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Artigos

Paulett Furacão
Quarto dos Fundos
Foto: Maísa Amaral / Divulgação

Quarto dos Fundos

Toda a tragédia que foi velejada pelos mares do Atlântico, ancorou erroneamente nas águas da ambição para construir um modelo de país que decidiu projetar um futuro de expugnação exclusiva, buscando através da escravidão das raças o seu principal atrativo. Após a bem-sucedida invasão do patriarcado europeu a poderosa fonte inesgotável de riquezas, chamada Pindorama, mais tarde rebatizada pelos invasores de Brasil, dizimou os povos originários, sequestrou as realezas africanas e perpetuou um sistema capitalista e higienista que perdura hodiernamente.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

patrimonio

Casa das Histórias de Salvador é inaugurada e tem foco na história de pessoas negras e indígenas
Fotos: Valter Pontes/Secom PMS

A Casa das Histórias de Salvador (CHS), primeiro centro de interpretação do patrimônio da capital baiana, e o Arquivo Municipal de Salvador foram oficialmente entregues aos soteropolitanos nesta segunda-feira (29). Com um acervo digital e físico, os equipamentos vão apresentar uma nova narrativa sobre os quase cinco séculos da cidade, destacando as histórias, saberes e fazeres de pessoas comuns, geralmente ignorados pela história oficial. Os espaços foram inaugurados nesta segunda-feira (29) pelo prefeito Bruno Reis, acompanhado do secretário da Secretaria de Cultura e Turismo (Secult), Pedro Tourinho, demais autoridades municipais e imprensa.

 

No discurso, o prefeito Bruno Reis ressaltou que o CHS e o Arquivo Municipal são um marco importante para a preservação da memória de Salvador e do Brasil. “Eles vão marcar de forma definitiva a história de nossa cidade. A Casa das Histórias era aquele casarão abandonado do passado e que agora virou um dos mais bonitos de Salvador, e ainda estamos inaugurando esse prédio de 12 andares, que foi totalmente construído. Um povo que não preserva seu passado não tem como construir o seu presente e o seu futuro. Está aí a nossa história para os nossos filhos”, declarou.

 

 

Localizada no Comércio em um casarão centenário que foi completamente revitalizado, a CHS tem como foco a contribuição das pessoas negras e indígenas para a formação da cidade. O espaço é um convite à população para participar ativamente e refletir acerca dos sentidos, da memória e do futuro da capital baiana. O investimento municipal no complexo foi superior a R$93 milhões. 

 

Nos quatro andares, a Casa das Histórias irá proporcionar uma imersão na cidade de Salvador, quer seja através de suas festas populares, com o curta-metragem “Traçando festas”, quer seja acessando parte do acervo do Arquivo Público Municipal, um prédio de 12 andares integrado à Casa das Histórias. O acervo possui mais de 4 milhões de documentos que retratam a história de Salvador, da Bahia e do Brasil, além de 193 mil itens documentais, como fotografias e matérias históricas – todo esse material, que estava em processo avançado de degradação, foi 100% recuperado e digitalizado.

 

Para o secretário Pedro Tourinho, o novo equipamento cultural irá promover uma reflexão acerca da memória da cidade. “A Casa das Histórias de Salvador é o espaço em que a cidade conta sua própria história. Por entre memórias escritas, orais, ecológicas e visuais podemos fazer uma viagem inspiradora pelas narrativas que nos constituíram enquanto cidade e povo que se mostra e se pensa”, afirmou.

 

 

Construção popular – Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade, decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje, espaço de memória artística, cultural e de pesquisa, situado em São João do Cabrito. A Casa das Histórias também terá representações das paisagens naturais da cidade, através de imagens acompanhadas de uma trilha sonora original, e um espaço com destaque para a formação geográfica de Salvador, com uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade.

 

Projeto – O equipamento municipal é gerido pela Secult e contou com museografia assinada pela curadora Ana Helena Curti, do consórcio Memorar. Além disso, foi financiado com recursos do Prodetur. 

 

Ana Helena explicou que a proposta do espaço é provocar experiências mais diversas como a sonora, sensorial e de imersão em projeções. "A ideia é trazer para a Casa das Histórias outros pontos de vista e conteúdos que provavelmente as pessoas ainda não conhecem. Isto para que elas possam conhecer e somar ao imaginário que já tem. Então a gente traz o que o povo soteropolitano pode contribuir com a cidade. Temos pessoas que deram depoimentos, se envolveram no processo de conteúdo porque fazemos tudo com as pessoas", enfatizou.

 

Ambientes – A CHS apresenta uma narrativa nova sobre os quase cinco séculos de Salvador, utilizando conteúdos digitais e um acervo físico que incluem saberes e fazeres das pessoas comuns, normalmente não abordados pela história oficial da cidade, ressaltando a contribuição negra e indígena para a formação da primeira capital do país, de modo a convidar os visitantes a participar ativamente da reflexão acerca dos sentidos da memória e do futuro da capital baiana.

 

No térreo da Casa, o visitante encontra a recepção, a loja da CHS, o mapa do patrimônio mundial natural e cultural da Unesco, bem como texto Manifesto do equipamento. No 1º andar, uma representação do patrimônio natural de Salvador, concebida por meio de uma experiência imersiva na qual as paisagens naturais da cidade (as tonalidades da luz solar, o mar da Baía de Todos os Santos, a flora e da fauna da Mata Atlântica e da Restinga, os rios e lagoas) são expostos a partir de imagens poeticamente criadas e acompanhadas por uma trilha sonora original. 

 

Subindo mais um andar, a formação da geografia de Salvador é aludida através de uma maquete topográfica do Centro Histórico da cidade (seu núcleo formador), onde são sinalizados 24 pontos do patrimônio local. Sobre a maquete, duas projeções mapeadas em painéis suspensos apresentam imagens em movimento percorrendo toda a extensão urbana que contém os demais bairros, até os limites da capital. 

 

O mesmo pavimento conta ainda com 48 conteúdos em que 24 “diálogos do patrimônio” relacionam localidades da cidade aos pares em função de certas conexões históricas que os vinculam, a exemplo da Barroquinha e do Engenho Velho da Federação, ligados por terem sido os territórios onde foram erguidos os primeiros terreiros de candomblé.  

 

Já no 3º andar o público é convidado para duas experiências: assistir ao curta-metragem “Trançando Festas”, sobre as festas de largo da cidade, em um painel de LED em frente à arquibancada do pavimento; e conhecer os 24 retratos de mulheres, homens e crianças comuns, de diferentes etnias, faixas etárias, territórios e atividades profissionais, que assumem o protagonismo de narrar os fatos e expressões culturais que inspiram seu sentimento de pertencimento à cidade. 

 

O 4º e último andar, que se liga ao novo prédio do Arquivo Público Municipal, possui uma área dedicada a apresentar parte do acervo do arquivo, bem como a história do prédio centenário que abriga a CHS, restaurado das ruínas para este fim.  Em outro espaço deste pavimento, há uma área para exposições temporárias, que recebe em uma sala a expo Mundos do Trabalho; e em outra, peças do Acervo da Laje. 

 

 

Interligando os quatro andares, as “Escadas do Patrimônio” refletem a riqueza histórica e cultural de Salvador, representadas em 50 imagens de cenas e ícones da cidade (roda de capoeira, tabuleiro de baiana do acarajé, pesca com rede), decoradas em 600 azulejos, com curadoria de José Eduardo Ferreira Santos, fundador do Acervo da Laje. 

 

No que diz respeito à acessibilidade, a CHS tem peças elaboradas com relevos e texturas que favorecem a visita de pessoas com deficiência visual, além de mapa e QR Code táteis, audioguia descritivo, videolibras, textos em braile e pictogramas – conteúdos representados por figuras que facilitam a compreensão de crianças, pessoas com déficit cognitivo e doenças mentais.

 

Funcionamento – A Casa das Histórias funcionará de terça a domingo, das 10h às 18h, com última entrada às 17h. Os ingressos para visitação podem ser retirados através do Sympla, com entrada gratuita até 31 de março. 

 

Novo polo histórico-cultural – O prefeito Bruno Reis destacou que, graças aos investimentos recentes, a região da Praça Cairu já é uma das zonas culturais mais importantes de Salvador. Além da Casa das Histórias, o município está construindo a Casa de Espetáculos e a Escola de Arte, prédios anexos à Cidade da Música, equipamento que também foi entregue na atual gestão. Ali também está o Mercado Modelo, recentemente revitalizado, que agora possui a Galeria Mercado. Além disso, o Polo de Economia Criativa Doca 1 e o Hub Salvador também ficam próximos, na Avenida da França.

 

“Fazer esse nível de investimentos não foi fácil, mas está aí, entregue, mais um legado que nós vamos deixar para a história de Salvador. Aqui, teremos cinco equipamentos. Nós já entregamos três e mais dois estão em construção. Aqui, será o principal quarteirão cultural do Brasil. Com todos eles juntos, vamos nos fortalecer e nos consolidar no turismo. No passado, a gente oscilava entre terceiro e segundo destino do país. Mas, para 2024, Salvador é a cidade mais desejada do Brasil pelos brasileiros, de acordo com o Ministério do Turismo”, ressaltou Reis.

