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A Secretaria Municipal de Cultura e Turismo (Secult) apresentou dados sobre a gestão dos oito equipamentos culturais sob sua responsabilidade em Salvador. Os espaços incluem a Cidade da Música da Bahia, a Casa do Carnaval, os Espaços Carybé e Pierre Verger, a Casa do Rio Vermelho, o Memorial 2 de Julho, a Galeria Mercado e a Casa das Histórias de Salvador.
De acordo com as informações enviadas ao BN Hall pela Secult, a novidade é o Museu Nacional da Cultura Afro-brasileira (Muncab), que passará por uma reforma no espaço anexo. Reaberto em novembro do ano passado, o equipamento deve ter suas instalações ampliadas com o apoio da gestão municipal, transformando o local em um dos maiores complexos dedicados à cultura afro-brasileira nas Américas.
“O Muncab passará por uma significativa requalificação e ampliação e, se tornará um complexo museal ampliando as suas áreas expositivas, atividades educativas, artísticas e culturais. Com a reforma completa do prédio principal, a revitalização do histórico prédio da Assistência Pública, que será o Museu Escola, e a construção de um anexo ao prédio 1, teremos espaços expositivos ainda mais amplos e modernos para oferecer a comunidade e aos turistas o que tem de mais moderno em infra-estrutura para esse tipo de equipamento cultural”, explicou a diretora do Museu, Cintia Maria, em conversa com o site.
A gestora ainda explicou que os edifícios contarão com sistemas de combate a incêndio, controle de umidade, temperatura e luminosidade. “Adicionalmente, será criada uma reserva técnica para o acervo, conforme os padrões museológicos internacionais, assegurando a preservação e a integridade do nosso acervo”, completou.
O investimento para a obra não foi divulgado pela Secult, que informou que dados como este, além do cronograma com as datas previstas para início e finalização da obra devem ser liberados em breve.
Foto: Divulgação
VISITAÇÕES EM 2023
Ao BN Hall, a Secult ainda informou os números totais referentes às visitações de 2023. A Casa do Carnaval, por exemplo, se destacou como o espaço mais frequentado, atraindo cerca de 74 mil baianos e turistas de todo o mundo. A Cidade da Música da Bahia ficou em segundo lugar, com 72,75 mil, seguida pelo Muncab, que recebeu 57,5 mil visitas. No total, mais de 270 mil pessoas passaram pelos equipamentos culturais geridos pela secretaria ao longo do ano passado.
Maylla Pitta, diretora de cultura da secretaria, explicou a importância desses espaços na capital baiana. “Os equipamentos cumprem um importante papel na cidade de Salvador, tanto no que diz respeito à memória, uma vez que cada equipamento apresenta, a partir de diferentes narrativas, a história do povo, dos territórios e dos potenciais culturais da cidade, como do ponto de vista turístico, sendo grandes atrativos locais”, afirmou.
Para ampliar o acesso de visitantes, a Secult oferece medidas como o benefício da gratuidade todas as quartas-feiras, além de garantir a meia-entrada para os residentes da capital baiana. Especificamente, na Cidade da Música da Bahia, na Casa do Carnaval, nos Espaços Carybé e Pierre Verger e na Casa do Rio Vermelho, que oferecem esses benefícios. Já o Memorial 2 de Julho, a Galeria Mercado e a Casa das Histórias de Salvador possuem visitação gratuita em qualquer dia. Além disso, o Muncab permite a entrada gratuita às quartas-feiras e aos domingos.
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Exposição “Um Defeito de Cor” marca abertura do Museu Nacional da Cultura AfroBrasileira em Salvador
O Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (MUNCAB), gerido pela Sociedade Amigos da Cultura Brasileira (Amafro), será reaberto no dia 6 de novembro com a exposição “Um Defeito de Cor”, eleita “exposição do ano” em 2022, após estreia no Museu de Arte do Rio (MAR). A reabertura do museu faz parte da programação do Novembro Salvador Capital Afro e reconhece a contribuição dos afrodescendentes na formação da civilização brasileira.A exposição, que tem curadoria de Ana Maria Gonçalves, Marcelo Campos e Amanda Bonan, foi escolhida para marcar a reabertura do Muncab devido à sua relevância artística, histórica, literária e cultural, além da capacidade de promover a compreensão, o diálogo intercultural e o fortalecimento do museu como um polo cultural de destaque. No período em que esteve no MAR, entre setembro de 2022 e agosto de 2023, cerca de 165 mil pessoas visitaram a mostra no Rio de Janeiro.
