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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

mulheres negras

Na Bahia, mulheres negras são mais afetadas pelo desemprego e representam 83,2% do total de domésticos sem carteira
Foto: Reprodução / Agência Brasil

O estado mais negro do Brasil, com mais de 80% da população se considerando preta ou parda, também se destaca pela desigualdade. A Bahia possui 83,2% do total de domésticos sem carteira em todo o estado.

 

O desemprego, a informalidade e o desalento tendem a atingir mais fortemente a população negra do que a branca, de acordo com um levantamento feito pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) para o Dia da Consciência Negra, comemorado nesta segunda-feira (20).

 

No ano passado, na Bahia, os negros representavam 81,3% da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados), mas, ao mesmo tempo, eram 85,3% dos desocupados, 84,9% dos desalentados e 84,3% dos subutilizados. O estudo da SEI teve como base os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o ano de 2022.

 

O levantamento ainda aponta que a taxa de desocupação das pessoas com 14 anos ou mais de idade na Bahia foi de 14,3% em 2022, sendo que a taxa foi de 15,0% entre pessoas negras e de 11,5% entre pessoas brancas.

 

Além disso, a desocupação atingiu 19,1% das mulheres negras na força de trabalho correspondente no estado, o que, de acordo com a SEI, representa “maior dificuldade para as negras do que para as brancas (15,3%), os homens negros (11,9%) e os homens brancos (8,6%)”.

 

Em 2022, entre os ocupados na Bahia, 53,5% eram considerados informais (conjunto formado por empregado do setor privado sem carteira, trabalhador doméstico sem carteira, empregador sem CNPJ, trabalhador por conta própria sem CNPJ e trabalhador familiar auxiliar).


 

INFORMALIDADE E DESALENTO

A informalidade afetou 50,0% dos brancos e 54,1% dos negros. A desigualdade persistia quando se adicionava o recorte por gênero, mas colocava os homens negros na situação mais desfavorável nesse contexto, com uma taxa de informalidade de 55,5%.

 

O levantamento da SEI ainda aponta que o grau de informalidade foi de 53,0% para os ocupados brancos, 52,0% para as ocupadas negras e 45,8% para as ocupadas brancas.


 

Já o desalento possui taxa de 11,8% na Bahia em 2022, também costuma atingir mais intensamente pessoas negras (12,7%) do que brancas (8,3%). O desalento é descrito pela SEI como “situação daqueles fora da força de trabalho que estavam disponíveis para assumir um trabalho, mas não tomaram quaisquer providências por razões específicas de mercado”.

 

A desagregação adicional por gênero indicou a continuidade do desequilíbrio por raça ou cor no ano analisado, já que o desalento foi maior para homens negros (15,1%) do que brancos (11,0%) e maior para negras (11,4%) do que para brancas (6,8%).

Associação de Advogados Públicos defende indicação de mulheres negras ao STF e cita baiana Manuellita Hermes
Foto: Reprodução Instagram

A Associação das Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD), uma entidade civil sem fins lucrativos criada por integrantes da Advocacia-Geral da União, divulgou uma nota pública defendendo a indicação de juristas negras para a vaga da ministra Rosa Weber no Supremo Tribunal Federal. Rosa Weber, atual presidente da Corte, se aposentará até o dia 2 de outubro, quando completará 75 anos. 

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a quem cabe fazer a indicação para a vaga aberta no STF, já deu declarações de que só anunciará o nome do substituto ou da substituta de Rosa Weber após a aposentadoria da ministra. Apesar de, no momento, três homens aparecerem como os mais cotados para o posto – Flávio Dino, Jorge Messias e Bruno Dantas –, diversos movimentos sociais, associações e entidades defendem publicamente a indicação de uma mulher para substituir Rosa Weber. 

