Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
mdb da bahia
A disputa eleitoral em Vitória da Conquista, pelo menos na base do governo do estado, pode não ter um único nome. MDB, por meio da vereadora Lúcia Rocha, e PT, com o deputado federal Waldenor Pereira, devem se enfrentar nas urnas em 2024. Interlocutores emedebistas apontaram ao Bahia Notícias que a candidatura de Lúcia seria "irreversível".
O entendimento segue sendo de confiar nas pesquisas prévias e internas, que apontam Lúcia como um dos nomes mais bem avaliados pelos eleitores de Conquista. Além disso, a percepção é de não pensar em um "teto" para a candidatura, já que com três nomes na disputa, com a atual prefeita Sheila Lemos (União) e Waldenor Pereira (PT), a "repartição de votos" seria mais ampla.
Informações que chegaram ao BN apontam que a campanha já estaria sendo gestada, incluindo com o início do diálogo com marqueteiros e o ajuste do plano de governo. Lúcia, por sinal, tem vindo frequentemente a Salvador, para reforçar o diálogo com as lideranças da legenda no estado. Um dos pontos analisados é que Conquista é uma das cidades baianas que possui a possibilidade de segundo turno.
Como "reflexo" desse reforço na candidatura, na última terça-feira (20), o presidente de honra do MDB Bahia, o ex-deputado federal Lúcio Vieira Lima, anunciou, a expulsão de três vereadores de Vitória da Conquista, no sudoeste baiano, por “indisciplina partidária”, através da ligação com a atual gestão. A ação foi movida pela Comissão de Ética do MDB da Bahia contra os parlamentares Adinilson Pereira, Edjaime Rosa de Carvalho e Luis Carlos Dude.
Nesta semana, ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3, o presidente estadual do PT, Éden Valadares indicou que em pesquisas para consumo interno feitas pelo partido, Waldenor e Lúcia pontuam na frente da atual prefeita. "Lá teremos unidade do grupo de Jerônimo. Nós do PT vamos trabalhar para que aconteça no primeiro turno. Se não der certo, acontecerá no segundo. Tenho certeza que PT e MDB irão jogar um jogo combinado em Conquista", comentou.
"Como a gente pede, tanto para Waldenor ou Lúcia Rocha, que estão pontuando tão bem, para retirar? Temos que ir monitorando, caminhando, vem aí o fechamento da janela partidária, a montagem da chapa de vereadores. Waldenor vai lançar o programa, com oito partidos caminhando. É um bom problema. Como Conquista tem dois turnos, vamos tentar montar um BaVi", disse Éden.
A montagem das chapas de vereadores pelos partidos em Salvador podem ter algumas condicionantes. Uma delas, a do MDB, pode sofrer com a eventual candidatura a prefeito do vice-governador Geraldo Jr., ou não. O partido pode "ceder" o espaço para vereadores com mandato como contrapartida para liderar a candidatura na capital em 2024 pelo grupo político do governador Jerônimo Rodrigues.
"De início, a conversa mostra a intenção de não receber ninguém com mandato. Mas, logicamente, isso não será discutido somente pela direção. Se não, me igualo ao raciocínio de fazer vereador. Nosso projeto é reeleger Jerônimo e Lula. Mas para isso temos que disputar para ganhar a prefeitura. Quando tínhamos as coligações, lá no MDB, quem fazia as coligações eram os candidatos. Cada um tem que fazer conta. Hoje não tem mais. Muitas vezes, esse pensamento de não querer vereador com mandato, é um pensamento de todos os partidos. Confirmando que Geraldo será candidato da aliança, logicamente, para ter, terá que fazer sua cota de sacrifício. O projeto é ganhar Salvador, consolidando a reeleição na Bahia e Brasil. Para um vencer, todos tem que vencer", indicou o presidente de honra do MDB da Bahia, Lúcio Vieira Lima.
A defesa para a candidatura do MDB em Salvador, segundo Vieira Lima, é que a "série histórica" não apresenta relação nas eleições. "Cada partido tem que ter bons candidatos e uma candidatura com expectativa de vitória. Quando Alice [Portugal] foi candidata, o PT fez mais vereadores que o PCdoB. Quando Pelegrino teve o mesmo número de votos que [ACM] Neto, que tinha Mário [Kertész] na disputa, pelo MDB, o MDB fez dois, o PT sete e o DEM fez quatro. A chapa é um diferencial", comentou ao BN.