A exposição é baseada no livro homônimo de Ana Maria Gonçalves, que narra a história de Kehinde, uma africana escravizada que, após muitas adversidades, consegue sua liberdade e parte em uma jornada em busca do filho. A narrativa aborda de forma profunda e sensível a experiência da escravização no Brasil e a busca pela identidade e liberdade. A exposição permite que o público mergulhe nas complexidades dessa história, promovendo uma compreensão mais profunda das lutas e conquistas dos negros no Brasil.
"Um Defeito de Cor” ratifica a missão do Muncab de contribuir para a reconstrução das subjetividades negras, engajando-se na disputa de narrativas e na reconstrução de imaginários. Aliado a isso, parte significativa da história contada no livro se passa em Salvador. A escolha da exposição "Um Defeito de Cor" também faz parte da estratégia de revitalização do Muncab como um espaço cultural vibrante e relevante, capaz de atrair visitantes locais, nacionais e internacionais, fortalecendo assim o turismo cultural em Salvador.
A diretora do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, Cíntia Maria, considera que o apoio da Prefeitura de Salvador foi fundamental na superação dos desafios. “Reabrir as portas do Muncab com a exposição Um Defeito de Cor é um presente para Salvador. Todo o investimento em infraestrutura para viabilizar esse momento tão importante, só reafirma o compromisso da prefeitura com a cultura afro-brasileira. Isso demonstra o reconhecimento da importância do museu como uma instituição cultural vital para a cidade e para a promoção da cultura afro-brasileira. O Muncab reabre suas portas para compartilhar o tesouro cultural afrobrasileiro com o mundo.", pontuou.
O secretário municipal de Cultura e Turismo de Salvador, Pedro Tourinho, destacou a relevância histórica da exposição. "Um Defeito de Cor" é a obra mais importante da literatura brasileira deste início de século, é a história do povo negro em nosso solo a partir da perspectiva da mulher negra, nos traz a verdade do que se passou nessa cidade, conecta o leitor e o Brasil inteiro a essa perspectiva. Abrir o Museu, com uma exposição de conteúdo tão rico e relevante, com a presença de sua autora, Ana Maria Gonçalves, é uma honra e um marco na história da cultura em nossa cidade", destacou.
A vinda de “Um Defeito de Cor” para Salvador é viabilizada por meio do Termo de Cooperação Internacional assinado pela Prefeitura de Salvador e a Organização dos Estados Íberoamericanos (OEI), que visa desenvolver projetos e internacionalizar atividades culturais de Salvador na Íbero-América, e o MAR.
O MUNCAB
Gerido, atualmente, pelas artistas e produtoras Cintia Maria e Jamile Coelho, o museu foi idealizado pelo poeta José Carlos Capinan, o curador e artista plástico Emanoel Araújo, o historiador Ubiratan Castro, o historiador Jaime Sodré e o advogado Carlos Augusto Marighella como um centro de preservação, difusão e disseminação da cultura afro-diaspórica nas Américas. O Muncab foi inaugurado em 2009 com a exposição “O Benin está Vivo”, tendo sido definido como um “museu em processo”. Situado no Centro Histórico de Salvador, o equipamento ocupa um imóvel de cinco andares, com quase 5.000 m2 , na antiga sede do Tesouro do Estado, inaugurada há 100 anos, em 6 de julho de 1923.
Vencedor em 2019 do Prêmio Cultura Popular, do Ministério da Cultura, o Muncab possui um acervo permanente no qual se destacam obras de Mestre Didi, Yedamaria, Agnaldo dos Santos e J. Cunha (que também assina o gradil do museu) e tem desenvolvido atividades como exposições temporárias, palestras, oficinas, exibições de filmes e eventos anuais, a exemplo da Trezena de Santo Antônio e do Caruru do Erês. O museu dispõe ainda de um app de realidade aumentada em três idiomas e promove o Projeto Erês (que conta histórias da mitologia africana para crianças do Ensino Fundamental).