 

O prefeito citou ainda outras conquistas da cultura soteropolitana que tiveram a realização da Prefeitura. “Nós entregamos o Memorial do 2 de Julho, na Lapinha, para comemorar os 200 anos da Independência da Bahia. O Muncab, Museu Nacional da Cultura Afro-Brasileira, que se arrastava há 20 anos, entregamos em novembro passado. Vem aí o novo Teatro Vila Velha, o novo Cine Excelsior e a nova Senzala do Barro Preto, sede do Ilê Aiyê”, elencou.

 

“Nós entendemos a importância da cultura. Não apenas por valorizar a nossa história, mas pelo potencial e pelo caldeirão cultural que é Salvador. Todos os principais movimentos de cultura do Brasil são liderados por artistas baianos, desde a Tropicália, passando pela Bossa Nova, e chegando à revolução que o Axé Music promoveu. E tudo isso gera emprego, gera renda, gera oportunidades para os soteropolitanos”, finalizou Bruno Reis.

Sefaz realiza recadastramento de imóveis para preservar patrimônio público de Salvador
Foto: Divulgação/Sefaz

O projeto Recadastramento do Patrimônio Imobiliário (Recad), que tem como objetivo regularizar os imóveis pertencentes ao município, está sendo realizado pela Secretaria da Fazenda de Salvador (Sefaz).Para dar prosseguimento a ação, a pasta tem entrado em contato com vizinhos das áreas mapeadas para obter a declaração de anuência da confrontação de imóveis públicos.

 

 O mapeamento acontece por meio do Programa Nacional de Apoio à Modernização Administrativa e Fiscal dos Municípios Brasileiros (PNAFM) desde julho de 2022. Nessa nova fase, o contribuinte que for notificado deverá encaminhar a declaração de anuência devidamente preenchida por e-mail, citado na notificação enviada pela Sefaz, ou presencialmente, na sede da pasta, localizada na rua das Vassouras, n°1, no Centro Histórico. Também é possível entrar em contato pelo telefone, disponibilizado no documento, para esclarecer dúvidas referentes à solicitação.

 

O Recad visa valorizar o patrimônio público imobiliário, promover a manutenção das estruturas históricas e culturais, fomentar o desenvolvimento da cidade e preservar o meio ambiente e as áreas de lazer, garantido a construção de uma gestão mais eficiente no controle dos bens que pertencem ao município.

Marighella diz que 2 de Julho precisa ser reconhecido país afora: “Precisamos transformar em patrimônio da cultura brasileira”
Foto: Waltemy Junior / Bahia Notícias

A vereadora licenciada de Salvador e presidente da Fundação Nacional das Artes (Funarte), Maria Marighella, exaltou os festejos em comemoração ao bicentenário da Independência da Bahia e disse que a data magna do estado precisa ser mais reconhecida no Brasil. 

 

“É a maior festa cívica popular do Brasil. Muitas vezes o resto do Brasil ainda não tem dimensão do que representa essa independência para a independência do próprio Brasil. Eu acho que o marco de 200 anos tem que dar conta de expandir o horizonte da força dessa festa para além da Bahia. É reconhecer a força popular e da cultura no contexto do ato cívico e da festa da independência. A gente precisa patrimonializar essa festa, transformar num patrimônio da cultura brasileira”, disse Marighella.

 

Na ocasião, a presidente da Funarte também disse que nos próximos dias fará um anúncio sobre as ações da fundação. “No dia 10 de julho nós vamos fazer uma coletiva com a ministra Margareth Menezes para um conjunto de entregas das primeiras ações da política nacional das artes. A Funarte tem o dever de construir uma política nacional para as artes e  entendo o direito à cultura como um direito fundamental previsto na declaração universal dos direitos humanos, prevista na constituição. Precisa ser um direito tanto no fazer quanto no fluir”, afirmou.

Bruno Reis assina ordem de serviço para recuperação do Memorial das Baianas
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

Depois de destravado o processo burocrático junto ao governo federal para liberação dos recursos (saiba mais), o prefeito Bruno Reis assinou, nesta sexta-feira (20), a ordem de serviço para a recuperação do Memorial das Baianas, situado na Praça da Sé, em Salvador. "Esse memorial representa a história, os valores, e, principalmente, a tradição de um dos principais símbolos do nosso estado, da nossa cidade: as nossas quituteiras, as nossas baianas de acarajé", comemorou o gestor municipal.

 

Em sua fala, Bruno agradeceu ao deputado Márcio Marinho por destinar cerca de R$ 450 mil de suas emendas parlamentares ao projeto e ressaltou a importância da preservação do patrimônio. “Todo homem público, todo gestor que quer deixar uma marca na sua gestão tem que ter a capacidade de reconhecer os símbolos da nossa história. E as baianas representam a história da nossa cidade, do nosso estado”, assinalou.

 

Além de destacar o potencial do museu como guardião da memória e da cultura local, o prefeito reafirmou a importância do equipamento como um dos esforços de sua gestão voltados para dinamizar o turismo da capital baiana, sobretudo o etnico.  "Quando você faz um investimento como esse, você resgata o passado, mas você também aponta para o futuro. Porque esse equipamento aqui das baianas será visitado por nós soteropolitanos, mas também por milhares de turistas que vêm ao Centro Histórico, que vão aqui comprar o acarajé da baiana, a água de coco, a fitinha do Senhor do Bonfim. Vão andar no Uber, no táxi, vão frequentar os bares e restaurantes de nossa cidade, dormir nos hotéis, vão deixar dinheiro na cidade, e com isso vão melhorar a vida incrementando a renda de milhares de pessoas que dependem do setor de serviços, tão fundamental para a economia da  nossa cidade”, declarou Bruno Reis.

 

RECUPERAÇÃO
Desenvolvido pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF), o projeto visa melhorar e valorizar toda a estrutura do espaço, que se encontra degradado. Estão previstas intervenções da cobertura, complementação em laje pré-moldada, assim como melhorias no revestimento das paredes, no piso e nos forros, além de pintura, instalação de esquadrias de madeira, metálica e vidro. 

 


SOBRE O MEMORIAL

O espaço foi inaugurado em 2009, com o objetivo de preservar a tradição e a história das baianas do acarajé, ofício registrado em 2005 como patrimônio cultural brasileiro pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

 

Fechado desde março de 2020, por conta da pandemia, o equipamento cultural viu acelerar o processo de degradação que vinha ocorrendo ao longo dos anos, tendo passado por uma série de invasões e sofrido danos causados por agentes naturais.

Ipac abre licitação para reformar prédio que pode abrigar Memorial do Petróleo em Salvador
Foto: Reprodução / Google Mapas

Vinculado à Secretaria de Cultura da Bahia, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) abriu licitação para contratar uma empresa especializada em obra civil para reformar um prédio que poderá abrigar o Centro Cultural - Memorial do Petróleo, no Subúrbio de Salvador. O imóvel está localizado na rua Amparo, no bairro do Lobato, região onde, em 1939, foi descoberta a primeira jazida de petróleo do país. 

 

O aviso de licitação, na modalidade de menor preço, foi publicado no Diário Oficial do Estado na sexta-feira (21) (clique aqui), e, segundo nota do diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, o serviço prevê “obra de melhorias da edificação, a exemplos de revisão geral das instalações elétricas, a revisão geral das instalações hidrossanitárias, a revisão das coberturas, a restauração das estruturas metálicas, a recuperação e a substituição dos pisos e dos revestimentos, a requalificação dos sanitários, a confecção e a instalação de guarda-corpos e corrimãos, a substituição de esquadrias (portas e janelas), impermeabilização de estruturas, a substituição de forros, a execução de serviços de pinturas dos pisos, dos gradis, das paredes internas e das fachadas de toda a edificação”.

 


Local onde foi descoberta a primeira jazida de petróleo no Brasil, em 1939 | Foto: Arquivo/ Petrobras

 

Segundo o Ipac,  a medida se dá por entender ser fundamental a preservação da memória do petróleo no Brasil, “sobretudo com o risco que corremos da desativação de diversas atividades que geraram impulso econômico na Bahia da década de 50 até o final do último século”. Segundo o gestor, tal memória é essencial “porque conta a história da implementação e do processo da descoberta do petróleo, que gerou um modelo de desenvolvimento para a sociedade e economia brasileiras, e todos seus impactos sócio-culturais”.

 

“Dentro dessa política de valorização e conservação de bens patrimoniais para a região, sobretudo junto a implantação do VLT (Veículo Leve de Transporte), no Subúrbio de Salvador (GovBA), o Ipac tem trabalhado em parceria com diversas contrapartidas ao patrimônio cultural, dentre estas a reforma do Marco Zero do Petróleo, do Centro Cultural, área com processo de tombamento aberto desde 2019 (veja publicação no DOE)”, explicou Oliveira.

