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Artigos

Daniel Sampaio
Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos
Foto: Divulgação

Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos

Ao desempenhar papel decisivo no desenvolvimento e no funcionamento das cidades de maneira sustentável, o setor imobiliário e de construção civil chama a atenção para a discussão entre a verticalização e a horizontalização dos espaços urbanos e a necessidade de uma reflexão sobre o assunto.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

nazismo

Jovem é preso com mais de 100 materiais com símbolos nazistas em São Paulo
Foto: Secretaria de Segurança Pública de São Paulo

A Polícia Civil do estado de São Paulo realizou a apreensão de mais de 100 materiais com símbolos nazistas em um condomínio do centro de São Paulo. A apreensão foi realizada na terça-feira (25) e um jovem de 19 anos foi preso por estar em posse do material.

 

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP), foram encontradas com o jovem bandeiras, braçadeiras, balaclavas, coldres de armas de fogo e uma espada com símbolos nazistas. Além disso, também foram encontradas no local roupas camufladas, colete balístico, réplicas de granada e alicate.

 

Os itens possuíam tanto a suástica, símbolo adotado pelo regime nazista na Alemanha, que durou de 1933 a 1945, quanto o símbolo da SS, organização militar do regime partido nazista, responsável pela espionagem do regime.

 

A loja foi encontrada após investigações da Polícia Civil de Santa Catarina chegarem a uma loja virtual que vendia ilegalmente os produtos com referências nazistas. Um dos vendedores da loja estaria na capital paulista, portanto a Justiça expediu um mandado de busca e apreensão contra o suspeito.

 

Equipes da Delegacia de Repressão aos Crimes Raciais, Contra a Diversidade Sexual e de Gênero e outros Delitos de Intolerância (Decradi), foram ao local e cumpriam o mandado além dos itens associados ao nazismo, foram encontrados três cigarros eletrônicos com maconha e um pacote com haxixe.

Mendonça critica posição do Brasil no conflito Israel-Hamas: “Maior erro é apoiar grupo terrorista”
Foto: Carlos Moura / SCO / STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), André Mendonça, criticou a posição adotada pela diplomacia brasileira em relação à guerra entre Israel e Hamas. Durante culto na Igreja Presbiteriana de Pinheiros, em São Paulo, neste domingo (18), ele afirmou que “o maior erro é apoiar grupo terrorista”. O ministro é pastor da Igreja Presbiteriana Esperança, localizada em Brasília. 

 

A declaração de Mendonça aconteceu horas depois do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) comparar o conflito Israel-Hamas com o holocausto e as ações do ditador nazista Adolf Hitler contra os judeus. "Sabe, o que está acontecendo na Faixa de Gaza com o povo palestino, não existe em nenhum outro momento histórico. Aliás, existiu quando Hitler resolveu matar os judeus", cravou Lula. 

 

Segundo informações da CNN Brasil, no culto de domingo, Mendonça narrou um encontro que teve com o embaixador do Brasil em Israel. “Eu fiz uma colocação para o embaixador: ‘Embaixador, nossa diplomacia é marcada por uma busca de equilíbrio e imparcialidade. O senhor não acha que se talvez nós caminharmos mais nesse sentido, ao invés de endossarmos uma petição da África do Sul acusando Israel de genocídio, seria o melhor para sermos um agente de paz?”, contou.

 

O ministro então relatou o que ouviu do embaixador: “E ele me respondeu: ‘No mundo de hoje, não há espaço para o cinza. Ou é preto, ou é branco. E o país tomou sua posição.'”

 

Mendonça então acrescentou: “Em resposta [ao embaixador], eu tomei a minha posição: eu defendo a devolução de todos os sequestrados. E acho que o erro maior é apoiar um grupo terrorista que mata crianças, jovens e idosos gratuitamente. Eu e você, como cristãos, somos chamados a tomar posição em tudo na vida.”

 

André Mendonça chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) por indicação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em julho de 20221. Ele foi qualificado como “terrivelmente evangélico” pelo político. Antes do STF, ocupou o Ministério da Justiça e a Advocacia-Geral da União no governo Bolsonaro. 

Adolescente é apreendido e pais são presos com material de apologia ao nazismo
Foto: Reprodução

Um adolescente de 14 anos foi apreendido nesta terça-feira (11) com símbolos nazistas em casa. O caso ocorreu na cidade de Maquiné, no Rio Grande do Sul e foi classificado como ato análogo ao terrorismo. Os pais do jovem foram presos em flagrante por apologia ao nazismo, conforme a Polícia Civil.

 

A investigação chegou ao local após monitorar trocas de mensagens por perfis nas redes sociais e conseguir um mandado de busca e apreensão para o imóvel. No local, os policiais encontraram bandeiras, gravuras dos ditadores Adolf Hitler, Benito Mussolini, além de facas, canivetes e uma arma de fogo falsa.

 

"A gente apresentou o adolescente e os pais, o pai e a mãe, à polícia exatamente porque não tinha como não estar sabendo do que estava acontecendo naquela casa dado o farto material que foi apreendido", diz o delegado Marco Antônio de Souza.

 

Ainda conforme as informações, uma bandeira apreendida teria sido dada de presente pelo pai ao filho. "Entrevistando o pessoal na casa e com as informações que a gente já tinha acerca da investigação, a gente conseguiu descobrir que a bandeira que faz apologia ao nazismo, inclusive, teria sido dada pelo pai ao adolescente", comenta o delegado.

 

A apologia ao nazismo usando símbolos, distribuindo emblemas ou fazendo propaganda do regime é crime previsto pela Lei 7.716/1989, com pena de reclusão.

 

 

Museu do Holocausto reprova Frias por comparar lockdown com práticas nazistas
Foto: Divulgação

Após usar o filme “A Lista de Schindler” para criticar as medidas restritivas implementadas por prefeitos e governadores para conter a pandemia e compará-las com a prática nazista, o secretário Especial da Cultura foi reprovado pelo Museu do Holocausto. 