A Prefeitura de Salvador, através da Secult, firmou em junho deste ano uma parceria com a Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira (Amafro) para compra de acervo e execução das obras pendentes do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab).
A cidade de Salvador vai investir R$ 15 milhões para compra de acervo e execução de obras pendentes do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). A informação foi anunciada pela prefeitura da cidade, nesta quinta - feira (01). As obras fazem parte da parceria da gestão municipal com a Sociedade Amigos da Cultura Afro- Brasileira (Amafro).
Com as obras, o museu será transformado em um dos maiores centros da cultura afro-diaspórica da América, de acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias. Os investimentos serão destinados para compra do acervo e início da obra.
O termo que garante a reforma foi assinado no Palácio Thomé de Souza e contou com a presença de diferentes autoridades.
“A prefeitura vai atualizar o orçamento para, em seguida, celebrarmos um convênio, onde nós vamos executar as obras, tanto para terminar a primeira etapa do prédio, que já está, digamos, 80% finalizado, como para dar início à segunda etapa de restauro e reforma”, explicou o prefeito Bruno Reis.
“Com isso, a gente poderá ter em Salvador um museu que retrate a história afro. Um museu da negritude, onde a gente resgate a nossa história e possa potencializar a influência da cultura africana na formação do nosso povo. Salvador vai ter um dos melhores museus do mundo da cultura afro", completou.
Segundo a diretora do Muncab, a transformação do museu será um “ganho” para a capital baiana.
“Pensar esse espaço cultural, dinâmico, vivo, conectado com o que tem de mais moderno na cultura afro-diaspórica, com esse viés contemporâneo, é um ganho para a cidade”, disse Cíntia.
De acordo com o secretário de cultura, que também participou do evento, a chegada do museu é a realização de um sonho para a cultura da cidade.
“A gente tem aqui um espaço que já tem uma história, de um museu, um sonho, que não se realizou ainda por várias questões. A prefeitura está totalmente dedicada a somar, para que Cintia, Jamile e a comunidade negra façam deste espaço um ponto de referência da cultura negra no Brasil e no mundo”, apontou Tourinho.
O chefe da Secult, contou ainda que parte da obra do espaço será entregue neste ano com um novo acervo.
“A capital afro tem que ter o melhor museu afro do Brasil. É um museu que vai concentrar não só artistas tradicionais, como também jovens artistas negros do Brasil e estrangeiros”, afirmou.
Para Jamile Coelho, gestora administrativa do museu, o centro cultural é um local de memória, história e difusão da cultura afro no Brasil.
“Representa o resgate dessa memória que, infelizmente, para muitos de nós, foi roubada. É de fundamental importância em Salvador, a cidade mais negra fora do continente africano, a gente estar fazendo essa parceria para poder entregar ao público esse espaço de memória, mas também de difusão e produção da cultura afro-brasileira”, pontuou Jamile.
Cintia Maria e Jamile Coelho assumiram no ano passado a gestão do Muncab, o fundador do museu, José Carlos Capinam, compositor e poeta da Tropicália, hoje é presidente de honra da Amafro.
O Muncab é localizado em dois prédios no Centro Histórico, onde funcionava o antigo Tesouro do Estado da Bahia e o serviço de assistência pública da cidade.
O espaço Espaço Boca de Brasa Muncab vai homenagear, na próxima sexta-feira (19), às 19h, os 80 anos do poeta, músico e intelectual baiano José Carlos Capinan com uma programação cultural com arte, conversa e música.
Para este encontro, transmitido virtualmente pelo YouTube do Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab), estão confirmadas as presenças dos artistas Jards Macalé, Roberto Mendes e Gereba. Na ocasião, será lançado a nova edição do Caderno de Música.
