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A maioria da população brasileira afirma que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não merece ser reeleito para um quarto mandato em 2026, e os nomes do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, e da ex-primeira-dama Michelle surgem como principais alternativas entre os eleitores de Jair Bolsonaro (PL). Esses foram alguns dos resultados da nova pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta segunda-feira (13).
A pesquisa questionou se os eleitores brasileiros consideram que Lula merece ser reeleito em 2026, e 55% disseram não querer mais um mandato do petista. Outros 42% responderam que o presidente atual merece uma nova chance, e 3% não sabem ou não responderam.
Ao perguntarem aos entrevistados “quem seria melhor para enfrentar Lula em 2026 se Bolsonaro não puder concorrer?”, a ex-primeira dama Michelle Bolsonaro saiu na frente com opção do eleitorado. Michell foi lembrada por 28% dos brasileiros, contra 24% que ciaram o governador Tarcísio de Freitas. Como a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais, a pesquisa Genial/Quaest considera que os dois estão tecnicamente empatados.
Outros três governadores foram citados como alternativas a Jair Bolsonaro em 2026. A pesquisa revelou que o governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), é a escolha de 10% dos eleitores. Para 7% dos entrevistados, a melhor opção no lugar de Bolsonaro seria o governador mineiro Romeu Zema (Novo).
Para 5% dos que responderam ao questionário, o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), é a melhor opção para 2026. Outros 26% não souberam ou não quiseram responder o questionamento.
No recorte sobre a reeleição do presidente Lula, a maior rejeição ao petista vem dos homens: 59% disseram ser contra um novo mandato, número que cai para 52% no eleitorado feminino. Entre as mulheres , 45% são favoráveis à reeleição de Lula, e no eleitorado masculino os que apostam em Lula são 38%.
Na análise das respostas por região do país, apenas no Nordeste a maioria disse achar que Lula merece mais uma chance de se eleger presidente. Um total de 60% dos entrevistados do Nordeste dizem ser a favor do quarto mandato do petista, enquanto 38% disseram que ele não merece se reeleger.
Nas outras regiões, o resultado foi o seguinte: Sudeste – não merece (63%), merece (33%), não sabe/não respondeu (4%); Sul – não merece (59%), merece (39%), não sabe/não respondeu (2%); Centro-Oeste/Norte – não merece (58%), merece (37%), não sabe/não respondeu (4%).
A faixa de renda que mais rejeita o presidente Lula é a que ganha mais de cinco salários mínimos. Nesta faixa, 66% dos entrevistados acham que o presidente não merece ser reeleito, e 29% avaliam que ele merece. Já entre os que ganham até dois salários mínimos, 54% dizem que Lula merece um novo mandato, contra 43% que afirmam que não.
No recorte por faixa etária, houve empate na pesquisa apenas entre os idosos. Quem tem entre 16 e 59 anos de idade disse não acreditar que o presidente Lula deve obter um quarto mandato. Os números foi faixa etária foram os seguintes: 16 a 34 anos de idade – não merece (57%), merece (39%); 35 a 59 anos de idade – não merece (57%), merece (40%); 60 anos ou mais – não merece (48%), merece (48%).
Um outro dado revelado pelo levantamento mostra o presidente Lula com números melhores do que os de Jair Bolsonaro caso fossem novamente adversários em 2026. Se o cenário de 2026 fosse Lula contra Bolsonaro, 47% dizem que votariam no petista, contra 39% que escolheriam o ex-presidente.
A pesquisa Genial/Quaest foi feita de 2 a 6 de maio por meio de 2.045 entrevistas presenciais. O nível de confiança é 95% e a margem de erro é de 2,2 pontos percentuais.
Nota da coluna Radar, publicada na revista Veja que chegou às bancas nesta sexta-feira (23), afirma que o ex-presidente Jair Bolsonaro já teria batido o martelo: a sua esposa, Michelle Bolsonaro, concorrerá a um mandato pelo Senado no estado do Paraná.
“Se depender de Bolsonaro, Michelle será candidata única do bolsonarismo ao Senado pelo Paraná, caso Sérgio Moro seja retirado do mandato”, afirma a nota da coluna.
A antecipação da intenção eleitoral da família Bolsonaro está sendo estimulada pela aceleração do calendário do julgamento da ação contra o senador Sérgio Moro, no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná. Nesta quinta (22), saiu a confirmação da indicação do novo membro do tribunal pelo presidente Lula, que tomará posse no TRE-PR no dia 8 de março.
Como a partir desta data o tribunal estará com a sua composição completa, o presidente do TRE, desembargador Sigurd Roberto Bengtsson, agendou para os dias 1º, 3 e 8 de abril o julgamento do processo que envolve Sérgio Moro. Ao final do julgamento, Moro pode ter o seu mandato cassado, e teria que recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para não deixar sua cadeira de senador.
Para que os planos do ex-presidente Bolsonaro deem certo, no caso da perda de mandato de Moro, ele terá que solucionar dois obstáculos. O primeiro, garantir que a ex-primeira-dama tenha domicílio eleitoral no Paraná a fim de disputar uma eleição extraordinária ao Senado. De acordo com o calendário eleitoral estabelecido pela Justiça Eleitoral, a data-limite para que os futuros candidatos ao pleito de outubro estejam com o domicílio eleitoral estabelecido na circunscrição onde pretendem concorrer é o dia 6 de abril. Como o julgamento de Sérgio Moro se encerrará no dia 8 de abril, Michelle Bolsonaro teria que mudar seu domicílio para o Paraná antes de saber o resultado do processo.
O outro obstáculo diz respeito à intenção do ex-deputado Paulo Eduardo Martins de ser o candidato do PL caso Moro seja cassado. Paulo Martins foi o segundo colocado para o Senado nas eleições de 2022, e já deu declarações públicas de que tem um acordo com o presidente do seu partido, Valdemar Costa Neto, para ser o nome do PL na eventual disputa.