 

Na nota, a Associação das Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia afirma que é notório o fato de que, dentre os três Poderes, o Judiciário é o que detém menor representação social, sendo majoritariamente constituído por homens brancos e de perfil mais conservador. A Associação afirma que é urgente a necessidade de uma recomposição do STF que “equalize as evidentes desigualdades”, e defende que o presidente Lula atente para nomes como o da advogada Vera Lúcia Santana Araújo e da procuradora federal baiana Manuellita Hermes, que atualmente ocupa a Coordenadoria-Geral de Assuntos Internacionais e Judiciais da Consultoria Jurídica do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.

 

Formada em Direito pela Universidade Federal da Bahia, com mestrado na UFMG e doutorado em universidade na Itália, Manuellita é procuradora de carreira da Advocacia Geral da União (AGU), e atua como coordenadora do Grupo de Trabalho de Igualdade Racial do Comitê de Diversidade do órgão, além de lecionar na Escola Superior da instituição. Manuellita é, ainda, professora do Programa de Pós-Graduação do IDP e docente voluntária da Graduação em Direito da Universidade de Brasília. Recentemente, o nome da baiana Manuellita Hermes foi defendido para a vaga de Rosa Weber no STF em uma moção assinada por professoras e professoras da Faculdade de Direito da UFBA.

 

“Sou uma mulher preta, nascida, criada e com formação jurídica na cidade mais negra fora da África, Salvador. Nunca tive, por exemplo, uma professora negra, nem na escola, nem na faculdade. Apenas raros homens negros: eles chegam primeiro. Não tive referências de mulheres negras na minha carreira. É de extrema relevância criar referências para as meninas e mulheres negras do nosso país. Possibilitar o exercício do sonhar. Parece-me que há uma janela histórica favorável. Novos ventos democráticos sopram”, disse Manuellita Hermes em entrevista recente à revista Marie Claire, a respeito das diversas defesas feitas sobre o seu nome para a cadeira de ministra do Supremo Tribunal Federal.

 

A nota divulgada pela APD ressalta que a indicação do nome da procuradora Manuellita Hermes para o STF considerou a sua trajetória de luta por uma sociedade mais livre, justa e igualitária, “bem como a contribuição acadêmica em vista ao fortalecimento do Direito, além de um perfil progressista”. A Associação também lembra que existem diversas matérias a serem julgadas na Suprema Corte que exigirão do novo ministro ou ministra uma visão de sociedade: “plural, com responsabilidade social e não excludente”.

 

Leia abaixo, na íntegra, a nota da Associação das Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD): 

 

"A Associação das Advogadas e Advogados Públicos para a Democracia (APD) vem contribuir com o debate público a respeito da vacância do cargo ocupado pela Ministra Rosa Weber, atual presidenta do Supremo Tribunal Federal, em decorrência de sua aposentadoria compulsória, a partir de 26 de setembro do corrente ano.

 

Após quatro anos de governo Bolsonaro, a sociedade civil uniu-se para reconstruir o desmantelamento realizado, culminando na eleição do Presidente Lula. Naquela oportunidade já estavam evidentes os compromissos assumidos, pelo então candidato, com vistas à redução da desigualdade de gênero, raça, orientação sexual, bem como a necessidade de retomada dos avanços civilizacionais nas áreas ambiental, econômica, penal, civil, liberdades individuais e coletivas e relações internacionais.

 

Cumpre pontuar, ainda, que o Brasil e o mundo passam por transformações em diversos campos da sociedade, não sendo diferente aos órgãos de cúpula da República, como é o caso do Supremo Tribunal Federal.

 

Como fato público e notório, dentre os três Poderes, o Judiciário é o que detém menor representação social, sendo majoritariamente constituído por homens brancos e de perfil mais conservador.

 

A necessidade de uma recomposição do Supremo que equalize as evidentes desigualdades se mostra premente, já que o órgão máximo do Poder Judiciário tem como missão republicana a atuação contramajoritária, sendo este o seu maior desafio sob a égide da Constituição de 1988, o que aumenta mais ainda a necessidade de ponderação sobre o perfil a ser escolhido.

 

Há diversas matérias a serem julgadas na Suprema Corte que norteará qual modelo de sociedade brasileira teremos neste Século, que além do inquestionável conhecimento técnico dos julgadores, exigirá dela ou dele uma visão de sociedade: plural, com responsabilidade social e não excludente.

