Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
mostra de cinemas africanos
A Mostra de Cinemas Africanos retorna a Salvador com uma programação no Cine Glauber Rocha e na Saladearte Cinema do Museu, entre 13 e 18 deste mês. Nesta edição, o evento reúne 15 longas de nove países, além da presença de convidados do continente africano em debates, masterclasses e bate-papos. Os ingressos para o festivam custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
A mostra traz este ano três convidados internacionais. Os cineastas africanos Alassane Diago e Moussa Sène Absa, do Senegal, e C.J. 'Fiery' Obasi, da Nigéria, acompanhado da fotógrafa brasileira Lílis Soares. Dentro das atividades paralelas serão realizados momentos de bate-papo dos cineastas com o público, logo após a exibição de seus filmes.
Foto: Les Films du Continent
Também integra a programação uma masterclass com o cineasta Alassane Diago sobre “Documentário em primeira pessoa” e uma mesa que abordará o tema “Parcerias entre Brasil e África no cinema”, com a participação de C.J. Obasi, Everlane Moraes, Ana do Carmo e Dayane Sena, e em parceria com o Projeto Paradiso Multiplica.
Confira a programação:
CINE GLAUBER ROCHA
13 de setembro (quarta-feira)
19h30 – Abertura
Exibição Xalé, de Moussa Sène Absa. *Com a presença do cineasta.
14 de setembro (quinta-feira)
19h30 – O Rio não é uma Fronteira, de Alassane Diago. *Com a presença do cineasta.
15 de setembro (sexta-feira)
19h30 – MAMI WATA, de C.J. Obasi. *Com a presença do cineasta.
14 de setembro (quinta-feira)
17h – As Lágrimas da Emigração, de Alassane Diago. *Com a presença do cineasta.
18h30 – Nós, de Alice Diop
20h40 – A Esposa do Coveiro, de Khadar Ahmed
15 de setembro (sexta-feira)
15h – Encontro de networking: parcerias Brasil & África
17h – Madame Brouette, de Moussa Sène Absa. *Com a presença do cineasta.
19h – Maputo Nakuzandza, de Ariadine Zumpaulo
SALADEARTE CINEMA DO MUSEU
16 de setembro (sábado)
18h – Conhecendo meu Pai, de Alassane Diago
20h – Nossa Senhora da Loja do Chinês, de Ery Claver
17 de setembro (domingo)
16h30 – No Cemitério do Cinema, de Souleymane Thierno Diallo
18h30 – A Ovelha de Sada, de Pape Lopy
20h – Sira, de Apolline Traoré
18 de setembro (segunda-feira)
18h – Tableau Ferraille, de Moussa Sène Absa
20h – Xalé, de Moussa Sène Absa
SALADEARTE CINEMA DA UFBA
16h – Cine África | Sob as Figueiras, de Erige Sehiri – Saladearte Cinema da Ufba
Siga o @bnhall_ no Instagram e fique de olho nas principais notícias.
Exibir perspectivas fílmicas presentes em África e ir para além da identidade coletiva que se pensa quando menciona-se as produções artísticas e culturais do continente além mar. Esse é o objetivo da Mostra de Cinemas Africanos, que este ano acontece de maneira virtual, entre os dias 12 e 22 de março.
Com o conteúdo totalmente gratuito e disponibilizado na plataforma Spcine Play, a edição de 2021 traz obras que abordam realidades distintas em duas categorias: de documentários, intitulada "Ativismo, crítica social e protagonismo feminino", e de curtas, que gira em torno das temáticas "memórias, vivências e corpo-território".
Frame do longa "Pare de nos Filmar" (2020) | Foto: Divulgação
No evento realizado desde 2018, a novidade está no incremento do Cineclube Mário Gusmão, um grupo de pesquisa e extensão da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), na produção do evento e no processo de seleção dos curtas-metragens que serão disponibilizados.
Para a cineasta Jamile Cazumbá, coordenadora do Mário Gusmão, a participação do grupo faz com que sejam postas as diversas performances destas pessoas que compõem o grupo e com que este momento participativo também seja um mecanismo de caráter formativo que expande a experiência dos estudantes universitários para além do espaço acadêmico.