 

“O setor de eventos clama para poder levar o pão para dentro de casa, para poder sustentar a própria família. Até quando um burocrata arrogante irá dizer que ele não é essencial?”, escreveu o titular da Secult, em suas redes sociais, junto com o trecho do filme, cujo enredo denuncia o massacre de judeus e mostra a criação de uma lista com o propósito de evitar que alguns indivíduos considerados "essenciais" fossem mortos ou enviados ao campo de concentração de Auschwitz. 

 

Em resposta à publicação do secretário, o Museu do Holocausto questionou o uso do emblemático filme dirigido por Steven Spielberg. “‘A Lista de Schindler’, secretário? É desta forma que pretende se opor às medidas de combate à pandemia? Crê que a analogia com esta paródia agressiva não ofende sobreviventes e descendentes? Que não prejudica a construção da memória do Holocausto? Que vergonha, secretário”, repreendeu a instituição criada em 2017, em São Paulo.

 

Veja as publicações:

Frias estrela campanha que enaltece 'heróis nacionais' e compara nazismo a comunismo
Foto: Reprodução / Twitter

Em tom ufanista, o ator e secretário Especial da Cultura, Mário Frias, estrelou um vídeo da campanha “Um Povo Heróico”, lançada em parceria com a Secretaria Especial de Comunicação Social da Presidência da República (Secom), nesta quinta-feira (3). 

 

“O Brasil tem História. Uma História com verdadeiros líderes, respeitados intelectuais e grandes heróis nacionais. Alguns, conhecidos; muitos, ignorados. Uma História tão bela e grandiosa quanto desprezada e vilipendiada por anos de destruição da identidade nacional”, diz a Secom na descrição do vídeo compartilhado nas redes sociais.

 

Na peça em questão, o secretário aparece observando obras de arte e documentos em uma sala com pouca iluminação. "Você já parou para pensar como seria se a gente pudesse olhar para nossa história assim: do jeito que eu estou olhando para os objetos aqui dessa sala? Se a gente pudesse ver tudo que vivemos em nossa vida de uma maneira simples, acessível à nossa visão? O que será que a gente veria? Os grandes momentos?”, questiona Frias, em tom dramático. 

 

Em um texto repleto de pausas e citações ao hino nacional, o titular da Cultura descreve o brasileiro como um povo cheio de bravura e destaca a importância da história. "A resposta não é nada extraordinária e eu sei que você também deve estar pensando assim. Mas seria incrível, não é mesmo? Porque não são os momentos fáceis, nem os momentos simples, mas sim aqueles momentos em que a vida propõe um desafio e a gente responde sem medo”, acrescenta Mário Frias, que depois de percorrer a sala, senta em uma poltrona e segue interpretando o texto, no qual ressalta a “coragem que até então não sabíamos”, “uma força que passa despercebida por nós” do povo brasileiro.

 

“Eu falo a gente, porque eu conheço a nossa gente. E são essas pessoas, que não fogem à luta, que habitam todos os rincões do nosso país. São essas pessoas que amam o próximo e dividem esse solo, literalmente. Esse é o Brasil! E por ele, e pelo seu povo, desafiam a própria morte. Eles são muitos. Temos bons exemplos em todos os cantos. Até mesmo dentro de casa não é difícil encontrarmos um herói que se sacrifica a cada dia em prol da sua família. A verdade é que somos um povo heróico e encaramos com um brado retumbante o destino que nos encara. E a nossa história precisa ser contada”, conclui o secretário.

 

Segundo a Secom, o vídeo estrelado por Mário Frias abre a série “Um Povo Heróico”, às vésperas do 7 de setembro. “Com seus valores e exemplos, os heróis anônimos da atualidade fazem-nos olhar para os grandes heróis do nosso passado”, diz a pasta. Segundo a Comunicação, a campanha terá início com os “honrando a memória de heróis anônimos”, lembrando os cinco anos de morte de um morador de rua na Praça da Sé. “Depois, lembraremos os Pracinhas que combateram a tirania do nazismo (maior mal do mundo moderno, ao lado do comunismo). Por fim, falaremos de grandes heróis nacionais, que moldaram nossa História e nossa identidade, deixando legados eternos”, pontua, comparando o nazismo com o comunismo.

 

O vídeo institucional dividiu opiniões e foi recebido com críticas e elogios no Twitter:

 

“Combinou com o governo, ficou bem canastrão. PS: assistindo, dá para entender porque Mário Frias é sempre um eterno ex-Malhação”, diz um comentário. “De fato, a crise não é só moral, nem política, nem econômica, é também estética. Ô povinho brega no governo”, concordou outro seguidor. “Lembra do nazista Roberto Alvim? A música tá parecida, só mudou o sotaque agora…”, pontuou um terceiro, em referência ao discurso do ex-secretário Especial da Cultura, que indignou a sociedade por conter estética e discurso nazista (clique aqui e relembre). 


 
Não faltaram também críticas ao presidente Jair Bolsonaro. “Destruição maior estamos vivendo no governo Bolsonaro. Lamentável”, afirmou um seguidor. “Viu, conta pra mim então a história daqueles R$ 89 mil na conta da primeira-dama?”, alfinetou outro, lembrando os depósitos de Fabrício Queiroz para Michelle Bolsonaro, até então não explicados pelo presidente, que tem reagido com hostilidade ao ser questionado pela imprensa (saiba mais).

 

Por outro lado, houve também quem apoiasse a campanha. “Tocante!”, disse uma mulher. “Esse é o orgulho do Brasil que eu quero. Enaltecer a história e respeito a pátria. Que bela interpretação ministro @mfriasoficial”, disse um apoiador. “Que linda iniciativa! Parabéns por mostrar que somos um grande povo! Juntos vamos reconstruir uma grande nação”, comentou uma terceira. “Que linda iniciativa! Parabéns por mostrar que somos um grande povo! Juntos vamos reconstruir uma grande nação”, disse outra seguidora.

 

Confira o vídeo estrelado por Mário Frias:

Número dois da secretaria da Cultura é exonerado; ele era substituto de Alvim
Foto: Janine Moraes / MinC

A Secretaria Especial da Cultura do governo federal anunciou, nesta quarta-feira (22), a exoneração do titular interino da pasta, José Paulo Soares Martins, que substituía o ex-secretário Roberto Alvim, demitido após divulgar vídeo com aspectos estéticos e discursivos da propaganda nazista. 