O debate ainda segue ocorrendo dentro do grupo aliado para definir o nome para a disputa. O vice-governador Geraldo Jr. (MDB) teria conseguido um aval importante para tentar se cacifar como candidato do grupo do governo Jerônimo Rodrigues à prefeitura de Salvador. O presidente nacional do MDB, deputado federal Baleia Rossi, entrou no circuito e fez chegar aos ouvidos de articuladores baianos que a legenda embarcaria no projeto e “bancaria” os custos da empreitada. No entanto, o caminho não está completamente sacramentado.
Apesar disso, o “banho-maria” em que é colocada a possível apresentação de Geraldo Jr. (MDB) como candidato único do grupo político do governador Jerônimo Rodrigues (PT) em Salvador em 2024 não é meramente obra da vagareza com que as conversas do chamado conselho político acontecem. O afastamento temporário da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, submetida a procedimento cirúrgico no coração no último dia 30, também desacelerou o processo.
Segundo fontes do Bahia Notícias, as negociações para que o MDB assuma eventualmente a dianteira da construção política soteropolitana no próximo ano depende do aval da direção nacional do PT, que planeja colocar na mesa de negociação trocas de apoio em outras capitais brasileiras - com o Nordeste em destaque. A lista de municípios que entraria no acordo não deve ser divulgada previamente, mas é esperado que haja ação recíproca em prol de candidaturas petistas que sejam consideradas mais viáveis do que o projeto de Robinson Almeida em Salvador.
Apresentador da TV Band Bahia, Uziel Bueno tem buscado um partido para disputar a prefeitura de Lauro de Freitas. Com isso, o MDB surge como uma possibilidade para a filiação. Um encontro na sede do partido ocorreu há cerca de dois meses, onde foi debatida a filiação para a disputa pela prefeitura da cidade.
"Esteve comigo no partido. Tem uns dois meses. Ele tem sido instado para colocar a candidatura em Lauro de Freitas. Conversou com a gente. Eu disse que veria com bons olhos", confirmou o presidente de honra do partido, Lúcio Vieira Lima, ao Bahia Notícias.
Uziel anunciou que teria interesse em dar continuidada aos trabalhos da atual chefe do Executivo, Moema Gramacho (PT). “As pessoas têm comentado muito lá, e é isso mesmo. A próxima pesquisa à Prefeitura de Lauro de Freitas, meu nome tem que estar. Eu quero meu nome nesta pesquisa aí para prefeito de Lauro de Freitas, estou logo avisando”, disse o apresentador.
Bueno ainda elogiou Moema e disse que sua candidatura para sucedê-la também vinha no sentido de representar o povo. “Sem muita conversinha, sem muito disse me disse, é isso mesmo. Eu quero Uziel Bueno, se não tiver Uziel Bueno na pesquisa para prefeito de Lauro de Freitas é falsa. Tem que ter Uziel Bueno. O povo está falando comigo, então, agora eu quero”, comentou durante seu programa.
Uziel chegou a cogitar disputar um cargo eletivo nas eleições de 2022, porém o fato não se concretizou. Em prol de lançar o nome da esposa, a vereadora Débora Santana (Avante), e o pai da edil, o deputado estadual Carlos Ubaldino (PDT), Uziel recuou do pleito. Ambos não foram eleitos na disputa.
Uziel cogitou ser candidato à Câmara de Deputados, em uma dobradinha com Débora que iria para tentar a eleição para a Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA) (veja mais). Porém, a "reorganização familiar" fez com que Ubaldino tentasse a reeleição para o Legislativo estadual e, a vereadora Débora Santana buscasse uma vaga em Brasília.
Durante as discussões políticas, Uziel Bueno chegou a ser cotado para ser o vice de João Roma (PL) na disputa ao governo da Bahia (veja aqui). Filiado ao Podemos, Uziel teve a sondagem confirmada pelo presidente do partido, Gabriel Melo, que também descartou a adesão partidária à campanha de Roma (relembre aqui).
CENÁRIO EM LAURO DE FREITAS
Com a prefeita Moema Gramacho (PT) ainda definindo um sucessor, o cenário em Lauro de Freitas ainda segue incerto. Moema tem cogitado alguns nomes da sua atual gestão (reveja aqui), incluindo o secretário de Serviços Públicos (Sesp) de Lauro de Freitas, Decinho (Republicanos), que integra uma legenda de oposição ao governo do estado.
Apesar disso, o grupo de oposição da gestão ainda também segue sem uma definição. Com os partidos ainda se organizando, o grupo avalia que precisará caminhar unido. O deputado federal Leo Prates (PDT) acredita que o grupo político que faz oposição à prefeita Moema Gramacho (PT), em Lauro de Freitas, pode sair vencedor nas urnas em 2024 se houver uma união entre os principais atores que desejam derrotar a atual gestora do município localizado na Região Metropolitana de Salvador.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.