Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias
Você está em:
/
/
Tag

Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

milicia

Em desdobramento da ‘El Patrón’, PF deflagra nova operação contra grupo miliciano com atuação em Feira de Santana
Foto: Divulgação / PF

A Polícia Federal, a Receita Federal e a Força Correcional Integrada FORCE/COGER/SSP/BA deflagraram, neste sábado (29), a Operação Hybris III. O objetivo é desarticular organização criminosa especializada na lavagem de capitais advindos de jogo do bicho, agiotagem, extorsão, receptação qualificada, entre outras infrações penais, atuante em Feira de Santana e cidades vizinhas.


Na ocasião, foi cumprida uma busca e apreensão domiciliar em cumprimento à decisão expedida pelo Juízo da 1º Vara Criminal de Feira de Santana/BA.


O caso em investigação é um desdobramento da operação El Patrón, que tem como um dos investigados o deputado estadual Binho Galinha (PRD) e foi deflagrada em dezembro de 2023, da qual foram expedidos dez mandados de prisão preventiva, trinta e três mandados de busca e apreensão, bloqueio de mais de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.


De acordo com a PF, a investigação continuará para apuração de eventuais outros envolvidos. Se condenados pelos crimes cometidos, os investigados se sujeitarão a penas máximas que, somadas, podem ultrapassar 50 anos de reclusão.

Medo de repercussão de morte de Freixo e intimidação ao PSOL levaram ao assassinato de Marielle, diz PGR
Foto: Reprodução Redes Sociais

O medo da repercussão da morte do então deputado estadual Marcelo Freixo, seria um dos motivos que levou ao assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), em março de 2018, no Rio de Janeiro.


A informação está em denúncia feita pela Procuradoria Geral da República (PGR) ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Chiquinho Brazão (sem partido-RJ), seu irmão, Domingos Brazão, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro, e o delegado da Polícia Civil do Rio de Janeiro Rivaldo Barbosa. O policial militar Ronald Alves de Paula, o Major Ronald, apontado como ex-chefe da milícia da Muzema, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, também foi denunciado. As informações são da CBN.


"Marcelo Freixo gozava de grande projeção política. Eventual atentado contra Marcelo teria grande repercussão, elevando as chances de uma eficiente atuação repressiva do Estado", diz trecho da denúncia.


A denúncia cita a atuação de Freixo na CPI das Milícias, em 2008, que mencionou os irmãos Brazão como beneficiários de um "curral eleitoral" em Oswaldo Cruz, bairro da Zona Norte do Rio comandado por milicianos. Além disso, a PGR lembra a atuação de Freixo e do PSOL para atrapalhar a ida de Brazão para o TCU, em 2015.


INTIMIDAÇÃO AO PSOL

Ainda segundo a denúncia, "foi nesse contexto que as atuações políticas do PSOL e, mais tarde, de Marielle Francisco da Silva, entraram em rota de colisão com os denunciados João Francisco e Domingos Brazão, que decidiram então matá-la, para impedir que a vereadora continuasse a prejudicar os seus interesses e para dissuadir outros integrantes do PSOL que pretendessem adotar a mesma postura".


"Por esses fatores, impelidos pela finalidade de desencorajar qualquer oposição aos seus interesses econômicos e para imposição de suas propostas legislativas, buscando, ainda, atender às necessidades das milícias das quais eram aliados, Domingos Inácio Brazão e João Francisco Inácio Brazão decidiram por matar Marielle Francisco da Silva, o que também serviria como modo de intimidar o livre exercício da atividade político-partidária dos integrantes do PSOL", diz outro trecho da denúncia.

Fazenda no Extremo Oeste baiano é alvo de disputa; antigos ocupantes pedem saída de supostos milicianos
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Uma fazenda em Cocos, no Extremo Oeste baiano, tem sido alvo de disputa entre antigos ocupantes e um grupo considerado miliciano. A situação se agravou quando um administrador e a esposa dele foram obrigados a sair da propriedade, denominada São Silvestre, em dezembro do ano passado.