O motivo da exoneração, segundo o G1, não foi anunciado. Ela deve ser publicada no "Diário Oficial da União". José Paulo estava na Cultura desde junho de 2016. Nesta quarta-feira, o presidente Jair Bolsonaro almoçou com a atriz Regina Duarte no Palácio do Planalto, convidada para assumir o posto deixado pelo agora ex-secretário.

 

Regina, que afirmou estar em "período de testes" à frente da Cultura, utilizou as redes sociais após o encontro e disse que o "noivado continua". Bolsonaro também não indicou se o convite foi aceito oficialmente pela atriz. 

Alvim isenta funcionários e culpa 'ação satânica' por episódio de vídeo nazista
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

Recém-demitido do cargo de secretário especial da Cultura por usar discurso e estética nazista em um pronunciamento oficial (clique aqui), o dramaturgo Roberto Alvim voltou a se manifestar sobre o caso. 


Em um áudio enviado para seus contatos no WhatsApp e depois republicado em sua conta no Twitter, neste domingo (19), ele buscou isentar os funcionários da pasta no episódio. “Faço esse áudio para afirmar que Denia Magalhães, Alessandro Loiola e Alexandre Leuzinger, que eram meus assessores, não têm absolutamente nada a ver com a escritura do meu discurso usado no vídeo, como está sendo propagado em algumas mídias. Eles não têm nenhuma responsabilidade sobre aquilo”, disse Alvim, destacando ainda que os colaboradores “nunca foram propagadores de ideias nazistas ou nada parecido com isso”, assim como ele, que tem “total repúdio por isso”.

 

Segundo o site Metrópole, no WhatsApp, além do áudio, ele enviou ainda um texto, no qual tenta se desculpar e explicar o ocorrido. "Eu escrevi o texto do meu discurso no vídeo, a partir de várias fontes e ideias, que me chegaram de muitos lugares”, disse. “Eu afirmo que não sabia que aquela frase tinha uma origem nazista, porque a frase em si não tinha nenhum traço de nazismo, por isso não percebi nada errado ali… Mas errei terrivelmente ao não pesquisar com cuidado a origem e a associações de algumas frases e ideias. E assumo a responsabilidade por meu erro. Perdi tudo por causa desse erro terrível”, acrescentou.


O ex-secretário diz ainda que houve uma “catástrofe”, uma “série terrível de eventos e coincidências”, que levaram à sua exoneração e atribuiu o ocorrido a alguma força diabólica. “Estou orando sem parar, e começo a desconfiar não de uma ação humana, mas de uma ação satânica em toda essa horrível história”, afirmou, destacando que após o incidente está focado nos cuidados à família. “Essa é minha prioridade nesse momento: minha esposa e meu filho pequeno, que estão destroçados”, afirmou o dramaturgo, que também pediu perdão à comunidade judaica e “a todos que decepcionei e feri”.

Regina Duarte quer consultar família e deve responder convite de Bolsonaro até segunda
Foto: Reprodução / O Globo

Convidada para assumir a Secretaria da Cultura no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a atriz Regina Duarte deve postergar sua resposta até a próxima segunda-feira (20). Antes, ela havia pedido um prazo até este sábado (18).

 

Segundo o jornal O Estado de S. Paulo, a atriz quer consultar sua família antes de tomar qualquer decisão. Embora afirme não se sentir preparada para o cargo, ela admite que tem cogitado a possibilidade por que quer "fazer o que foi preciso para o Brasil dar certo".

 

"Estou com esse convite, não é a primeira vez que eu sou convidada para esse cargo. Me assusta muito porque tem um ministério complicado aí", declarou a atriz na noite dessa sexta (17), em entrevista à rádio Jovem Pan. Nessa fala, Regina se refere ao Ministério do Turismo, pasta à qual a secretaria está vinculada atualmente. O ministro é Marcelo Álvaro Antônio, indicado pela Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento em um esquema de "candidaturas laranja" do PSL em Minas Gerais (saiba mais aqui).

 

Com isso, a atriz ainda analisa se vai deixar de ser apoiadora para atuar como integrante desse governo.

 

Ela foi acionada ainda ontem após a repercussão de um vídeo do então secretário, o dramaturgo Roberto Alvim, com referências ao nazismo. Nas imagens, além do cenário e da trilha sonora associada a Adolf Hitler, Alvim parafraseou o discurso do ministro da Propaganda da Alemanha nazista, Joseph Goebbels (veja aqui). Inicialmente, o Palácio do Planalto disse que não iria se pronunciar sobre o caso, mas a pressão foi tamanha que Bolsonaro se viu obrigado a exonerar Alvim (saiba mais aqui).

Bolsonaro anuncia demissão de Roberto Alvim da Secretaria Especial da Cultura
Foto: Reprodução / Facebook

O presidente Jair Bolsonaro anunciou a demissão de Roberto Alvim do cargo de secretário especial da Cultura, após as declarações de cunho nazista feitas em pronunciamento oficial da pasta (clique aqui).


"Comunico o desligamento de Roberto Alvim da Secretaria de Cultura do Governo. Um pronunciamento infeliz, ainda que tenha se desculpado, tornou insustentável a sua permanência. Reitero nosso repúdio às ideologias totalitárias e genocidas, bem como qualquer tipo de ilação às mesmas. Manifestamos também nosso total e irrestrito apoio à comunidade judaica, da qual somos amigos e compartilhamos valores em comum", diz Bolsonaro, em nota oficial.

 

 

 

Pouco antes do anúncio do presidente, Alvim afirmou que não sabia da origem do discurso nazista e colocou seu cargo à disposição. “Tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo a disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo”, declarou (clique aqui). Antes disso ele havia classificado o incidente como “coincidência retórica” e acusou a esquerda de complô para prejudicar o governo (clique aqui).

 

 

Na fala anterior, apesar de dizer que não citou a publicidade nazista e que “jamais o faria”, ele afirmou que “não há nada de errado com a frase” e que o discurso foi baseado em um ideal nacionalista para a arte brasileira. “Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, salientou, admitindo alinhamento com o discurso que disse não ter citado.

