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Estão abertas as inscrições para o 9º Congresso Baiano de Pediatria, que será realizado entre 26 e 29 de julho, em Feira de Santana. A retomada da maior atividade da pediatria baiana acontece depois de 7 anos e com realização inédita no interior. A programação trará a discussão de temas desafiadores para a pediatria e contará com a participação de renomados professores da Bahia e de outros estados do Brasil.
Promovida pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape) sob a presidência da pediatra Graciete Vieira, esta edição do congresso tem apoio da Sociedade de Pediatria de Feira de Santana (Sopefs) e será realizada juntamente com o 1º Congresso Regional de Pediatria de Feira de Santana.
Uso de telas e violência nas escolas, entre outros temas atuais e desafiadores para a pediatria, estarão em discussão, através de ampla programação do congresso, dos cursos pré-congresso e do simpósio multiprofissional, que vai promover interdisciplinaridade. As atividades contarão com renomados professores da Bahia e de outros estados.
A presidente da Sobape, pediatra Ana Paz, ressalta que "cada detalhe da programação foi pensado e discutido com o objetivo de apresentar temas da atualidade e questões frequentes do dia a dia das crianças e adolescentes, revendo propostas e diretrizes".
O 9º Congresso Baiano de Pediatria está aberto a médicos pediatras, médicos de outras especialidades, profissionais de saúde não médicos (enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros), residentes e estudantes.
Há exatos 100 anos, o quadro de mortalidade infantil na Bahia era preocupante. A cada 100 crianças nascidas, 40 morriam antes mesmo de completar seu primeiro ano de vida. Com o intuito de modificar essa realidade, o pediatra Álvaro Pontes Bahia idealizou, ao lado do seu amigo, o também pediatra Joaquim Martagão Gesteira, e outros cinco integrantes, a Liga Bahiana Contra a Mortalidade Infantil.
O ano era 1923. Cem anos depois, a entidade, que foi batizada de Liga Álvaro Bahia, em homenagem ao seu idealizador, está hoje à frente não somente do Martagão Gesteira, como também do Hospital Sokids, do Instituto de Ensino da Saúde e Gestão (IESG), do Hospital Estadual da Criança (HEC) e do Centro de Referência Estadual para Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (CRE-TEA). Esses dois últimos sob contrato de gestão.
Uma solenidade será realizada nesta quinta-feira, 15, para marcar o centenário da Liga. E foi justamente a atuação dessa entidade, criada em 17 de junho de 1923, um dos principais fatores que ajudou e continua a contribuir para modificar essa realidade. “A Liga participou de diversos momentos ao longo desses 100 anos, que nos fizeram assistir a uma redução da mortalidade infantil: de 400 mortos por mil nascidos para os 16,5 por mil atuais. Ainda é um índice que nos incomoda muito, mas também uma razão para continuarmos trabalhando, objetivando sua redução”, frisa o superintendente geral da entidade, Carlos Emanuel Melo.
Somente em 2022, em toda a Bahia, a Liga foi responsável por 69% das cirurgias oncológicas; 42% das cirurgias cardíacas; 40% das neurocirurgiãs e 57% dos tratamentos oncológicos, considerando a faixa etária pediátrica (0 a 14 anos), pelo SUS.
Pioneirismo - Desde a sua fundação, a entidade desenvolveu relevantes ações em prol da maternidade e da infância, que serviram como exemplo de políticas públicas para todo o país. “O principal desafio atualmente é a sustentabilidade. É garantir a sobrevivência de longo prazo. Além disso, enfrenta também a necessidade de estar à frente da evolução tecnológica. Tornar-se líder na vanguarda da inovação e da tecnologia”, acrescenta Melo.
Para a presidente de honra da Liga, Rosina Bahia, o balanço desses 100 anos é “grandemente positivo”. “Instituição pioneira, a Liga sempre procurou desenvolver suas atividades voltada para o bem-estar e para a saúde da mãe e da criança, inclusive com o propósito de que, cuidando da mãe, se estaria cuidando da criança”, avalia Rosina, neta do pediatra Álvaro Bahia.