 

O atuar jurídico de Ministra ou Ministro do STF, apesar de ser imparcial, tem que estar alinhado ao limite ético e com base nos princípios definidores da CF/88, dentre os quais a cidadania e a dignidade da pessoa humana.

 

Para a escolha dos perfis, foram consideras as trajetórias na luta contra o golpe, a resistência contra o governo Bolsonaro, a lealdade e parceria estabelecida na caminhada rumo a uma sociedade mais livre, justa e igualitária, bem como a contribuição acadêmica em vista ao fortalecimento do Direito, além de um perfil progressista.

 

Fixadas estas premissas e considerando os objetivos estatutários da APD, foi realizado amplo debate entre suas associadas e seus associados, levando em conta, igualmente, os anseios da sociedade, manifestado por diversas organizações sociais democráticas e de valorização da população negra, com vistas a indicar pessoas que detenham perfil democrático e estejam compromissadas com os objetivos da República Federativa do Brasil, prevista no art. 3º da Constituição Cidadã.

 

Em razão do exposto, a APD, almeja ter contribuído com o debate, esperando que a escolha do Presidente da República leve em conta a necessidade de equalização das desigualdades, bem como possibilite a melhoria da representação da sociedade no Supremo Tribunal Federal."
 

Mulheres negras recebem 48% do que ganham homens brancos
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A remuneração média das mulheres negras no primeiro trimestre de 2023 era de R$ 1.948, o que equivale a 48% do que homens brancos ganham na média, 62% do que as mulheres brancas recebem e 80% do que os homens negros ganham, conforme indicou a pesquisa do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV). As informações são da Agência Brasil.

 

Segundo cálculos feitos pela pesquisadora Janaína Feijó, 50% da distância entre a remuneração de mulheres negras e a de homens brancos está relacionada a características do trabalho referentes ao tipo de atividade e função que elas exercem. “Então, é importante perseverar em melhorias no campo da educação”, afirmou, em nota.

 

Essa desigualdade permanece apesar do aumento do contingente de mulheres negras na população em idade ativa e da ampliação da escolaridade. Segundo o levantamento, entre o primeiro trimestre de 2012 e o de 2023, a população em idade para trabalhar cresceu 13,4% no Brasil; entre mulheres negras, essa expansão foi de 24,5%, próximo do registrado para homens negros (22,3%), e muito acima do percentual entre homens brancos (2,8%) e mulheres brancas (1,9%).

 

De acordo com a pesquisadora, a participação das mulheres negras que chegaram ao ensino superior e concluíram o curso dobrou, de 6% em 2012 para 12% em 2023. Esse avanço, entretanto, não foi suficiente para melhorar outros indicadores deste grupo no mercado de trabalho. Apenas pouco mais da metade (51%) que têm idade para trabalhar (14 anos ou mais) estavam no mercado de trabalho – ou seja, empregada ou buscando uma atividade remunerada – no primeiro trimestre de 2023.

 

Entre essas mulheres, o desemprego continua sendo maior. No primeiro trimestre, era de 13,1%, contra 8,8% para o total do Brasil, de acordo com os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). “Entre todas as mulheres negras em idade para trabalhar, que somaram 50 milhões no primeiro trimestre de 2023, apenas 44% (22,1 milhões) estavam empregadas. Esse nível tem permanecido estável ao longo do tempo e é o menor quando comparado com os demais grupos: para as mulheres e homens não negros, esse percentual foi de 49,3% e 67,7%, respectivamente”, disse Janaína.


As mulheres negras empregadas estão majoritariamente em funções que apresentam remunerações mais baixas e que estão mais associadas à informalidade. Janaína ressalta que mais da metade (55%) são trabalhadoras dos serviços, vendedoras ou trabalhadoras de ocupações elementares. Segundo ela, os fatores que levam a esse quadro são múltiplos, a começar por barreiras dadas por preconceitos ou falta de oportunidades para capacitação.


