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Tiago Pavinatto, apresentador do programa Linha de Frente e comentarista de Os Pingos nos Is, foi demitido nesta terça-feira (22) da Jovem Pan. De acordo com o F5, do jornal Folha de S. Paulo, o motivo foi ele se recusar a pedir desculpas a um desembargador após chamá-lo de "vagabundo e tarado".
Ao final do programa Linha de Frente na última segunda-feira (21), Pavinatto proferiu as ofensas contra o desembargador Airton Vieira, do Tribunal de Justiça de São Paulo, por causa de uma decisão que inocentou um acusado de estupro contra uma menina de 13 anos.
A demissão foi confirmada oficialmente pela Jovem Pan ao F5. O comentarista Rodolfo Mariz também foi desligado.
"A direção da casa está pedindo uma retratação ao desembargador Airton Vieira e eu não vou fazer. E eu deixo claro aqui: eu não vou fazer uma retratação para uma pessoa que ganha dinheiro público, livra um pedófilo, e ainda chama a vítima, de 13 anos de idade, de vagabunda", disse o apresentador.
"Eu me nego a fazer. Estou sendo cobrado insistentemente a me retratar. Eu não vou fazer, me desculpem. Não tem mais clima. Falar de criança acaba comigo. Espero que amanhã eu volte pra cá", concluiu Pavinatto.
"O apresentador Tiago Pavinatto e o comentarista Rodolfo Mariz cometeram excessos em suas participações e recusaram a orientação de realizar, ao término do programa Linha de Frente, uma responsável retratação. Em virtude do ocorrido, a direção do canal decidiu pelo desligamento dos profissionais", diz a nota da Jovem Pan.
Jovem Pan demite Tiago Pavinatto após ele se recusar a cumprir ordem da direção de pedir desculpas a Desembargador de SP que inocentou pedófilo.
— ????????????JU???????????? God is good (all the time) ???????????? (@hobwasalam) August 23, 2023
Pavinatto chamou o Desembargador de “vagabundo e tarado” por conta do caso. pic.twitter.com/Uje5gt2Cxx
A Jovem Pan está buscando chegar a um acordo com o Ministério Público Federal para não perder as concessões públicas que possui, como pede o órgão em uma ação civil pública movida no mês de julho.
Uma audiência de conciliação foi marcada para o próximo dia 24 entre as duas partes. Segundo um documento, acessado pela F5, a emissora quer ajustar sua conduta e resolver a situação de forma consensual, sem precisar passar pelo judiciário.
As partes vão ter um encontro presencial em São Paulo. A Justiça também solicitou que o Google entregue ao Ministério Público uma cópia de todos os programas da Jovem Pan News que estão publicados no YouTube. O pedido tem caráter de urgência e deve ser cumprido pela empresa até o final desta semana.
O Ministério Público Federal ajuizou uma ação civil pedindo o cancelamento das três outorgas de radiodifusão concedidas à Jovem Pan, isso significa, a retirada das concessões das rádios do grupo. O pedido só inclui os meios de radiodifusão, por isso, os canais do YouTube e da TV Paga não se enquadram no caso.
Segundo o MPF, a “requisição se deve ao alinhamento da emissora à campanha de desinformação que se instalou no país ao longo de 2022 até o início deste ano, com veiculação sistemática, em sua programação, de conteúdos que atentaram contra o regime democrático”.
"O MPF destaca que as condutas praticadas pela Jovem Pan violaram diretamente a Constituição e a legislação que trata do serviço público de transmissão em rádio e TV”, escreveu o MPF no comunicado publicado.
O cancelamento das concessões só vai acontecer quando o caso for definido como julgado, quando não há mais possibilidade de recorrer. Antes de chegar neste ponto, alguns recursos podem ser tomados, como o pagamento de indenização e a veiculação de mensagens informativas.
O pedido do MPF é que a Jovem Pan seja condenada ao pagamento de R$ 13,4 milhões por danos morais coletivos, valor correspondente a 10% dos ativos que a emissora apresentou em seu último balanço.
A ação também propõe que a Justiça Federal obrigue a emissora a veicular, pelo menos 15 vezes por dia, entre as 6h e as 21h, mensagens com informações oficiais sobre a confiabilidade do processo eleitoral.
O Ministério Público Federal também cita exemplos de fake news divulgadas pela emissora para criar dúvidas sobre a confiabilidade do processo eleitoral de 2022 atacando instituições da República, incentivando a desobediência a leis e a decisões judiciais, e defendendo a intervenção das Forças Armadas sobre os Poderes civis.