 

De acordo com o diretor do Ipac, a ideia é, alinhado ao projeto social iniciado com o decreto de tombamento, preservar o patrimônio e também garantir “ações de formação e a qualificação da educação patrimonial”, que, em sua avaliação, junto com o modal do VLT, será um “marco sócio-cultural” para a cidade, o estado e o país.

Terreiros poderão se inscrever em curso de gestão do patrimônio e salvaguarda
Foto: Sérgio Siqueira

O Coletivo de Entidades Negras (CEN), por meio do projeto "Itoju - Salvaguarda de Terreiros" está com inscrições abertas para pessoas interessadas em participar do "Curso de Gestão de Patrimônio Imaterial e Salvaguarda de Terreiros de Candomblé", que será certificado pela Escola de Administração da Universidade Federal da Bahia (UFBA), através do grupo de pesquisa Milonga. As inscrições podem ser feitas por meio do preenchimento do formulário (disponível aqui) até o próximo domingo (7).

 

De acordo com a organização da atividade, os selecionados receberão e-mail de confirmação. A duração total das aulas é de 16 semanas, através de aulas online. A ambientação dos cursistas na plataforma virtual terá início no dia 8 de fevereiro e as aulas iniciam em 10 de fevereiro. 

 

O público-alvo prioritário da iniciativa, que disponibilizará número limitado de vagas para a seleção de pessoas não envolvidas inicialmente no escopo do projeto, inclui gestores públicos municipais, docentes e discentes de universidades, membros de todos os terreiros de candomblé registrados e tombados, além de membros de qualquer outro terreiro interessado em participar das aulas. 

 

O curso será dividido em quatro módulos, sendo eles: "Módulo 1 - A Gestão Da Cultura No Brasil Contemporâneo", "Módulo 2 - A Gestão Das Políticas De Patrimônio No Brasil", "Módulo 3 - O Patrimônio Imaterial Afro-brasileiro", "Módulo 4 - Elaboração de projeto/planos de trabalho para ações emergenciais de salvaguarda". 

 

Os participantes devem, ao final das aulas, estarem aptos a refletir sobre políticas de patrimônio cultural brasileiro a partir dos seus recortes étnico raciais, em especial a temática dos patrimônios negros, assim como compreender as dinâmicas do patrimônio imaterial e suas implicações para os patrimônios de terreiros de candomblé. 

Iphan aborda perspectivas de preservação nos 50 anos de tombamento de Cachoeira
Foto: Reprodução / Prefeitura de Cachoeira

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) promove, entre os dias 25 e 29 de janeiro, o webnário "50 anos de tombamento do conjunto arquitetônico e paisagístico de Cachoeira-BA: conquistas, desafios e novas perspectivas".

 

O evento, que será transmitido pelo canal oficial do Iphan no YouTube, contará com a participação de professores, pesquisadores, representantes culturais e autoridades, para debates em formato de mesas-redondas e apresentações. O webnário contará também com apresentações das filarmônicas Lyra Ceciliana, Minerva Cachoeirana e do grupo Gegê Nagô.

 

O atual chefe do Escritório Técnico do Iphan em Cachoeira, arquiteto e urbanista João Gustavo Andrade, afirma que, ao mesmo tempo em que se celebram os 50 anos deste tombamento, revela-se também importante discutir as conquistas alcançadas nesse período, além de seus impactos na vida da população local. “É fundamental o entendimento da atual relação da comunidade com o bem a fim de sedimentar os instrumentos já existentes em prol da preservação e salvaguarda deste patrimônio cultural, criando-se espaços para discussões de novas formas e perspectivas de proteção e gestão”, reitera.

 

O conjunto urbano de Cachoeira possui cerca de 670 edificações e, além do acervo colonial, a Ponte D. Pedro II, o mercado, a ferrovia e a hidrelétrica são importantes marcos culturais. Em 1756, a riqueza produzida em Cachoeira pela cana de açúcar e pelo fumo ajudou a reconstruir Lisboa, totalmente destruída por um terremoto.  

 

A cidade foi pioneira no movimento emancipador do Brasil, com os batalhões patrióticos liderados por Rodrigo Antônio Falcão Brandão (Barão de Belém) e Maria Quitéria de Jesus, dentre outras personalidades da história nacional. Além do acervo edificado, este conjunto urbano está intrinsecamente ligado a diversas manifestações de natureza imaterial como o samba de roda, a capoeira, os cultos de matrizes africanas e as celebrações das irmandades católicas.

Casa onde viveu Glauber Rocha em Conquista deve virar equipamento cultural
Foto: Divulgação

Em um futuro próximo, a casa onde o cineasta Glauber Rocha viveu desde o nascimento até os nove anos de idade, em Vitória da Conquista, no Sudoeste baiano, poderá ser convertida em um equipamento cultural aberto ao público. 

 

Isto porque foi aprovado, nesta terça-feira (22), na Câmara Municipal, um Projeto de Lei encaminhado pelo prefeito Herzem Gusmão em outubro deste ano para a aquisição do imóvel, que agora com o aval do Legislativo volta ao Executivo para ser sancionado.

 

“Vislumbra-se, também, após a sua aquisição, a possibilidade de ampliar as funções da Casa Glauber enquanto centro de memória, agregando valores e realizando parcerias para atividades de formação em cinema, encontros acadêmicos, apresentações artísticas e espaço para exposições de arte e de pesquisas de memória”, diz o projeto. 

 

A iniciativa, que há mais de duas décadas vem sendo discutida, foi possibilitada através de uma permuta na qual o Município cede uma área pública avaliada em cerca de R$ 1,34 milhão, em troca da casa, cujo valor de mercado é de aproximadamente R$ 1,95 milhão. O imóvel, segundo o texto do PL, “integra o espólio do Sr. Hermes Mendes de Andrade, cujo inventariante é o Sr. Hermes Mendes de Andrade Neto”, este último, primo de Glauber. O documento destaca ainda que “todos os herdeiros e seus respectivos cônjuges estão de acordo com a presente permuta”, autorizada por meio de Alvará Judicial.

 


Glauber teve inspiração para criar o célebre personagem Antônio das Mortes em frente à casa onde viveu durante a infância | Foto: George Neri

 

Em entrevista ao Bahia Notícias, o Coordenador de Eventos da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer de Conquista (Sectel), George Neri, explicou que o terreno em questão consiste em uma área verde de propriedade da prefeitura, que atualmente passa por um processo de desafetação. “É uma área maior, só que aí você precisa desafetar essa área verde toda, porque é um lote só. E aí, uma parte da área foi feito um estudo de viabilidade de acordo com o valor venal da casa de Glauber Rocha, que será permutado por um terreno de mesmo valor escolhido pela família”, detalhou. 

 

Quando a casa estiver em posse do Município, Neri diz que os próximos passos são definir exatamente o modelo do equipamento cultural que será implantado, lembrando que já foram idealizados na cidade diversos projetos para este fim, desde um memorial, passando por espaço técnico de formação de produtores de audiovisual, até parte de um polo de cinema no Sudoeste baiano. 

 

“Não foi definida ainda, porque existem projetos que foram realizados um tempo atrás, mas a gente precisa entender direito se eles cabem, se tem recurso para tal. Ou seja, a gente precisa criar primeiro esse alicerce estrutural, o alicerce de dotação, tudo isso para que a casa consiga ter uma vida própria, virar, quem sabe, uma fundação, para até a gente conseguir captar recursos de forma mais independente. A gente está estudando uma forma mais interessante de que a casa tenha mais autonomia, que não vire só um museu, por exemplo. Que seja uma casa que seja um fomento, que seja a partir da Casa Glauber Rocha. A partir dela, que seja fomento para cultura para a cidade inteira”, explica George Neri.  

 

O coordenador da Sectel pontuou ainda que o encaminhamento dependerá também de apoios externos, já que a prefeitura não tem condições de bancar com recursos próprios. Neste sentido, ele comemorou o recente anúncio da criação do Tempo Glauber pelo governo do estado, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA), em Salvador (clique aqui e saiba mais), e defendeu esforços conjuntos para a implementação da Casa Glauber, em Conquista. “Eu acho que a gente vai precisar do governo do estado, com certeza, porque Glauber Rocha não é um cineasta local, ele é  internacional. Ele nasceu aqui em Conquista, mas foi pro mundo. É um cara de repercussão internacional, então não tem sentido Conquista ficar sozinha nessa. Acho que vai ter muitos apoiadores, inclusive internacionais”, avaliou.

 

Vale lembrar que em 2019, após a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, o governador Rui Costa chegou a anunciar a criação da Casa Glauber, em Vitória da Conquista (relembre). O projeto, entretanto, não foi tocado até agora e, segundo declarou a Secretaria de Comunicação Social (Secom) ao Bahia Notícias, na última quinta-feira (17), “o que ele [Rui] anunciou está em estudo” e “a novidade que temos é o que foi anunciado há alguns dias sobre a transferência do arquivo dele para a Bahia”.

