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leo estakazero
“Da pandemia para cá, o piseiro deu uma segurada na música sertaneja, com relação ao nordeste”, afirmou Leo Estakazero sobre o cenário musical nacional. De acordo com o cantor, a explosão do piseiro na região é um ótimo cenário já que o ritmo é naturalmente nordestino.
“Porque o piseiro é música nordestina, é uma linha em que os caras falam a mesma coisa que no forró. Se você ver a linguagem, as letras, é nordeste. Eu consigo tocar as músicas do piseiro em xote”, apontou Leo, durante o podcast Bargunça, que com apoio do Bahia Notícias, é apresentado por Wagner Miau e Thiago Mithra.
Já para o cantor Tico, o cenário musical é cíclico, por isso, os ritmos entram e saem de moda o tempo todo. “A gente já teve É o Tchan, a gente já teve Luiz Caldas, a gente já teve Ivete Sangalo. Na nossa época não tinha jovem sanfoneiro, quem trouxe essa moda foi o sertanejo. Aí pipocou, todo mundo queria ser sanfoneiro. Depois veio o arrocha, que hoje está em alta para caramba. Hoje tem a galera do piseiro. É cíclico, uma hora vai voltar outra hora vai”.
Por trás de um dos maiores sucessos do cantor Leo Estakazero está uma história real sobre uma paixão de um dos seus músicos por uma das dançarinas da banda. Em entrevista ao podcast Bargunça, ele explicou que conheceu um compositor e decidiu convidar-lo para passar um tempo com a banda Estakazero. Quando o artista chegou em Salvador, Leo decidiu pedir para que uma das dançarinas da banda fosse buscá-lo na rodoviária.
“Ele chegou na rodoviária bateu o olho nela e se apaixonou. Ele me disse: ‘Leo, a música veio na minha cabeça na hora’”, contou. Mesmo com a paixão do músico, os dois nunca tiveram um relacionamento.
Leo Estakazero ainda confidenciou que a música, na verdade, intercalava as palavras “Lua minha” com “Luaninha”, que era o nome da dançarina. ”Eu, produtor musical, limei o Luane para deixar a música mais comercial”.
Léo Estakazero, que se apresenta nesta sexta-feira (10) na Feira da Paróquia da Fraternidade, aproveitou a data para lançar sua nova música “Se adiante aí”.
A apresentação está sendo tão esperada pelo artista quanto o lançamento da sua nova música, que chega nas principais plataformas digitais com direito a registro visual, ou videoclipe, como o artista gosta de chamar, e disponibilidade para ouvir e baixar em todas as plataformas streaming.
Segundo o cantor, a intenção é mostrar que o forró pode ser ouvido em qualquer época do ano. “O forró é atemporal. É a base da música baiana que toca o ano todo, até porque os trios elétricos começaram tocando os galopes no carnaval “, apontou Léo.
O xote, que está disponível em todas as plataformas digitais, fala sobre um amor que não pode mais esperar e tem muito a ver com a proposta sonora do cantor.
O São João da Bahia 2023 rende homenagens ao rei do forró temperado, Zelito Miranda, falecido em agosto do ano passado. Na noite deste sábado (1º), antes do show no Parque de Exposições, o cantor Léo Estakazero lembrou do amigo, a quem também tem homenageado nos seus shows, e ressaltou a importância do cantor e compositor para o forró baiano.
“Agora estamos fazendo o primeiro São João sem ele. Então, essa homenagem é importante, inevitável, é essencial para a memória da nossa identidade. O forró da Bahia não seria o mesmo se não fosse ele, o Zelitão. Ele foi um grande líder, um grande agregador, era um cara que agregava todos os artistas em volta dele”, relembrou em entrevista coletiva.
Nas palavras de Léo, Zelito Miranda era um “militante” e tinha o “forró como política, como paixão, como uma verdade muito, muito grande”.
Foto: R5 Produtora
Ele ainda falou da homenagem que tem feito a Zelito nesta temporada junina, com fotos e vídeos daquele com quem teve o prazer de partilhar experiências profissionais e pessoais. “Foi um cara que aprendi muito e estou fazendo uma homenagem em todos os shows”, ressaltou.
O momento foi partilhado com a viúva de Zelito, Telma Miranda. “Fiz vídeos, mandava para Telma em todo o canto que eu ia. Muito emocionante isso tudo, é uma maravilha. Zelito Miranda é a cara do forró da Bahia. Nada mais pertinente do que estar fazendo essa homenagem para ele”, contou.
Durante a entrevista, Léo Estakazero também falou da agenda de shows e da recepção do público em Salvador. Com mais de 20 anos de estrada, ele disse estar impressionado com a adesão aos shows na capital baiana. “Mesmo com o estado abarrotado de gente nas festas, a capital também está muito cheia. Não teve feriado, muitas pessoas não têm a oportunidade de viajar, então essa festa aqui é extremamente importante”, disse.
Foto: R5 Produtora
Para ele, tocar em solo soteropolitano tem um gostinho diferente. “Faço shows aqui há mais de 20 anos, mas hoje realmente é um dia muito especial”, sinalizou.
“Venho com uma segurança muito forte de que eu estou no meu lugar. Estakazero tem uma trajetória no forró muito importante, uma banda, como poucas, que tem várias músicas de sucesso, que pôde contribuir com músicas, que é o mais difícil, músicas que até hoje estão aí, as pessoas pedem: Lua Minha, Sapatilha, Enconsta N’Eu. Esse é o maior valor, nosso acervo de músicas de sucesso ao longo desses 20 e poucos anos”.
O tradicional evento comandado por Zelito Miranda, “Forró no Parque”, está de volta e fará um tributo ao saudoso forrozeiro.
O evento que tem Del Feliz como anfitrião terá na primeira edição Adelmario Coelho e Léo Estakazero como convidados.
O evento foi idealizado pela produtora e viúva de Zelito, Telma Miranda. “O Forró no Parque sempre foi a paixão de Zé e por isso, eu decidi fazer essa homenagem ao meu parceiro, meu amor, meu companheiro de vida, esse Tributo, convidando os amigos dele para estar no palco fazendo esse carinho”, afirmou Thelma.
A festa contará com três edições nos dias 26 de março, 23 de abril e 21 de maio, na Quincas Berro D’Água, a partir das 11h.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.