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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez chegar a diferentes ministros da Esplanada que não quer ninguém em nenhum evento organizado por João Doria. O ex-governador de São Paulo promove encontros em torno da Lide, marca que criou para promover a aproximação entre empresários e autoridades de diferentes governos.
De acordo com a coluna de Guilherme Amado do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, Lula já havia puxado a orelha de José Múcio e de Flávio Dino por terem participado de um almoço da Lide, mas agora, após saber que outros convites vinham sendo feitos, repassou a orientação.
Lula não perdoa Doria por ataques que considera terem sido abaixo da cintura por parte do ex-governador.
Não existe restrição por parte de Lula para que ninguém participe de outros eventos do gênero, mesmo que patrocinados por empresas. A restrição se aplica aos eventos da Lide.
Em uma semana na qual alguns dos principais atores da política brasileira estarão em Nova York, para participar, nesta terça-feira (9) do seminário internacional Lide Brazil Investment Forum, a agenda política em Brasília está esvaziada e os principais temas – PL das fake News, arcabouço fiscal, CPIs – estão em banho-maria. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), é um dos principais palestrantes do evento, que tem como objetivo apresentar oportunidades de investimentos no Brasil.
Arthur Lira seguiu para os Estados Unidos acompanhado de uma numerosa comitiva, formada pelo senador Ciro Nogueira, presidente do seu partido, além de líderes e deputados de diversos partidos. Também foram convidados para o seminário oito governadores, que apresentarão aos empresários norte-americanos as potencialidades dos estados do Rio de Janeiro, Minas Gerais, Paraná, Amazonas, Rio Grande do Sul, Pará, Mato Grosso, Espírito Santo, além dos prefeitos das cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo.
Já no Palácio do Planalto, o presidente Lula incumbiu o seu ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a procurar líderes partidários para conversar e tentar melhorar a relação institucional entre governo e Congresso. Alexandre Padilha quer iniciar na próxima quarta-feira a rodada de conversas reunindo ministros e líderes partidários do PSB. Na semana seguinte serão convidados ministros e líderes do PSD, do União Brasil e do MDB.
A agenda de Lula nesta semana prevê como ponto forte a ida a Salvador, na próxima quinta-feira (11), para o lançamento da plataforma de contribuições ao Plano Plurianual 2024-2027, o chamado PPA Participativo. A intenção do governo é permitir que movimentos sociais, entidades populares, representantes de sindicatos e da sociedade civil ajudem a definir as prioridades a serem seguidas na elaboração dos orçamentos federais dos próximos quatro anos. Em Salvador, Lula também assinará, na Concha Acústica da capital baiana, o decreto de regulamentação da Lei Paulo Gustavo, que terá o repasse de R$ 3,86 bilhões para estados e municípios destinarem a projetos na área cultural.
Com Lira nos Estados Unidos, a Câmara terá votações apenas de projetos que possuem acordo entre os líderes, como o PL 507/23, da deputada Yandra Moura (União-SE), que prevê validade indeterminada para laudo médico pericial atestando Transtorno do Espectro do Autismo ou deficiência de caráter permanente e não transitória. Outro projeto a ser votado é o PL 1855/20, do Senado, que estende o direito a atendimento prioritário nos serviços para as pessoas com transtorno do espectro autista e para as pessoas com mobilidade reduzida.
No Senado, o presidente Rodrigo Pacheco ainda não havia divulgado a pauta da semana até as 18hs desta segunda-feira, e a agenda tem como ponto forte o comparecimento, nesta terça-feira (9), do ministro da Justiça, Flávio Dino, que dará explicações sobre os planos de sua pasta na Comissão de Segurança Pública. Os senadores de oposição já avisaram que pretendem fazer indagações ao ministro sobre o que consideram omissão do governo federal no enfrentamento aos manifestantes do dia 8 de janeiro, além de exigirem explicações sobre as falhas do Gabinete de Segurança Institucional em impedir a invasão e destruição do Palácio do Planalto, conforme mostrado em vídeos divulgados recentemente.
O ex-governador do Acre e presidente da ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos), Jorge Viana, participou do Almoço-Debate LIDE, Grupo de Líderes Empresariais, nesta sexta-feira (10), em Salvador. Na ocasião, o atual chefe da Apex falou sobre iniciativas que podem ajudar a Bahia a ampliar as exportações.
“Eu estou vindo aqui na Bahia para conversar, ouvir como a gente faz para que o estado que já é grande exportador, hoje maior do Nordeste, pois exporta metade do que o Nordeste exporta, possa exportar ainda mais. No encontro com o presidente Lula esta semana, eu informei para ele que dos R$ 27 bilhões que foram exportados pelo nordeste, a Bahia exportou R$ 14 bilhões, e tem oito estados que exportam menos que a Bahia, todos juntos. Então, o Nordeste precisa de uma atenção especial. Se a Bahia já exporta, vai exportar mais, e os outros da mesma forma”, disse Viana.
O presidente da ApexBrasil ainda afirmou que deve se encontrar ainda nesta sexta-feira com o governador Jerônimo Rodrigues (PT) para ouvir as demandas do setor e planejar novos investimentos para a Bahia.
“Eu vou estar com o governador hoje e converso sempre com parlamentares. Um encontro desse como o Lide, que eu fui convidado, é muito importante. Eu fiz um encontro desse em Brasília, para ouvir também o setor produtivo, porque pode ser um detalhe que precisa ser resolvido pelo governo federal ou uma atenção que tem que se ter para que a cadeia produtiva de exportação possa nascer. A Apex tem duas missões: captar investimentos e ampliar as exportações do país”, apontou.
Para Jorge Viana, “em menos de três meses que assumiu, o presidente Lula está agitando o Brasil de novo, trazendo o país para criar perspectivas positivas”.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.