A ação leva em consideração o conteúdo produzido e transmitido pela emissora do dia 1º de janeiro de 2022 ao dia 8 de janeiro de 2023.
Os programas "Os Pingos nos Is", "3 em 1", "Morning Show" e "Linha de Frente" são os que ganham destaque no processo. Mais de 20 comentaristas são citados em exemplos de discursos que "extrapolam as liberdades de expressão e de radiodifusão e configuram manifestações ilícitas".
"Se as Forças Armadas estiverem dispostas a agir, o que o STF decide é absolutamente irrelevante" e "se vocês – Forças Armadas – vão defender a pátria, e vai haver reação de vagabundo, ué, passa o cerol, pô! Vocês são treinados para isso", são algumas das falas que fazem parte do levantamento feito pelo MPF.
No dia 8 de janeiro, a rádio chegou a elogiar o ato “pacífico” e depois tentou justificar a violência. "O responsável por essa situação não vai ser encontrado entre os manifestantes. Os responsáveis por essa situação são exatamente os atores políticos que se ausentaram das providências que esses manifestantes em Brasília [e] em todas as unidades da federação têm se manifestado há vários dias".
Com isso, o MPF recomenda que a Controladoria-Geral da União avalie o caso, dentro do prazo de 30 dias, o que pode resultar, ou não, em um processo administrativo com risco de levar à declaração de inaptidão da emissora. Caso a CGU não acolha a recomendação, o tema poderá ser incluído como um dos propósitos da ação civil pública ajuizada.
O apresentador Jô Soares reviveu uma situação inusitada que viveu com o atual prefeito de São Paulo, João Doria, há alguns anos. Em entrevista ao programa Jovem Pan Morning Show, nesta quarta-feira (20), Jô disse que sempre achou o empresário “estranho”. Mas mais inusitada mesmo foi a situação que se criou no primeiro turno da eleição de 1989, que teve entre os candidatos Fernando Collor de Mello e Mário Covas. “O João Doria, hoje nosso prefeito, quando Collor foi candidato, por acaso Flavinha e eu votávamos na mesma zona eleitoral em que votava João Doria. Quando eu cheguei, saltei do carro, e apesar do nosso relacionamento - eu não vou entrar em detalhes, mas era uma pessoa que eu achava muito estranha -, ele me abraça com uma intimidade que não havia, me abraça forte, 'Oh, Jô, que bom te ver!', e se afastou”, contou. “Quando se afastou, um cara que presenciou a cena me disse: 'Escuta, você é amigo desse cara?, eu digo 'Não (risos). Pelo contrário, não tenho nenhuma simpatia'. 'Então, olha, cuidado. Você vai votar no Collor?'. Eu falei: 'Não, eu vou votar no Covas. Por quê você pergunta?'. 'Porque esse cara que te abraçou acabou de colar um adesivo Vote em Collor nas suas costas'. Aí ele tirou, rasgou... Eu acho que isso pra mim já desenhou um pouco como é a história política desse nosso hoje prefeito”, completou.
"O problema do Duviviver é que ele é muito, rapaz", afirmou, após elogiar a inteligência do diretor. Feliciano chegou a sugerir que Duvivier tivesse mais juízo. "Por exemplo, quando ele diz que não é do PT. Onde é que já se viu isso? Assume, amigo. Ele é mais petista do que qualquer um de nós. Ele é mais vermelho do que o próprio Fidel Castro. O meu problema com Duvivier é que eu queria saber porque ele não faz uma charge, não faz humor com o islã, com o Estado Islâmico, com Maomé. Por que faz só com o cristianismo?", questionou. "Porque não tem nenhum deputado islâmico roubando o meu dinheiro, senhor", foi a resposta de Duvivier, que foi também acusado de usar seus vídeos para apoiar a presidente afastada Dilma Rousseff. "Você está dodói. Nunca fiz isso na vida", se defendeu. Feliciano ainda sugeriu que "Contrato Vitalício" esteja "na mira" das investigações de desvios na Lei Rouanet. "Esse filme não tem Lei Rouanet, estúpido. Ele tem Lei do Audiovisual. Vamos estudar", retrucou o humorista. Primeiro longa do Porta dos Fundos, “Contrato Vitalício” estreia nos cinemas nesta quinta-feira (30).
Sabrina nos tempos de apresentadora do Disk MTV nos anos 90 | Foto: Reprodução / Bonde
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