O evento online contará com a apresentação do jornalista Leonardo Lichote, especialista na área músical. “É uma honra poder mediar esse evento que homenageia um dos nomes eternamente expoentes da arte baiana e brasileira, que tanto influenciou e influencia a sociedade através da música, da arte e da linguagem, desde os tempos da ditadura até agora, com outros grandes nomes brasileiros”, enfatiza Leonardo.
Para Capinan, seus oitenta anos são só o começo de tantas ideias que lhe permeiam para pôr em pratica. “Nunca me imaginei capaz dessa trajetória, fui fazendo, atravessando o tempo com parceiros, e acabou acontecendo. Criar é uma espécie de potência, um tesão pelo belo, divertida forma de se entender a vida, de compreender o humano. E a natureza do mundo, às vezes tão difícil que só pela arte se pode chegar perto do seu sentido”, destaca o poeta.
“A vida entendida na sua verdadeira dimensão nos obriga a um gesto humilde de celebrá-la. nada consegue reduzi-la, devemos nos render à sua grandeza e mistério, celebrando, agradecendo e abraçando-a”, finaliza.
O Espaço Cultural Boca da Brasa Muncab (Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira) está com inscrições abertas até a próxima quarta-feira (10) para os cursos de férias gratuitos em quatro formações, sobre cinema, documentário, fotografia e montagem, que serão ministradas por Carol Aó, Ceci Alves, Cristian Carvalho e Jéssica Silva, entre os meses de fevereiro a abril, por meio de plataforma virtual.
Os cursos integram a ação Diversão de Verão do Muncab e buscam dar continuidade ao projeto de democratização e acesso aos bens culturais em diversas linguagens artísticas. As pessoas interessadas devem se inscrever através do site do Núcleo de Animação e Stop Motion (clique aqui).
A ação é desenvolvida pela Sociedade Amigos da Cultura Afro-Brasileira e pelo Núcleo Baiano de Animação e Stop Motion (Nubas), e foi contemplada pelo edital Espaço Cultural Boca de Brasa, da Fundação Gregório de Mattos.
O presidente do Muncab, José Carlos Capinam, explica que as atividades formativas e apresentações artísticas representam um importante veículo de dinamização do Museu. “A partir do Boca de Brasa consolidamos o museu como espaço vivo e dinâmico”, explica destaca.
“As atividades online celebram o que o Boca de Brasa tem em sua essência, que é a ideia de democratização e acesso aos bens culturais em diversas linguagens artísticas. Acredito que neste momento rompemos as barreiras de localização e adentramos o universo virtual onde podemos acessar diferentes regiões do Brasil. A parceria com o Nubas, tem possibilitado que o museu expanda seus horizontes culturais”, afirma Jamile Coelho, coordenadora pedagógica do Boca de Brasa e CEO Nubas.
O Festival Boca de Brasa deste ano vai ser diferente. A primeira novidade é o formato virtual. A outra é que serão cinco dias de programação aberta ao público. O evento de abertura vai contar com apresentações dos oito Espaços Culturais Boca de Brasa nesta quarta-feira (2), às 17h, pelo canal do YouTube da Fundação Gregório de Mattos (FGM), com a presença do presidente da fundação, Fernando Guerreiro.
Com direção-geral de George Vladimir e assistência de direção de Maria Carla, a abertura do festival vai contar com mais de 130 artistas e cerca de 40 produtores, técnicos e demais profissionais da cultura. A programação especial de abertura conta com diversas atrações, de quase todas as linguagens artísticas, com participações especiais de Capinan, Marivaldo dos Santos, Quabales e Dom Chicla.
O festival será transmitido a partir do centro de transmissão no Teatro Gregório de Mattos (TGM) a partir da apresentação dos mestres de cerimônia Carol Alves e Ivan Santos. A partir deles, serão feitos os links com cada Espaço Cultural Boca de Brasa, por meio dos mediadores: Alan Miranda, no Subúrbio 360; Tabatha Vermont, no CEU de Valéria; Aline Nepomuceno, na Casa do Sol; Luana Serrat e Nina Porto, no Circo Picolino; José Carlos Capinam, no Muncab; Arilma Pérola, no Quabales; e Edson Souto, no Mercado de Cajazeiras.
