Artigos
Quarto dos Fundos
Multimídia
André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Entrevistas
"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
partido
O destino partidário do vereador e presidente da Câmara Municipal de Salvador, Carlos Muniz, está perto de ser definido. Nos últimos meses, informações de bastidores e declarações do próprio vereador colocaram em foco ao menos três legendas que poderiam abrigar o parlamentar baiano, são eles PL, MDB e o Podemos. Com o afunilamento das conversas e expectativa de anúncio ainda nesta sexta-feira (28), um outro partido que estava fora do radar entrou em cena: o PSDB.
Segundo apuração do Bahia Notícias nesta sexta, Carlos Muniz tem conversas adiantadas com os tucanos para se filiar ao PSDB. O ajuste para o desembarque do presidente da Câmara também pode envolver a indicação de nomes para a Secretaria de Educação de Salvador (Smed).
DATA MARCADA
O vereador estabeleceu que até o final do mês de abril revelaria seu futuro partidário. As negociações entre Muniz e o PL ainda continuam, mas ao longo do último mês o "namoro" esfriou. Membros da legenda afirmaram ao Bahia Notícias que a chegada do presidente da Câmara à sigla “travaria” o lançamento de candidaturas nas eleições de 2024, gerando desconforto em algumas alas do PL.
Além disso, há a resistência por conta de uma suposta exigência “inegociável” de Muniz, que seria assumir a presidência municipal do partido a fim de assegurar sua reeleição como presidente da Câmara de Salvador. A exigência do gestor teria causado desconforto em alguns membros do PL, que pleiteavam a vaga na executiva municipal.
Na última quarta-feira (26), o vereador admitiu que continua as tratativas com o PL, mas rechaçou uma aproximação com o MDB. “Até sexta-feira eu tenho uma posição, tinha o sonho de passar a decisão hoje, mas infelizmente não tenho uma decisão ainda. O PL está no radar também. Por Geraldo [Junior] eu iria para o MDB, mas não penso nisso ainda, não tenho a mesma visão. Ouço, bato-papo, vou conversar com ele e pode ter certeza que ele será o primeiro a saber a decisão”, afirmou Muniz.
O presidente da CMS também não descartou a possibilidade de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa de reeleição de Bruno Reis durante o pleito do ano que vem.
“Bruno Reis é um amigo, pode falar o tempo que for, como amigo ele pode me aconselhar. Pode ter certeza que conversar nós conversamos com todo mundo. Não posso dizer que ‘dessa água não beberei’, quem sabe no futuro possamos estar juntos. Posso estar junto com Bruno Reis e pode ter certeza que o outro lado entenderá”, disse Muniz.
SAÍDA DO PTB
Em março, Muniz foi autorizado a deixar o seu partido, o PTB, sem perda de mandato antes da janela partidária de 2024, quando foi julgado pelos desembargadores do Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA) o pedido de desfiliação por justa causa.
Após insatisfações nos bastidores desde a eleição municipal de 2020, o vereador já havia sinalizado a intenção de deixar a sigla. No pedido ao TRE-BA, o atual mandatário do legislativo municipal disse que a mudança partidária se faz necessária “em razão da configuração de cenário de grave discriminação político pessoal e mudança substancial do programa partidário”.
O nome de Adélia Pinheiro, atual secretária de Educação da Bahia, pode ser o nome do PSD para a eleição em Ilhéus. Apuração do Bahia Notícias deu conta que a cúpula do PSD no estado não descarta realizar a filiação de Adélia para a disputa na cidade.
Ao BN, uma liderança do partido sinalizou que Adélia "é um bom nome" e disse que a filiação pode ocorrer. Apesar disso, o partido, incluindo o prefeito da cidade, Marão (PSD), ainda debate as possibilidades de nomes para manter a cidade sob o comando do grupo.
O primeiro "sinal" de que a relação poderia se afunilar foi do próprio Marão que, ao Bahia Notícias, indicou que "seria uma boa ideia" a filiação de Adélia (veja mais). "É um grande quadro. Vou mandar uma mensagem para ela", indicou o alcaide de Ilhéus.
Apesar do indicativo, Marão comentou que não está “discutindo sucessão". "Queremos que ela faça um bom trabalho na Educação. O ano é do trabalho, junto com o governador. Não conversamos nada sobre isso. Esses rumores devem ser da política. Ela recebeu o título esse dezembro. Está arrumando as coisas", completou.
Sem filiação partidária, Adélia trocou a secretaria de Saúde da Bahia pela pasta da Educação após a vitória de Jerônimo Rodrigues no governo do estado (veja mais). A chefe da educação baiana tem fortes laços com o PT e a filiação dela também é ventilada na legenda.
