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O cantor e compositor Carlinhos Brown vibrou, na noite desta quinta-feira (21), com seu trabalho para o musical “Orfeu Negro”, que deve estrear na Broadway, nos Estados Unidos, entre 2023 e 2024. O baiano está construindo uma trilha sonora, ao lado da norte-americana Siedah Garret, para o espetáculo, adaptado da peça “Orfeu da Conceição”, escrita em 1954 por Vinícius de Moraes.
“Isso é um trabalho que já vem sendo elaborado há mais de dois anos. O que é importante é que o Brasil vai ter pela primeira vez um musical na Broadway, mais do que eu estar escrevendo”, comentou Brown, em entrevista ao Bahia Notícias. “É uma oportunidade maravilhosa para mim. É também uma consagração no ano em que eu faço 60 anos”, comemorou.
Brown relatou que, nos anos 1980, já havia sido chamado por Cacá Diegues para fazer a trilha sonora de uma versão de Orfeu da Conceição para o cinema. Entretanto, a parceria acabou não acontecendo. O baiano, por outro lado, não lamenta e demonstra orgulho por participar da construção do primeiro musical brasileiro a se apresentar na Broadway.
“No momento agora, eu estou muito feliz, sobretudo por estar ao lado da minha parceira Siedah Garret, pois já temos mais de 20 anos de parceria nos Estados Unidos. Isso é importantíssimo. A música brasileira interessa ao mundo e eu, como compositor, interesso à cultura estadunidense. Estou muito feliz e orgulhoso”, finalizou o compositor.
Carlinhos Brown é uma das atrações do Carnasal nesta quinta. Além dele, Saulo Fernandes, Parangolé, Jau, Lincoln e Babado Novo também se apresentam no Wet’n Wild esta noite.
Na sexta-feira (22), será a vez de Leo Santana, Durval Lelys, Timbalada, Rafa e Pipo, Tuca Fernandes e Filhos de Jorge animarem os foliões do Carnasal. Já no sábado (23), Bell Marques, Banda Eva, Psirico, Alexandre Peixe e Olodum encerrarão os dias de festa no Wet.
Oportunidade. Esta palavra transformou o sonho do diretor e ator feirense Tiago Rocha em fato concreto e inclusão. Filho de pedreiro e empregada doméstica, ele buscou apoio em 2015 e, após grande mobilização na internet, conseguiu sensibilizar um benfeitor americano que custeou um curso de Direção, na New York Film Academy (Academia de Cinema de Nova Iorque), nos Estados Unidos (saiba mais). Hoje, aos 30 anos e mais maduro, ele multiplica no Brasil os conhecimentos adquiridos em uma segunda experiência na instituição, desta vez com apoio de políticas culturais.
Já experimentado e com um currículo mais robusto, em 2019 Tiago se inscreveu e foi aprovado no programa Pró Cultura, da prefeitura de Feira de Santana, e no edital de Mobilidade Artística, da Secretaria Estadual de Cultura da Bahia. “O fato de já ter feito dois longas que já saíram nos cinemas, já ter ganhado alguns prêmios internacionais em cinema, ter atuado em filmes internacionais e ter dirigido também curtas-metragens, isso tudo melhorou meu portfólio para que fosse aprovado. Porque da primeira vez eu me inscrevi no Mobilidade Artística, só que eu não passei”, avalia o cineasta, que atualmente também é professor de inglês e atua como apresentador e diretor de audiovisual na Afro.TV.
Desta vez, com os apoios das chamadas públicas, o baiano pôde participar de um curso de Atuação em Nova Iorque. “Eu não tinha condição de pagar. Eu venho de uma família simples, sou um homem negro, periférico, então realmente não faz parte do nosso entorno familiar ter essa possibilidade”, conta o cineasta sobre a formação, que custou cerca de R$ 17 mil, sem contar com os custos de alimentação, hospedagem e transporte no país estrangeiro, de dezembro de 2019 a fevereiro de 2020.
“Foi incrível o curso, é uma escola de muito renome, com professores que já trabalham na indústria cinematográfica, professores indicados ao Oscar, ao Emmy, que trabalham diretamente com Hollywood… Fora equipamentos que a gente tem acesso, os estúdios. Foi realmente muito rica a experiência”, lembra o artista feirense, que de volta ao Brasil, como contrapartida, atualmente ministra uma oficina virtual e gratuita voltada para atores interessados em aprender técnicas para atuar em TV e cinema. A atividade estava programada para acontecer presencialmente, já no ano passado, mas a pandemia acabou atrasando o cronograma do projeto.
