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marcinho vp
Fenômeno do trap nacional, o cantor Oruam, nome artístico de Mauro Davi dos Santos Nepomuceno, de 22, chamou a atenção do público ao se apresentar no Lollapalooza Brasil, em São Paulo, com um apelo na camisa, um pedido de liberdade para uma das figuras mais conhecidas do tráfico no Rio de Janeiro, Marcinho VP.
O pedido tem uma justificativa por de trás, Oruam é filho do criminoso, que está preso desde 2006 em um presídio de segurança máxima de Catanduvas, no Paraná.
Oruam homenageia o pai, líder do Comando Vermelho, durante Lollapalooza Brasil 2024.
— José Norberto Flesch (@jnflesch) March 25, 2024
Ele se apresentou no festival com uma camiseta estampada com o rosto de Marcinho VP, acompanhado da palavra "liberdade".
Ele está preso desde 2006.pic.twitter.com/Qfw0EzQejY
Marcinho é apontado como cabeça da facção criminosa Comando Vermelho, além de ser acusado de praticar alguns homicídios. VP foi condenado a 44 anos de prisão e foi detido quando Oruam tinha apenas 5 anos.
Criticado pelo posicionamento no festival, o jovem desabafou na web e explicou o motivo do protesto.
"Meu pai foi preso com 20 anos, há quase 30 anos atrás. Há mais de trinta anos vive trancado em uma cela de 6 metros quadrados, com 2 horas de banho de sol por dia, quando é autorizado, e sem contanto com nenhuma outra pessoa que não os carcereiros. Eu e minha família podemos quando é autorizado, ver ele uma vez por mês, por poucas horas e através de um vidro, sem nenhum contato físico", disse.
O trapper pede que o pai tenha direito a ressocialização, algo que faria ele ter uma relação ainda mais próxima com VP. "Minha vida é assim desde que sou uma criança, não tenho uma foto sequer com meu pai e muito menos tive o prazer de desfrutar de coisas simples com meu pai. A cadeia deveria servir para ressocializar e não para torturar", afirmou.
Em outras entrevistas, o artista disse que costuma visitar o pai na cadeia e sabe que ele tem orgulho do caminho que ele escolheu seguir, o da música. "Eu vou visitar meu pai e ele fica todo bobo, fala que os policiais falam de mim para ele, que eu fui na casa do Neymar. Imagina para ele. Ele sofreu para caralho, está pagando por tudo o que ele fez".
Oruam ainda frisa que não cresceu na mídia por ser filho do criminoso, e sim pela música que faz. "Vagabundo fala vários bagulhos, querendo ‘denegrir’ minha imagem por causa dele. O bagulho que ele fez, foi ele quem fez, não tenho nada a ver com isso. Eu bombei não falando nada com meu pai, bombei com a minha música, sozinho".
O jovem conta com mais de 10 milhões de ouvintes mensais no Spotify. Oruam começou a crescer no trap em 2021, quando fez colaborações com Chefin, Jhowzin e Raffé. Em 2022, o trapper foi convidado para participar do 'Poesia Acústica 13'.
Além das parcerias com Chefin, o cantor foi um dos convidados de Ludmilla no álbum 'VILÃ' com a música 'Malvadona'. Entre os sucessos de Oruam estão 'Terra Prometida', 'Rolê na Favela de Nave' e 'Para de Mentir'.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).