"A própria Mostra de Cinemas Africanos tem na sua história trazer narrativas que abriguem esse lugar do continente, obviamente, e principalmente, trazer as pluralidades e indivudualidades. Então, são filmes, curtas-metragens, longas, que vão mostrar histórias inseridas em um lugar político/histórico de cada vivência, mas também trazer um caráter que tem a ver com o subjetivo e com as pessoas desses lugares", explica Jamile sobre a conversa com as potências plurais na mostra.
Cazumbá ainda conta que a intenção da mostra, que tem um leque de atividades, é atingir um público amplo. Além das exibições de filmes, a programação conta com comentários de especialistas nos programas de curtas, uma mesa redonda sobre o documentário nos cinemas africanos contemporâneos e a produção de um catálogo com apresentações dos filmes e textos de convidados.
Curta "Boa Noite" (2019) | Foto: Divulgação
Uma das idealizadoras da mostra e integrante da equipe curatorial de longas, junto com Beatriz Leal Riesco, Ana Camila Esteves destaca que a escolha pelos documentários como o gênero cinematográfico desta edição se deu por causa da grande produção de filmes africanos que seguiam esse direcionamento vista em festivais que circularam mundo afora.
"A África tem uma produção excelente de documentários e os destaques a gente quis trazer. Quisemos focar um pouco no cinema-documentário, discutir um pouco nos contextos dos cinemas africanos. Selecionamos sete longas, todos inéditos no Brasil e que giram em torno dessa ideia de ativismos contemporâneos no continente africano", reforça Ana Camila.
O intuito, explica a realizadora, é gerar uma reflexão sobre como se dá a representação dos ativismos contemporâneos nesses cinemas africanos, surgidos na década de 1960, em um contexto marcado por resistências e uma luta anticolonial. O repertório de filmes lança luz sobre protestos, eleições em países africanos e resistências sobre experiências individuais em situações específicas.
Outro objetivo é dar ênfase para produções rodadas na África, pouco visibilizadas no Brasil. "A mostra existe para preencher essa lacuna. Os filmes só vão ter visibilidade se forem exibidos. No Brasil, existe uma falta de interesse dos curadores de festivais, dos críticos de cinema e de confiança das distribuidoras desses filmes no circuito comercial", desenvolve Ana Camila.
Ela diz observar uma dinâmica de crescimento do evento ao longo dos anos e um futuro promissor devido a demanda que existe acerca do acesso do público a esta produção.
Confira a programação completa da Mostra de Cinemas Africanos:
- 12/03 (sexta-feira): Pare de nos filmar (República Democrática do Congo, 2020)
- 13/03 (sábado): Programa de curtas 1: Memória: performatividades entre-tempos. Filmes: Um cemitério de pombos (Nigéria), Invisíveis (Namíbia), Treino Periférico (Guiné Bissau), Bablinga (Burkina Faso), A lutadora de boxe (Senegal)
- 14/03 (domingo): Softie (Quênia, 2020)
- 15/03 (segunda-feira) Programa de curtas 2: Vivências do novo e perspectivas do agora. Filmes: Encrenqueiro (Nigéria), Perdendo Minha Fé (Nigéria), Tab (África do Sul), Cabelo com Balanço (África do Sul), Boa Noite (Gana)
- 16/03 (terça-feira): Um Lugar sob o Sol (Marrocos, 2019)
- 17/03 (quarta-feira): Programa de curtas 3: Corpo-território: transversalizando os espaços. Filmes: Ethereality (Ruanda), Ward e a Festa da Henna (Egito), O Azul Branco Vermelho do meu Cabelo (França), Gagarine (França)
- 19/03 (sexta-feira): Sakawa (Gana, 2018)
- 20/03 (sábado): Descobrindo Sally (Etiópia, 2020)
- 21/03 (domingo): Vamos Conversar (Egito, 2019)
- 22/03 (segunda-feira): Me Chamo Samuel (Quênia, 2020)
Estão abertas, até o dia 17 de janeiro, as inscrições gratuitas para a live “Imersão em perspectivas: livre diálogo sobre curadoria a partir de curadorias”, realizada entre os dias 21 e 30 de janeiro.
Conduzida pelo curador, crítico e pesquisador Fabio Rodrigues Filho, a atividade tem como objetivo incentivar a troca de ideias sobre processos, práticas e pensamentos em torno da curadoria e programação em cinema.
