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lista quadrupla
Os ministros do Superior Tribunal de Justiça definiram na manhã desta quarta-feira (23) a formação da lista quádrupla para as duas vagas na corte destinadas aos desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais. Apesar de a Bahia ter três nomes na disputa, nenhum baiano foi escolhido.
Jatahy Júnior, Maurício Kertzman e Roberto Maynard Frank precisavam alcançar o mínimo de 17 votos para entrar na lista que será encaminhada para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O presidente do TJ-BA, Nilson Soares Castelo Branco, desistiu da candidatura.
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Entre os nomes escolhidos está o do desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo, Carlos von Adamek, apadrinhado pelo ministro do STF, Dias Toffoli. Os selecionados pleiteiam as cadeiras vagas em virtude da aposentadoria do ministro Jorge Mussi e do falecimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.
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Também entraram na lista Elton Martinez Carvalho Leme, do Rio de Janeiro, e José Afrânio Vilela, de Minas Gerais, e Teodoro Silva Santos, do Ceará.
Na quantidade de votos dada aos desembargadores baianos, Kertzman obteve o aval de nove ministros, Jatahy conquistou um voto e Frank não obteve votos. (Atualizada às 12h41)
Os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) definem nesta quarta-feira (23), em votação secreta, as duas listas com os candidatos para as três vagas abertas na corte. Duas das cadeiras são destinadas aos desembargadores dos Tribunais de Justiça estaduais e uma para a classe da advocacia.
Nesta manhã, a partir das 9h, será conhecida a lista quádrupla a ser formada a partir dos 57 desembargadores inscritos na disputa. Entre os concorrentes estão quatro magistrados do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA): Jatahy Júnior, Maurício Kertzman, Nilson Soares Castelo Branco e Roberto Maynard Frank (saiba mais e veja aqui).
Eles estão entre os nomes que pleiteiam as cadeiras vagas em virtude da aposentadoria do ministro Jorge Mussi e do falecimento do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.
Logo em seguida, os ministros do STJ formarão a lista tríplice da advocacia. Os nomes sairão da lista sêxtupla já formada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que tem entre os concorrentes o advogado baiano André Godinho. Quem for escolhido ficará no lugar do ministro Felix Fischer.
Para estar em ambas as listas é preciso que os nomes escolhidos tenham ao menos 17 votos. As duas listas serão encaminhadas ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem cabe indicar os dois desembargadores e o membro da advocacia.
Após a indicação de Lula, os selecionados passarão por sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Caso aprovados na CCJ, os nomes serão avaliados pelo plenário da Casa e só então, com a validação dos senadores, são nomeados e empossados como ministros.
No próximo dia 23 de agosto o Superior Tribunal de Justiça (STJ) formará uma lista quádrupla, a ser sabatinada pelo Senado e então encaminhada para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), para a escolha dos dois novos ministros da Corte. Os nomes selecionados ocuparão as vagas abertas com a aposentadoria do ministro Jorge Mussi e a morte do ministro Paulo de Tarso Sanseverino.
Inicialmente, 59 desembargadores se inscreveram para a disputa, mas tiveram duas desistências. Agora, entre os 57 magistrados, três baianos disputam entre os favoritos - ao lado de membros do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).
Integrantes do judiciário e do governo Lula, que acompanham a disputa, confirmaram à Folha de S.Paulo que a Bahia e São Paulo são os estados mais fortes para integrarem a lista. De acordo com a publicação, a percepção é de que é preciso contemplar a atual “força política” da Bahia, que não tem nenhum representante no STJ.
Entre os desembargadores do TJ-BA, despontam como favoritos Maurício Kertzman, Roberto Maynard Frank - atual presidente do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-BA) - e Jatahy Júnior, ex-presidente do TRE-BA e corregedor das Comarcas do Interior.
Apuração de O Globo junto a ministros do STJ também aponta Maurício Kertzman e Jatahy Júnior entre os nomes mais fortes, em paralelo com Carlos Von Adamek, do TJ-SP e apoiado pelo ministro Dias Toffoli, e Elton Leme, do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), apoiado pelo ministro Luiz Fux.
Ao Bahia Notícias, Jatahy Júnior afirma que essa é uma “especulação de imprensa” e que coloca o seu nome na corrida “com muita humildade”, visto que são 57 nomes concorrendo. “Vamos ver o que os ministros vão achar do meu currículo, mas não vejo favoritismo de ninguém, não. Os ministros ainda vão escolher, escolher analisando os currículos”, pondera.
Quanto à necessidade de a Bahia ter um ministro no STJ, Jatahy Júnior avalia que o estado possui quatro bons nomes na disputa - além dos já citados, tem o presidente do TJ-BA, o desembargador Nilson Soares Castelo Branco. “São quatro bons candidatos. Como a Bahia não tem ministro no STJ, tem quatro possibilidades e tenho esperança sim de um dos quatro ser escolhido”, afirma ao sinalizar que já esteve em Brasília para conversar com a presidente do STJ, a ministra Maria Thereza de Assis Moura.
