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Um padre católico recebeu um cálice envenenado, enquanto celebrava a missa em Cessaniti, na Itália. A situação aconteceu depois que o religioso se manifestou contra uma organização mafiosa, que surgiu na cidade, chamada ‘Ndrangheta. A tentativa de envenenamento aconteceu no último sábado (24/2).
Conhecido por denunciar o crime organizado, o padre Felice Palamara notou o cheiro de água sanitária durante a missa. Ele suspeitou que algo estava errado e suspendeu imediatamente a celebração religiosa, chamando em seguida a polícia nacional italiana, os Carabinieri.
Mais tarde, a polícia detectou que os recipientes de água e vinho de Palamara estavam misturados com água sanitária. O religioso acredita que a tentativa de envenená-lo foi uma retaliação de ‘Ndrangheta.
“Tenho certeza de que este ato de intimidação não tem nada a ver com os meus paroquianos porque estou aqui há 10 anos e sempre tive boas relações com as pessoas da paróquia”, disse Palamara ao jornal Corriere della Sera. “Não permitimos que ninguém faça mal à paróquia. Ninguém pode parar uma cidade que merece redenção e que quer crescer”, acrescentou.
A ‘Ndrangheta, considerada o grupo de crime organizado mais rico do mundo, ganhou dezenas de milhares de milhões de dólares com o tráfico de cocaína ao longo de várias décadas e, recentemente, conseguiu expandir o seu alcance por toda a Europa, à medida que a máfia siciliana perdia a sua influência.
A partida entre Flamengo x Avaí, pela última rodada do Brasileirão de 2022, no Maracanã, foi alvo da quadrilha responsável por manipular apostas esportivas no Brasil.
Segundo as informações da Coluna Rodrigo Rangel Com Sarah Teófilo, do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias, que teve acesso a uma série de documentos obtidos com exclusividade, um integrentate do grupo de apostadores visitou hotel do time do Avaí horas antes da partida, porém, ainda não se sabe se este episódio está sendo analisado pelos promotores encarregados pelo caso.
As primeiras mensagens relacionadas à partida foram trocadas na véspera. Romário Hugo dos Santos, conhecido como Romarinho, conversa com uma pessoa de nome Beatriz, a quem chama de “amor”. Ex-jogador do Palmeiras, preso desde abril, Romarinho já foi denunciado à Justiça. É apontado como um dos cabeças do esquema, responsável por aliciar jogadores e por financiar os subornos.
“Vou precisar ir lá no Rio de Janeiro mano”, escreveu, às 20h21. “Eu arrumei uma parada lá pra uns caras aqui. Vou precisa ir lá. (…) Jogador. Vou ganhar agora 150 mil. Mais as apostas”, escreveu. Beatriz reage com estranhamento e faz algumas perguntas. Logo em seguida, o ex-jogador encaminha para ela a mensagem que revela o plano relacionado à partida que seria jogada no dia seguinte no Maracanã.
A própria mensagem, que inclui as coordenadas para a “missão” a ser cumprida por Romarinho no Rio e menciona uma recompensa de R$ 800 mil adiantados “no pix”, se refere à trama como “Operação Avaí x Flamengo”.
“OPERAÇÃO AVAÍ x FLAMENGO
2 zagueiros e 1 Goleiro
TOMAR 5 GOLS
R$ 800.000,00 Adiantado!
No pix, na hora.
Encontrar MARLON (meu fechamento) junto aos jogadores, no HOTEL HILTON COPACABANA às 7:00 da manhã!”, diz a mensagem.
Os R$ 800 mil seriam a comissão, adiantada, a ser paga a quem topasse participar do esquema, que novamente de acordo com a mensagem envolveria “dois zagueiros e um goleiro” e um objetivo: “tomar cinco gols”. Porém, a meta não chegou a ser alcançada. O Avaí acabou ganhando do Flamengo por 2 a 1. Não se sabe se havia outras “metas” que interessavam aos integrantes da máfia e poderiam resultar em ganhos nos sites de aposta.
O Avaí já afastou dois jogadores em razão do escândalo de apostas: Raphael Rodrigues e Vinícius José Ignácio, conhecido como Didi, ambos zagueiros. O clube catarinense afirmou que nunca tomou conhecimento de qualquer tentativa de manipulação da partida contra o Flamengo e ressaltou que afastou os jogadores mencionados nas investigações.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.