A live é voltada para estudantes universitários, cineclubistas e trabalhadores da área que tenham afinidade com o tema nascidos ou residentes na Bahia. Para participar, os interessados devem ter afinidade ou atuar em campos distintos do cinema e apresentar interesse em curadoria, crítica e/ou mediação; ter vínculo com universidades públicas ou cursos técnicos (serão priorizadas pessoas envolvidas com cineclubes e coletivos de exibição); e ter disponibilidade para participar de ao menos 75% da imersão, que compreende, além dos encontros ao vivo, as atividades previstas de leitura, pesquisa e acompanhamento de filmes.
Estão disponíveis 15 vagas e as inscrições devem ser realizadas online (clique aqui).
Com exibições gratuitas e debates de especialistas, a Mostra de Cinemas Africanos promove o "Cine África | Em Casa" entre maio e julho. Adaptando-se ao formato digital durante o isolamento social, o projeto apresenta três sessões mensais em torno de filmes do Senegal, Angola, Nigéria, África do Sul, Mali e Mauritânia.
A abertura do projeto acontece neste sábado (16), às 16h, com um bate-papo sobre o filme “Mossane” (1996), da cineasta senegalesa Safi Faye, mulher pioneira na realização de longas-metragens no continente africano. A convidada para conduzir o debate com o público é a pesquisadora baiana Evelyn Sacramento, especialista na obra de Faye.
Para participar dos encontros gratuitos, os interessados devem se inscrever em mostradecinemasafricanos.com e aguardar instruções para assistir o filme de cada semana. As sessões acontecem nos três últimos sábados de cada mês, e sempre às 16h.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA:
MAIO
16/05 (sab) - “Mossane”, de Safi Faye (Senegal,1996) - Drama ? 1h45min
Convidada: Evelyn Sacramento
23/05 (sab) - “Moolaadé”, de Ousmane Sembène (Senegal, 2004) - Drama ? 2h4min
Convidado: Márcio Paim
30/05 (sab) - “Sambizanga”, de Sarah Maldoror (Angola, 1972) - Drama ? 1h42min
Convidada: Renata Dariva
JUNHO
13/06 (sab) - “Inxeba”, de John Trengove (África do Sul, 2017) - Drama ? 1h28min
Convidado: Lecco França
20/06 (sab) - “Lionheart”, de Genevieve Nnaji (Nigéria, 2018) - Drama ? 1h35min
Convidada: Marina Gonzaga
27/06 (sab) - “Yeleen”, de Souleymane Cissé (Mali, 1987) - Fantasia/Drama ? 1h46min
Convidada: Janaína Oliveira
JULHO
11/07 (sab) - “Félicité”, de Alain Gomis (Senegal, 2017) - Drama ? 2h9min
Convidada: Maíra Zenun
18/07 (sab) - “Ceddo”, de Ousmane Sembène (Senegal, 1977) - Drama/Drama Político ? 2h
Convidado: Detoubab Ndiaye
25/07 (sab) - “Heremakono”, de Abderrahmane Sissako (Mauritânia, 2002) - Drama ? 1h36min
Convidada: Hannah Serrat
Com curadoria de Ana Camila Esteves (Brasil) e Beatriz Leal Riesco (Espanha/ Estados Unidos), chega pela primeira vez a Salvador a Mostra de Cinemas Africanos, que fica em cartaz de 22 a 28 de novembro, no circuito Saladearte Cinema do Museu. A mostra reúne 20 filmes, entre curta e longas-metragens de ficção e documentário, dirigidos por cineastas de países como Senegal, Sudão, África do Sul, Nigéria e Quênia. A programação conta também com cinco sessões comentadas por especialistas em cinema, África e temas relacionados ao evento.
A abertura da mostra acontece às 18h30 do dia 22 de novembro, com a exibição do filme "Rafiki", primeiro longa-metragem dirigido por uma mulher no Quênia, a cineasta Wanuri Kahiu. Também primeiro filme a representar o país no Festival de Cannes, no início deste ano, a obra foi banida no seu país de origem, onde a homossexualidade é crime, já que o longa-metragem conta a história de amor entre duas adolescentes. A sessão contará com um bate-papo com Taís Amordivino e Loiá Fernandes, realizadoras da Cinequebradas, evento que busca dar visibilidade a filmes realizados por e para mulheres negras LBTQs.
SERVIÇO
O QUÊ: Mostra de Cinemas Africanos
QUANDO: De 22 a 28 de novembro
ONDE: Saladearte Cinema do Museu - Salvador
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).