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O terreno anexo ao Palácio Rio Branco, localizado na Praça Thomé de Souza, no Centro Histórico de Salvador, será desapropriado pela Secretaria de Turismo da Bahia (Setur). O espaço, que tem 1.406,74 m², fica entre a Ladeira da Montanha e a Rua Pau da Bandeira.
O termo de desapropriação amigável foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE), nesta terça-feira (12). A medida foi tomada após o governo da Bahia homologar a concessão onerosa do edifício-sede do Palácio Rio Branco. A empresa BM Varejo Empreendimentos Spe S.A, proprietária da rede hoteleira francesa BMF e também do hotel Rosewood, em São Paulo, foi a vencedora da concessão.
A Setur explicou à reportagem do Bahia Notícias que a área já estava prevista para ser desapropriada e que o local vai ser utilizado como ampliação do hotel, que será instalado no Palácio. O lugar contíguo ao prédio faz parte do processo de concessão firmado em janeiro (veja aqui) .
Segundo apuração do BN, o terreno é o que fica embaixo do Palácio e atrás da sede da Secretaria de Cultura do estado da Bahia (Secult-BA). O custo total é de cerca de R$ 135,5 milhões.
É estimado que o hotel localizado no Palácio Rio Branco terá cerca de 75 quartos, sendo 39 dentro do Palácio e 36 na área anexa.
São esperados entre 200 e 300 funcionários que devem trabalhar no empreendimento. O hotel que deve ser de seis estrelas contará ainda com piscina, sauna, salão de beleza, salão de leitura e estacionamento. Vale lembrar que, durante o processo de licitação, o Ministério Público da Bahia recomendou à Secretaria Estadual de Turismo (Setur) que suspendesse imediatamente o processo licitatório do Palácio (lembre aqui).
No entanto, mesmo com a recomendação, a gestão estadual manteve o processo licitatório de concorrência pública do imóvel, localizado no Centro Histórico da capital baiana.
Imagem do Terreno que será desapropiado
Ao Bahia Notícias, a Setur indicou que a área desapropriada "foi prevista no processo de concessão do patrimônio histórico à iniciativa privada, para a implantação de um hotel de luxo no imóvel, mantendo as características arquitetônicas originais do prédio". "O terreno citado será usado para a ampliação do novo empreendimento turístico", disse em nota.
O tão aguardado início das obras do Hotel Rosewood, no Palácio Rio Branco, em Salvador, está mais próximo (relembre aqui). A assinatura da ordem de serviço para as intervenções no espaço deve ocorrer na segunda quinzena de fevereiro, logo após o Carnaval na capital. A expectativa é que a obra tenha início imediato.
A informação foi confirmada pelo secretário de Turismo da Bahia, Maurício Bacelar, ao Bahia Notícias. De acordo com o gestor, a rede hoteleira francesa BMF, de propriedade do também frânces Alexandre Allard, já possui todas as permissões federais, estaduais e municipais para o início da reforma.
"Eles já estão com todas as licenças, Iphan, Ipac e prefeitura, estão ultimando a contratação da empresa [para execução da obra]. O combinado é de dar a ordem de serviço na segunda quinzena de feveiro, após o Carnaval. Temos um contato constante, por conta dos projetos. Estamos querendo uma solenidade, com Alex [Allard] e o governador [Jerônimo Rodrigues]", disse Bacelar.
Informações de bastidores na gestão estadual e de Salvador indicam que o próprio Alex deve permanecer em Salvador durante um período para "acompanhar" as primeiras etapas da intervenção. O francês teria ligação forte com a cidade, sendo visitante constante. Ao Bahia Notícias, Bacelar ressaltou a relação dele com a capital baiana e comentou que ele foi criado "na África". "Ele me disse que anda em Salvador e lembra da infância e juventude", completou.
A empresa terá que reformar, restaurar e requalificar o prédio, além de se encarregar da conservação e manutenção do Palácio Rio Branco. O governo estadual jutificou que, para a cessão, é necessária a “efetiva utilização econômica, capaz de contribuir ao processo de reurbanização do local”. O custo total é de cerca de R$ 135,5 milhões.