 

No inquérito em que o Bahia Notícias teve acesso, o administrador, identificado como José Eurico da Silva, contou que no dia 17 de dezembro em torno de 20 homens armados, a bordo de cinco caminhonetes, invadiram o local, afirmando que tinham um mandado de reintegração de posse. No entanto, segundo José Eurico, não havia documentos. O casal foi obrigado a sair, recolhendo apenas bens móveis.

 

Ao Bahia Notícias, o advogado que representa o administrador e o considerado dono da fazenda, um empresário do Espírito Santo, identificado como Maely Guilherme Botelho Coelho, disse que já fez três pedidos de reintegração de posse, mas nenhum deles foi atendido pela Comarca de Cocos.

 

“Nós já fizemos juntadas de documentos pedidos pelo juiz e agora vamos ver se finalmente, ele nos atende. Caso contrário, vamos apelar para o Tribunal de Justiça [TJ-BA]”, disse Joel Mendes ao BN. A suspeita é que os ocupantes da fazenda sejam ex-militares de origem do Rio de Janeiro, um da Polícia Militar e outro da Marinha.

Caso Binho Galinha: Empresas de deputado teriam feito declaração falsa à Receita e chamado atenção do Coaf
Foto: Reprodução / AL-BA

A investigação feita pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) sobre o deputado estadual Binho Galinha (PRD), juntamente com outros órgãos, também passou pela análise financeira de alguns locais vinculados ao parlamentar. Apontado como líder de uma suposta organização criminosa em Feira de Santana, Galinha teria realizado declarações falsas à Receita Federal, segundo a investigação. 

 

A reportagem do Bahia Notícias, ao obter com exclusividade a denúncia feita pelo MP, notou que as movimentações financeiras feitas pelas empresas envolvidas no esquema chamaram a atenção do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), ao não serem comunicadas ao órgão. A investigação do MP apontou "comprovada o dolo de ocultação ou dissimulação em 21 hipóteses criminais de lavagem, a incorrer em concurso de crimes, relativas a cada bem ocultado ou dissimulado". 

 

Entre os casos apontados pelo MP, está, inclusive, a dissimulação de valores oriundos de infrações penais, para adquirir um terreno no fundo de umas das principais churrascarias de Feira de Santana, a "Los Pampas". Outro local que supostamente teve "dissimulação de valores" foi a ocultação de uma propriedade no condomínio Palm Garden, no bairro Pedra do Descanso, na Vila Olímpia. 

 

A denúncia também inclui sítios, casas de praia, fazendas, diversos carros e motos, além de outros imóveis. Entre eles, propriedades na Vila Suíça Confort Home e Condomínio Amarilis Residencial, ambos localizados no bairro do Papagaio. Outros imóveis em outros municípios também teriam sido ocultados pela organização, incluindo na cidade de São Sebastião do Passé.  

 

OPERAÇÂO OCORRENDO

O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é considerado o principal alvo da Operação El Patron, deflagrada no final do ano passado, em Feira de Santana. A ação cumpriu 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O Ministério Público do Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma correspondente a danos morais cometidos pela suposta organização criminosa. Na época da deflagração da operação, o deputado Binho Galinha emitiu uma nota dizendo que confiava na Justiça e que estava à “disposição para dirimir dúvidas e contribuir quanto a transparência dos fatos”.

Operação El Patron: Assessor do deputado Binho Galinha é preso pela PF em Feira de Santana
Foto: Max Haack / Agencia Haack

Um mandado de prisão preventiva foi cumprido pela Polícia Federal (PF) na tarde desta quarta-feira (6), em Feira de Santana, no Centro-norte baiano, contra um assessor do deputado estadual, Binho Galinha (PRD), que estava foragido desde o dia 7 de dezembro do ano passado, data em que foi deflagrada a Operação El Patron. Ele só teve as iniciais reveladas. O deputado é apontado como chefe de uma suposta milícia na região de Feira e é o principal alvo da operação. Os federais conseguiram identificar o paradeiro do assessor hoje, na avenida Noide Cerqueira.