A informalidade também se mostra o caminho para mães que não têm uma rede de apoio financeira ou de cuidados para suas crianças pequenas, de acordo com Janaína. Levantamento anterior da pesquisadora do Ibre/FGV aponta que, entre 2012 e 2022, o número de mães solo negras saltou de 5,4 milhões para 6,9 milhões, que representa quase 90% do crescimento total observado no período. Do total de mães solo brasileiras, 72,4% vivem em domicílios monoparentais, ou seja, compostos apenas por elas e seus filhos.

Mulheres negras recebem cerca de metade do salário de homens brancos, diz pesquisa
Foto: Tânia Rego / Agência Brasil

Mulheres negras com ensino superior recebem 55% menos que homens brancos com o mesmo grau de escolaridade. As informações fazem parte da pesquisa Mulheres no mercado de trabalho, realizada pelo Instituto Locomotiva.

 

De acordo com o estudo, essa diferença salarial é irrestrita ao gênero, uma vez que a raça também influencia na forma em que mulheres são remuneradas. Uma mulher branca tem renda média de trabalho de R$ 5.097, e uma negra com o mesmo grau de escolaridade recebe R$ 3.571.

 

Nos últimos 20 anos, cerca de 5,4 milhões de brasileiras passaram a integrar o mercado de trabalho formal. Ainda no mesmo período, o percentual de lares chefiados por mulheres dobrou, totalizando 34 milhões.

 

Dados recentes do relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que globalmente mulheres recebem 20% menos do que homens.

 

Uma das sócias da Mais Diversidade, Amanda Aragão trabalha na área de Diversidade da empresa afirma que ainda falta “bastante” para o Brasil alcançar a equidade salarial de gênero.

 

“Muitas empresas acreditam que ter uma política de remuneração, com faixas salariais definidas para cada nível e posição é suficiente. Mas somente isso não basta”, afirmou Amanda.

 

Para ela, se a empresa tomar como referência o salário atual para fazer a proposta, ela poderá perpetuar esse ciclo de desigualdade. “Quando uma empresa contrata uma mulher, ela pode vir com um salário defasado”, disse.

 

Amanda enxerga a diferença salarial como algo que “faz parte de uma estrutura de desvalorização sistemática das mulheres”. Segundo ela, o caminho para uma empresa implementar um política de equidade salarial deve ser tratar o tema como uma “premissa básica”.

 

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) prometeu, em 28 de fevereiro, uma lei de igualdade salarial entre homens e mulheres nas mesmas funções. Segundo o petista, a lei será apresentada no Dia Internacional da Mulher, nesta quarta-feira, 8 de março.

 

Com informações do portal Metropóles, parceiro do Bahia Notícias.

Com Beyoncé e Alicia Keys, Janelle Monáe lança tributo a mulheres negras mortas pela polícia
Fotos: Divulgação

Janelle Monáe lançou, nesta sexta-feira (24), a canção-manifesto “Say Her Name (Hell You Talmbout)”, em homenagem a 61 mulheres negras mortas pela polícia, nos Estados Unidos.

 

Mas a cantora e compositora americana não está sozinha na luta contra a violência policial, a canção conta ainda com a participação de outras artistas e ativistas: Beyoncé, Alicia Keys, Prof. Kimberlé Crenshaw, Chloe x Halle, Tierra Whack, Isis V., Zoë Kravitz, Brittany Howard, Asiahn, Mj Rodriguez, Jovian Zayne, Angela Rye, Nikole Hannah-Jones, Brittany Packnett-Cunningham e Alicia Garza.

 

Com 18 minutos de duração, a música em forma de protesto traz Janelle e as demais colaboradoras pronunciando os nomes das meninas e mulheres negras vítimas das forças de segurança americanas. A renda com a difusão da música será destinada ao Fórum de Políticas Afro-Americanas, iniciativa voltada para justiça social focada em questões de gênero e diversidade.