Alvim cita 'mal-estar', pede perdão por 'erro involuntário' e diz que põe cargo à disposição
Foto: Reprodução / Facebook

Diante da pressão pelo pronunciamento no qual usa discurso nazista (clique aqui), o secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, anunciou que pedirá afastamento do cargo. “Tendo em vista o imenso mal-estar causado por esse lamentável episódio, coloquei imediatamente meu cargo a disposição do Presidente Jair Bolsonaro, com o objetivo de protegê-lo”, publicou Alvim em suas redes sociais, na tarde desta sexta-feira (17). “Dei minha vida por esse projeto de governo, e prossigo leal ao Presidente, e disposto a ajudá-lo no futuro na dignificação da Arte e da Cultura brasileiras”, acrescentou.


“Ontem lançamos o maior projeto cultural do governo federal, mas no meu pronunciamento, havia uma frase parecida com uma frase de um nazista. Não havia nenhuma menção ao nazismo na frase, e eu não sabia a origem dela. O discurso foi escrito a partir de várias ideias ligadas à arte nacionalista, que me foram trazidas por assessores”, escreveu o secretário, afirmando ainda que jamais teria dito a frase se conhecesse sua origem. “Tenho profundo repúdio a qualquer regime totalitário, e declaro minha absoluta repugnância ao regime nazista. Meu posicionamento cristão jamais teria qualquer relação com assassinos...”, justificou. O secretário pediu ainda perdão à comunidade judaica, a quem diz ter “profundo respeito”: “Do fundo do coração: perdão pelo meu erro involuntário”, declarou.


Em postagem anterior, Alvim classificou sua fala como “coincidência retórica” e acusou a esquerda de complô para prejudicar o governo Bolsonaro (clique aqui). “O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. Com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das Artes que vai redefinir a Cultura brasileira. É típico dessa corja”, afirmou.

 

Apesar de afirmar ser uma "coincidência retórica", Alvim admitiu alinhamento com o discurso que antes disse não ter citado. "A frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, disse ele.

Rui sobre Alvim: 'Não podemos tolerar qualquer tipo de apologia ao regime nazifascista'
Foto: Bahia Notícias

O governador Rui Costa (PT) se soma ao prefeito ACM Neto (DEM) (clique aqui), ao se pronunciar em repúdio às recentes declarações do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, nas quais utiliza discurso de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista (clique aqui). 


“Absurdo. Inaceitável. Não podemos tolerar qualquer tipo de apologia ao regime nazifascista, que gerou pânico, terror e violência no mundo, principalmente nas décadas de 30 e 40. Qualquer tipo de menção positiva à violência e à crueldade devem ser combatidas firmemente”, publicou Rui, em suas redes sociais, destacando que a fala de Alvim merecem repúdio e que não se deve tolerar “disseminação de discursos de ódio” no Brasil.


“Em vez de trabalhar pela Cultura brasileira, tão rica e diversa, o secretário a persegue, mirando sufocar toda forma de expressão artística não alinhada a sua ideologia. Quem prega visão única são regimes totalitaristas como a Alemanha Nazista que ele evoca em seu vídeo”, afirmou o petista, citando a Lavagem do Bonfim como bom exemplo. “Festa plural, do sagrado e do profano, de todos os credos. Aqui, a gente prega respeito. Valorizamos a diversidade cultural, enxergamos riqueza nisso. Lamentamos que os responsáveis pela gestão da cultura no Brasil estejam no campo oposto”, concluiu Rui.

Após discurso nazista, Governo informa demissão de secretário da Cultura ao Congresso
Foto: Divulgação / Sec. Especial da Cultura

Após o pronunciamento do secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, no qual utiliza discurso de Joseph Goebbels , ministro da Propaganda nazista (clique aqui), sua permanência no governo ficou insustentável.  De acordo com informações da Folha de S. Paulo, depois das críticas e da forte pressão política, o Palácio do Planalto informou a lideranças do Congresso que Alvim será demitido.


O prefeito ACM Neto e  o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia,  estão entre as autoridades que repudiaram de forma veemente o discurso e pediram o afastamento de Alvim (clique aqui).

 

Até mesmo o ideólogo da família Bolsonaro, Olavo de Carvalho, se pronunciou contra a falta do secretário da Cultura. "É cedo para julgar, mas o Roberto Alvim talvez não esteja muito bem da cabeça. Veremos", disse ele (clique aqui e saiba mais).

ACM Neto repudia discurso e pede demissão de secretário de Bolsonaro: 'Absurdo inaceitável'
Foto: Divulgação / Secom / PMS

O prefeito ACM Neto (DEM-BA) repudiou as declarações do secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, que na noite desta quinta-feira (16) fez um pronunciamento com discurso semelhante ao ministro de Propagada nazista Joseph Goebbels (clique aqui e saiba mais). Ao Bahia Notícias, Neto afirmou que Alvim “tem que ser demitido” e classificou a fala do titular da Cultura do governo federal como “um absurdo inaceitável”.


Além do prefeito de Salvador, outras personalidades e partidos políticos também rechaçaram a fala de Alvim (clique aqui). O secretário, por sua vez, fez uma réplica para tentar se defender e alegou ter havido uma “coincidência retórica” (clique aqui).

Roberto Alvim alega 'coincidência retórica' após pronunciamento com discurso nazista
Foto: Divulgação

O secretário especial da Cultura, Roberto Alvim, se pronunciou nesta sexta-feira (17) para rebater as críticas recebidas após realizar um pronunciamento com estética e discurso nazista (clique aqui e saiba mais) e classificou sua fala como "coincidência retórica".


“O que a esquerda está fazendo é uma falácia de associação remota. Com uma coincidência retórica em uma frase sobre nacionalismo em arte, estão tentando desacreditar todo o Prêmio Nacional das Artes que vai redefinir a Cultura brasileira. É típico dessa corja”, escreveu em suas redes sociais. A fala do titular da Cultura do governo Bolsonaro, no entanto, foi repudiada não apenas pela esquerda, mas por pessoas alinhadas a diversos espectros políticos, inclusive pelo presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM) (clique aqui e saiba mais).