 

LEIA TAMBÉM:

 

A PF contou com o apoio da Força Correcional Especial Integrada da Corregedoria Geral (FORCE- COGER) da Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA) durante o cumprimento do mandato. De acordo com a corporação, o detido seria um dos operadores financeiros da organização criminosa, ao passo que utilizaria métodos para proceder ao distanciamento dos valores advindos dos ilícitos penais perpetrados pela organização criminosa, recepcionando, em sua conta bancária, elevadas quantias transferidas pelos outros indiciados.

 

Ainda de acordo com a PF, o assessor mascarava a origem ilícita dos valores, cujo objetivo seria apresentar desconexão com as atividades criminosas, sendo importante, ainda, ressaltar que se trata de pessoa de grande confiança do suposto líder da organização criminosa, já que possui cargo de confiança em seu gabinete.

 

Operação El Patron foi conduzida pela Polícia Federal, FORCE- COGER-SSP/BA, Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e Receita Federal, e desarticulou uma organização criminosa especializada na lavagem de capitais de atividades ilícitas como jogo do bicho, agiotagem, extorsão e receptação qualificada. Os suspeitos teriam envolvimento também com milicianos. O mandado de prisão preventiva foi expedido pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Feira de Santana e com ele foi apreendido um aparelho celular em poder do investigado, o qual será submetido a perícia com a finalidade de constatar a ocorrência de crimes.

PMs “milicianos” são investigados por mortes de indígenas no sul da Bahia
Foto: Leo Otero / Ministério dos Povos Indígenas

Ao menos cinco policiais são investigados pelo assassinato de indígenas no sul da Bahia. O Ministério Público Federal (MPF) e as defensorias públicas da Bahia e da União afirmam, em denúncia, que “uma milícia armada composta por policiais militares” está envolvida na morte de três indígenas pataxós no estado. As informações são do portal UOL.

 

As investigações indicam que esses PMs intercalavam o trabalho na segurança pública do estado com a segurança privada de fazendeiros. Os órgãos pediram providências ao governo da Bahia em nota publicada após o assassinato da pajé Maria de Fátima Muniz, conhecida como Nega Pataxó, no dia 21 de janeiro.

 

Além disso, eles são suspeitos de assassinar um um jovem em setembro de 2022 e outros dois em janeiro de 2023. São eles:

 

  • Gustavo Conceição (14 anos) – morto em 4 de setembro de 2022

  • Nawir Brito de Jesus (17 anos) – morto em 18 de janeiro de 2023

  • Samuel Cristiano do Amor Divino (25 anos) – morto em 18 de janeiro de 2023

 

NÚMERO DE ASSASSINATOS

Nos últimos cinco anos, a Bahia teve pelo menos 19 assassinatos de indígenas, mas nenhum autor foi condenado até o momento. Na manhã da última quinta (8), moradores de aldeias pataxós fizeram um protesto por justiça na BR-101, próximo a Camacan, no sul do estado.

 

Os dados são do relatório do Conselho Indigenista Missionário (Cimi). O documento aponta que o número de assassinatos cresceu a cada ano, durante o governo Bolsonaro: uma morte em 2019, cinco em 2020, seis em 2021 e sete em 2022.

 

O relatório do Cimi também aponta espancamentos, ameaças e outras agressões por parte dos PMs. Os policiais já denunciados estavam de folga durante os assassinatos, segundo o MPF-BA. Mas indígenas também criticam a atuação da PM em serviço.

 

Em 2023, foram mais sete homicídios só de janeiro a setembro. Nesse período, segundo a Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), o distrito sanitário da Bahia registrou três mortes de indígenas por arma de fogo, duas por arma branca e duas por enforcamento.

 

Segundo o UOL, os números de 2023 ainda não estão fechados. Eles não contam, por exemplo, a morte do cacique Lucas Pataxó, assassinado a tiros em dezembro do ano passado, em uma emboscada, por homens de moto ainda não identificados.