Um dos principais marcos na história da entidade, frisa Rosina, diz respeito à vanguarda no tratamento da criança de forma científica. “Álvaro Bahia defendeu, de forma sistemática, a saúde das crianças, particularmente as oriundas das famílias mais necessitadas, mudando a forma do atendimento às crianças, anteriormente caritativa, para uma assistência efetiva, com base sólidas, técnico-científicas”.
A presidente de honra cita também outros marcos importantes que ajudaram na redução dos índices de mortalidade, além da criação do Martagão: as instalações modernas realizadas nas dependências da Santa Casa de Misericórdia, onde a Liga atuava com lactário, creches e a Escola para Mãezinhas, entre muitos outros. Em 1937, por exemplo, foi criada a Escola de Puericultura Raymundo Pereira de Magalhães, para prestar assistência às mães e às crianças. Nela, foi instalado o primeiro Banco de Leite Materno do país.
Estão abertas as inscrições para o IX Congresso Baiano de Pediatria e I Congresso Regional de Pediatria de Feira de Santana, que serão realizados entre 26 e 29 de julho. A última edição do Congresso Baiano de Pediatria foi em 2016, em Salvador, e a retomada acontece sete anos depois, com realização inédita no interior e grande expectativa.
Promovido pela Sociedade Baiana de Pediatria (Sobape), com o apoio nesta edição da Sociedade de Pediatria de Feira de Santana (Sopefs), e sob a presidência da pediatra Graciete Vieira, o congresso está aberto a médicos pediatras, médicos de outras especialidades, profissionais de saúde não médicos (enfermeiros, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros), residentes e estudantes.
Entre os temas a serem discutidos estão autismo, TDAH, aleitamento materno, distúrbios funcionais do aparelho digestivo, obesidade, violência na escola, doenças raras, afecções oftalmológicas na infância, vacinação, Covid-19 e uso de telas.
No dia 26, haverá cursos pré-congresso e o I Simpósio Multiprofissional em Pediatria, no Hotel Ibis. Os dias 27, 28 e 29 serão dedicados ao IX Congresso Baiano de Pediatria, no auditório do NH Hotels, no edifício Charmant.
A presidente da Sobape, pediatra Ana Paz, ressalta que cada detalhe da programação foi pensado e discutido com o objetivo de apresentar temas da atualidade e questões frequentes do dia a dia das crianças e adolescentes, revendo propostas e diretrizes. “Os professores convidados são referência em suas áreas e, certamente, será uma excelente oportunidade de atualização”, reforça.
Para Graciete Vieira, presidente do congresso, a expectativa é muito grande, considerando que “saímos de uma pandemia e um evento presencial vai permitir maior interação entre os pediatras, o que resultará em uma rica troca de experiências e de aprendizado”.
Ela explica que o intercâmbio dos pediatras com outros profissionais de saúde será assegurado mediante a realização do simpósio, destinado a fisioterapeutas, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, terapeutas ocupacionais, educadores físicos e fonoaudiólogos, dentre outros.
“Esta inovação se caracteriza como uma importante atitude, que permitirá a interdisciplinaridade e aproximação de diversos profissionais de saúde, fundamentais para o atendimento individualizado e integral da criança em respeito às suas peculiaridades e particularidades”, acrescenta.
As atividades serão oportunidades de atualização científica, mediante a presença de renomados professores baianos com destaque nacional e de convidados de outros estados, como Liubiana Arantes de Araújo (MG), Renato Kfouri (SP), Elsa Regina Justo Giugliani (RS) e Kelly Coca (SP).
As inscrições com valores diferenciados para sócios da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e para estudantes podem ser feitas no Sympla, onde é possível consultar mais detalhes da programação e orientações sobre a inscrição de trabalhos científicos.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).