 

Ouça a música:

Projeto 'Deusas em Movimento' debate empreendedorismo para mulheres negras
Karine Oliveira | Foto: Lane Silva

 Com o objetivo de debater o empreendedorismo feminino e celebrar o Julho das Pretas, a Wakanda Educação Empreendedora, em parceria com a Innova Coworking promove o projeto “Deusas em Movimento”, de 19 a 24 deste mês. A programação acontece de forma híbrida, online e na sede do espaço colaborativo, em Salvador.

 

A agenda, que gira em torno do Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha, celebrado no dia 25 de julho, inclui debates sobre empreendedorismo, ciência e moda. 


“Reunir esse time de mulheres empreendedoras para falar de temas tão importantes e necessários tem um valor enorme. O principal objetivo, através dessas experiências de vida e histórias de sucesso, é incentivar as nossas a acreditar que é possível abrir um negócio e crescer usando as ferramentas que tem e procurando sempre o que não pode faltar nunca: conhecimento”, destaca Karine Oliveira, empreendedora e CEO da Wakanda Educação Empreendedora e uma das palestrantes.


 

PROGRAMAÇÃO

19/07 – 16h30           
INNOVA Conversa    
Tema: “Deusas do Empreendedorismo”      
Sob o comando de Karine em conjunto com a especialista em gestão estratégica e marketing digital, Flávia Paixão e da administradora Marília Hora  
Evento presencial     
Contribuição: R$27

 

21/07 – 16h30           
INNOVA Conversa    

Tema: Ciência           
Ciência e saúde entram em pauta no painel “Ciência, coisa de Preta” com a psicóloga Luana Karina, a doutora em química Bárbara Carine e a cientista Kananda Eller
Evento presencial     
Contribuição: R$27


24/07 – 16h30           
Nossos passos vêm de longe           

Desfile de moda com as marcas Tons da Terra fashion, Miafia, Use Chica Ferreira, Jack Diva Black, Use Oxe Camisa, Oromim, Rei do Dendê e Ofanish.  
Evento híbrido         
Transmissão online gratuita pelas redes sociais da Wakanda Educação  

Salvador recebe debate sobre mulheres negras em movimentos revolucionários 
Foto: Divulgação

A Secretaria de Promoção da Igualdade Racial da Bahia (Sepromi) realiza, nesta terça-feira (27), no Teatro Jorge Amado, em Salvador, uma mesa de debate sobre a participação das mulheres negras nos movimentos revolucionários, a exemplo da Revolta dos Búzios, e também nas lutas de hoje. 


O evento, que integra o Agosto da Igualdade, contará com participação da influenciadora digital e empresária Ana Paula Xongani; da cineasta Daiane Rosário; além da poetisa Bruna Silva. A mediação será feita pela jornalista Vania Dias e as intervenções culturais ficam por conta do Coletivo Froceta.


SERVIÇO
O QUÊ:
Mesa de debate sobre protagonismo das mulheres negras 
QUANDO: Terça-feira, 27 de agosto, a partir das 16h30
ONDE: Teatro Jorge Amado - Pituba – Salvador (BA)

Carnaval 2019: A Mulherada homenageia entidades femininas do Candomblé
Foto: Divulgação

Celebrando 18 anos de trajetória, o bloco A Mulherada desfilará no Carnaval de Salvador nesta quinta-feira (28), a partir das 17h, no Circuito Osmar (Campo Grande).


Com o tema “Mistérios da África – as yabás, orixás, mães e rainhas”, este ano, o bloco faz uma homenagem às raízes ancestrais das mulheres negras, simbolizadas no Candomblé, pelas Yabás. 


Nos desfiles, tais entidades serão representadas pelas orixás Iansã, Iemanjá, Oxum e Nanã. O Mini Trio também terá decoração nas cores azul, vermelha, amarela e lilás, que simbolizam as divindades.


O bloco desfilará com 60 percussionistas, 30 baianas, 40 rainhas afro, 30 mulheres compondo a Ala Feminista, além de carro alegórico em homenagem às Yabás, e um conjunto de 100 dançarinas. 