Tiago Rocha durante aulas, em Nova Iorque, no ano de 2015 | Foto: Reprodução / Facebook
“Ia ser um curso para alunos de escolas públicas do estado, um curso presencial, a gente ia gravar produção de cenas de um curta-metragem. Mas isso tudo teve que sair porque as escolas estão fechadas. Na semana que eu ia começar a contrapartida o governo declarou o 'lockdown'. No sábado começava a oficina presencial, já estava com os alunos inscritos, aí na sexta-feira anunciou que ia virar quarentena”, lembra o diretor, que diz ter passado 2020 aguardando o momento propício para dar continuidade ao projeto da forma como foi pensado, mas teve seus planos frustrados em parte. “Não melhorou, e eu resolvi fazer o curso de maneira virtual. Não é o melhor cenário para dar dicas de atuação, mas está sendo bem legal, os alunos estão bem engajados. A gente segue para a segunda semana de curso agora”, conta Tiago Rocha.
Também nessa linha de adaptação para o virtual, o curso de quatro semanas diminuiu pela metade a carga horário, que passou de 4h para 2h por encontro. “Cada semana a gente vai abordar um tema relacionado à atuação. A primeira semana foi aula de improvisação, a segunda estudo de cena, a próxima vai ser aula de audição e, logo em seguida, uma disciplina que a gente chama de acting for film, que é técnica de atuação em set de filmagem”, detalha o artista, revelando que no terceiro dia do curso ele receberá um convidado especial, o ator baiano Wesley Guimarães, que integra o elenco da série “Cidades Invisíveis”. “Ele nem sabe, é uma surpresa, mas na aula de audição ele vai entrar na sala e os alunos vão poder fazer perguntas como sobre como ele conseguiu entrar em duas séries da Netflix, e ele vai dar dicas para os atores de como fazer testes”, revela.
Diferente do que era previsto, ao final da atividade formativa os alunos não poderão produzir um filme, diante da impossibilidade de realizar gravações deste tipo durante a pandemia. Por outro lado, foram pensadas alternativas. “A gente vai ter um portfólio sim, que vai servir de material para eles. Tem umas cenas que eles vão gravar em casa com as orientações que a gente vai dar, e vão ter uma espécie de teaser do que foi feito no curso, em formato de vídeo”, explica o professor, que destaca a importância de dividir com a comunidade o que aprendeu. “Eu sempre fui uma pessoa muito apoiadora dos sonhos. Eu comecei a fazer filmes independentes antes de ter a experiência de estudar fora, e eu sempre era um caça-talentos, quando via alguém que tinha potencial eu ia lá atrás, chamava, dava oportunidade”, lembra Rocha, segundo o qual tem como uma de suas missões compartilhar os conhecimentos e “fazer aquela ponte pra que outros consigam construir seus sonhos”.
Lembrando os caminhos tortuosos pelos quais teve que percorrer para ter seu lugar, ele defende que o apoio do poder público é fundamental para democratizar a educação e a cultura. “Pra mim, homem preto, periférico, que teve muita dificuldade na vida, de escola pública, ter acesso a esse tipo de educação de altíssima qualidade é realmente muito enriquecedor”, diz o cineasta, morador do bairro de Santo Antônio dos Prazeres, um dos mais violentos de Feira de Santana. “Pra você ter uma ideia, na primeira vez que fui fazer o curso eu estava estudando com a filha de um dos diretores da Globo. Quando eu contei pra ela que eu era da favela e o quanto eu tive que lutar para chegar ali, ela até chorou. Eu aprendi inglês estudando sozinho, com livros que as pessoas jogavam no lixo. Eu ia no lixo e pegava muitos livros, porque eu tinha o sonho de estudar nos Estados Unidos e minha família não tinha condição de pagar, então não se esperava muito que Tiago conseguisse realizar esse sonho”, recorda o baiano que ultrapassou barreiras, contrariando as estatísticas e o determinismo geográfico e social.
Ele salienta ainda que é grato pela oportunidade e mais ainda por saber que se destacou durante sua passagem pela Academia de Cinema de Nova Iorque. “Não foi só um dinheiro que o governo investiu em mim, mas também teve retorno. Eu fui convidado pela escola, que me deu uma bolsa para eu retornar e fazer outro curso, os professores escreveram cartas para o diretor falando do meu desempenho, e o próprio diretor da escola - eu estava aplicando para fazer mestrado nos Estados Unidos -, se ofereceu para escrever minha carta de recomendação”, revela Tiago Rocha, que agora, com os planos abortados pela pandemia, aguarda um melhor cenário para retomar o sonho de dar continuidade aos estudos fora do país e construir uma carreira internacional.