Em sua réplica, Alvim destaca que não citou ninguém no seu pronunciamento e que “o trecho fala de uma arte heroica e profundamente vinculada às aspirações do povo brasileiro”. “Não há nada de errado com a frase. Todo o discurso foi baseado num ideal nacionalista para a Arte brasileira, e houve uma coincidência com uma frase de um discurso de Goebbles”, retrucou o secretário, destacando que não citou o ministro da Propaganda da Alemanha nazista e que “jamais o faria”. 


“Foi, como eu disse, uma coincidência retórica. Mas a frase em si é perfeita: heroísmo e aspirações do povo é o que queremos ver na Arte nacional”, finalizou, admitindo alinhamento com o discurso que disse não ter citado.

Secretário da Cultura de Bolsonaro usa propaganda nazista em discurso oficial 
Foto: Reprodução / Facebook

O secretário especial da Cultura do governo Bolsonaro, Roberto Alvim, fez um discurso oficial na noite desta quinta-feira (16), para divulgar políticas públicas a serem implementadas na área – com previsão de investimento de mais de R$ 20 milhões através do Prêmio Nacional das Artes -  e o que chamou de uma “nova arte nacional”. 


O vídeo, gravado no gabinete da Secretaria Especial da Cultura, em Brasília, mostra Alvim rodeado de livros, da bandeira nacional, uma grande cruz e da foto do presidente Jair Bolsonaro. Em tom ufanista, ele anunciou o horizonte conservador desenhado por sua gestão para o setor e, conforme apontou o Jornalistas Livres, usou um texto muito semelhante a uma frase famosa de Joseph Goebbels, ministro da Propaganda da Alemanha nazista. As declarações de Alvim tiveram ainda como pano de fundo uma música dramática do maestro e compositor alemão Richard Wagner, autor de panfleto antissemita "O judaísmo na Música", admirado por Adolf Hitler.


“A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional; será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse Roberto Alvim. O ministro de Hitler, por sua vez, afirmou: "A arte alemã da próxima década será heróica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada".

 

Veja o discurso do ministro de Bolsonaro:

 


Parte do discurso do ministro na qual ele descreve a guinada conservadora na Cultura:

 

"Olá, meus amigos, eu sou Roberto Alvim, secretário especial da Cultura do governo do presidente Jair Bolsonaro. Eu venho falar a vocês sobre um assunto muito importante. Quando eu assumi esse cargo em novembro de 2019, o presidente me fez um pedido. Ele pediu que eu faça uma cultura que não destrua, mas que salve a nossa juventude.

 

A Cultura é a base da Pátria. Quando a Cultura adoece, o povo adoece junto. É por isso que queremos uma cultura dinâmica, mas ao mesmo tempo enraizada na nobreza de nossos mitos fundantes. A Pátria, a família, a coragem do povo e sua profunda ligação com Deus amparam nossas ações na criação de políticas públicas. 


As virtudes da fé, da lealdade, do autossacrifício e da luta contra o mal serão alçados ao território sagrado das obras de arte.


Nossos valores culturais também conferem grande importância à harmonia dos brasileiro com sua terra e sua natureza, assim como enfatizam a elevação da nação e do povo acima de mesquinhos interesses particulares.
A cultura não pode ficar alheia às imensas transformações intelectuais e políticas que estamos vivendo. 
A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional; será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada.


Ao país a que servimos só interessa uma arte que cria sua a própria qualidade a partir da nacionalidade plena, e que tem significado constitutivo para o povo para o qual é criada.


Portanto, almejamos uma nova arte nacional, capaz de encarnar simbolicamente os anseios desta imensa maioria da população brasileira, com artistas dotados de sensibilidade e formação intelectual, capazes de olhar fundo e perceber os movimentos que brotam do coração do Brasil, transformando-os em poderosas formas estéticas.


São estas formas estéticas, geradas por uma arte nacional que agora começará a se desenhar que terão o poder de nos conferir, a todos, a energia e impulso para avançarmos na direção da construção de uma nova e pujante civilização brasileira”.

‘5 Segundos’ questiona lógica da guerra e aproxima inimigos ao explorar lado humano
Foto: Sidnei Campos/ Divulgação

Inspirado em um caso real, acrescido de vários toques ficcionais, o espetáculo “Cinco Segundos” faz curta temporada desta quinta-feira (29) até o domingo (1º), no Teatro Jorge Amado, em Salvador.

 

Com texto do dramaturgo e historiador Ricardo Carvalho, a montagem se passa na Itália, durante a Segunda Guerra Mundial, e estende segundos decisivos na vida de dois oponentes, um soldado brasileiro e um nazista alemão que se topam na batalha sem armas de fogo ou munição. Contar em 50 minutos o que ocorreu em cinco segundos na história dos personagens foi um dos primeiros desafios enfrentados pelos diretores, mas também uma forma de explorar o caráter “espiritual e onírico” do tempo. “O tempo também é uma construção, a gente inventou essa fração de segundos pra organizar melhor nossa vida. A peça nasce justamente da explosão dessa ideia de tempo. A gente tem o tempo real, mas tem a intenção e encenação de entender que esse tempo é outro em outras dimensões também”, defende Daniel Arcades. “A gente brinca muito com essa noção das dimensões do tempo. Então, cinco segundos pra nós pode ser muito rápido, mas a depender das camadas que a gente atinge da cabeça esses personagens, principalmente, pode durar uma eternidade”, explica. 

 

O enredo é resultado de um desejo antigo do autor, que só agora decidiu levar aos palcos. “Ricardo tem, há muito tempo, esse projeto de texto. Ele ouviu um relato de um pracinha baiano e a partir desse relato construiu uma história que a gente foi discutindo muito”, conta Daniel Arcades que, ao lado de Alan Miranda e do próprio autor, assina a direção da peça. “A gente tem falado muito, nas nossas conversas sobre o trabalho, da importância de olhar mais pra nossa história e aprender com esses exemplos, porque a sensação que dá, hoje, inclusive, é que a gente anda sem memória”, avalia o artista baiano, destacando que outro bom motivo para levar este enredo ao palco é o fato da Segunda Guerra fazer 80 anos em 2019. “A gente acreditou que era o momento, talvez, de também trazer esse debate, de colocar isso na dramaturgia do teatro, porque o teatro não discute muito a guerra, a gente fala pouco dessas temáticas mais bélicas. E a gente sentiu muito essa necessidade de começar a discutir”, justifica. 