Projeto baiano lança minidocumentário e série de lambe-lambes de mulheres negras
Foto: Priscila Fulo / Divulgação

O projeto Cartografando Afetos, realizado pela jornalista, atriz e performer baiana Mônica Santana com a fotógrafa Priscila Fulo, chega À sua reta final com o lançamento, nesta semana, de duas obras: um minidocumentário e uma série de lambe-lambes, produzidos a partir de 10 entrevistas feitas com mulheres negras de Salvador. O vídeo será exibido gratuitamente nesta quinta-feira (21), no Instituto de Mídia Étnica, e na sexta-feira (22), na Katuka Africanidades. As sessões acontecem sempre às 19h, seguidas de um bate-papo.

 

Já a série de lambe-lambes, composta por frases extraídas nas entrevistas, será espalhada em diferentes pontos da cidade, como Rio Vermelho, Engenho Velho da Federação e Centro Histórico, a partir desta sexta-feira (20). Os painéis trazem breves reflexões sobre amor, afetividade, auto-cuidado, a partir das perspectivas trazidas por mulheres negras, como a psicóloga e ativista Ariane Senna; a poetisa e Prof. da Universidade Federal da Bahia, Lívia Natália; a ativista Samira Soares; a antrópologa e membro da Marcha do Empoderamento Crespo Naíra Gomes;a jornalista Lorena Ifé; a atriz Laís Machado; a cantora Matilde Charles; a contadora de histórias Nice Souza; a blogueira Jéssia Ipólito e a relações públicas Jaqueline Almeida.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Exibição do Mini-doc Cartografando Afetos: mulheres negras e afetividades
21 de dezembro, às 19h, no Instituto de Mídia Étnica (Rua Areial de Cima, nº 6 Largo Dois de Julho)
22 de dezembro, às 19h, na Katuka Africanidades (Praça da Sé)
VALOR: Grátis

‘A nossa visibilidade ainda é diminuta’, diz Conceição Evaristo sobre literatura negra
Foto: Ailma Teixeira / Bahia Notícias
Com contos, romances e poesias publicadas, a autora mineira Conceição Evaristo é reconhecida como uma grande escritora brasileira, sobretudo, por contribuir para a valorização da literatura negra. Na mesa “As Águas dos Contrassonetos e os Olhos da Vândala Insubmissão”, apresentada ao lado do poeta baiano Alex Simões, na Flica, nesse sábado (15), a escritora emocionou a plateia, que a aplaudiu de pé. Em entrevista ao Bahia Notícias, Conceição comentou os desafios de espaço para a divulgação do trabalho de autoras negras. "Agora, nesse momento, é que as mulheres negras começam a ter uma visibilidade relativa, mas se você leva em consideração, por exemplo, a literatura produzida por mulheres na contemporaneidade, você vai ter muito mais holofotes ou a crítica literária trabalhando com brancas", avalia a mineira. Para Conceição, cabe a imprensa e demais meios de comunicação dar cobertura aos que chama de "invisibilizados". Ela explica que esses trabalhos só tinham reconhecimento na universidade. "A autoria negra aparece quando pesquisadores se debruçam sobre essa produção, mas a nossa visibilidade, em relação às mulheres brancas, ainda é diminuta”. 
Prestes a estrear em Salvador, rapper Yzalú aposta: 'O rap vai ser a música brasileira'
Foto: Rogério Fernandes / Divulgação
Depois de quase 15 anos no mundo da música, a rapper paulistana Yzalú lançou seu primeiro álbum. "Minha Bossa é Treta" foi disponibilizado nos serviços de streaming no Dia Internacional da Mulher, não por acaso, já que o projeto versa sobre o empoderamento da mulher negra, dentre outras questões. Agora, pouco mais de quatro meses depois, a cantora apresenta seu "rap com violão" em show inédito, em Salvador. "Esse CD foi lançado no dia 8 de março, é um projeto de muito tempo. Uma realização pessoal minha, dentro de uma cena independente que eu faço, em que eu investi o meu próprio dinheiro. Hoje esse trabalho sai e eu espero que as pessoas consigam captar a mensagem do disco", comenta Yzalú, em entrevista ao Bahia Notícias.