 

PM LÍDER EM ASSASSINATOS

A Polícia Militar da Bahia (PMBA) contabiliza a maior parte dos assassinatos no país. De acordo com a edição mais recente do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, os militares mataram 1.464 pessoas em 2022, seja durante serviço ou de folga.

 

Só nos últimos cinco anos, o estado registrou pelo menos 19 assassinatos de indígenas, contudo, nenhum suspeito recebeu condenação pelos crimes.

MP investiga mais de 60 policiais de 16 cidades baianas por envolvimento com milícia
Foto: Divulgação / MP-BA

Em pouco mais de três anos, 67 policiais foram alvos do Grupo Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) do Ministério Público da Bahia (MP-BA) em operações por integrar milícias ou grupos de extermínio. 

 

Segundo levantamento feito pelo O Globo junto ao MP-BA, as quadrilhas de agentes de segurança estão espalhadas por 16 cidades de Norte a Sul do estado, do interior à Região Metropolitana de Salvador, e dominam desde grandes municípios a pequenos povoados em áreas rurais. São elas: Acajutiba, Água Fria, Barreiras, Camaçari, Cansanção, Feira de Santana, Inahmpube, Itabuna, Juazeiro, Lamarão, Paulo Afonso, Piatã, Santaluz, Santa Maria da Vitória, Santo Estevão e Valente. 

 

O cenário é alarmante. Conforme a apuração, o número de policiais acusados de integrar milícias explodiu em 2023: foram 23 agentes alvos em sete operações diferentes – número maior do que a soma dos dois anos anteriores. 

 

O aumento coincide com a escalada de mortes em operações da polícia baiana nos últimos anos. Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública confirmam que de 2019 a 2022, homicídios decorrentes de ações policiais passaram de 773 para 1.464 na Bahia. 

 

CASOS

Em abril de 2021, o mototaxista Alex Cirino foi interceptado em um sinal de trânsito na cidade de Paulo Afonso. Suspeitos que ocupavam uma Amarok, autores da abordagem, desceram do veículo e colocaram Cirino à força na caminhonete (lembre aqui).

 

Para o MP-BA, o mototaxista foi sequestrado e morto por uma milícia formada por PMs do batalhão da cidade. Ele era a principal testemunha de acusação de um processo contra a quadrilha. Atualmente, um capitão e um soldado respondem pelo assassinato e pela ocultação de cadáver do mototaxista. Outros 14 policiais do batalhão da cidade respondem por crimes relacionados à atuação da milícia.

 

No caso de Paulo Afonso, a investigação revelou também que homicídios cometidos em operações do batalhão local eram, na verdade, ações de extermínio da milícia (saiba mais).

 

Em agosto do ano passado, a Justiça determinou que quatro policiais militares e um policial civil fossem afastados por integrarem uma quadrilha suspeita de mais de uma dezena de homicídios nos municípios de Santaluz, Valente e Cansanção. 

 

No começo do mês de dezembro, o Gaeco e a Polícia Federal deflagraram operação contra uma das milícias mais antigas do estado, que atua há quase 20 anos em Feira de Santana. A investigação aponta que o chefe do grupo é o deputado estadual Binho Galinha. Três PMs foram presos, acusados de serem o braço armado do político.

 

Outras investigações mostram que empresas de segurança são usadas como fachada para a ação de milícias de policiais no estado. A exemplo de Piatã, onde o grupo paramilitar local passou a assaltar comerciantes para forçá-los a contratar os serviços de segurança particular da empresa do chefe da milícia, um sargento da PM. Quem não paga ao grupo, tem seu comércio roubado. 

 

Já em Santa Maria da Vitória, um investigador da Polícia Civil é réu sob a acusação de formar uma milícia com funcionários de sua firma de vigilância. Conforme investigação, em junho de 2022, o investigador Marcelo Gonçalo Dantas e seus capangas passaram a ameaçar moradores de uma comunidade tradicional e um mês depois, mais de dez homens armados e com rostos cobertos com toucas entraram na região dando tiros para o alto e atearam fogo nas casas, onde havia até idosos.