A favor de uma candidatura da ex-primeira-dama, no entanto, pesa números de uma pesquisa divulgada no final do ano passado pelo Instituto Paraná Pesquisas. De acordo com o levantamento, em uma eventual disputa pela cadeira de Sérgio Moro, Michelle Bolsonaro estaria em primeiro lugar, com 35,7%, à frente do ex-senador Alvaro Dias (derrotado em 2022), com 24,4%.
Neste cenário, Michelle também ganharia de Gleisi Hoffmann, eventual candidata do PT e que registrou 16,2% na pesquisa. Outros nomes colocados neste cenário seriam a esposa de Moro, Rosângela (União), com 7,4%; o ex-deputado Ricardo Barros (PP), com 4,9%; e Sérgio Sousa (MDB), com 1,5%.
Já no cenário com Paulo Martins e sem Michelle, o ex-senador Alvaro Dias (Podemos) se sairia vitorioso, com 29,8%. Rosangela Moro viria em segundo lugar, com 17,9%, e Gleisi em terceiro, com 16,1%. O ex-deputado Paulo Martins aparece apenas na quarta colocação, com 11,3%, à frente de Ricardo Barros (7%) e Sérgio Sousa (1%).
Lula rebate acusações de Bolsonaro à PF e Michelle faz enquete com ataques à jornalista da Globonews
A operação da Polícia Federal nesta segunda-feira (29) que teve como alvo o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), por suspeita de criação de uma “estrutura paralela” na Abin (Agência Brasileira de Inteligência) durante o governo anterior, continua gerando intenso bate-boca nas redes sociais. De um lado, membros da família Bolsonaro, em postagens variadas, atacam o governo, o Supremo Tribunal Federal (STF), a Polícia Federal e a imprensa, e da parte do Palácio do Planalto, o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva entrou na discussão.
Em entrevista na manhã desta terça (30) à rádio CBN Recife e em publicações nas suas redes sociais, Lula rebateu acusações feitas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro de que ele e sua família estariam sendo perseguidos pela PF. O presidente disse que Bolsonaro falou “uma grande asneira”, e que em seu governo, tentou interferir na PF.
“O ex-presidente falou uma grande asneira. O governo federal não manda na Justiça. A Justiça tomou uma decisão e a Polícia Federal cumpriu um mandato. Que as pessoas investigadas têm o direito a presunção de inocência, direito que eu não tenho. E quem não deve, não teme”, disse Lula. “Ele tentou mandar na Polícia Federal. Trocava superintendente ao seu interesse. E eu acho que a Polícia Federal tem que ser respeitada. E acho que não deve exorbitar e fazer pirotecnia. Que não deve destruir a imagem das pessoas antes de apurar”, completou o presidente.
Após a operação desta segunda, Bolsonaro (PL) declarou que a intenção da operação da Polícia Federal de “esculachar” ele e sua família.
“Querem me esculachar, me fazer passar por constrangimento. O objetivo deles o objetivo é encontrar algo que me envolva em algum crime, mas isso não vai acontecer. Estão jogando rede, pescando em piscina. Não tem peixe”, disse o ex-presidente.
Ainda na entrevista desta manhã, o presidente Lula disse que quer paz para poder governar: “O que é importante é que, quando você é eleito, é eleito para trabalhar. Já foi provado que o ex-presidente estimulava o ódio e desinformação. Só falava bobagem. Eu quero paz. Não tem um cidadão que queira mais a paz do que eu”.
MICHELE FAZ ENQUETE PARA PROVOCAR JORNALISTA
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro também entrou no bate-boca via redes sociais. Michelle postou informações que, segundo ele, desmentiriam a “fake news que Bolsonaro teria se escondido na operação da gestapo (PF) de hoje”.
Foto: Secom/PR
Em seus stories no Instagram, Michelle também fez ataques à jornalista Daniela Lima, da Globonews. Durante a cobertura da operação da PF contra a família, a jornalista divulgou uma informação errada, sobre a suposta apreensão de um computador da Abin com Carlos Bolsonaro. A Globonews posteriormente desmentiu a informação.
No primeiro story, Michelle fez uma enquete sobre a jornalista Daniela Lima, pedindo a seus seguidores que marcassem a opção correta. As opções sobre Daniela Lima seriam: “mau-caráter, desonesta, travestida de jornalista, todas as opções”.
Em outro story 20 minutos depois, a esposa do ex-presidente comemorou o resultado de sua enquete, mostrando que 73% marcaram “todas as opções”. Segundo o resultado, 19% apertaram “mau caráter”, 5% “travestida de jornalista”, e 2% marcaram a resposta “desonesta”. Michelle colocou uma tarja em que diz “a voz do povo”, citando a enquete.
No terceiro story, Michelle posta matéria da Globonews em que reconhece o erro sobre o computador apreendido e diz que “o importante é espalhar a fake news, assassinar a reputação das pessoas e depois... a gente 'corrige' a fake news, ops! A notícia”.
Em publicação na sua conta na rede X (antigo Twitter), a jornalista Daniela Lima divulgou o vídeo que foi ao ar na Globonews no qual admite o erro sobre o computador da Abin apreendido com Carlos Bolsonaro.
“Aqui a correção no Conexão. Aos telespectadores e aos envolvidos, meu pedido de desculpas. A responsabilidade de fazer a curadoria da notícia é minha - e ontem eu falhei. Mas o que diferencia o jornalista é o compromisso com o fato. Erro se corrige na mesma medida. Taí”, escreveu a jornalista em sua postagem. Daniela Lima não comentou as postagens de Michelle Bolsonaro.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.