patrocinio corinthians

Em acordo fechado em janeiro, o Corinthians e a 'VaideBet’, empresa do ramo de apostas esportivas fecharam o maior contrato de patrocínio da história do futebol brasileiro. A parceria ficou na casa dos R$370 milhões em três anos de contrato. O clube utilizou um intermediador para as negociações do contrato, e para isso, vai pagar o total de R$ 25 milhões divididos em valores mensais de R$700 mil ao dono da empresa Rede Social Media Design LTDA, Alex André. Em nota divulgada pelo jornalista Juca Kfouri, no Portal UOL, foi denunciado um possível esquema de laranjas no patrocínio.

O que chama a atenção é que no dia 18 de março deste ano, a Rede Social Media Design Ltda recebeu um pagamento de 700 mil reais do Corinthians, que fez com o que a conta bancária passasse a ter um saldo positivo de R$ 697.270.73. Três dias depois, no dia 21, a conta foi abastecida com outros R$ 700 mil.

As informações contam que a empresa Rede Social realizou dois pagamentos, a uma empresa chamada Neoway Soluções Integradas, o primeiro de R$ 580 mil, e outro de R$462 mil, ambos por meio de Pix. A Neoway é uma empresa que teria como sócia uma mulher chamada Edna Oliveira dos Santos. O endereço da Neoway consta como sendo na Avenida Paulista, 171, 4º andar, mas apenas para efeito de endereço fiscal, um chamado co-working, com salas para reunião, jamais frequentado por alguém da empresa, conforme contou a recepcionista.

A Rede Social pertence a Alex Fernando André, o Alex Cassundé, que fez parte da equipe de comunicação de Augusto Melo durante a campanha eleitoral do Corinthians, no ano passado. Kfouri ainda conta que Cassundé é parceiro do diretor de marketing do Corinthians, Sergio Moura, amigo íntimo e por ele foi indicado para a campanha, por mais que tente minimizar a relação.

Os dois pagamentos de 700 mil reais com intervalo de três dias foram feitos à revelia do diretor financeiro Rozallah Santoro, que estava fora do Parque São Jorge, em viagem, e determinados pelo diretor administrativo Marcelo Mariano, sob alegação de que a Rede Social havia emitido notas fiscais e pagado os impostos.

Edna Oliveira dos Santos desconhece ser dona da Neoway, é moradora de uma casa de tijolos, sem reboque ou acabamento, sem eletricidade, no Jardim Caraminguava, em Peruibe, São Paulo, vive de Auxílio Brasil e disse que desconhece Cassundé.

Na Junta Comercial do Estado de São Paulo, na abertura da Neoway, consta que o endereço de dona Edna seria na rua Helena 151, apartamento 12, na Vila Olímpia. Procurado, o zelador do edifício informou que não existe tal unidade no prédio, nem o nome da suposta moradora na lista dos que lá residem.