 


Aeroporto Glauber Rocha foi inaugurado em julho de 2019, em meio a desavenças entre o governador Rui Costa e o presidente Jair Bolsonaro | Foto: Divulgação

 

 

TOMBAMENTO

A aprovação do Projeto de Lei, segundo George Neri, poderá ajudar ainda em um passo importante, que é o tombamento da Casa de Glauber. Ele lembrou que em 2018 foi criada uma Comissão de Preservação Material e Imaterial de Vitória da Conquista, por meio da qual foi feito um levantamento de 76 casarios com capacidade de serem tombados, seja por aspectos arquitetônicos, culturais ou históricos. 

 

“A casa de Glauber, naturalmente, está no meio desse estudo, inclusive foi a primeira casa que nós nos debruçamos. Já fizemos um dossiê Casa Glauber Rocha com várias informações, fotografias do imóvel que tem 11 cômodos e tem características de arte nouveau. Enfim, é uma casa bem interessante pra virar o que ela quiser. Um museu, um espaço cultural, um centro de formação técnica”, conta o coordenador, lembrando que “é mais fácil fazer o tombamento” quando o bem é de propriedade da prefeitura. 

 

Ele contou ainda que o imóvel já despertou o interesse do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), órgão do governo federal. “A gente recebeu um ofício do Iphan querendo saber informações sobre como está o processo. A gente está em contato e acho que no próximo ano vai dar prosseguimento. Por conta dessa pandemia, muitos serviços ficaram meio atrapalhados, mas a gente já tem o contato com o Iphan, já mandamos o dossiê, então eu acho que vai ser um tombamento tanto federal, quanto municipal e estadual, no caso”, avaliou.

 

 

POLO DE TURISMO CULTURAL

 


Junto com outros equipamentos como o Cristo de autoria do artista plástico Mário Cravo Jr., a prefeitura de Conquista prevê a criação de um polo de turismo cultural na cidade | Foto: Tatiana Azeviche


Como gestor da Secretaria de Cultura, Turismo, Esporte e Lazer, George lembrou ainda que a implementação da Casa Glauber como equipamento cultural, assim como a preservação de equipamentos como o Cristo de Mário Cravo Jr., o Cine Madrigal e o Museu Cajaíba, podem impactar positivamente para atrair visitantes a Vitória da Conquista. 

 

“Além da parte cultural, que não precisa nem dizer, mas a questão turística, o tanto que a cidade pode ganhar.... Nós já temos até um aeroporto chamado Glauber Rocha, imagine só que esse conjunto todo pode ser divulgado de uma forma para atrair turismo, não só como uma cidade comercial, mas como uma cidade cultural, para o pessoal vir e fazer um circuito cultural”, projeta.

Salvador sedia 7º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio
Foto: Divulgação

Salvador sedia, até este sábado (12), o 7º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial. O evento começou nesta quinta-feira (10) no Hotel Deville Prime, em Itapuã, e reúne autoridades de todo o país para debater temas relacionados às boas práticas e governança do turismo de forma sustentável, especialmente no momento pós-pandemia da Covid-19. 

 

Com o tema Turismo, Patrimônio e Sustentabilidade: Caminhos para o Futuro, o encontro é promovido pela Organização das Cidades Brasileiras Patrimônio Mundial (OCBPM) em parceria com a Prefeitura. O apoio institucional é da Confederação Nacional de Municípios (CNM) e União dos Municípios da Bahia (UPB). 

 

Durante a abertura do evento, o secretário municipal de Cultura e Turismo de Salvador (Secult), Pablo Barrozo, destacou os avanços do turismo em Salvador e os esforços empregados pela Prefeitura para preservação do patrimônio cultural e histórico da cidade. “O turismo movimenta uma cadeia enorme de emprego, especialmente aqui na capital baiana, onde 25% da economia é representada pelo segmento”, pontuou.

 

O gestor ainda acrescentou que, a partir de uma gestão financeira séria e eficiente, a prefeitura pôde investir em uma série de projetos, que envolveram a revitalização de áreas e pontos turísticos. “O resultado tem aparecido nos últimos oito anos. A capital baiana está sempre entre as cidades mais procuradas para visitação no Brasil”, disse Barrozo.

 

Além de ocorrer de forma presencial, com vagas limitadas para 200 participantes, o 7º Encontro Brasileiro das Cidades Históricas Turísticas e Patrimônio Mundial tem transmissão ao vivo pelos canais da Secult Salvador e CNM, no YouTube.

Em meio a 'cemitérios de papel', iniciativa recupera manuscritos históricos da Bahia
Foto: Divulgação

Um Livro de Termos, de 1848, registra a briga entre membros da Irmandade de Nossa Senhora dos Desvalidos, o que levou a uma divisão interna e à saída de um grupo que criou a Sociedade Protetora dos Desvalidos (SPD), cortando as relações que existiam com os Irmãos. Essa parte da história da Bahia está em um manuscrito que, em meio a mais de uma dezena de documentos de importância cultural e histórica para o estado, será recuperado através da iniciativa “Salvaguarda de manuscritos históricos - patrimônio documental da história da cidade do Salvador”. Tocada pelo ateliê Memória e Arte, a ação vai durar 12 meses e será financiada por um fundo emergencial holandês (leia aqui).

 

Coordenado pela professora Vanilda Salignac, doutora em Letras e Linguística, o projeto selecionou escritos de três instituições: a Sociedade Protectora dos Desvalidos, o Congregação de Nossa Senhora dos Humildes e a Irmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da Praia.

 

Além do Livro de Termos, uma carta de uma freira solicitando sua saída, de 1910, e um Livro de Registro do cotidiano do Recolhimento dos Humildes, de Santo Amaro, do século XIX, também vão ser recuperados.

 

Além disso, constam no acervo selecionado pelo projeto documentos da Biblioteca Monsenhor Manoel de Aquino Barbosa, pertencente à Irmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da Praia, que datam de 1782 a 1846, e tratam de assuntos diversos - que, conforme afirma a estudiosa responsável, "vão desde Breves Apostólicos, uma carta sobre um atentado que um pároco de Itaparica sofreu, autorizações para uso do dinheiro da Irmandade, autorizações para visitação da Igreja da Conceição da Praia nas festividades de dezembro e autorização para o Padre Dendê Bus assumir a Freguezia da Conceição da Praia".

 

De acordo com a professora, registros históricos como estes estão em diversas instituições aguardando pela recuperação. "Essas instituições, assim como muitas outras, nos solicitam ajuda sempre, e como temos vários documentos deles aguardando editais para serem inscritos, a priori, eu desconheço o conteúdo deles, só fico sabendo quando os pego para descrevê-los a fim de inseri-los nos projetos", afirma a especialista, apontando que o critério inicial que costuma utilizar é o de dar prioridade para os papéis que estão mais degradados. 

 

No decorrer da sua atuação outros tantos já foram recuperados. Todos eles estão disponíveis, digitalizados e transcritos no site do ataliê pelo qual Salignac é responsável - assim como os documentos dessa iniciativa mais recente também serão. No repertório de acervos recuperados estão manuscritos do século 19 e dos livros cartoriais do Tribunal de Justiça da Bahia, o Livro de Teses da Faculdade de Medicina da Bahia, e de cartas de alforria do Museu Casa do Sertão. 

 

"CEMITÉRIOS DE PAPEL"
"Personagem" relevante na história do país, a Bahia tem instituições seculares com acervos que carregam escritos de total importância para a memória de toda América Latina. Ainda assim no estado, conforme Salignac, 80% do acervo documental está em estado de degradação. Os arquivos, aponta a professora, parafraseando o escritor Monsenhor Aquino, se assemelham a "cemitérios de papel". 

 

E foi exatamente essa classificação do religioso que atraiu a sua preocupação para que se atentasse a essa problemática prejudicial à história. "Aquilo me tocou muito e quando olhei em volta do nosso ateliê de restauração foi exatamente isso que vi: centenas de documentos deixados pelas instituições em busca de auxílio porque eles não têm como pagar para restaurar tão grande volume, e absolutamente todos em avançado estado de degradação, seja por essa falta de verba alegada, seja por desconhecimento do tratamento, seja por descaso, enfim, são vários os motivos. E não cuidar dessa documentação traz como impacto maior a perda de parte da história. E sabe o que significa? Uma lacuna histórica jamais recuperada, fica um 'buraco' em período ou em uma querela ou um caso, que ficará alí, sem solução. Um manuscrito perdido é um manuscrito perdido!". 

 

"Muitas vezes, por tristeza nossa, chegam documentos irrecuperáveis, cujo conteúdo está perdido para sempre devido ao avançado estado de degradação, sequer conseguimos manipulá-los. É muito triste não só para nós, restauradores, mas para historiadores, pesquisadores, público em geral que ama a história da Bahia e do Brasil, pois estamos falando de manuscritos que cobrem 3 períodos políticos: Colônia, Império e República do país", discorre. 

 

Registros históricos como os da construção da Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia, que demorou mais de 100 anos para ser finalizada, por exemplo, tiveram partes perdidas. E nesse contexto em específico, perder um pedaço do que foi escrito é perder parte da trajetória de um fato histórico.

Comitê regional da Unesco divulga nota em defesa da Cinemateca Brasileira
Foto: Reprodução / Fundação Roquette Pinto

O comitê regional para a América Latina e Caribe no Programa Memória do Mundo, da Unesco, publicou uma nota em defesa da Cinemateca Brasileira, que enfrenta uma crise financeira e administrativa (veja aqui).