O canal Porta dos Fundos lançou, na última quinta-feira (15), o quadro "Cozinha com Pimenta", protagonizado pelo humorista baiano João Pimenta. Sem esquecer do seu lema "sempre p*to e esculhambando geral", no primeiro episódio João faz uma receita especial para o público: arroz com pimenta.
Depois de viralizar no seu perfil no Instagram (@joaoseupimenta) durante o isolamento social com o “Larica do Ódio”, o soteropolitano ensina, na base da comédia, vários tipos de "laricas", inclusive para as festividades de final do ano.
“Tá sendo bem legal trabalhar com uma galera que já admiro há tempos e ver também humoristas negros conquistando espaço no Brasil.”, conta João.
“Ancestralidade para qual identidade?”. A partir desta pergunta/mote, o espetáculo “Afronte” propõe uma reflexão sobre a interseccionalidade das discussões de gênero e raça, além da importância de preservar a memória e a construção histórica do que o diretor chama de “bixa preta”. Projeto de formatura de Thiago Romero em Direção Teatral pela Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (Ufba), a montagem estreou nesta quinta-feira (7), na Casa Rosada, em Salvador, e segue em cartaz de quarta a sábado, até o dia 16 de fevereiro, sempre às 19h.
Thiago conta que, junto com o Teatro da Queda - plataforma que dirige há cerca de 10 anos na Bahia -, já trabalhava com pesquisa de gênero, estudando a representação e os dados históricos do homossexual em cena, mas foi em 2018 que decidiu se aprofundar também nas discussões de raça dentro do universo LGBT. “Ano passado eu lancei o ‘Madame Satã’, que já falava um pouco dessa relação entre gênero e raça. E a ideia do ‘Afronte’, então, é da gente na verdade entender como opera gênero e raça dentro dessas discussões, porque a gente tem muitas discussões sobre a homofobia, LGBTfobia, de racismo, mas pouco esses lugares se encontram”, explica.
O diretor destaca ainda a necessidade de que a sociedade entenda que o corpo negro LGBT tem um recorte muito específico. “Desde o ‘Madame Satã’, me interessam as narrativas das ‘bixas pretas’. O quanto de silenciamento as histórias que inter-relacionam gênero e raça ainda estão distantes da gente. A partir dessa necessidade, dessa interseccionalidade, eu fui percebendo quanto seria importante a gente perceber uma coisa que virou o mote da peça, que é uma ancestralidade ‘bixa preta’”, diz Thiago Romero, que busca evidenciar a existência de processos de silenciamento que fazem com que as narrativas das “bixas pretas” desapareçam.
Na montagem, público poderá escolher por dois caminhos, contemporâneo ou ritualístico | Foto: Mayara Ferrão / Divulgação
A dramaturgia da montagem, que une duas peças em uma, convida o espectador a optar por dois caminhos, que ao final se encontram. “Acontecem simultaneamente. Ao chegar na bilheteria, ele [o espectador] vai poder escolher entre os dois percursos. Um é mais poético, mais lírico, que a gente acompanha a trajetória dos Quimbandas e se reconhece a partir desse grupo”, explica o diretor. Esta composição cênica traz os atores Teodoro, Diego Alcântara, Ricardo Andrade e Antônio Marcelo. O público poderá optar também por outro caminho, que segundo Thiago “parte da experiência da formação de um ‘Queerlombo’, formado por quatro ‘bixas pretas’”, interpretadas pelos atores Anderson Danttas, Diogo Teixeira, Igor Nascimento e Rafael Brito. “O ‘Afronte’ é exatamente isso. As pessoas têm a possibilidade de escolher entre o agora, o presente, que é um circuito; e a história dos Quimbandas, que na verdade foi esse grupo de negros trazidos ao Brasil por conta do tráfico negreiro e viveram aqui ainda nesse processo de resistência”, pontua, destacando que, ao final, o público é levado a refletir sobre como a história dos homossexuais negros é apagada.