O favoritismo do ex-deputado Ronaldo Carletto (PP) na disputa pela presidência do partido na Bahia parece ter sido perdido (veja mais). De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, nos bastidores do partido, o movimento de Carletto em iniciar um diálogo com o governo do estado não foi bem visto por alguns deputados.
O eventual favoritismo do ex-deputado teria sido abalado após os deputados estaduais e os deputados federais Cláudio Cajado e Mário Negromonte Jr. - nomes que disputam a vaga com Carletto - não aprovarem e terem se "assustado" com a antecipação do diálogo com Jerônimo Rodrigues (PT). A ação teria sido vista de uma forma "individualista", segundo análise de lideranças do partido.
Apesar do movimento ter sido entendido como "indevido" por alguns parlamentares, existe a possibilidade de um recuo. O entendimento de integrantes da sigla é que a disputa ainda está aberta, mesmo com o desgaste já causado, que alçou Mário Jr. ao posto de favorito no embate.
Integrantes da legenda sinalizaram que seria possível reverter o ato, já que a ideia de boa parte do partido é de que as eleições ocorram "por um consenso". Mesmo com a possibilidade de um "bate chapa" entre Mário Jr. e Carletto, os grupos políticos ainda insistem em pacificar as eleições, que devem ocorrer nos primeiros dias do mês de maio.
ADESÃO CERTEIRA
Com o avançar dos debates pela presidência, o indicativo que tendia para o ex-deputado federal Ronaldo Carletto assumir o posto que atualmente pertence ao ex vice-governador João Leão, existia o desenho de sacramentar uma adesão quase completa ao governo de Jerônimo Rodrigues (PT).
No caso da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), a bancada de deputados estaduais do Progressistas decidiu aderir à base governista e hoje ajuda na sustentação da gestão Jerônimo na Casa. Depois do retorno, o PP indicou nomes para duas diretorias do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), pleito atendido pelo governador (leia mais aqui).
Após a divulgação de uma pesquisa do Datafolha, na qual Lula aparece com 55% das intenções de voto no segundo turno das eleições presidenciais de 2022, contra 22% do presidente Jair Bolsonaro (clique aqui e saiba mais), o cineasta pernambucano Kléber Mendonça Filho ironizou a direita e afirmou que chegou o momento de se filiar ao PT.
“Hora de me filiar ao PT e finalmente merecer todos aqueles xingamentos dementes: ser petista”, escreveu o diretor do longa-metragem “Bacurau”, em sua conta no Twitter, nesta quarta-feira (12). A fala faz referência ao fato de alguns simpatizantes da direita classificarem como “petistas” ou “esquerdistas” pessoas críticas ao atual governo ou a outros políticos da mesma matriz ideológica.
Depois da publicação, o partido de Lula, por sua vez, respondeu ao comentário e se mostrou aberto ao possível novo integrante famoso: “Que honra! Estamos aqui de braços abertos, companheiro!”, publicou a conta oficial do PT.
Questionado por um seguidor sobre a filiação político partidária, Mendonça Filho esclareceu que isso jamais ocorreu. “Voto nesse partido sem nada de torcida de futebol desde 1989. Só admirei os candidatos e priu”, disse o cineasta.
O artista plástico Rodrigo Camacho montou em dois dias um painel representando o futuro partido do presidente Jair Bolsonaro. Encomendada pelo deputado estadual Delegado Péricles (PSL-AM), a peça foi inteiramente confeccionada com o uso de cartuchos de balas doadas pelo exército.
De acordo com o UOL, a obra ficou exposta em Brasília, nesta quinta-feira (21), na entrada do evento que lançou o futuro partido. Pessoas que passavam pelo local posaram ao lado da peça e algumas delas fizeram o símbolo da arma com as mãos, gesto amplamente utilizado pelo presidente, partidários e simpatizantes.
Com 4 mil peças e pesando 50 kg, o painel foi composto por cartuchos de calibres .40, .50, 762 e 556. Questionado sobre o valor da obra, Camacho esclareceu que não cobrou nada pela confecção e que a quantia que deixou de receber seria revertida em projeção como artista por ter criado a tal peça.
Políticos de oposição repudiaram a criação da obra nas redes sociais, entre eles, a ex-candidata a vice presidente Manuela D’Ávila. “Um logo feito com balas na convenção do PSL. O que está nascendo é um partido ou um grupo paramilitar? Vamos lembrar a Constituição para essa gente”, disse a ex-deputada complementando a postagem com artigos e incisos da CF.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.