 

Segundo a coluna de Monica Bergamo na Folha, o órgão, que estimula e apoia a salvaguarda de documentos, expressa no texto uma preocupação com os danos que podem ser causados ao "extraordinário acervo de caráter único e histórico" preservado pela instituição.

 

"Esperamos que essa situação possa ser revertida rapidamente, e que a Cinemateca volte a estar nas condições que a instituição, seu magnífico patrimônio e as culturas brasileira, latino-americana e caribenha merecem", diz o teor da nota.

Funarte prorroga inscrições em editais nas áreas de circo, música, fotografia e artes visuais
Foto: Micael Bergamaschi???????

A Fundação Nacional de Artes (Funarte) prorrogou os prazos de inscrições, gratuitas, para sete concursos públicos de projetos destinados às várias linguagens artísticas que a instituição contempla. Com mais de 600 prêmios, os editais são válidos em todo o país. Eles abrangem os setores de circo, música, artes visuais – incluindo preservação fotográfica –, acessibilidade em dança e teatro; e para projetos que integram várias dessas modalidades. O investimento é de mais de R$ 6 milhões.


Para teatro em vídeo
Com prazo de inscrições prorrogado até dia 9 de outubro, sexta-feira, o Prêmio Funarte Festival de Teatro Virtual 2020 é uma seleção de 25 projetos de teatro adulto ou para a infância e adolescência, em vídeo. O objetivo do edital é contribuir para a manutenção de coletivos teatrais, democratizando e fortalecendo a cena brasileira. Serão contempladas cinco produções em cada uma das cinco regiões do país. Cada um dos 25 projetos receberá um prêmio de R$ 33,6 mil – ou seja, R$ 840 mil em premiações. Um total de R$ 870 mil foi empregado na ação. Os temas e formatos dos espetáculos serão livres. Os vídeos poderão ser gravados nos diversos espaços localizados nas representações da Funarte, em Minas Gerais São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal. Os trabalhos serão exibidos na internet. 

 

Para espetáculos de circo
Também com inscrições até dia 9 de outubro, o Prêmio Funarte de Apoio ao Espetáculo Circense 2020 contemplará 40 projetos da área de circo. O edital prevê dois módulos de premiação, um deles com dez prêmios de R$ 30 mil e outro com 30 prêmios de R$ 19 mil. O total destinado à ação é de R$ 900 mil, sendo R$ 870 mil para os contemplados. A Funarte espera possibilitar, por meio do concurso, o aprimoramento e o desenvolvimento do circo, a partir da ampliação da produção e da difusão dessa linguagem, fortalecendo a diversidade cultural brasileira e sua democratização e acessibilidade. Podem participar do processo seletivo pessoas jurídicas do ramo cultural (não microempreendedores individuais órgãos públicos ou fundações). 


Para oficinas em vídeo de circo, música, artes visuais, dança e teatro
Com inscrições prorrogadas até dia 9 de outubro, o Prêmio Funarte Arte em Toda Parte a Fundação contemplará 494 oficinas em vídeo, técnicas ou artísticas, nas áreas de artes visuais, circo, dança, teatro e música. Cada premiado receberá um valor bruto de R$ 4 mil. As oficinas deverão ser difundidas em plataformas digitais. Os trabalhos vencedores serão disponibilizados gratuitamente pela Funarte. O investimento no edital é de R$ 2,084 milhões, dos quais serão destinados R$ 1,976 milhão para os prêmios. Estes serão distribuídos pelas cinco categorias artísticas envolvidas e, ainda, por subcategorias, escolhidas pelos candidatos no momento das inscrições. Serão selecionadas 99 oficinas de artes visuais, 99 de circo, 98 de dança, 99 de teatro e 99 de música. Os participantes devem ter atuação comprovada em suas áreas. Podem ser pessoas físicas ou pessoas jurídicas de natureza cultural.

 

Para dança – com foco na acessibilidade e na inclusão
O Prêmio Festival Funarte Acessibilidança Virtual 2020 teve prazo de inscrições prorrogado até dia 13 de outubro. Por meio do concurso, a Fundação contemplará 25 companhias de dança cuja concepção cênica seja a acessibilidade e a inclusão, com prêmios de R$ 31,2 mil, num total investido de R$ 810 mil. Serão selecionados projetos para espetáculos em vídeo, de cinco grupos de cada uma das cinco regiões do Brasil. Eles devem ser pessoas jurídicas privadas, de natureza cultural, com ou sem fins lucrativos. Com o edital, a Funarte pretende ampliar a democratização da arte no país; valorizar a dança nacional; divulgar o trabalho de artistas e grupos; bem como a inclusão e acessibilidade das pessoas com deficiência, principalmente durante o período de distanciamento social, por meio das tecnologias de informação. 

 

Para mostras de artes visuais inspiradas no patrimônio histórico
O Prêmio Funarte Artes Visuais 2020/2021 – O Diálogo Entre o Patrimônio Histórico da Cidade do Rio de Janeiro e o Brasileiro Presente nas Artes Visuais e nos Espaços Urbanos teve prazo de inscrições prorrogado: vai até dia 19 de outubro. O concurso contemplará com um total de R$ 650 mil cinco propostas de exposições com acesso gratuito ao público. Cada projeto ganhará R$ 130 mil e deve ter como suporte o vídeo e/ou a fotografia. Os trabalhos devem considerar a herança histórica do país, presente nas artes plásticas e visuais, na arquitetura e nos espaços urbanos das cidades brasileiras; e ter como referência o legado histórico da cidade do Rio de Janeiro, a partir de seu patrimônio arquitetônico e/ou urbano.

 

Para a área de conservação e preservação da fotografia
Também com inscrições prorrogadas até dia 19 de outubro, o Edital Bolsa Funarte de Estímulo à Conservação Fotográfica Solange Zúñiga, em sua segunda edição, concede bolsas de estímulo à conservação e preservação da fotografia. O concurso contempla textos de pesquisas sobre esse campo de atividades, com cinco bolsas de R$ 40 mil cada uma. Podem candidatar-se pessoas físicas, que atuem nas áreas técnicas relacionadas ao tema. A iniciativa tem como objetivo promover a produção de bibliografia para profissionais e estudantes da área, bem como a difusão de conhecimento e de experiências ligadas ao tema. O total investido é de R$ 260 mil.

 

Para projetos relacionados a festivais e mostras de música
O Prêmio Funarte Festivais de Música 2020 é uma seleção pública de 24 propostas para realização de espetáculos musicais, debates, palestras e oficinas, entre outras atividades (virtuais ou presenciais) que estejam relacionadas a festivais de música considerados relevantes no país. Cada projeto contemplado receberá R$ 40 mil. O total destinado à ação é de R$ 1 milhão. O objetivo do concurso é apoiar um setor, que, devido à natureza de suas atividades, foi fortemente impactado pela pandemia de covid-19. Além disso, o concurso beneficiará mostras que, ao longo dos anos, vêm contribuindo para o fortalecimento da música brasileira. As inscrições estão abertas até 9 de novembro.

 

Incentivo à economia das artes
Iniciado em 2020 e planejado para durar por mais um ano, o Funarte de Toda Gente reúne todos os projetos da Fundação. O programa tem como foco unir cada vez mais artistas, produtores, técnicos e instrutores de arte ao público e à instituição, para que ela cumpra seu propósito essencial: incentivar a cadeia produtiva econômica das artes brasileiras, estimulando, em todo o país, o trabalho e a renda para esses profissionais, a formação de público, e o consumo cultural, para que a sociedade possa usufruir da arte cada vez mais – um trabalho por meio do qual se possa contemplar todos os cidadãos. A iniciativa inclui, além desses sete concursos, o Prêmio Funarte Respirarte, para vídeos online, e o Projeto Diálogos na Funarte, criado para reunir seminários na web.

Margareth vai promover cultura como embaixadora de entidade credenciada pela Unesco
Foto: Divulgação

A cantora e compositora baiana Margareth Menezes toma posse, nesta sexta-feira (21), como embaixadora da Organização Internacional de Folclore e Artes Populares (IOV)  - Secção Brasil, entidade credenciada pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), que tem como missão preservar e promover a arte popular e a cultura folclórica, através de ações de salvaguarda do Patrimônio Cultural.

 

Margareth será empossada em sessão solene virtual realizada a partir das 19h, com transmissão para convidados na plataforma Google Meet. Com o título, a artista baiana será a anfitriã da IOV Unesco/Brasil e porta voz da organização, com autoridade para representá-la em qualquer país do mundo.

MPF abre inquérito para apurar possível poluição visual por totem no Farol da Barra
Foto: Max Haack / Secom

O Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito civil público para apurar a possível poluição visual causada pela instalação de um letreiro que forma a palavras “Salvador”, em frente ao Farol da Barra, na capital baiana. 

 

A medida se dá após uma denúncia feita em 14 de abril deste ano, no Núcleo Cível Extrajudicial da Procuradoria da República na Bahia, e leva em consideração que a fortificação é um bem tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 1938. 