 

Ao O Globo, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) destacou que o órgão criado pelo governo para investigar policiais realizou, em 2023, 19 operações, em que 108 pessoas foram alvos de mandados de prisão ou de busca e apreensão.

Operação prende PMs responsáveis por cobrar valores para milícia e Jogo do Bicho em Feira
Foto: Divulgação / SSP-BA

Alvos também da Operação El Patron, três policiais militares foram presos nesta quinta-feira (7). Os agentes, dois soldados e um subtenente, serviriam ao grupo miliciano, que teria como líder o deputado estadual Binho Galinha. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), o grupo criminoso é acusado de lavagem de dinheiro do Jogo do Bicho, além de agiotagem, extorsão e recepção qualificada.

 

A operação foi deflagrada em Feira de Santana, Salvador, Brejões, São Sebastião do Passé e na localidade de Cabuçu, em Saubara. Os três militares são apontados como braço armado do grupo e responsáveis pelas cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogatinas e empréstimos a juros excessivos.

 

Foto: Divulgação / SSP-BA

 

Durante o cumprimento das ações judiciais, a operação apreendeu uma mala com tabletes de cocaína, duas pistolas calibres 9 milímetros e .40, sete carregadores, 81 munições, notebook, documentos e balança foram achados.  

 

Os militares devem ser transferidos para a custódia no Batalhão de Polícia de Choque (BPChoq) da PM, em Lauro de Freitas, onde serão ouvidos e concluído o processo do cumprimento dos mandados.

Milícia chefiada por deputado em Feira também atuava no desmanche de carros, diz PF
Foto: Divulgação / Polícia Federal

O grupo miliciano desbaratado pela Operação El Patron, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7) em Feira de Santana, também atuava no desmanche de veículos. A ação ocorre após furto ou roubo e tem como objetivo a venda de peças no mercado ilegal. Vídeos e fotos feitos pela Polícia Federal (PF) mostram um galpão com peças e equipamentos de veículos, como capô, pneus, bancos e motor de carros.

 

 

Segundo a polícia, o principal alvo da operação é o deputado estadual Binho Galinha (Patriota). Três policiais militares também estão entre os envolvidos. Os agentes seriam responsáveis por fazer cobranças com uso de violência e ameaça, de valores oriundos de jogos ilícitos [jogo do bicho] e empréstimos a juros excessivos [agiotagem].

 

Foto: Divulgação / Polícia Federal

 

Ao todo, são cumpridos 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O Ministério Público do Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma correspondente a danos morais cometidos pela organização criminosa.

 

Um total de 200 policiais federais e estaduais, além de 15 Auditores-Fiscais da Receita Federal e 6 Analistas Tributários participam da operação que conta ainda com apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), Força Correicional Integrada da Secretaria de Segurança Pública (Force/Coger/SSP).

 

A investigação teve início após ofício encaminhado pelo Ministério Público da Bahia, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo perpetrados na região. (Atualizado às 10h45).

Deputado estadual Binho Galinha está entre alvos de operação contra milícia em Feira de Santana

O deputado estadual Binho Galinha (Patriota) é considerado o principal alvo da Operação El Patron, deflagrada na manhã desta quinta-feira (7) em Feira de Santana. A ação cumpre 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas. O Ministério Público do Estado (MP-BA) cobrou um valor total de R$ 700 milhões, acrescentando soma correspondente a danos morais cometidos pela organização criminosa.

 

Três policiais militares também estão entre os alvos. A função dos agentes seria fazer cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores oriundos de jogos ilícitos [jogo do bicho] e empréstimos a juros excessivos [agiotagem]. A operação ainda cumpre o bloqueio de mais de R$ 700 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 26 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

 

Um relatório da Receita Federal havia apontado inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro. A milícia também seria responsável por desmanche de veículos. Participaram da operação 200 policiais federais e estaduais, além de 15 Auditores-Fiscais da Receita Federal e 6 Analistas Tributários.