SERVIÇO
O QUÊ: “Afronte”
QUANDO: Quarta a sábado, 7 a 16 de fevereiro, às 19h
ONDE: Casa Rosada – Travessa dos Barris – Salvador (BA)
VALOR: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia)
O ator Idris Elba é um dos nomes que estão sendo cogitados para interpretar o próximo James Bond, da franquia 007. O 25° filme da série, ainda sem nome, está atualmente em produção e seria o último em que o ator britânico Daniel Craig irá representar o espião.
Favorito entre as especulações de quem será o próximo 007, Elba se tornará o primeiro ator negro a fazer o personagem. Ele é conhecido pela sua atuação nas séries The Wire e Luther. O diretor da franquia de Bond, Anonie Fuqua, aumentou os rumores a respeito de Elba ao dar uma entrevista ao jornal Daily Star, afirmando que a produtora da franquia, Barbara Broccoli, disse para ele que chegou o momento de ter um Bond negro. “Ela me disse que é hora de ter um ator negro interpretando o personagem e que vai acontecer eventualmente”, disse Fuqua. “Idris poderia fazê-lo se estiver em forma. Você precisa de um cara com enorme presença física para o papel e Idris tem isso”, especulou o diretor.
De acordo com o Estadão, Idris não confirma participação na franquia e despista o assunto quando é perguntado. O ator afirma que preferiria ver uma mulher interpretando o papel. Entre os nomes que estão sendo cogitados para assumir o papel de Daniel Creaig estão Sam Heughan, Tom Hardy, James Norton, Tom Hiddleston, Michael Fassbender e Henry Cavill.
Idealizador dos famosos quadrinhos, Mauricio de Souza se manifestou após as polêmicas em torno da escolha de Gabriel Moreira, um garoto branco de 9 anos, como intérprete de Cascão no filme “Turma da Mônica - Laços”. Ao jornal O Globo, o cartunista contou que a definição do elenco foi um processo meticuloso, que levou em conta muito mais o jeito dos atores mirins, do que a aparência física. “Sabíamos que era um produto difícil de ser montado porque ia mexer com personagens muito fortes. Tínhamos consciência que teríamos que ter um grande cuidado com a seleção do elenco, assim como tivemos agora. Quem seria a Monica? Quem seria Cebolinha? Quem seria Magali? Quem seria o Cascão? Para o filme, decidimos juntar o perfil físico com a comunicação clara dos candidatos”, explicou Mauricio, revelando que ficou surpresa com as polêmicas e as acusações de “embranquecimento”. “Eu fiquei meio ‘assim’ quando vi esta repercussão porque, nas histórias em quadrinhos, nunca deixamos essa posição clara. Cascão nunca foi desenhado negro. Nós temos o Jeremias e outros personagens que são decididamente negros. Cascão, não. Isso foi surpresa para mim. De qualquer maneira, o nosso Cascão estará no filme, com a sujeirinha dele de vez em quando, e com aquela mania de fugir da água”, acrescentou. O filme “Turma da Mônica - Laços” tem estreia prevista para 2019.
Serviço
O que Proença pretende deixar como legado na ABL é a preservação do patrimônio, que ele considera ser a diretoria da crise econômica no país. "Preservar o patrimônio da casa, ampliar a atuação do setor de lexicografia e ter uma ação social mais efetiva", destacou o presidente da casa como objetivo. Proença explicou que a instituição tem sobrevivido com o aluguel do prédio - que apresentou queda razoável - que fica localizado ao lado ABL. "Esperamos que a crise não seja grave o bastante para nos levar a tomar medidas como cortar esse ou aquele programa. Mas é possível que tenhamos que fazer mudanças", ressaltou. Para solucionar as questões de segurança que surgiram no ano passado, como a Unidade de Polícia Pacificadora que começou a ser atacada, Proença pensa em fazer acordo com as empresas de ônibus para levar as pessoas até à instituição. "Isso se o dinheiro der...", salientou.
A série será exibida na faixa Hora da Criança na TVE Bahia/TV Brasil. Na estreia, o canal exibirá quatro episódios em sequência, às 9h45 e às 13h. Entrarão no ar 20 episódios, de 12 minutos cada, que abordam o cotidiano dos dois irmãos. A capacidade de sonhar dos dois transforma cada dia em uma aventura.
A série infantil tem a maioria dos seus personagens negros e surge para valorizar a história e a cultura negra. “Guilhermina e Candelário” é um dos primeiros desenhos do gênero com protagonistas negros a ser exibido na TV aberta brasileira.
A série “Guilhermina e Candelário” apresenta valores de sociabilidade importantes para a infância, apresentados ao público através das pequenas descobertas dos irmãos, contadas com muita música e alegria.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.