 

Na Portaria, publicada na edição desta quarta-feira (22), do Diário Oficial da União, o MPF destaca que é sua função “promover o inquérito civil e a ação civil pública, para proteção do patrimônio público e social, do meio ambiente e de outros interesses difusos e coletivos (art. 129, inciso III, da Constituição Federal), bem como zelar pela defesa do meio ambiente (art. 5º, do inciso III, alínea "d", da Lei Complementar nº 75/93)”. 

 

No documento, o MPF salienta ainda o inciso V, do art. 216, da Constituição, para justificar a instauração do inquérito: "Constituem patrimônio cultural brasileiro os bens de natureza material e imaterial, tombados individualmente ou em conjunto, portadores de referência à identidade, à ação, à memória dos diferentes grupos formadores da sociedade brasileira, nos quais se incluem: V - os conjuntos urbanos e sítios de valor histórico, paisagístico, artístico, arqueológico, paleontológico, ecológico e científico".

 

A prefeitura de Salvador, responsável pelo totem que é objeto da investigação, ainda não tomou conhecimento formal do fato. Procurada, a Secretaria de Comunicação (Secom) disse não saber do inquérito, informou que a prefeitura não foi notificada e que não se pronunciaria no momento. “Quando formos notificados, poderemos nos posicionar”, afirmou a Secom.

 

A reportagem entrou em contato ainda com a Secretaria Municipal de Cultura e Turismo de Salvador, mas até o momento o titular da pasta, Pablo Barrozo, ainda não se manifestou a respeito da medida. 

 

O contato com os dois órgãos da prefeitura se deu pois a Secom é quem responde pelo totem, localizado próximo ao bem tombado. A Secult, por sua vez, é a pasta responsável pela cultura e turismo, em nível municipal.  

Secult e Ipac gastam R$ 136 mil para proteger imóveis históricos no circuito do Carnaval
Foto: Ascom/IPAC

Com o objetivo de proteger e preservar os bens patrimoniais, a Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) gastaram cerca de R$ 136 mil com a instalação de tapumes nos imóveis históricos localizados no entorno do circuito do Carnaval de Salvador.


De acordo com o governo, desde 12 de janeiro o material de proteção começou a ser colocado. As edificações contempladas pela medida são o Palácio Rio Branco (Centro Histórico), Palácio da Aclamação (Campo Grande), Centro Cultural Casa da Música (Itapuã), Centro Cultural Plataforma (Subúrbio), Palacete das Artes (Graça) e o Cine Teatro (Lauro de Freitas). A retirada dos tapumes começa na quarta-feira de cinzas (26).

Estado e Arquidiocese de Salvador firmam parceria para preservação de patrimônio
Foto: Daniel Meira

O Governo da Bahia e a Arquidiocese de Salvador assinaram, nesta segunda-feira (2), um protocolo de intenções para criar o Revive Bahia, projeto voltado para impulsionar o turismo e a preservação do patrimônio cultural. 


A iniciativa prevê a identificação de imóveis históricos da igreja católica que possam integrar uma rota turística, cultural e religiosa na cidade, além de apoiar a criação de um Centro de Restauro e Conservação, com capacitação de jovens restauradores.


“Espero que o nosso Revive tenha o mesmo sucesso que o Revive de Portugal. Precisamos apostar na juventude, pois ela é responsável por reparar o que gerações mais antigas não fizeram pela preservação do patrimônio histórico baiano", comentou o vice-governador e secretário de Desenvolvimento Econômico, João Leão.


“Salvador tem uma riqueza religiosa, cultural e gastronômica que a cidade não conhece. Aqui é a história. Temos que criar uma mentalidade de preservação e valorização do nosso patrimônio. Precisamos para isso unir igreja, governo e iniciativa privada”, destaca Dom Murilo Krieger.


"Importantíssima essa iniciativa de envolver a juventude numa ação de educação dentro destes locais que são as igrejas e conventos que pulsam a cultura, que contam a nossa história", afirmou a secretária de Cultura, Arany Santana.

Casa de Ogum recebe título de tombamento provisório
Foto: Divulgação / FGM

A Casa de Ogum teve o processo de tombamento aberto nesta terça-feira (19), em uma solenidade realizada no próprio local, situado no bairro de Brotas, em Salvador. Na ocasião, a Fundação Gregório de Mattos (FGM) entregou o título de tombamento provisório a D. Didi, Yalorixá do terreiro. 


A Casa de Ogun mantém uma tradição bicentenária, implantada por uma princesa e sacerdotisa africana - da Nigéria, há 230 anos. O terreiro é o único espaço de culto exclusivo a Ògún no Brasil, seguindo os mesmos ritos como ocorre na África, onde cada região cultua uma divindade da diáspora africana.


O pedido de abertura do processo foi feito pela Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (AFA), por meio do seu presidente Leonel Monteiro, sob a justificativa da “singularidade em seguir e manter a tradição do mesmo jeito que na África, o único terreiro que faz culto exclusivamente à divindade Ogum, diferentemente dos demais templos de matriz africana que cultuam todas as divindades coletivas”.


O título enquadra a Casa no regime de tombamento provisório, até que haja a conclusão dos estudos necessários para a emissão de parecer pelo Conselho Consultivo do Patrimônio.

Feira de Santana: Painel de artista Lênio Braga passa por restauração 
Foto: Divulgação

Patrimônio material tombado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), um painel do artista Lênio Braga, integrado à rodoviária de Feira de Santana, passou por um processo de restauração. A obra de dois metros de altura representa histórias, lendas e personagens populares da cidade.


Com duração de três meses, o trabalho recuperou a obra das alterações ocorridas ao longo dos anos, em decorrência de mudanças de temperatura e trepidações. A execução foi realizada pela empresa AM Restauro, com recurso disponibilizado pela Sociedade Nacional de Apoio Rodoviário e Turístico (Sinart) e fiscalização do Ipac.


Nascido no Paraná, Lênio Braga morou na Bahia durante os anos 1950 e 1960. Durante o período em que residiu no estado, realizou obras utilizando diversas linguagens, como pintura, mural desenho, escultura e fotografia. O primeiro mural do artista foi para a rodoviária de Jequié e, no ano seguinte, dois outros grandes murais foram confeccionados para as rodoviárias de Feira Santana, com a colaboração do ceramista Udo Knoff, e de Itabuna. Salvador, Vitória da Conquista e Itabuna também abrigam algumas das principais obras do artista.

Após vandalismo, FGM registra queixa e faz orçamento para recuperar estátua de Zumbi
Foto: Divulgação

Após a estátua de Zumbi dos Palmares, localizada no Centro Histórico de Salvador, ser vandalizada (clique aqui), a Fundação Gregório de Mattos (FGM) anunciou as primeiras medidas da prefeitura. “A queixa foi registrada na 1ª Delegacia - Barris. A próxima etapa é fazer orçamento para levantar o prejuízo e providenciar a recuperação”, informou FGM, órgão municipal, responsável por preservar o patrimônio histórico, cultural e artístico da capital baiana. “A partir da denúncia recebida, no final da tarde do último sábado (12), em relação a mais um ato de vandalismo na cidade, desta vez na estátua de Zumbi dos Palmares, a FGM informa que vai tomar as providências cabíveis”, diz o comunicado oficial. Ainda não é conhecida a autoria ou quando ocorreu o ato de vandalismo.


O monumento em homenagem ao herói da luta contra a escravidão foi confeccionado pela artista plástica Márcia Magno e inaugurado em 2008. Feita em bronze, a estátua tem 2,20 m de altura e pesa 300 quilos.

Bombeiros encontram crânio humano em escombros do Museu Nacional
Crânio pode ser de Luzia, fóssil humano mais antigo da América | Foto: Globo

Os bombeiros encontraram, nesta terça-feira (4), um crânio humano em meio aos escombros do Museu Nacional, após o incêndio que comprometeu o acervo e instalações do prédio histórico (clique aqui e saiba mais). De acordo com informações do G1, um grupo de especialistas irá analisar o material, que pode se tratar de Luzia, o fóssil humano mais antigo da América, com cerca de 12.500 a 13 mil anos. Um dos bombeiros que trabalhou para conter as chamas revelou que tentou resgatar o item histórico, mas não teve êxito. "Fizemos um esforço gigantesco e conseguimos nos aproximar e abrir o armário. Ao procurar Luzia, encontrei vazio e um ferro incandescente que derreteu minha luva e queimou meus dedos. Doeu, muito. Saí da sala e chorei. De dor? Não. De frustração", lembrou o soldado Rafael Luz.

Fórum Permanente na Bahia é eleito para dar apoio para Forró virar patrimônio imaterial
Foto: Divulgação

O Forró pode virar Patrimônio Imaterial do Brasil. Para isso, foi eleito um Fórum Permanente na Bahia, no último dia 2 de agosto, quando se comemorou o Dia Do Sanfoneiro. A pauta da reunião foi o direcionamento das ações do Fórum Forró de Raiz Bahia, que, em gestão colegiada, assumirá as atividades de fomento, sustentabilidade, apoio e formação para o registro das matrizes do Forró tradicional a nível estadual, via Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), e apoio ao registro a nível nacional, pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A autora da iniciativa do Fórum Forró de Raiz Nacional, Joana Alves, esteve presente na reunião, que contou com a presença de representantes da Secretaria de Estadual de Cultura, músicos, compositores, intérpretes, produtores culturais e professores de dança que ensinam Forró. De acordo com o Regimento Interno do Fórum, cada área cultural ligada ao Forró deve ter um representante.