 

A investigação teve início após ofício encaminhado pelo Ministério Público do estado da Bahia, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo perpetrados na região. (Atualizado às 10h45)

PF faz operação contra milícia com atuação em Feira e cidades vizinhas; PMs e político estão entre alvos
Foto: Divulgação / Polícia Federal

Um grupo miliciano – com atuação em Feira de Santana e cidades vizinhas – é alvo de uma operação deflagrada na manhã desta quinta-feira (7) da Polícia Federal (PF). Três policiais militares integram o grupo criminoso cujas atribuições seriam efetuar cobranças, mediante violência e grave ameaça, de valores indevidos oriundos de jogos ilícitos e empréstimos a juros excessivos.

 

Foto: Divulgação / Polícia Federal

 

Denominada de El Patron, a operação cumpre 10 mandados de prisão preventiva, 33 mandados de busca e apreensão, bloqueio de R$ 200 milhões das contas bancárias dos investigados e o sequestro de 40 propriedades urbanas e rurais, além da suspensão de atividades econômicas de seis empresas.

 

Ainda segundo a PF, o chefe da organização criminosa atualmente é detentor de foro por prerrogativa de função.  Os policiais e o agente político não tiveram os nomes informados. Ainda segundo a PF, um relatório da Receita Federal apontando inconsistências fiscais dos investigados, movimentação financeira incompatível, bem como propriedade de bens móveis e imóveis não declarados e indícios de lavagem de dinheiro.

 

Foto: Divulgação / Polícia Federal

 

Participaram da operação 200 policiais federais e estaduais, além de 15 Auditores-Fiscais da Receita Federal e 6 Analistas Tributários. A investigação teve início após recebimento de ofício encaminhado pelo Ministério Público do estado da Bahia, relatando graves ilícitos penais que estariam sendo perpetrados na região.

 

Com o aprofundamento das diligências, cooperação heram-se elementos probatórios que revelaram a participação dos indiciados num grupo miliciano e evidenciaram parte de sua estrutura, inclusive o seu poderio econômico. Caso sejam condenados, os investigados podem pegar penas que passam de 50 anos de reclusão.

Grupo miliciano ameaça de morte o governador do Rio, aponta relatório
Foto: Montagem Bahia Notícias

O departamento de Inteligência da Polícia Civil do Rio detectou ameaça de morte ao governador do Rio, Cláudio Castro, e a familiares. Segundo um relatório reservado de caráter “urgentíssimo” ao qual a coluna de Paulo Capelli do portal Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias teve acesso, os autores da ameaça são integrantes do “Bonde do Zinho“, maior milícia com atuação no estado.


“Dados oriundos de fonte humana a respeito de ameaça ao Exmo. Sr. Governador Cláudio Castro e seus familiares. Tais dados dão conta que as referidas ameaças têm origem na orcrim [organização criminosa] do tipo milícia denominada ‘Bonde do Zinho’, em represália à morte de Matheus da Silva Rezende, vulgo Faustão, morto em confronto com policiais civis na data de 23/10/2023”, diz um trecho do relatório.


Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, é tio do miliciano Matheus da Silva Rezende, o Faustão, morto pela polícia do Rio nesta segunda-feira (23). Segundo o documento produzido pela Inteligência, a ameaça a Castro seria uma retaliação da milícia à operação que culminou com a morte do sobrinho.


A segurança do governador, bem como de sua mulher e de seus dois filhos, já foi reforçada.


OS 3 ALVOS DO GOVERNADOR

Recentemente, Cláudio Castro citou publicamente como prioridade as capturas de três criminosos: além de Zinho, figuram na lista Wilton Quintanilha, o Abelha, chefe do Comando Vermelho; e o miliciano Danilo Lima, o Tandera.


Há pouco tempo, a Polícia Federal e a Receita Federal passaram a atuar em conjunto com o governo do Rio para prender integrantes dessas organizações criminosas e, também, desestruturá-las financeiramente.


