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A montadora nacional Lecar, anunciou, nesta quinta-feira (7), que desistiu de recorrer à decisão do Governo da Bahia, que desclassifica a empresa para disputar a compra do antigo complexo industrial da Ford em Camaçari, Região Metropolitana de Salvador (RMS).
Em nota enviada ao Bahia Notícias, a empresa informou que mesmo com a possibilidade de emitir recursos jurídicos, a organização optou por não recorrer da decisão.
“Nossos advogados alertaram sobre a morosidade desta ação e, como não podemos atrasar nossos planos de entregar carros elétricos feitos por brasileiros para brasileiros, desistimos de Camaçari para não atrasar o Brasil”, explicou o fundador da Lecar, Flávio Figueiredo Assis.
A decisão da empresa chega após a montadora demonstrar interesse pelo o espaço da fábrica no último dia 28 de fevereiro. No entanto, a organização foi desclassificada quatro dias após protocolar interesse na disputa com a chinesa BYD.
A empresa nacional obteve mais dificuldade em adquirir o local, após o Governo da Bahia autorizou oficialmente, na última segunda-feira (4), a alienação da área à empresa BYD (veja aqui). Além disso, o governo baiano e a montadora chinesa BYD selaram na última terça-feira (5) o compromisso de tocar as obras da entidade.
Mesmo com a não disputa na Bahia, a empresa informou que vai realizar outros projetos e investimentos em outras partes do país.
“Precisamos de indústrias nacionais fortes e estratégicas. Temos uma proposta clara de desenvolvimento de fornecedores locais, geração de empregos e renda para o país. Acreditamos e buscamos o incentivo dos governos estaduais e federal para criarmos uma montadora brasileira que será respeitada em todo o mundo. Queremos ser motivo de orgulho”, disse Flávio.
Apesar da possibilidade de recursos jurídicos, a companhia decidiu não recorrer da decisão.
“Nossos advogados alertaram sobre a morosidade desta ação e, como não podemos atrasar nossos planos de entregar carros elétricos feitos por brasileiros para brasileiros, desistimos de Camaçari para não atrasar o Brasil”, pontua o fundador da Lecar, Flávio Figueiredo Assis, que ficou conhecido como Elon Musk brasileiro por também ter vendido uma empresa do setor financeiro para criar sua própria montadora.
Com máquinas, presença de governador Jerônimo Rodrigues e algumas autoridades, o governo baiano e a montadora chinesa BYD selaram na tarde desta terça-feira (5) o compromisso de tocar as obras da empresa em Camaçari, na região metropolitana de Salvador (RMS). No evento, Jerônimo e o representante da BYD, Tyler Li, assinaram o termo que dá aval à construção das instalações da fabricante, posando para as câmeras.
Com presença de poucos secretários - estavam apenas Ângelo Almeida (Desenvolvimento Econômico), Manoel Vitório (Fazenda) e Luiz Caetano (Relações Institucionais), o evento não foi tão concorrido como de costume. Ao mesmo tempo, a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) escolhia o deputado estadual Paulo Rangel (PT) para uma cadeira de conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), frente ao ex-presidente do Legislativo baiano Marcelo Nilo (Republicanos).
O lançamento da obra ocorre dias depois de a Lecar, outra empresa de carros elétricos, sinalizar interesse no espaço da antiga Ford. O assunto voltou a ser abordado, mas o governador deu a entender que o compromisso com a BYD não terá retrocesso. No entanto, disse que aguardará propostas da companhia concorrente para investimentos no estado.
Em entrevista à imprensa nesta sexta-feira (1º), durante a assinatura da ordem de serviço para a reforma do Teatro Castro Alves (TCA), o governador Jerônimo Rodrigues falou sobre o surgimento de uma nova empresa interessada no terreno da antiga fábrica da Ford, em Camaçari, que será ocupado pela montadora chinesa de carros elétricos BYD.
Conforme noticiado pela Folha de S. Paulo, nesta quarta-feira (28), o empresário Flávio Figueiredo Assis, dono da nacional Lecar, apresentou uma proposta ao Governo da Bahia e entrou na disputa pelo complexo industrial da Ford. O empresário teria feito uma visita à antiga fábrica para compra de robôs e esteiras que estão desativadas, e estaria interessado em produzir carros elétricos mais baratos do que os da BYD.
O governador Jerônimo Rodrigues minimizou o fato e afirmou que “não existe nenhuma possibilidade da BYD não se instalar aqui na Bahia”. Ele também admitiu ter sabido da manifestação de interesse da Lecar esta semana. “Se o empresário tiver a intenção, ele vai procurar a gente e a gente vai dar um jeito dele investir aqui. Nós não vamos criar empecilhos para nenhum empresário investir na Bahia”, afirmou.
Jerônimo revelou que, após uma análise, foi constatado que os equipamentos da Ford aumentam muito o custo da produção dos automóveis elétricos, inclusive alguns deles não estão adaptados à produção de carros elétricos. “Quanto tempo tem que a Ford saiu da Bahia? E porque só agora [ele está se manifestando]?”, questionou Jerônimo, reafirmando não ter a pretensão de desprezar a proposta da Lecar, caso o empresário tenha perspectiva de investimento. Ele também adiantou que o Governo do Estado foi acionado pelo empresário, através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE), e que o documento entregue já está sendo analisado pela pasta.
Na entrevista, o governador também negou a acusação do empresário Flávio Figueiredo Assis sobre um suposto favorecimento à BYD. “Nós até demoramos. Por quê? Por que a BYD estava exigente. Nós também estamos. É um negócio, a gente não vai favorecer ninguém. O que nós queremos são sete mil, dez mil empregos, que a gente possa reanimar o funcionamento do porto, que a gente possa reanimar e aquecer o polo petroquímico, é disso que se trata. Se ele quiser vir, as portas estão abertas, basta que ele bote o capital e faça o investimento enquanto investidor privado”, finalizou.
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