reconhecimento do trabalho jornalístico das mulheres.
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Em 14 de Maio de 1811, circulou o Idade D’Ouro do Brazil, primeiro jornal que existiu na Bahia e segundo no Brasil. Para marcar o 210° aniversário da imprensa no estado, a Associação Bahiana de Imprensa (ABI) e o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia (IGHB) realizam um debate virtual nesta sexta-feira (14), a partir das 15h, no Youtube.
O encontro reunirá jornalistas e pesquisadores para debater a respeito das circunstâncias históricas que determinaram a implantação dos primeiros jornais, além de fazer uma análise do conteúdo das suas edições e os efeitos que a imprensa causou na sociedade colonial da Bahia.
Participam da live o jornalista Leão Serva, descendente em linha direta de Manoel Antonio da Silva Serva, criador do primeiro jornal e pioneiro da indústria gráfico-editorial privada brasileira, fundador e dono da tipografia onde era impresso o Idade D’Ouro do Brazil; o historiador Pablo Magalhães, da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB); o jornalista Nelson Varón Cadena, diretor de Cultura da ABI. A moderação será do jornalista e pesquisador do IGHB Jorge Ramos.
As confluências entre literatura e jornalismo serão debatidas durante o I Simpósio Baiano de Jornalismo e Literatura, evento promovido por meio de uma parceria entre a Academia de Letras da Bahia (ALB) e a Associação Bahiana de Imprensa (ABI). O evento será online e transmitido pelo canal do YouTube da ALB, nos dias 7, 8 e 9 de abril, das 18h às 20h.
“O Simpósio inaugura um esforço de aproximação entre duas entidades historicamente comprometidas com a promoção de cultura e da liberdade, e propõe reflexões importantes sobre os reflexos da conjuntura na vida de quem escreve, seja a escrita jornalística ou literária”, destaca o jornalista Ernesto Marques, presidente da ABI. No dia 7, ao lado do professor, antropólogo e atual presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, ele realizará a abertura do evento. Na sequência, terá início a mesa “Limites da liberdade de expressão e direitos hoje, no Brasil”.
A Mesa I terá participação do jornalista, escritor, e ex-professor da Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia (Facom/UFBA), Emiliano José, do professor-titular de jornalismo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Muniz Sodré, e do professor-titular de teoria da comunicação da Facom/UFBA, Wilson Gomes. A mediação ficará com Jussara Maia, pesquisadora e professora do curso de Jornalismo da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB).
“Tenho certeza de que vai ser um dos eventos mais importantes do nosso ano cultural. Em primeiro lugar, porque ele consagra a aliança entre essas duas instituições. Em segundo lugar, porque consagra um tema dos mais sérios, a liberdade de imprensa, o valor da produção literária que os veículos de imprensa transmitem para o povo”, ressalta o presidente da ALB, professor Ordep Serra.
Segundo o acadêmico, “a história da literatura baiana e brasileira é uma história que envolve a produção de extraordinários jornalistas”. Ele destacou, por outro lado, o feedback contrário. “Nossa literatura penetra nos jornais e volta deles para nós, escritores. Isso é importante no presente momento em que vemos tentativas de retorno a censura e não só tentativas, atos brutais de censura ameaçando os escritores, por isso convido a todos a participar desse Simpósio”, completa o gestor.
A segunda mesa, programada para o dia 8 de abril, conta com a presença do jornalista e vice-presidente da Assembleia Geral da ABI e professor do curso de Jonalismo da UFRB, Sérgio Mattos, da jornalista e professora da Faculdade de Comunicação da UFBA, Malu Fontes, e da escritora Kátia Borges. O tema será “O espaço e conteúdos de cultura nos jornais, televisão, rádio e plataformas digitais”, com mediação da diretora do departamento de divulgação da ABI, a jornalista Simone Ribeiro.
A mesa III, “Jornalismo e Literatura: interfaces”, terá participações do escritor Antônio Torres, escritor, jornalista, membro da ALB e da Academia Brasileira de Letras (ABL), da jornalista e escritora Aline D´Eça e do doutor em ciências da comunicação Edvaldo Pereira Lima. A jornalista e escritora Suzana Varjão assumirá a mediação.
A jornalista baiana Daniela Falcão foi apontada como a responsável por episódios recorrentes de assedio moral na redação da Vogue Brasil. Nome à frente da Edições Globo Condé Nast, empresa que administra a revista de moda, a profissional seria, segundo funcionários ouvidos pelo site BuzzFeed News, uma versão abrasileirada da personagem Miranda, do filme "O Diabo Veste Prada".