Em relação aos atributos que possam lhe dar respaldo para sentar na cadeira da Corte, Jatahy Júnior aposta na sua trajetória na magistratura. “Eu sou um magistrado de 33 anos de carreira, 10 anos de tribunal. Então, acho que tenho currículo que possa respaldar essa aspiração, mas é como eu lhe falei, são 57 candidatos do Brasil todo… Então é um pleito que não é dos mais fáceis”, diz.
Do outro lado, Roberto Mayanard Frank afirma receber a notícia do seu favoritismo com “surpresa e alegria” e sinaliza que a decisão para composição da lista quádrupla caberá ao STJ. “O que eles decidirem será aplaudido por todos os demais candidatos”.
Maurício Kertzman não classifica a cotação do seu nome como favoritismo, já que a lista dos inscritos possuem "nomes fortes" espalhados por todo o Brasil. "Só o fato de estar podendo concorrer já me honra muito", afirma em entrevista ao Bahia Notícias.
"De fato não tem nenhum ministro baiano nem no STJ, nem no STF e, de fato, a comunidade jurídica baiana claro que se recinte de ter diversas pessoas com uma história dedicada à magistratura e que teria a possibilidade de estar ocupando um cargo no Tribunal Superior. E até por isso que nós temos quatro nomes que se ofereceram para o tribunal, porque na verdade são os ministros do STJ que escolhem, fazem uma análise do currículo e os serviços prestados por cada candidato", reforça o desembargador.
Kertzman assegura que independente do resultado, apenas participa do processo de escolha é "um orgulho" na carreira de qualquer magistrado. Em sua defesa, acredita que seria uma boa escolha visto o trabalho desenvolvido no Tribunal de Justiça da Bahia.
"Eu tenho um dos gabinetes com o menor acervo do tribunal, uma história de dedicação ao tribunal. Acho que as pessoas, os advogados principalmente, testemunham o meu grau de comprometimento com a magistratura, a eficiência, a eficácia das decisões. O meu gabinete no tribunal é um dos mais céleres, um dos mais rápidos na prestração jurisdicional. Então, eu acho que pode ser um reconhecimento da comunidade jurídica", pontua.
Conforme a Folha, alas do STJ ainda devem levar em consideração algumas premissas para os cortes: se os candidatos são juízes de carreira e não oriundos da advocacia, ou seja, se atuaram na primeira instância como juízes e foram promovidos; e o tempo de atuação do candidato na magistratura, já que alguns ministros querem que o postulante tenha ao menos dez anos de atuação como juiz
OUTROS NOMES
Em São Paulo, os nomes mais cotados são o do desembargador Carlos von Adamek, que foi assessor do ministro Dias Toffoli no STF e de Gilmar Mendes no Conselho Nacional de Justiça (CNJ); Airton Vieira, que auxiliou o ministro Alexandre de Moraes e atuou em processos importantes como o inquérito das fake news; e o ex-presidente da Associação Juristas pela Democracia (AJD), Marcelo Semer, que reúne magistrados vistos como progressistas.
No Rio de Janeiro, o presidente do TRE, próximo de Gilmar Mendes e do corregedor nacional de Justiça, Luis Felipe Salomão, Elton Leme, é citado como um nome forte. Ele é casado com uma diretora do Instituto de Pesquisa e Estudos Jurídicos Avançados (Ipeja), que promove eventos com ministros na Europa.
Indo para o nordeste do país, tem o presidente do Tribunal de Justiça do Maranhão, Paulo Velten. Segundo a Folha, contra ele, conta a possibilidade de outro maranhense, o juiz do TRF-1 (Tribunal Regional Federal da 1ª Região) Ney Bello, ser o favorito em uma futura vaga na corte superior destinada aos tribunais federais.
São citados ainda como nomes fortes o ex-presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas, Tutmés Airan e o presidente do Tribunal de Justiça de Santa Catarina, João Henrique Blasi.
Também despontam o desembargador do Tribunal de Justiça de Minas Gerais, José Afrânio Vilela e do Espírito Santo, Samuel Brasil. Interlocutores dizem que Brasil tem o apoio da presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura.
LISTA DA ADVOCACIA
No dia 23, o STJ ainda formará a lista tríplice da advocacia a partir dos seis nomes selecionados pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Entre eles está o advogado baiano André Godinho, além de Daniela Teixeira - mais votada na formação da lista sêxtupla da OAB -, Luís Cláudio Allemand, Luís Cláudio Chaves, Márcio Fernandes e Otávio Rodrigues Júnior.
De acordo com O Globo, nos bastidores ministros do STJ apontam como favoritos à vaga da advocacia Daniela Teixeira, próxima a alas do PT e do grupo de juristas Prerrogativas, Luís Cláudio Chaves, que tem o apoio do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e Otávio Rodrigues, próximo a vários ministros da Corte e aliado de integrantes do Supremo Tribunal Federal (STF) como o ministro Dias Toffoli. (Atualizada às 13h51)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.