FGM abre processo de tombamento de 16 painéis de Carybé em Salvador
Painel 'Orixás' está entre obras do processo de tombamento | Foto: Divulgação

Dezesseis painéis do artista plástico Carybé, dispostos em diversos locais de Salvador, podem ser tombados como patrimônio cultural do município. O Presidente da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Fernando Guerreiro, notificou os responsáveis legais e proprietários dos imóveis onde estão as obras, através do Diário Oficial do Município publicado nesta quinta-feira (7). Com a medida, a partir de agora os painéis entram em regime de tombamento provisório, até que haja o arquivamento do processo, caso haja um parecer desfavorável, ou a publicação da homologação do Decreto de Tombamento, se o parecer for favorável. As obras em questão são: os painéis “Tupinambá”, situado no Edifício Tupinambá, em Brotas; “As Mulheres e os Pássaros”, no Centro Empresarial Iguatemi, na Av. Tancredo Neves; “Catharina Paraguaçu”, no Edifício Catharina Paraguaçu, na Graça; “Índios Guerreiros”, integrado ao Edifício Campo Grande, na Av. Sete de Setembro; “Orixás”, no Museu Afro-Brasileiro, no Pelourinho; “Fundação da Cidade do Salvador”, no Foyer do Teatro Castro Alves; “Panorama de Salvador”, no Centro Educacional Carneiro Ribeiro, no Pero Vaz; “As Três Raças”, na fachada da Fundação Casa de Jorge Amado, no Pelourinho; “A Colonização do Brasil”, na fachada do Edifício Desembargador Bráulio Xavier, situado na Rua Chile; “Os Pescadores”, integrado ao Edifício Barão de Itapuã, em Itapuã; “Quetzalcoatl”, no Edifício Cidade de Ilhéus, na Avenida Estados Unidos; “Progresso” e “Fundação de Salvador”, integrados ao Edifício Cidade de Salvador, no Comércio; “Espécies Marinhas”, no Edifício Labrás, na mesma região; “A Colonização do Brasil”, integrado à Agência CPA 10 ANBIMA, na Rua Chile e “Bahia”, no Edifício Guilhermina, situado no Largo do Campo Grande. O pintor, gravador, desenhista, ilustrador, mosaicista, ceramista, entalhador e muralista Hector Julio Páride Bernabó, mais conhecido como Carybé, nasceu em 1911 em Lanús, na Argentina, mas foi naturalizado brasileiro.  Ele, que morreu em 1997, em Salvador, vivia no Brasil deste 1949, figurando entre os maiores artistas plásticos do país. 

Patrimônio Imaterial da Bahia, Bembé do Mercado tem mais uma edição em Santo Amaro
Foto: Jamile Amine / Bahia Notícias

Completando 129 anos de história, o Bembé do Mercado tem mais uma edição entre esta quarta-feira (9) e o domingo (13), em Santo Amaro, no Recôncavo baiano. Este ano, para a realização do evento que em 2012 foi registrado como Patrimônio Imaterial da Bahia, foi firmado um termo de cooperação e fomento entre a secretária de Cultura, Arany Santana, o secretário de Turismo, José Alves, o chefe de gabinete do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), André Reis, e Raimundo Konmannanjy, presidente da ACBANTU, que participa da organização do Bembé. “Considerando que é a Festa é patrimonializada e a sua vocação para o turismo, é muito importante firmar esta parceria junto à Setur para a sua manutenção e preservação. Isto é reconhecer também a sua importância como fato histórico, o qual nós precisamos relembrar e saudar, especialmente em tempos de intolerância como ora vivemos”, avalia Arany Santana.


Patrimônio Imaterial da Bahia desde 2012, o Bembé do Mercado, que teve a sua primeira edição em 1889, é considerado o maior candomblé de rua do mundo, reunindo mais de 40 terreiros do território do recôncavo para celebrar a abolição da escravatura no barracão do Mercado de Santo Amaro. 

 

Confira a programação completa da Festa do Bembé do Mercado.
09 de maio (quarta-feira)

5h – Alvorada e Preceitos no Barracão
18h30 – Grupo de Capoeira Angola Cativeiro
20h – Grupo Afro Baluarte
21h – Celebrações religiosas no Barracão

 

10 de maio (quinta-feira)
8h – “1º Fórum de Fortalecimento do Bembé do Mercado de Santo Amaro - Processos para a construção das Diretrizes do Plano de Salvaguarda” – Teatro Dona Canô
18h30 – Grupo de Capoeira Raízes e Estilo
20h – Balé Afro do Recôncavo
21h – Celebrações religiosas no Barracão
 

11 de maio (sexta-feira)
8h – Roda de Conversa sobre Samba de Roda com Mestras e Mestres
15h – Roda de Conversa: Tradição, Histórica, Cidadania e Emancipação
18h – (Agcarba) Raízes Baianas
19h – Grupo de Maculelê, Os Gemas Po vi vá
20h – Puxada de rede e Lindroamor Grupo Acarbo
21h30 – Samba de Nicinha
23h – Samba Chula João do Boi
 

12 de maio (sábado) 
15h – Samba Criôla
19h – Grupo Gunga Capoeira
21h – Celebrações religiosas no Barracão
23h30 – Samba Chula de São Braz
 

13 de maio (domingo)
11h – Saída do presente para entrega na praia de Itapema
Almoço Festivo dos Povos de Terreiro

Ministro da Cultura anuncia obras para preservação do patrimônio no Recôncavo
Foto: Guilherme Ferreira / Bahia Notícias

Presente em Salvador, nesta segunda-feira (5), o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, assinou ordens de serviço de obras em quatro municípios baianos, por meio do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em Itaparica serão restauradas as Igrejas Matriz do Santíssimo Sacramento e de São Lourenço, com investimentos de R$ 6,4 milhões. Em Santo Amaro serão investidos R$ 4 milhões na restauração da antiga Casa de Câmara e Cadeia. A cidade de Maragogipe terá R$ 6 milhões para a restauração da Igreja Matriz de S. Bartolomeu. E em São Félix, será realizada obra emergencial de restauração do Paço Municipal, orçada em R$ 1,2 milhão. "A área do patrimônio está diretamente vinculada às atividades geradoras de receita, como o turismo, a gastronomia ou outras ligadas à preservação da nossa história. Edifícios históricos restaurados muitas vezes acabam sendo perfeitos para esse tipo de empreendimento", destacou Sá Leitão, que em sua viagem à capital baiana esteve também na inauguração da Casa do Carnaval (clique aqui) e na reabertura da Igreja do Passo (clique aqui).

Patrimônios culturais baianos integram exposição internacional em São Paulo 
Foto: Divulgação / Ipac

Os patrimônios culturais da Bahia integram a 45ª Expo Internacional, realizada pela Associação Brasileira de Agências de Viagens (ABAV), desta terça (26) a sexta-feira (29), na cidade de São Paulo. Em um stand de 25 metros quadrados, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) apresenta ao público a riqueza material e imaterial baiana, como as emblemáticas e centenárias festas de Santa Bárbara (Salvador), da Boa Morte (Cachoeira) e do Bembé do Mercado (Santo Amaro). Livros e videodocumentários sobre bens culturais como o Carnaval de Maragojipe e o Desfile de Afoxés (Salvador), o Ofício de Vaqueiros, Terreiros de Candomblé de Cachoeira e São Félix, Pano da Costa e Escola Parque também estão entre o material exposto.

Festa do Divino Espírito Santo recebe título de Bem Cultural Imaterial do Estado da Bahia
Foto: Ivanor Borges

A Festa do Divino Espírito Santo, celebração centenária realizada no município de Bom Jesus da Lapa, recebeu, neste domingo (6), o título de Bem Cultural Imaterial do Estado da Bahia. Na ocasião, a Romaria do Senhor Bom Jesus, que faz parte da festa, ganhou o Registro Especial Provisório como Patrimônio Imaterial do Estado, após assinatura de decreto do governador Rui Costa, que esteve presente nos festejos religiosos da igreja católica. "Estou muito emocionado por poder professar a minha fé junto com tantas pessoas, e reafirmar a nossa caminhada e nossa fé em Deus. Esses registros abrem caminhos para que possamos utilizar fontes de recursos para valorizar esse importante evento da fé do povo, não só da Bahia, mas do Brasil inteiro. São dois atos de reconhecimento importantes que consagram essa festa, que já está na alma e no coração do povo brasileiro”, comentou Rui. Comemorada 50 dias após a Páscoa, a Festa do Divino Espírito Santo é marcada por missas, procissões, além de manifestações folclóricas e doações religiosas, que todos os anos atraem fiéis do país inteiro. Somente durante a romaria, o Instituto do Patrimônio Artístico Cultural (Ipac) estima que circulam pela cidade cerca de 500 mil fiéis, sendo que durante o ano inteiro, esse número chega a 2,5 milhões de pessoas.

