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maignan
Mais um triste episódio de racismo abalou o mundo do futebol no recente confronto entre Udinese e Milan pelo Campeonato Italiano, deixando o goleiro Maignan, vítima das ofensas, profundamente impactado. Após o incidente que resultou na paralisação do jogo, o goleiro se manifestou sobre a experiência, revelando a intensidade dos abusos que o perseguiram.
O francês afirmou ter escutado sons imitando macacos vindo das arquibancadas e afirmou ter se recusado a voltar para o jogo.
“Quando fui buscar a bola atrás do gol, ouvi sons de macaco e não falei nada. Depois aconteceu de novo, então falei com o árbitro e disse o que havia acontecido. Não podemos jogar assim. Não é a primeira vez, temos que enviar uma mensagem importante. Um sinal.”, relatou Maignan, goleiro Rossonero.
“Neste momento não gostaria de falar com as pessoas que fizeram isso, seria inútil. Para ajudar todos que sofrem o que sofri, precisamos de punição. Eles são ignorantes, devem permanecer em casa. Torcedores de verdade vêm ao estádio para torcer, essas coisas não podem acontecer no futebol. Eu não queria voltar. Todos vieram até a mim e então entramos em campo para vencer a partida. A resposta certa foi somar os três pontos.”, completou.
A vitória do Milan por 3 a 2 foi ofuscada por inúmeros atos racistas, levando à interrupção da partida. O Milan vencia a partida por 1 a 0 quando foi paralisada, após o reinício, enfrentaram uma virada momentânea antes de buscar uma vitória emocionante com um gol nos acréscimos.
Ao final da partida, Maignan, que também é parte da seleção francesa, não apenas expressou sua indignação com o incidente, mas também fez um apelo direto às autoridades. Ele enfatizou a importância de uma posição firme por parte do Ministério Público. Além disso, Maignan ressaltou que os jogadores devem desempenhar um papel importante contra o racismo no esporte.
“O Ministério Público deve tomar uma posição muito forte, até porque às vezes nada acontece. Nós, jogadores, por outro lado, devemos e podemos dar um sinal muito forte.”
No sábado (20), o goleiro Mike Maignan, do Milan, foi vítima de mais um episódio de racismo no futebol europeu. A partida que acontecia pela Série A contra a Udinese chegou a ser interrompida após cânticos racistas da torcida adversária. Gianni Infantino, presidente da FIFA, emitiu um comunicado oficial em apoio ao jogador.
O presidente citou que derrotas automáticas serão uma das punições em todos os episódios desse tipo. Em nota oficial, Infantino fez questão de relembrar o caso ocorrido no mesmo dia, em Sheffield, na Inglaterra.
“Temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas,” declarou o italiano.
A partida entre Milan e Udinese terminou com vitória dos Rossoneros por 3 a 2, mas foi paralisada por cerca de cinco minutos após Maignan relatar os insultos racistas ao juiz. Apesar de terem deixado o campo, os jogadores só retornaram após a paralisação das ofensas.
Confira abaixo o comunicado do Presidente da FIFA:
"Os acontecimentos que ocorreram em Udine e Sheffield no sábado são totalmente abomináveis e completamente inaceitáveis. Não há lugar para racismo ou qualquer forma de discriminação - tanto no futebol como na sociedade. Os jogadores afetados pelos acontecimentos de sábado têm meu total apoio.
Precisamos que todas as partes interessadas relevantes tomem medidas, começando pela educação nas escolas, para que as gerações futuras entendam que isso não faz parte do futebol ou da sociedade.
Além do processo de três etapas (partida interrompida, partida interrompida novamente e partida abandonada), temos que implementar a derrota automática para o time cujos torcedores cometeram racismo e causaram abandono da partida, bem como proibições mundiais de estádios, e acusações criminais para racistas.
A Fifa e o futebol mostram total solidariedade às vítimas do racismo e de qualquer forma de discriminação. De uma vez por todas: não ao racismo! Não a qualquer forma de discriminação!.”
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