Por ora, o governador Cláudio Castro afirma não cogitar pedir intervenção federal no estado.

Ex-PM alvo de operação contra milícia é preso na Bahia; grupo sequestrou vítima por 12h em Santo Estêvão
Foto: Rafael Rodrigues / SSP-BA

A milícia, que tinha núcleo em Santo Estêvão, chegou a sequestrar uma pessoa por 12 horas após ordenar um resgate de R$ 200 mil. A informação foi divulgada pela Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA). O crime ocorreu no dia 14 de abril deste ano na localidade de Conjunto Alagoinhas, em Santo Estevão.

 

Foto: Rafael Rodrigues / SSP-BA

 

Após o crime, um PM foi expulso da corporação. Segundo a pasta, durante o cumprimento dos mandados da Operação Salobro, deflagrada nesta terça-feira (5), o mesmo ex-policial foi preso por porte ilegal de arma de fogo. O homem compõe junto com mais seis militares da ativa um grupo miliciano acusado de homicídios, extorsão mediante sequestro e associação ao tráfico.

 

Foto: Rafael Rodrigues / SSP-BA

 

Ainda segundo a SSP-BA, foram apreendidos 12 celulares, 261 munições, R$ 54 mil, dez armas de fogo sendo duas espingardas calibre 12, e outras armas 9 milímetros, 38, 40 e 380. Atuaram nas ações equipes das corregedorias da SSP-BA, da Polícia Militar, além do Ministério Público (MP-BA). Os mandados foram cumpridos em Santo Estevão, Feira de Santana, Alagoinhas e Antônio Cardoso.

 

NOME DE OPERAÇÃO

“Salobro”, nome da operação, faz referência à história de Santo Estevão. Seis residências e duas unidades policiais foram alvos das buscas pelas forças policiais. O material apreendido deve ajudar no curso das investigações contra o grupo criminoso.

Alvos de operação são 7 PMs que criaram milícia na região de Feira de Santana, aponta MP-BA
Foto: Reprodução / MP-BA

Os alvos da Operação Salobro, deflagrada na manhã desta terça-feira (5), atuam nas cidades de Feira de Santana, Santo Estêvão e Antônio Cardoso, no Portal do Sertão; e em Alagoinhas, no Agreste baiano.

 

De acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), sete policiais militares, que integrariam de uma milícia, são investigados por diversos crimes, como homicídios, extorsão mediante sequestro e associação ao tráfico de drogas. Além dos sete, duas unidades da PM-BA são alvos da operação.

 

O trabalho busca a coleta de indícios sobre o grupo, que estaria usando a estrutura do estado, especificamente da Polícia Militar, para cometer os crimes. Foram apreendidos documentos, armas, munição e celulares. A Operação Salobro é liderada pelos Grupos de Atuação Especial Operacional de Segurança Pública (Geosp) e de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco); além da Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), por meio da Força Correcional Especial Integrada (Force); e pela Corregedoria da Polícia Militar (Correg).

 

Os mandados judiciais foram expedidos pela Vara Criminal da Comarca de Santo estevão. O material apreendido deve passar por análise por integrantes da operação. 

Freixo diz que filme 'Marighella' retrata a direita brasileira aliada a Bolsonaro
Foto: Divulgação

Após conferir a pré-estreia do longa-metragem “Marighella”, o deputado federal Marcelo Freixo (PSB-RJ) afirmou que o filme sobre o líder comunista assassinado pela ditadura militar retrata a atualidade e o espectro político do país que apoia o atual presidente. 

 

"O filme mostra o que é a extrema direita brasileira, essa que está aí com Bolsonaro ameaçando a democracia. Está tudo ali: a disputa de narrativas, o uso do medo como arma”, disse o parlamentar à coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo.

