Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
“É uma estratégia do PT”, afirma Luciano Simões sobre a ‘pulverização’ de candidaturas em Salvador
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
ongs
Instalada no Senado CPI que vai investigar financiamento de ONGs na Amazônia com recursos do governo
Com a eleição do senador Plínio Valério (PSDB-AM) e a escolha do senador Marcio Bittar (União-AC) como relator, foi instalada nesta quarta-feira (14) mais uma comissão parlamentar de inquérito no Congresso. Desta vez a investigação se dará sobre as organizações não governamentais, mais especificamente as ONGs que atuam na região amazônica.
Após ser eleito presidente do colegiado, o senador Plínio Valério, autor do pedido para criação da comissão, disse que a CPI não será contra o governo Luiz Inácio Lula da Silva e nem tem intenção de demonizar as ONGs. O senador ressaltou que o objetivo da investigação é o de abrir a “caixa-preta” ligada ao financiamento das organizações e das chamadas Oscips (Organizações da sociedade civil de interesse público).
“Essa CPI não está sendo criada para promover uma caça às bruxas. É uma CPI a favor do Brasil, não contra o governo ou para demonizar as ONGs. Aqui ninguém vai prender nem arrebentar ninguém. Vamos atrás das ONGs que pegam dinheiro em nome da Amazônia e nada fazem pela região amazônica. E a Amazônia não é só floresta, não é só demarcação de terra, temos que cuidar das pessoas também. Pretendemos aqui dar voz aos invisíveis, como os índios que não fazem parte da narrativa que é inclusive gerada mais de fora pra dentro do que o contrário. Que fique bem claro: essa CPI nasce principalmente para investigar o que alguns espertos fazem com o dinheiro que arrecadam em nome da Amazônia”, disse o senador Plínio Valério.
Escolhido relator da CPI, o senador Márcio Bittar reiterou o que disse o presidente do colegiado, de que a comissão não vai se posicionar contra o governo ou contra as ONGs. Para Bittar, a comissão precisa avaliar como estão sendo distribuídos e utilizados os recursos do Fundo Amazônia, para que o governo atual e os governos futuros possam ter ciência de que a atuação das ONGs se dá verdadeiramente em prol do desenvolvimento da região e da preservação ambiental.
“Essa CPI não é contra o governo e nem contra as ONGs. O que existe são fatos, são documentos, são livros que apontam vertentes que precisamos investigar. O governo atual, os governos que passaram e os governos futuros precisam estar atentos com toda a movimentação que se faz em nome da Amazônia, território que representa mais da metade do Brasil. Não pode pairar qualquer dúvida de que parte da nossa soberania sobre a Amazônia já não nos pertence. O governo federal não pode assistir calado enquanto movimentos falam em nome da Amazônia. Portanto, essa é uma questão de Estado”, afirmou o relator da CPI.
Antes da eleição do presidente e do relator, o governo tentou emplacar o senador Beto Faro (PT-PA) na relatoria do colegiado. O líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), defendeu que houvesse uma divisão de forças nos cargos da CPI, entre governo e oposição. O presidente da comissão, Plínio Valério, rebateu dizendo que o governo não tinha interesse na criação da CPI, e que já havia um acordo para a indicação do senador Márcio Bittar como relator.
Beto Faro, em entrevista mais cedo, disse que a CPI das ONGs não tem objeto definido, e que seu único foco seria o de criminalizar as organizações não-governamentais. O senador do Pará disse estranhar a criação de uma comissão de investigação sem objeto e em um momento no qual o país recupera seu prestígio internacional, após quatro anos de ataques bolsonaristas ao meio ambiente.
“A CPI tem como principal objetivo criminalizar ou procurar argumentos contra o governo. Já houve outras iniciativas a respeito, e nunca foi provado nada nesse sentido. Esta comissão já será criada com uma perda de foco e sem um objetivo claro, a não ser buscar argumentos infundados”, disse Beto Faro.
A jornalista e apresentadora Fernanda Gentil comprou 5 mil entradas para palestras virtuais coordenadas pela escritora Djamila Ribeiro.
De acordo com informações da coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo, a ideia é sortear os ingressos das palestras com temática antiracista da plataforma Feminismos Plurais entre ONGs e outras entidades interessadas em compartilhar o aprendizado adquirido.
Após ser acusado pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) de apoiar as queimadas na Amazônia, o ator Leonardo DiCaprio negou que tenha feito qualquer doação a Organizações Não-governamentais (ONGs) apontadas por investigadores brasileiros.
"Embora mereçam apoio, nós não financiamos as organizações citadas", disse o astro de Hollywood em nota publicada pelas agências AP e Reuters.
Segundo informações do G1, no texto, o ator ressalta que sente orgulho de grupos que protegem ecossistemas. DiCaprio é engajado na causa ambiental. "O povo brasileiro está trabalhando para salvar seu patrimônio natural e cultural", declarou.
O presidente do Brasil fez duas declarações sobre o ator. Primeiro em uma transmissão ao vivo nas redes sociais, quando disse que "DiCaprio está colaborando aí com a queimada na Amazônia". Depois, ao se encontrar com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, nessa sexta-feira (29), ele repetiu as críticas.
"Quando eu falei que há suspeitas de ONGs, o que a imprensa fez comigo? Agora, o Leonardo DiCaprio é um cara legal, não é? Dando dinheiro para tacar fogo na Amazônia", acusou (saiba mais aqui). Até o momento, Bolsonaro não apresentou provas de que o ator possa estar envolvido no aumento das queimadas que atingiram a região no último mês de julho.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).