 

Por ser escrito por um historiador, o texto traz uma sólida pesquisa, que foi incorporada por toda equipe e somada ao trabalho dos demais, na busca por referências sobre a guerra no cenário artístico. “A gente assistiu muitos filmes que discutiam a guerra, procurou muita dramaturgia. [Bertolt] Brecht é um dos maiores autores que discute a guerra, a gente leu o que ele falava sobre a Segunda Guerra Mundial. As referências artísticas eram muito importantes, mas as históricas também. Então, tanto a direção de arte quanto a própria encenação procuraram se esmerar o máximo possível”, diz Arcades, reiterando que a montagem passeia pelo realismo, mas não é realista. “Ela tem momentos muito líricos. A direção de arte, principalmente, procurou trazer momentos de pesquisa muito fiéis à imagem desses soldados e às informações contidas no texto também. E o processo de pesquisa foi todo mundo junto, nossos ensaios demoravam muito por conta disso, porque não bastava que os atores soubessem fazer os personagens, era muito importante pra gente que eles tivessem também munidos de todas as informações históricas e filosóficas que a Segunda Guerra Mundial traz pra nossa sociedade”, acrescenta.

 


Espetáculo traz questionamentos sobre a natureza da guerra e expõe motivações e ódios que levam pessoas a apoiar regimes autoritários | Foto: Sidnei Campos/ Divulgação

 

Apesar de se manter em um período histórico específico no passado, segundo o diretor, a peça traz também inevitáveis paralelos com a atualidade. “A gente tem um soldado alemão, sujeito de linha de frente, uma figura do povo, mas uma figura do povo que compra todos os discursos totalitários que induziram e levaram a uma guerra mundial. Então, não tem como a gente não pensar sobre os discursos que são proferidos hoje e como a população assume esses discursos cegamente. [Não tem como não] Atentar para um perigo do cunho de novo regime totalitário, de um século XXI repetindo o quão desastrosa foi a primeira metade do século XX”, diz ele, explicando que a ideia do espetáculo também é colocar luz nos exemplos do passado, para que grandes erros não se repitam. “Temos exemplos na nossa história em que a gente consegue enxergar para onde os discursos de ódio e purismo vão, e como a guerra não é uma solução pra repensar a nossa sociedade”, pontua o artista, que considera “imbecil” a ideia da guerra como tática ou símbolo de conquista, já que este artifício sempre pressupõe um vencedor e um perdedor, o que acarretaria em um ciclo vicioso pela busca do triunfo. “O espetáculo nos atenta na verdade pra esse discurso de separação a partir da guerrilha, pra gente entender a história humana, observar mais o ser humano e perceber como essa armadilha, que é a guerra, nos separa tanto, muito mais do que nos fortalece”, avalia o diretor. “A gente usa a palavra 'guerreiro' pra parecer forte, mas não se atenta que muitas vezes ser guerreiro quer dizer oprimir ou derrubar alguém”, pondera.

 

É justamente ao explorar o lado humano dos personagens que a peça expõe questões profundas sobre a natureza da guerra, além de estimular o público a pensar na lógica torta do belicismo. “Em ‘Cinco Segundos’ aqueles soldados nunca se viram e não dá tempo de se conhecer. É matar ou morrer ali na guerra. O espetáculo parte do pensamento de como a gente agiria se tivesse acesso à história do outro, a partir do olhar do outro”, conta o diretor. “Será que a gente mataria tanto se tivesse acesso a entender a história do outro? Será que a gente guerrearia tanto a partir do momento da tentativa de entender o ponto de vista do outro?”, questiona. “Então, a gente não romantiza muito a guerra. O brasileiro não vai pra lá com sentimentos pacíficos, o Brasil tem um objetivo na Segunda Guerra também. Existe um objetivo mercadológico, de aliança, então ambos estão ali, primeiro, como sujeitos da base da pirâmide, e são os primeiros que morrem. Óbvio que com realidades diferentes, por um ser alemão e o outro ser brasileiro, mas eles têm histórias e anseios muito parecidos, porque estão ali comprando os discursos que justificam a presença deles ali”, explica.

 

Arcades salienta ainda que enquadra os anseios, os sentimentos e tudo que perpassa a característica humana dos personagens como algo universal. Já as motivações que passam pela cultura, como ideologias, pensamentos e história de vida, constituem as diferenças. “A relação deles com o sentimento é muito parecida. Eu acho que é isso que diferencia a gente. Nós somos iguais, no lugar da vida humana, mas somos diferentes por conta das escolhas dos modos de vida, a depender de onde a gente esteja vivendo. É a cultura que nos diferencia. Tirando a cultura nós somos iguais”, avalia o artista.


SERVIÇO
O QUÊ:
“5 Segundos”
QUANDO: 29 de agosto a 1º de setembro. Quinta a sábado, às 20 e domingo, às 19h
ONDE: Teatro Jorge Amado - Pituba – Salvador (BA)
VALOR: R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia)

'Pão da Liberdade': Artista polonês lança HQ com relatos de sobreviventes do Holocausto 
Foto: Divulgação

Baseado em depoimentos dos sobreviventes do Holocausto, o artista polonês Pawel Piechnik lançou o romance gráfico "Chleb wolnosciowy", cuja tradução seria "Pão da Liberdade” (clique aqui e veja mais imagens do livro). 


De acordo com informações do jornal O Globo, a história em quadrinho foi lançada para marcar o 75° aniversário do museu Majdanek, local que, antes de abrigar o equipamento cultural, funcionou como campo de concentração nazista onde morreram aproximadamente 80 mil pessoas, em sua maioria judeus.


Ainda segundo a publicação, o enredo engloba 11 relatos de prisioneiros de Majdanek. “Quis contar histórias verdadeiras, assim como... hoje em dia muitas vezes também não queremos ver coisas que nos dizem respeito. Naqueles dias o mundo não queria ver o que estava acontecendo nos campos”, diz Pawel Piechnik. 