 

À publicação, o deputado que perdeu um irmão assassinado pela milícia e há anos precisa de escolta armada por causa de ameaças de morte, disse ter ficado “muito mexido” com a história de Marighella. "Até comentei com o Wagner. Não há comparação, não vivemos na luta armada, mas vendo as ameaças que Marighella sofria, em como teve que abrir mão do tempo com a família, vi um pouco da minha vida ali”, disse Freixo, citando o baiano Wagner Moura, que assina a direção do longa.

Ciro diz que Padilha faz filme que associa assassinos de Marielle a Queiroz e Bolsonaro
Foto: Reprodução

Em entrevista publicada no canal de Leda Nagle no Youtube, Ciro Gomes (PDT) revelou que o cineasta José Padilha ("Narcos", "Tropa de Elite e "O Mecanismo") prepara um novo filme no qual associa os milicianos acusados de ter assassinado Marielle Franco ao presidente Jair Bolsonaro e Fabrício Queiroz, policial militar, motorista e ex-assessor de Flávio Bolsonaro, suspeito de operar um esquema de “rachadinhas” no gabinete do parlamentar.


"Investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro alcançaram essas ligações e o Queiroz, que era lugar-tenente deles, tem dez homicídios nas costas e em julho desse ano que vem vai sair um documentário do Padilha, que me autorizou a devassar essa informação que ele me deu, que prova que o Queiroz, esses Anderson e esses cinco andavam juntos”, afirmou o ex-candidato à presidência, citando os ex-policiais militares Adriano Nóbrega, foragido desde janeiro por conta das investigações do caso, e Ronnie Lessa, executor do crime e vizinho de Bolsonaro. 


"O Bolsonaro diz que se apropriou das fitas do condomínio antes que alguém fizesse alguma fraude. Deixa eu colocar um pouquinho de luz aqui. Se o Bolsonaro não tem nada a ver com isso, por que ele se interessou em pegar essas fitas?", acrescentou Ciro, em referência às gravações da portaria do condomínio onde Bolsonaro e Carlos Bolsonaro possuem casa, nas quais o ex-PM Élcio de Queiroz, suspeito de participação no crime, é autorizado a entrar para encontrar um vizinho, o ex-policial Ronnie Lessa, já preso, também pela execução da vereadora (clique aqui e saiba mais). As fitas podem ajudar a elucidar as lacunas do caso, já que em depoimento à Polícia Civil o porteiro afirmou que Élcio foi autorizado por “seu Jair”, da casa 58, a entrar no condomínio (clique aqui).


"Por que ele não faz pelos expedientes da lei? Com ação cautelar, que entra na Justiça, dizendo 'olha, eu tomei notícia aqui que tem esse assunto assim, assim, assado, e eu exijo que a Justiça faça uma produção antecipada de prova pra ficar certo. Isso é o que se faz no direito. Mas não, ele vai lá e faz, o que é isso? As conexões são flagrantes, percebe? Não creio que seja assim o jornalismo da Globo acho que foi apressado em associá-lo à morte da Marielle, mas a ligação dele com as milícias é flagrante, isso não dá pra esconder", questionou. 

 

Confira a entrevista completa:

'Uma bosta', afirma Mr. Catra sobre UPPs
O funkeiro Mr. Catra, 44, afirmou que as UPPs são "uma bosta". "Esse método é um método político. As UPPs vieram para quê? Para formar mais uma facção. Primeiro o Estado forma uma milícia, agora o Estado vai formar uma facção da UPP", contou em entrevista à TV Folha, exibida neste domingo (27). Questionado sobre se tinha alguma opinião sobre Eduardo Paes, Sérgio Cabral e Dilma Rousseff, respectivamente prefeito do Rio de Janeiro, governador [do Rio] e presidente, Catra apenas afirmou. "Viva o Batman. viva o Batman![risos] Já viu a liga da Justiça? O Batman, o Super-Homem, a Mulher Maravilha? É a mesma coisa". A fala do cantor faz referência a uma das principais milícias do Rio, também denominada "Liga da Justiça"."Batman" é miliciano, ex-PM e está preso desde 2009.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

Mais Lidas