O Palácio Rio Branco já foi sede do governo do estado da Bahia até 1979. Depois, abrigou a Bahiatursa, a Secretaria de Cultura do estado e, atualmente, abriga o Memorial dos Governadores Republicanos da Bahia.
ENTRAVES DESFEITOS
O tradicional ponto no Centro Histórico da capital, erguido no mesmo lugar em que funcionou a primeira casa de governo do Brasil, no século 16, onde funcionou a sede do governo colonial, construída em 1549 a mando do primeiro governador-geral, Tomé de Souza, e de onde o Brasil foi governado por mais de 200 anos.
Interlocutores que participaram da transação indicaram ao BN que alguns "entraves" ocorreram no processo, como as licenças de Iphan e Ipac para a realização da obra. Apesar disso, todas as pendências foram equacionadas, possibilitando algunas alterações no projeto, mas respeitando a história do espaço.
Durante o processo de licitação, o Ministério Público da Bahia recomendou à Secretaria Estadual de Turismo (Setur) que suspendesse imediatamente o processo licitatório do Palácio (veja mais). Apesar disso, o Executivo estadual manteve o processo licitatório de concorrência pública do imóvel, localizado no Pelourinho (relembre aqui).
REDE TRACIONAL NO MUNDO
A estimativa para o hotel localizado no Palácio do Rio Branco será de cerca de 75 quartos, sendo 39 dentro do Palácio e 36 na área anexa. Ao todo, entre 200 e 300 funcionários são esperados para trabalhem no local, que terá piscina, sauna, salão de beleza, salão de leitura e estacionamento. O hotel deve ser um seis estrelas.
Apesar do "ineditismo", Alexandre Allard já atuou em outros espaços hoteleiros, já tendo trabalhado com marketing digital. Marcado por "atuar" em prédios históricos, o grupo já transformou edifícios tombados na Espanha, Itália, Reino Unido e Marrocos, incluindo o hotel Royal Monceau e a Maison Balmain, na França.
No Brasil, o grupo já possui um hotel, o Rosewood São Paulo, que está localizado dentro do Cidade Matarazzo, um complexo transformado de prédios históricos no coração de São Paulo. O local é um dos poucos edifícios históricos remanescentes da área. Além disso, possui uma nova torre vertical com jardim do arquiteto vencedor do Prêmio Pritzker, Jean Nouvel, com interiores do designer visionário Philippe Starck, também cotados para realizar o projeto em Salvador.
Funcionário de carreira do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o arquiteto João Carlos de Oliveira é, desde 2014, o diretor do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). Especialista em Conservação e Restauração de Monumentos e Conjuntos Históricos pela Universidade Federal da Bahia (UFBA), o gestor cedeu entrevista ao Bahia Notícias e falou sobre temas caros ao debate público acerca do patrimônio do estado.
Sempre se referindo a sua atuação no plural e com expressões como "a gente", o arquiteto e servidor federal de carreira procura dar um sentido de compartilhamento da sua gestão à frente do instituto.
Dentre os assuntos debatidos estão a interiorização das ações do órgão estadual - prometido como uma das suas metas quando assumiu a pasta -; as estratégias para driblar os recursos cada ano menores na Lei Orçamentária Anual (LOA) estadual; e a polêmica em torno da destinação do Palácio do Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.
Outra polêmica, essa mais recente, é a em que o Ipac esteve imerso nos últimos meses em relação à realização de shows na área externa do Solar do Unhão, que abriga o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). A situação foi questionada pela opinião pública e pela imprensa - o que gerou o cancelamento de um show do sertanejo Luan Santana, no início deste mês (relembre aqui). Clique aqui e leia a entrevista completa na coluna Cultura.
O jornalista Emiliano José lança, nesta quinta-feira (15), o segundo volume da biografia de Waldir Pires, pela Versal Editores. O evento de lançamento acontece a partir das 17h, no Palácio Rio Branco, no Centro Histórico de Salvador.