Lei reconhece humor do Ceará como patrimônio imaterial
Chico Anysio e Tom Cavalcanti recebem homenagens | Foto: Edwirges Nogueira / Abr

Chico Anysio, Renato Aragão e Tom Cavalcante têm em comum o fato de serem humoristas consagrados no Brasil. Não por acaso, os três são nascidos no Ceará, estado onde o humor, por meio de lei estadual sancionada semana passada, passou a ser considerado um bem cultural de natureza imaterial. A esse trio de artistas, segue uma lista extensa de outros nomes do humor cearense, entre eles Falcão, Tiririca, Rossicléa, Adamastor Pitaco e, mais recentemente, Edmilson Filho, que ficou nacionalmente conhecido nos últimos anos ao protagonizar os filmes Cine Holliúdy (2012) e Shaolin do Sertão (2016).

 

A história antiga e recente do humor estão expostas de diversas formas no Museu do Humor, localizado em Fortaleza. “Este é um museu vivo, pois está sempre se renovando. A história do humor nunca acaba”, disse o historiador e humorista Jader Soares, que interpreta o personagem Zebrinha, à Agência Brasil. No escritório do museu, estão peças utilizadas em Cine Holliúdy 2, que só serão expostas após o lançamento do filme. Duas salas expõem a memória de Chico Anysio e de seus 209 personagens, em especial o Professor Raimundo. Uma das salas exibe o jaleco, a peruca e o bigode usado pelo artista nas gravações do programa Escolinha do Professor Raimundo. Em outra está exposta a urna funerária onde as cinzas de Chico foram transportadas.

 

“Chico Anysio dizia que, por conta do sofrimento, o humor era o jeito de o cearense extravasar. Não sei se é isso. Acho que o brasileiro, de forma geral, é muito alegre. O nordestino é muito gaiato e o cearense consegue colocar essa alegria no palco. Todo mundo conta piada no bar, mas, na hora de subir num palco para fazer isso, o cearense é quem melhor faz. Nós influenciamos outros estados”, afirmou Soares. O Museu do Humor funciona de segunda a sábado, entre 13h e20h e conta com um teatro, batizado de Chico Anysio. Semanalmente, nas noites de sexta-feira, o palco é tomado pelas apresentações de diferentes humoristas cearenses.

Ipac autoriza retirada de escombros de casa que desabou na Ladeira da Soledade
Foto: Divulgação

O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac) autorizou, nesta quinta-feira (27), a retirada dos escombros da casa que desabou na Ladeira da Soledade na última segunda-feira (24). Por meio de Ofício, o órgão liberou a atuação da Prefeitura Municipal de Salvador, responsável pela limpeza, além de retirada de pessoas e do isolamento de imóveis em risco. No mesmo documento, o Ipac autorizou também a preservação da fachada de outra casa na mesma rua onde o prédio desabou. O instituto notificou ainda a prefeitura sobre 250 imóveis que estariam, segundo a Codesal, em situação de risco em Salvador. “Este mapeamento anunciado pela Codesal deve ser compartilhado com antecedência para todas as instâncias federativas na capital, como Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, Ipac, Ministério Público e outros entes, para que tomem conhecimento e providências de acordo com suas áreas de jurisdição”, afirma o diretor geral do IPAC, João Carlos de Oliveira.

Prince deixa coleção de barras de ouro avaliada em US$ 840 mil
Foto: Divulgação
O patrimônio de Prince, morto em abril de 2016, começa a ser revelado. De acordo com informações do "Star Tribune", o inventário do artista, ainda em fase inicial, contempla itens excêntricos como uma coleção de 67 barras de ouro, avaliada em US$ 840 mil. Ele teria deixado ainda US$ 25,4 milhões em propriedades e quatro empresas, com cerca de US$ 6 milhões, na época da morte.  Os valores devem subir muito mais, já que o inventário ainda não chegou na avaliação do catálogo de discos do artista ou materiais inéditos.
Ipac fiscaliza montagens do Carnaval em áreas históricas tombadas até esta quarta
Foto: Jefferson Vieira / Divulgação
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) realiza fiscalização das estruturas do Carnaval de 2016 em áreas históricas tombadas e protegidas pelas leis até essa quarta-feira (3), em Salvador. “Os tapumes auxiliam na proteção dos edifícios históricos e na contenção de fluxos de pessoas, maquinários e transportes que passam próximos aos prédios”, afirma o diretor geral do Ipac, João Carlos de Oliveira, explicando ainda que “Janelas, portas, gradis e elementos artísticos das fachadas ficam muito próximos às ruas que são estreitas – característica arquitetônica do barroco ibérico-português – colocando esse acervo em situação de fragilidade”. O Teatro Castro Alves, os palácios Rio Branco e Aclamação (Campo Grande), o Palacete das Artes (Graça), além da Casa da Música (Parque do Abaeté), Cine Teatro (Lauro de Freitas) e o Centro Cultural de Plataforma, foram alguns dos prédios protegidos pelo Ipac.
Evento debate relação entre patrimônios culturais e ambientais nesta quarta
Foto: Reprodução/ Itapuacity
Na próxima quarta-feira (09), a partir das 18h, a Casa da Música recebe mais uma edição da ' Fogueira Filosófica', que vai debater a relação entre patrimônios culturais e ambientais. 

Nesta edição, o evento terá como tema a importância da salvaguarda ambiental dos patrimônios naturais das águas e sua influência na identidade de comunidades tradicionais.
 
A mesa de debates conta com seis participantes de segmentes diversos, todos voltados para as questões ecológicas, artísticas e humanitárias. São eles: Tina Tude, atriz e educadora; Edson Costa, diretor de Direitos Humanos da Prefeitura de Lauro de Freitas; Mãe Jaciara, do Terreiro Abassa de Ogum; Taquari Pataxó, representante do Programa de Erradicação do Trabalho (PET) Comunidades Indígenas pela Universidade Federal da Bahia (UFBA); Tiago Marques, gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) Abaeté/Inema; e Angélica da Paixão, gestora de educação ambiental de São Francisco do Conde.
 
Serviço:
 
Quando: Quarta-feira, 09/09, às 18h
 
Onde: Casa da Música (Parque Metropolitano do Abaeté, s/n – Itapuã, Salvador – BA)
 
Quanto: Grátis
 
Mais informações:
 
Iphan seleciona trabalhos sobre preservação cultural para publicação em seu portal
Foto: Divulgação
O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abre espaço em sua página eletrônica para a publicação de artigos, resenhas e ensaios voltados às temáticas de preservação, salvaguarda e valorização do patrimônio cultural brasileiro, seus reflexos no Brasil, assim como suas correlações no plano internacional. Os interessados em participar da seleção, devem enviar o material por e-mail. Aqueles que forem aprovados por uma equipe de especialistas ficarão em destaque no portal institucional por, no mínimo cinco dias, irão compor um arquivo permanente para consulta. O edital está disponível online.
Carimbó é reconhecido como patrimônio cultural imaterial em votação unânime
O Carimbó, dança de origem indígena típica do estado do Pará e da Região Amazônica, foi reconhecido como patrimônio cultural imaterial do Brasil, em votação do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, nesta quinta-feira (11). O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) realizou, entre 2008 e 2013, pesquisas para identificação da dança em diversas regiões do Pará. “Foi uma luta de nove anos; uma luta sólida. Esta cultura vem de muitos anos, de nossos antepassados, de nossos irmãos índios. Herdamos a terra e temos que levar à frente essa manifestação, repassando para nossos filhos e netos, e para isso temos que trabalhar com políticas públicas”, disse o Mestre Manoel, do Grupo Uirapuru, que defende a manutenção do carimbó. A ministra da Cultura, Marta Suplicy, acompanhou a votação em Belém, por meio de videoconferência, e destacou a importância da manifestação cultural. “Quando se tem uma expressão cultural deste porte, e não há chancela do Estado, ela tende a desaparecer ao longo dos anos”, comentou.

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
Quem acompanhou a Faroeste viu o que um pseudo cônsul pode fazer. Na história de Porto Seguro, tem dois verdadeiros. Imagine o que ainda não vai render. E olha que a história nem chegou em Salvador. Mas a vida segue também fora do Judiciário. Por exemplo: o Soberano está cada vez menor, enquanto o Ferragamo está cada vez mais investindo em um perfil "pau pra toda obra" (lá ele!). Mas se o Dois de Julho não foi lá tão bonito, tem coisa ainda mais triste fora do cortejo. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Luciano Simões

Luciano Simões
Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".

 

Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis. 

Podcast

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira

Projeto Prisma entrevista deputado estadual Luciano Simões Filho nesta segunda-feira
O deputado estadual Luciano Simões Filho (União) é o entrevistado do Projeto Prisma nesta segunda-feira (15). O podcast é transmitido ao vivo a partir das 16h no YouTube do Bahia Notícias.

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