O título da HQ é uma referência à frase dita pelos prisioneiros para se referirem ao pão cozido do lado de fora, evocando a vontade de ter seu lar. “(O livro) mostra as condições bestiais nas quais os cativos eram mantidos, mas também mostra que, mesmo diante da fome, eles conseguiam demonstrar empatia, cooperação e compaixão”, explica Agnieszka Kowalczyk-Nowak, assessora de imprensa do Museu Estatal de Majdanek.

‘A humanidade é um projeto que não deu certo’, diz Nasi ao criticar intolerância e Bolsonaro
Foto: Divulgação

O apelido de Marcos Valadão, o Nasi do IRA!, trouxe problemas para o cantor nos idos dos anos 1970. À época, a alcunha era escrita com a letra “z”, e, por isso, confundida com o movimento nazista, embora nada tivesse a ver com ele. Na verdade os amigos o denominaram assim em referência ao nariz do artista. Em entrevista ao Bahia Notícias ele contou como lidou com a questão e criticou o extremismo presente no país, tanto no passado, como atualmente.  “No início do sucesso do IRA! eu tive problemas, tanto com a extrema esquerda, como com a extrema direita. Skinheads me perseguindo, tentando me assediar, e também pessoas que entendiam isso [o nome Nazi] de forma errada. Hoje quando surge esse assunto, eu trato com um tremendo bom humor, dizendo o seguinte: ‘olha, seu eu sou nazista, eu devo ser um tipo interessante de nazista. Um nazista que é filiado a um partido de esquerda  [Nasi é filiado ao Partido Comunista do Brasil - PCdoB], que é filho de orixá e canta blues. Então o nazismo deve ter mudado muito né’ (risos)”, contou o músico, destacando que atualmente tais comportamentos de manada ganharam gigantes proporções, por meio da tecnologia.  “Sabe o que é isso? Infelizmente hoje as redes sociais são plataformas para qualquer imbecil falar qualquer idiotice”, afirmou, referindo-se ao fato de hoje alguns grupos classificarem o nazismo como um movimento de esquerda. “O que eu acho que algumas pessoas estão querendo dizer é sobre o extremismo, porque às vezes alguns extremos levam a isso, e historicamente, como aluno de história, a gente não pode esquecer que o Hitler usou de um partido trabalhista quando começou, nas cervejarias de Munique. Uma coisa não tem nada a ver com outra, mas a gente vive um caldeirão de ódio tão grande em nossa sociedade”, explicou o músico, que cursou História na graduação. 

 

Nasi citou como exemplo do que considera extremismo o comportamento de setores da sociedade, após a morte da ativista e vereadora do Rio de Janeiro, Marielle Franco. “O brutal assassinato dela foi palanque para alguns imbecis até culparem ela mesmo pelo assassinato. Então, se a humanidade chega nesse ponto... Se as redes sociais, que deveriam servir para informar, para abrir o debate, para clarear a mente das pessoas, diminuir as intolerância, viraram palanque para intolerante”, avalia o cantor, criticando um ator político que ganhou destaque no país por suas declarações polêmicas, a negação dos direitos humanos e um enorme engajamento na internet. “Quando você imaginaria que um fenômeno bizarro, como o Bolsonaro, poderia tomar tanta dimensão no país? Porque, infelizmente, a humanidade é um projeto que não deu certo. Por isso as pessoas de bem têm que se posicionar. Porque geralmente as pessoas que estão do lado negro da força estão com as armas em riste, e isso é um retrato”, disparou o cantor, para quem as “pessoas de bem” e que pregam a tolerância religiosa devem se manifestar para conter os discursos extremistas. “A gente vê o que está acontecendo, eu sei que ai no Nordeste e no Rio de Janeiro vários sacerdotes estão sendo assassinados, ou estão sendo aviltados... Isso é uma coisa terrível que faz parte de todo esse movimento facistóide que está inserido fortemente em redes sociais. Você pode ver inclusive como o Bolsonaro é bem assessorado em termos de redes sociais. Isso é um perigo muito grande. O Brasil vive um momento muito delicado, e, repito, as pessoas de bem têm que estar muito atentas e participativas”, reforça o cantor, que diante desta realidade, afirma que é possível fazer um paralelo entre a ditadura militar de 1964 e o atual momento no Brasil. 

 

“Vou citar um somente na minha área. Quando nós começamos nossa carreira, por volta de 1974, qualquer composição inédita você precisava passar pelo crivo da censura federal, ou seja, botar sua música dentro da Polícia Federal, e ela tinha que ser aprovada para você poder executá-la em qualquer barzinho da vida. Não só o IRA! teve música censurada, mas o Camisa de Vênus teve, Voluntários da Paz, que era uma outra banda que eu tinha, enfim. E hoje a gente vive nessa perseguição artística muito grande. A gente vê aí exposições”, comparou o músico, afirmando que embora a censura e a ditadura não estejam implantadas de forma oficial, elas existem. “Primeiro, há um movimento muito grande de cunho social, ou mesmo de intolerância muito grande, que acaba levando uma universidade ou um museu a abandonar um determinado projeto, exposição ou manifestação artística. Então eu vejo um paralelo muito grande. Pode não parecer institucional, mas o efeito está muito próximo de ser o mesmo”, analisa o artista, que desembarca em Salvador nesta sexta-feira (23), com o show IRA! Folk, em cartaz na Sala Principal do Teatro Castro Alves. 