Representando o segmento dança, as atrações são os grupos Artvidance, Balet Cetro, Balet da Comunidade, Valsa Amor Eterno e Uzarte Dança. A música será tocada e cantada pelos alunos do Boca de Brasa Casa do Sol, Banda Dendê e Brasa, Brenda Cruz, Jamile, Orquestra Sustentável Quabales Infantil e Vitor Dayube.
Para fazer o público “cair na risada”, vão representar o standup Aline França, Paulo Papel e Raoni Beta. A capoeira conta com a apresentação da Tribo Capoeira. O circo montou seu picadeiro virtual para que os alunos e professores do Boca de Brasa Picolino façam o show.
E como o espetáculo não pode parar, o palco vai até o público, com os alunos do Boca de Brasa Casa do Sol e Cia de Teatro Avisa Lá representando as artes cênicas. As Drag Queens serão representadas pela performance de Anitta Bahls.
DEMAIS ATIVIDADES
Na quinta-feira (3), às 19h, será a vez do Boca de Brasa Circo Picolino apresentar a live “Conexões Flutuantes”, em seu canal do YouTube. Dirigido por Luana Serrat, o espetáculo será encenado pelas artistas-alunas do Curso Livre de Tecido Acrobático realizado pela instituição e tem como tema uma proposta de reflexão acerca do momento atual, dos sonhos e das conexões possíveis. O Palco Aberto virtual contará com a participação de convidados especiais e ficará disponível no canal, para aqueles que não puderem ver ao vivo.
Já no sábado (4), às 17h, o Boca de Brasa Quabales promove a live em suas redes sociais, com apresentação dos produtos de comunicação resultante das oficinas de vídeo, fotografia e Lab & Orquestra Sustentável Percussiva. O público assistirá curtas-metragens, fotoclipes e um vídeo musical com a Orquestra Sustentável. Além disso, alguns participantes darão depoimentos sobre o processo de criação das oficinas.
No domingo (5), às 15h, o Boca de Brasa Casa do Sol apresenta a live “Navegando pelo Mundo Reconhecendo Nossa História”, em seu canal do YouTube. A mostra virtual é resultado das oficinas de teatro, voz-violão, dança e percussão do Projeto Adolescente em Arte-Ação. São jovens entre 12 e 18 anos com vivências de sensibilização estética, práticas das técnicas artísticas, produção artístico-cultural e educação para o desenvolvimento humano.
O Palco Aberto Boca de Brasa Casa do Sol apresenta o Ballet Style of Dance, Ballet Centro, Grupo de Capoeira Angola Mourão, Grupo de Samba de Roda, Grupo de Poesia Solstício. Para encerrar, haverá MC’s Cretto, Lila Raio do Sol e Nmares.
Encerrando a programação, na segunda-feira (6), às 16h, o Boca de Brasa Muncab apresenta o show "Flor da Memória", no canal do YouTube e Facebook do museu. O Palco Aberto Boca de Brasa – Muncab contará com as apresentações de Ceci Alves, apresentando as narrativas documentais; Adriano Cipriano apresentando as animações; e Nildinha Fonseca e Capinan com o convidado Roberto Mendes.
CULTURA NA PANDEMIA
O gerente de Equipamentos Culturais da FGM, Chicco Assis, destaca que, em um ano marcado pelo distanciamento social e por tantas despedidas e ausências, a cultura e a arte têm sido um grande alento.
“Os nossos Espaços Boca de Brasa precisaram se reinventar para não perder o contato com o público e permanecerem cumprindo a missão de serem polos aglutinadores e difusores da produção cultural das comunidades onde estão inseridos. Oficinas, atividades formativas, diálogos, cineclubes e palcos abertos ganharam força no ambiente virtual, transpondo fronteiras geográficas, alcançando públicos ainda maiores e, o que é mais importante, sem perder a essência do que é ser um Boca de Brasa", avalia.
“Através da arte e da cultura, a ação leva esperança, empoderamento e alegria à população de Salvador. A pandemia chegou e o projeto resistiu: atividades virtuais aconteceram durante todos esses meses e não poderíamos deixar de festejar essa explosão de criatividade. O Festival Boca de Brasa é isso, uma grande festa cultural, on-line, para comemorar a nossa resistência", ressalta o presidente da FGM, Fernando Guerreiro.