Além da Vogue, desde 2017, Falcão é a responsável pelas revistas GQ, Glamour e Casa Vogue. Ela foi considerada, no mesmo ano uma das 500 pessoas mais importantes da moda mundial pelo site Business of Fashion. De acordo com a reportagem, pessoas ligadas à redação da Vogue afirmam que há uma anedota de que os banheiros da empresa são utilizados, por vezes, para chorar.
Entre julho e agosto deste ano, 27 pessos foram ouvidas pelo site. Elas relataram situações de abuso dentro do ambiente de trabalho como gritos e xingamentos, além de terem trabalhado em jornadas de 24 horas ininterruptas antes do fechamento de cada edição. Outra queixa recorrente, segundo o BuzzFeed, é que colaboradores tinham de assumir funções profissionais que fugiam aos seus contratos sem receber nada por isso.
A rotina de assédios incluía ainda a avaliação das roupas das subordinadas de Daniela, contaram algumas das entrevistadas. “Que roupa é essa?!”, perguntou certa vez a diretora a uma das funcionárias. Uma ex-repórter chegou a escutar que não deveria usar gola alta por conta do tamanho de seus seios.
Muitas vezes gritadas, as críticas e xingamentos seguiam pelo resto do dia, relatou uma ex-funcionária da empresa que trabalhava no departamento comercial. “Isso era institucionalizado: ou você aceita uma posição de sempre ela está certa, ou vai ser humilhado. Existem as humilhações simples, como quando ela vira e deixa você falando sozinho, e as mais diretas, como gritos em reuniões com clientes ou com o resto da equipe”. “Você entrava numa reunião sabia que alguém ia ouvir grito. Se era outra pessoa, era um alívio e dava graças a Deus que não foi com você”, afirmou uma ex-executiva.
Os relatos de assédio datam dos últimos 15 anos e são de pessoas em diversos cargos dentro da empresa, desde a estagiária, passando por prestadores de serviço e chegando até nomes importantes, como o da jornalista Mônica Salgado, que entrou na Vogue em 2007, foi uma das criadoras da Glamour brasileira e dirigiu a revista até 2017. De acordo com ela, mesmo havendo denúncias, era um esforço em vão, já que não havia nenhuma devolutiva para os casos comunicados aos recursos humanos.
QUEM É DANIELA FALCÃO
Soteropolitana, Daniela formou-se em jornalismo e mudou para São Paulo, onde trabalhou no jornalismo diário. Tem experiência como repórter de de rua, de economia e foi correspondente internacional da Folha de S.Paulo em Nova York.
Após sair da Folha, Falcão foi para Revista de Domingo do Jornal do Brasil. No veículo, atuou nas reportagens e editoriais de moda. Teve uma passagem pela revista da empresa de telefonia Oi e, no começo dos anos 2000, foi contratada para tocar a TPM, título feminino da editora Trip. Em 2005, Daniela foi convidada para substituir o escritor Ignácio de Loyola Brandão no comando da redação da Vogue.
Com uma postura centralizadora, funcionárias do grupo editorial responsável pela Vogue afirmam que não há uma página da revista que seja publicada sem que haja sua autorização.
O QUE DIZEM OS CITADOS
O grupo Edições Globo Condé Nast foi procurado pela reportagem do BuzzFeed News e enviou nota em que afirma que “não toleramos comportamentos abusivos ou qualquer forma de assédio em nossas equipes” e completou dizendo que conta com um canal de Ouvidoria para o recebimento de denúncias, além de uma área de Compliance independente. A empresa não negou nem confirmou as alegações de abuso.
A empresa também não respondeu a nenhuma das alegações específicas de abuso, apesar de terem sido enviados detalhes dos casos mencionados.
A jornalista baiana Daniela Falcão também foi procurada pela reportagem desde a semana passada, mas preferiu não se manifestar publicamente.
O BuzzFeed News também procurou a Condé Nast nos Estados Unidos na quinta-feira (25). O grupo global, que detém 30% das Edições Globo Condé Nast no Brasil - o restante é de propriedade do Grupo Globo - respondeu as alegações dos ex-funcionários com a seguinte nota:
“A Condé Nast é acionista minoritária em uma operação conjunta com o Grupo Globo no Brasil. Como acontece com todos os nossos parceiros de negócios e licenciados, trabalhamos com eles para ajudar a garantir que nossa força de trabalho global e padrões editoriais sejam mantidos, incluindo a adesão a um ambiente de trabalho sustentável que priorize a diversidade e a inclusão, o respeito e o bem-estar. Enquanto examinamos mais profundamente as operações de negócios no Brasil, continuaremos a instar o nosso parceiro à responsabilidade pela criação de um ambiente de excelência para nossos funcionários, o nosso público e os nossos clientes”.