As mensagens do álbum são denúncias ao racismo e machismo, principalmente sofrido por mulheres negras, da periferia. Com 12 canções autorais, Yzalú pretende chamar a atenção para a complexidade desse problema. "A proposta do álbum é mostrar que o universo da mulher negra é um universo real, que ele existe e que não é tão simples, tão fácil. Aí a gente está falando de um universo, de uma carne mais barata no mercado, que tem um sentimento, que tem a arte pura e verdadeira, então esse é o universo da mulher e, sobretudo, da mulher negra", descreve. Na própria capa, inspirada em uma foto icônica de Gal Costa – o registro dos anos 1980 mostra a cantora nua, abraçando um violão –, Yzalú já evidencia o tom de protesto do CD, que também contesta os padrões de beleza. A cantora aparece pela primeira vez com sua prótese na perna direita. "A capa em si foi uma forma de me comunicar de uma forma poética com o público para que eles pudessem entender que foi assim que eu vim ao mundo porque a prótese é só o detalhe da 'Minha Bossa é Treta', além de ser uma forma de protesto, você dizer que a beleza é diversa", defende. Por uma doença congênita, Yzalú usa a prótese desde que nasceu.

Parte de um novo nicho do rap, a cantora atribui a artistas, como Dina Di e Cris SNJ, a responsabilidade pela abertura do estilo para que mais mulheres ganhem espaço na cena. "Eu vejo com muito bons olhos, eu vejo que a cena do rap é crescente, principalmente no que diz respeito à mulher dentro do rap, que lá atrás fizeram uma base para que a gente pudesse hoje estar em grande número. É uma cena gigante que cada vez mais se profissionaliza, mostra a que veio", avalia. Para Yzalú, esse crescimento exige dos artistas mais estudo e profissionalização na música para atender a um público cada vez mais exigente. "O público como um todo quer ouvir boa música, então, a gente entende que o rap não é somente a rima. É a rima, é a consciência, é o pé no chão, é o profissionalismo, a equipe. Eu tenho certeza que daqui a alguns anos o rap vai ser a música brasileira", ressalta. No show, que apresenta neste sábado (30), às 21h, no Largo Pedro Archanjo, ela apresenta o repertório do disco, além de um medley com sucessos do ritmo. Com o intuito de "somar" e "apoiar" os colegas da música, Yzalú recebe ainda as participações de Negro Davi, Verona e do Grupo LDF, todos de Salvador.
Ilê Aiyê, Didá e Cortejo Afro realizam show 'Mulheres Negras'
Noite da Beleza Negra | Foto: Sidney Rocharte
Como parte das celebrações do mês da Consciência Negra, comemorado no dia 20 de novembro, a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia promove o show "Mulheres Negras: Olhando adiante, Marchando em frente". Com o intuito de angariar fundos para a participação na I Marcha Nacional de Mulheres Negras, que ocorrerá em Brasília, no dia 18 de novembro, o show acontece nesta segunda-feira (9), às 19h, no Largo Pedro Archanjo. As atrações serão o grupo Ilê Aiyê, Didá e o Cortejo Afro, com participações especiais das cantoras Juliana Ribeiro e Meire Reis. A apresentação da festa fica por conta da jornalista Rita Batista. Os ingressos são vendidos a R$ 20 (inteira) R$ 10 reais (meia-entrada).

"Mulheres Negras: Olhando adiante, Marchando em frente"
Data:
09/11
Local: Largo Pedro Archanjo
Horário: 19h
Ingressos:  R$ 20 (inteira) R$ 10 reais (meia-entrada)

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Descobri que a Ceasa tem dono e que ninguém toma. Mas algo que ainda me surpreende é pesquisa. Imagina perder tanta noite de sono pra não crescer nem mais do que a margem de erro? Mas nem por isso o Ferragamo tem o que comemorar. O que perdeu de cabelo, ganhou de pança. Mas na política tudo que vai, volta. Que o digam os nem-nem de Serrinha: nem amigos, nem inimigos. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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