Responsável pela direção de arte de filmes como “Carandiru”, de Héctor Babenco, além de programas televisivos e do episódio da série “Black Mirror”, gravado no Brasil, Vera Hamburger desembarca em Salvador para ministrar um curso de cinema.
Vera, que é graduada em Arquitetura e tem mestrado em Artes Cênicas pela Universidade de São Paulo (USP), irá conduzir a oficina “Direção de Arte Cinematográfica”, nos desta quarta (4) a sexta-feira (6), às 14h, no Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab).
Promovida pelo Núcleo Baiano de Animação e Stop Motion (NUBAS), a atividade tem como objetivo promover um mergulho no universo visual do cinema e nas técnicas que envolvem o trabalho de um diretor de arte. As inscrições para o curso podem ser feitas através do site do NUBAS na internet, no endereço www.nubas.com.br.
Desenvolvedora de jogos de cunho pedagógico, a Strike Games lança “Revolta dos Búzios – 220 anos” no dia 3 de novembro, das 14h às 16h, no Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira – Muncab, em Salvador. Este, que é o terceiro jogo da empresa sobre a cultura do povo baiano, conta com trilha sonora assinada pelo cantor e compositor Tonho Matéria.
Influenciada pela Revolução Francesa, a Revolta dos Búzios aconteceu em 1789, tendo como lema os dizeres “Igualdade, Liberdade e Fraternidade”. Com caráter separatista, o movimento lutava contra a dominação portuguesa, tendo como principais líderes os alfaiates Manoel Faustino e João de Deus e os soldados Lucas Dantas e Luiz Gonzaga.
O aplicativo gamificado do gênero point and Click alterna entre o virtual e o real e conta com influencias de Graphic Novel. Produzido pela Strike Games em parceria com a Nix Gamelab, o jogo foi idealizado pelo game designer Alexandre Santos.
SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento jogo “Revolta do Búzios - 220 anos”
QUANDO: Sábado, 3 de novembro, das 14h até 16h
ONDE: Museu Nacional de Cultura Afro Brasileira – Muncab. Rua do Tesouro, 61-127 - Centro, Salvador – BA
Reunindo imagens de um ensaio fotográfico inédito de Flávio Damm, sobre prostitutas de Salvador, a exposição “Mulher-Dama” será aberta na próxima terça-feira (9), a partir das 18h, no Museu da Cultura Afro-Brasileira (Muncab). Com curadoria de Silvana Olivieri, a mostra retrata as prostitutas e seus espaços de vida em 42 fotografias realizadas nas ruas do meretrício de Salvador, no ano de 1966, além de uma projeção com 52 fotografias do “castelo” Meia-Três. As imagens seriam publicadas em um livro do amigo Jorge Amado, mas o projeto foi abortado na Ditadura Militar, durante o AI-5.
“No ‘castelo’ de China, Ladeira da Montanha, 63, estava o mais famoso bordel de Salvador, talvez da Bahia inteira. Jorge me propôs fazermos um livro sobre o dia-a-dia das residentes. Teria o título de Mulher-Dama: fotografei com desenvoltura, respeitei suas intimidades e me reservei ao modo de viver das moças, a hora do penteado, da maquilagem, do encantamento com a melhor roupa para ir para o salão onde um cantor fazia as vezes de Carlos Gardel”, relembra Flávio. “Com o AI-5, o Jorge, comunista confesso, preferiu deixar aquilo para mais adiante, aí o tempo diluiu, passou, esse golpe que eles fizeram continuou por mais algum tempo. Eu fui para um lado, o Jorge para outro e não nos encontramos mais, não por nenhum motivo, mas o livro morreu ali”, explica.
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição Mulher-Dama
QUANDO: Abertura - 9 de janeiro de 2018, a partir das 18h. Visitação - 10 de janeiro a 10 de março. De terça à sábado, das 10 às 18h
ONDE: Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira (Muncab) – Salvador (BA)
VALOR: Entrada Gratuita
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.