A sequência completa a narrativa sobre a trajetória de Waldir, iniciada no primeiro livro, lançado no ano passado, que conta desde o seu nascimento, em 1926, até a retomada de seus direitos políticos após o fim do AI-5, em 1978. O segundo volume retoma a narrativa desse ponto, até o ano de sua morte, em 2018, aos 91 anos.
Segundo Emiliano José, a frase do capitulo final “Encerro minha vida parlamentar aos 90 anos, mas, não encerro minha luta. Derrotados são os que deixam de lutar”, sintetiza com perfeição o espírito combativo do político que viveu com intensidade a Era Vargas, o governo João Goulart, o golpe militar de 1964, o exílio, a resistência, a redemocratização, a Constituição de 1988, e teve participação ativa nos governos de Lula e Dilma Rousseff.
Neste novo livro, Emiliano José retoma a história do biografado a partir 1979, abordando momentos como a sua candidatura ao Senado, em 1982, sua atuação na construção do MDB e na campanha das Diretas Já, a eleição para o governo do Estado da Bahia, em 1986, e a renúncia para disputar as eleições presidenciais de 1989. Também são destacadas a sua eleição e reeleição para deputado federal nos anos 1990, e o último cargo público ocupado por ele na carreira política, com o mandato de vereador na Câmara Municipal de Salvador, concluído em 2016.
Abrindo a programação de carnaval, o Centro Histórico de Salvador recebe, nesta quarta-feira (17), a partir das 15h, a Lavagem Cultural da Funceb, cujo cortejo sai do Palácio Rio Branco até o Largo Pedro Archanjo. O tradicional evento que reúne servidores e funcionários da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb) será animado ao som do sopro e percussão da Orquestra do Maestro Reginaldo Xangô. Na ocasião, serão também coroados o Rei e a Rainha da festa: Xandy Avião e Paula Sanffer – cantora da Timbalada. Este ano a lavagem terá ainda a participação especial da Deusa do Ébano do Ilê Aiyê, Jéssica Almeida dos Santo, que foi coroada este ano na 39ª edição da Noite da Beleza Negra.
SERVIÇO
O QUÊ: 28ª Lavagem Cultural da Funceb
QUANDO: Quarta-feira, 7 de janeiro, a partir das 15h
ONDE: Cortejo vai do Palácio Rio Branco, na Rua Chile, ao Largo Pedro Archanjo, no Pelourinho
A mostra segue em cartaz até o próximo dia 31 com visitações gratuitas, que podem ser realizadas de terça a sexta, das 10h às 17h30, e aos sábados e domingos, das 9h às 13h. Ela também está disponível para todo o país através do site oficial (spraycabuloso.com.br). Produzida entre março e abril, o trabalho contou com as fotos de Sidney Rocharte e com o cineasta Ailton Pinheiro, que contribuiu para a abordagem multimídia do projeto, que será apresentado ao público na abertura da exposição. Costa também preparou cinco pinturas inspiradas na influência do grafite no corpo e na vida humana para serem apresentadas no lançamento.
Lançamento da Exposição: Tela Viva - Impressões do Graffiti em Corpos Urbanos (Performances dos dançarinos Diorlei Santos, Meirejane Lima, Priscila Sodré, Thiago Cohen, do ator Jhoilson de Oliveira e pocket show com MC Mobbiu)
Data: 10 de maio de 2016
Horário: 18h às 21h
Visitação: De 10 a 31 de maio, de terça a sexta, das 10h às 17h30, sábados e domingos das 9h às 13h.
Local: Salão Nobre do Palácio Rio Branco, Praça Thomé de Souza, S/N - Centro, Salvador
Entrada: Gratuita
Lavagem Cultural da Funceb
Data: 03/02
Local: Palácio Rio Branco
Horário: 15h
Local: Palácio Rio Branco (Praça Tomé de Sousa, Pelourinho)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).