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Duas das principais marcas de alimento para bebês e crianças da Nestlé no Brasil, Ninho e Mucilon, promovidas como saudáveis e essenciais para o desenvolvimento das crianças em países de baixa e média renda, como o Brasil, contém altos níveis de açúcar adicionado. A informação é das ONGs internacionais Public Eye e Ibfan.
O levantamento abrange os produtos Nido e Cerelac, conhecidos no Brasil como Ninho e Mucilon. Segundo as ONGs, o Brasil é o segundo maior mercado destes alimentos no mundo, com vendas nas faixas dos US$ 150 milhões em 2022. O relatório afirma que no país, três quartos dos cereais infantis da Cerelac têm adição de açúcar, sendo uma média de três gramas por porção.
O relatório afirma que, enquanto em países europeus, os alimentos são comercializados sem adição de açúcar, em alguns países africanos, todos estes alimentos o possuem em alguma quantidade. "Na Suíça, a Nestlé promove os seus cereais 'sabor biscoito' para bebês de seis meses com as palavras 'sem adição de açúcar'; enquanto no Senegal ou na África do Sul, cereais Cerelac do mesmo sabor contém 6 gramas de açúcar adicionado por porção", diz o relatório.
Em resposta a questionamentos do Correio Braziliense, a Nestlé afirma: “Aplicamos os mesmos princípios de nutrição, saúde e bem-estar em todos os lugares onde operamos. As categorias de alimentos infantis são altamente regulamentadas. Nosso portfólio segue tais regulamentações locais (Anvisa) e/ou padrões internacionais (OMS), incluindo requisitos de rotulagem e limites de carboidratos - que incluem açúcares. Além disso, declaramos os açúcares totais e adicionados dos nossos produtos".
Ainda de acordo com a multinacional, durante a última década, a empresa conseguiu diminuir em 11% a quantidade total de açúcares adicionados no portfólio de cereais infantis em todo o mundo. “Variações nas receitas entre países dependem de vários fatores, incluindo regulamentos e disponibilidade de ingredientes, por exemplo, e não comprometem a qualidade e a segurança dos nossos produtos.”
A Nestlé foi acionada, nesta segunda-feira (16), pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) por conta de semelhanças “ilícitas” nas embalagens de produtos lácteos da empresa que estão levando consumidores a comprarem equivocadamente itens que não desejavam.
De acordo com o Ministério Público estadual, "por falta de evidentes diferenciações das embalagens que evitem confusão dos consumidores", há irregularidades com os produtos ‘Leite Ninho’ e ‘Composto Lácteo Ninho Forti+’, ‘Neslac’ e ‘Nan’ e ‘Nestonutri’ e ‘Nestogeno’.
A ação civil pública foi ajuizada pela promotora de Justiça Joseane Suzart que destacou que entre os produtos há fórmulas infantis, o que agrava o problema das semelhanças irregulares das embalagens.
“Lactentes, recém-nascidos de zero a 12 meses, não podem ser expostos a alimentos como compostos lácteos, diante de sua fisiologia frágil e não desenvolvida. Espera-se uma maior atenção e cuidado por parte da empresa, sobretudo quantos aos produtos destinados ao público infantil em tenra idade”, afirmou.
Ainda de acordo com o órgão, Suzart ressaltou que a semelhança das embalagens se agrava quando constatado que “as pequenas letras na lateral das latas dos produtos não são adequadas para o discernimento do consumidor, ainda que seja possível sua leitura”. Segundo a ação, por motivos parecidos, a Nestlé já foi multada pelo Procon de São Paulo em mais de R$ 4 milhões.
Na ação, o MP solicita à Justiça que, em decisão liminar, determine à empresa uma série de medidas, entre elas a de reestruturar as embalagens dos produtos citados ou quaisquer outros a serem inseridos no mercado, com gravuras, cores e demais atributos, que componham o design gráfico, distintos dos produtos similares, para evitar confusão e falsas expectativas nos consumidores quanto aos produtos.
Além disso, a Nestlé deve registrar no rótulo dos produtos identificados como compostos lácteos, de maneira clara, precisa, objetiva e em letras de tamanho destacado, que não se trata de leite integral em pó, bem como do ‘Nan’ e ‘Nestogeno’; esclarecer de forma precisa e objetiva as diferenças entre os componentes dos produtos.
Três homens foram presos acusados de saquear uma carga de um caminhão acidentado em um trecho da BR-116 de Manoel Vitorino, no Sudoeste baiano. A ação ocorreu na tarde desta segunda-feira (3). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), uma denúncia apontava que um grupo saqueava uma carga de produtos da Nestlé de um caminhão acidentado, na altura do km 715 da rodovia.
Com a informação, os agentes se deslocaram para o local e conseguiram interceptar três pessoas. Elas foram apontadas como autores do arrombamento do compartimento de cargas do veículo e, de em seguida, levar os produtos. O trio teria coagido o motorista de uma caminhonete e usaria o carro para levar as mercadorias retiradas do caminhão.
Aos policiais, o motorista relatou que um dos saqueadores estava munido de uma barra de ferro e faziam ameaças. Ao final, os três homens foram presos e encaminhados para uma delegacia local. Eles vão responder pelos crimes de roubo e associação criminosa.
Ainda conforme a PRF, pela lei, toda carga é considerada como patrimônio, mesmo que perdida após acidentes. A apropriação é crime previsto no Código Penal, e quem compra produtos saqueados também comete crime.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).