Em comemoração ao Dia do Jornalista, celebrado em 7 de abril, o jornalista, apresentador de TV, historiador e escritor Domingos Meirelles, presidente da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), desembarca em Salvador, onde realizará uma palestra. O encontro acontece a partir das 9h, desta sexta-feira (7), na sede da ABI-Bahia, situada no Centro Histórico da capital baiana. Na ocasião, Domingos Meirelles abordará “As relações entre a mídia e o poder, as fronteiras entre a história, o jornalismo e a literatura” e “A censura sobre a Imprensa e o Poder Judiciário". As comemorações do Dia do Jornalista incluem também homenagens a 50 cronistas desportivos que se destacam no exercício da profissão. O evento, que faz parte da programação em homenagem à data maior dos profissionais da escrita, fotografia, comunicação no rádio, TV, blogs, sites e portais é aberto para empresários do setor, políticos e estudantes de Comunicação.
O caso e a auto-entrevista foram parar no jornal, que ironizou a atitude do cantor e criticou o comportamento dele com a imprensa. Em sua publicação, o jornal diz que o jurado do The Voice é simpático no reality e nos shows, mas para jornalistas "ele não costuma mostrar muito os dentes".
De acordo com a publicação a pauta e as perguntas eram sobre relacionamento de Lulu com os fãs nas redes sociais, a parceria com Mr Catra, aproximação com o público por conta do The Voice e o medo de ficar mais conhecido como jurado do programa do que com os sucessos de sua carreira. Ao contrário disso a auto-entrevista do cantor tinha apenas três perguntas sobre o show que ele fará em Florianópolis.
A entrevista não foi publicada na versão impressa da publicação, mas ganhou espaço na nota que foi para o site do jornal. As perguntas e respostas feitas pelo artista para ele mesmo falam sobre o show, os sucessos, os novos hits e sobre o quanto o público "embarca conosco na estripulia estética que propomos".
A cada edição, o apresentador se teletransporta para a época de cada um dos entrevistados e faz um recorte de um dos períodos da vida de líderes políticos e artistas. "Você tem de estar concentrado em um momento da vida do personagem. Não é um balanço, pois muito assunto complica", explica Markun, de 61 anos, dos quais 42 dedicados ao jornalismo em atrações como o Roda Viva.
Na gravação acompanhada pela reportagem, o convidado da vez era o escritor Euclides da Cunha, correspondente de guerra do Estado durante o conflito de Canudos, entre anos de 1896 e 1897. Quem incorporou o autor foi Aury Porto, que esteve nas montagens de Os Sertões no Teatro Oficina. "Convivo com Euclides desde o ano 2000. Mesmo assim, dá um medo de fazer", confessa o ator.
Durante a entrevista, gravada sem interrupções, Porto reage da maneira com que imaginava ser o escritor. "Pelo modo de escrever, dava para ver que ele era sério, desconfiado e hipocondríaco. Ele não se divertia, vivia achando que tinha tuberculose", palpita.
Para o programa, Markun e os atores se reúnem pelo menos três vezes antes de gravar, para saber o caminho a tomar na hora da entrevista. A cada duas semanas, a produção se volta para a pesquisa de cada figura histórica. "Não é uma fala decorada, tenho de oferecer informações para o ator. Penso no processo e experiência que tenho, pois é desconstruir uma entrevista. Em cinco minutos, as pessoas já embarcaram. Até pela caracterização."
Se Jô Soares tem seu sexteto para receber o convidado, Markun conta com um pianista clássico que, vestido de fraque, anima a chegada da plateia. Em seguida, uma projeção no palco traz uma breve explicação sobre o entrevistado.
Na contramão dos outros talk-shows, o público também participa com perguntas ao final do bate-papo. "É improviso. As perguntas da plateia não são combinadas. E não tem nenhuma gracinha nem curiosidades. Tudo que ele fala tem fonte bibliográfica consistente", reforça o apresentador.
Antes das perguntas, a produção avalia se as questões cabem naquele contexto do entrevistado. "Têm coisas engraçadas, pois as pessoas querem passar pelo século 21, perguntam sobre a internet. Estamos no ano de cada personagem. Mas ele não fica espantado pelo fato de haver energia elétrica, as câmeras e eu com um tablet na mão", diz. Para não haver problemas com direitos autorais, os convidados são de períodos de pelo menos 70 anos atrás. "É divertido e com rigor de pesquisa. O objetivo é atrair público para conhecer nossa história."
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.