Avaliado em 15 mil libras, álbum de fotos de Adolf Hitler será leiloado
Foto: Reprodução / Youtube AyyLmao

Um álbum com fotografias inéditas de Adolf Hitler será leiloado nesta quarta-feira (15), no condado de Kent, na Inglaterra. Essas fotos não poderiam ter sido publicadas durante o regime do Terceiro Reich, segundo informações do G1. "As imagens de Hitler, particularmente suas fotografias, eram controladas. Elas tinham que ser aprovadas", explicou o consultor da C&T Leilões, Tim Harper. O nazista aparece em momentos de lazer e descontração nas imagens. Segundo Harper, elas mostram um Hitler "natural e relaxado". "Algumas delas são divertidas e é quase certo de que elas não teriam autorização para serem publicadas. Elas são reveladoras", acrescentou. O álbum conta com imagens do ditador alemão sorrindo na presença de crianças, sendo ovacionado por multidões e também ao lado dos principais membros da cúpula nazista, como Joseph Goebbels e Heinrich Himmler. De acordo com a publicação, o documento foi encontrado pelo fotógrafo britânico Edward Dean e pelo repórter e âncora de TV Richard Dimbleby no bunker onde Hitler passou seus últimos dias de vida, em abril de 1945. Com a ajuda de um soldado russo, eles entraram no quarto de Eva Braun, esposa do ditador, e lá encontraram as fotos. Avaliado em mais de 15 mil libras, o álbum pertence a um colecionador anônimo.

Debate sobre reedições do livro de memórias de Hitler é aquecido
Em janeiro de 2016, o livro de memórias de Hitler, “Mein Kampf” ("Minha Luta"), entrará em domínio público na Alemanha. Em virtude disso, a obra, que foi uma importante ferramenta de difusão do nazismo, poderá ser publicada e reproduzida sem o pagamento de direitos autorais. O tema já movimenta o país e autoridades se articulam a fim de impedir o mau uso da obra. O governo da Baviera – que detém os direitos desde que Hitler morreu, sem herdeiros – investiu 500 mil euros (cerca de R$ 1,6 mi) em uma edição comentada, preparada pelo Instituto de História Contemporânea de Munique. Acadêmicos alemães defendem a edição comentada como alternativa a leituras equivocadas ou exaltação à obra. Depois que a obra entrar para o domínio público, o governo alemão poderá lançar mão do Código Penal, que criminaliza a incitação ao ódio racial, para impedir publicações do texto que julgar indevidas.
Alemães pedem pintura leiloada ao Masp durante ditadura
Foto: Reprodução
A pintura O Casamento Desigual (1525-1530) é pivô de um problema nos desdobramentos das ações nazistas na Europa. Atribuída a um seguidor do artista flamengo Quentin Metsys, a obra é reivindicada desde 2008 por herdeiros do judeu alemão Oscar Wassermann. O quadro, atualmente, pertence à coleção do Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand (Masp). Segundo o jornal O Globo, a família de banqueiros judeus foi forçada a vender a obra em 1936. O museu brasileiro recebeu a obra em uma doação e ainda não respondeu os contatos dos requerentes.
Menina do casaco vermelho de 'A Lista de Schindler' diz que papel a traumatizou
A menina de três anos que se destaca por vestir um casaco em forte cor vermelha nas cenas em preto e branco do longa “A Lista de Schindler” (1993),  Oliwia Dabrowska, disse em entrevista ao jornal britânico "The Times" que o filme de Steven Spielberg a traumatizou. Hoje com 24 a nos, a atriz revelou ter ficado horrorizada quando assistiu ao longa pela primeira vez,  aos 11 anos. Drabowska quebrou, inclusive, a promessa que havia feito a Spielberg de só assistir ao filme quando completasse 18 anos. 
 
Uma das cenas mais perturbadoras do filme mostrava o oficial nazista, interpretado por Ralph Fiennes, atirando em mulheres e crianças aleatoriamente da sua janela. "Era horrível. Não podia entender muito, mas eu tinha certeza que não queria ver isso nunca mais na minha vida", disse ela. "Ficava envergonhada e zangada quando meus pais diziam a todos que eu havia feito o papel”. Mesmo sem dizer uma palavra no longa, o papel de Dabrowska se tornou uma referência no filme de Spielberg.
 
"A Lista de Schindler", vencedor do Oscar de melhor filme em 1994, é considerado pela crítica o filme mais importante sobre o Holocausto e o mais significativo da carreira de Spielberg.
Fotógrafo e ex-prisioneiro de Auschwitz, Wilhelm Brasse morre aos 95 anos
Wilhelm Brasse, fotógrafo e ex-prisioneiro do campo de concentração nazista de Auschwitz, faleceu nesta terça-feira (23), aos 95 anos. Quando chegou a Auschwitz, Brasse foi encaminhado para um setor, em que tinha de arrastar corpos das câmeras de gás para serem incinerados. Depois que os carcereiros descobriram que ele era um fotógrafo experiente, o obrigaram a tirar fotos dos prisioneiros para os arquivos internos. Ele também recebeu ordens para fotografar as experiências médicas conduzidas nos presos.
 
Durante os cinco anos que passou no campo, Brasse tirou quase 50 mil fotos. Cerca de 40 mil foram recuperadas e hoje compõem exposições no museu de Auschwitz, onde mais 1,5 milhão de pessoas foram mortas. Durante sua vida, o polonês com ascendência austríaca ajudou a montar o museu e deu aulas para jovens sobre o holocausto. Teresa Wontor-Cichy, historiadora do museu, conta que Brasse nunca conseguiu superar o trauma para seguir com a profissão. “Ele tentou voltar para a fotografia (depois da guerra), mas era muito difícil para ele", disse à Reuters. "O fato de ter tirado tais fotos era perturbador para ele." 
 
Em 2005, o diretor polonês Irek Dobrowolski lançou um documentário sobre a vida de Brasse, chamado O Retratista (Portrecista). 
 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O São João na Ilha tá rendendo até agora, e vai ter impacto nas próximas semanas. Mas no meio político também teve gente se destacando. Principalmente de forma visual. Mas nem por isso a campanha parou, pelo contrário. O Ferragamo já tá buscando um jeito de economizar, enquanto Kleber das Rosas mirou em algo mais popular. Mas ninguém muda porque é festa junina. Que o diga o barbeiro do Cacique. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Margareth Menezes

Margareth Menezes
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

"Cultura não é supérfluo".

 

Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.

Podcast

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato
Foto: Feijão Almeida / Gov.Ba
Ainda mais reforçado em um ano eleitoral, o cortejo ao Dois de Julho, em Salvador, contou com a presença de diversas lideranças políticas, inclusive, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com o termômetro político buscando medir a popularidade, principalmente dos nomes que irão disputar a prefeitura da capital baiana, o povo foi às ruas mantendo a tradição e conservando os costumes. 

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