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penitenciaria federal de mossoro
Imagem do presídio federal de segurança máxima de Mossoró mostra um buraco na parede da cela de um dos dois presos que fugiram da unidade na madrugada da quarta-feira (14).
Os dois presos, Rogério da Silva Mendonça e Deibson Cabral Nascimento , estavam na penitenciária de Mossoró desde 27 de setembro de 2023. De acordo com o g1, eles foram transferidos após participarem de uma rebelião no presídio de segurança máxima Antônio Amaro, em Rio Branco, que resultou na morte de cinco detentos, três deles decapitados.
Antes de fugirem, Deibson e Rogério estavam isolados em celas individuais, porém vizinhas, separadas por uma parede. Os dois podem ter conseguido planejar a ação. Eles também são, de acordo com a Polícia Federal, ligados ao Comando Vermelho, facção de Fernandinho Beira-Mar, que também está preso na unidade federal de Mossoró. Os nomes deles estão na lista da Interpol, a polícia internacional.
De acordo com o Ministério da Justiça, o buraco foi feito na região da luminária da cela, na parte superior de uma das paredes. Em entrevista à imprensa, na tarde de ontem, o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski admitiu que falhas na segurança contribuíram para a fuga.
Agentes da Polícia Federal, da Polícia Rodoviária Federal e das polícias locais fazem buscas desde o dia da fuga. Até a última atualização desta reportagem, nesta sexta (16), eles ainda não haviam sido encontrados.
Em coletiva de imprensa na tarde desta quinta-feira (15), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, comentou a fuga de presos da Penitenciária Federal de Mossoró, no Estado Rio Grande do Norte, na manhã de ontem. Os dois fugitivos são Rogério da Silva Mendonça, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, 34 anos, conhecido também como “Tatu” ou “Deisinho”. Ambos são do Acre.
Aos jornalistas, Lewandowski admitiu que algumas câmeras da unidade de segurança máxima não estavam funcionando adequadamente, assim como as luzes dos sensores de presença. “Porque que isto ocorreu, de quem era essa responsabilidade, isso será apurado do ponto administrativo e do ponto de vista criminal”, adiantou.
O ministro também revelou que a fuga não foi orquestrada de fora, pois não haviam veículos aguardando os fugitivos. A polícia, segundo ele, já tem a informação de que os homens invadiram uma casa em uma localidade rural e roubaram alimentos e roupas e que, ao que tudo indica, ambos estejam no perímetro de até 15 km do local da fuga. “Não houve também uso de helicópteros e muito dinheiro envolvido. Eu acho, creio eu, que tudo foi feito muito barato, utilizando os recursos que eles encontraram na hora”, pontuou o ministro.
Lewandowski afirmou que haverá a modernização do sistema de videomonitoramento; as câmeras atuais foram instaladas em 2009 e, portanto, tem uma tecnologia obsoleta. Os aparelhos serão substituídos pelos de reconhecimento facial nas dependências internas. Outra medida é a ampliação do sistema de alarmes e sensores, assim como a construção de muralhas no entorno da penitenciária. O presídio de Mossoró também vai receber 40 fuzis novos e 48 carabinas.
Confira outras medidas anunciadas pelo ministro:
1. Determinou a ida do secretário Nacional de Políticas Penais, André Garcia, a Mossoró, acompanhado de uma equipe de seis servidores, para a apuração presencial dos fatos e a tomada das ações cabíveis no âmbito administrativo.
2. Acionou a Direção-Geral da Polícia Federal para abertura de investigações e o deslocamento de uma equipe de peritos ao local, com objetivo de apurar responsabilidades e de atuar na recaptura dos dois fugitivos, ação que já conta com o engajamento de mais de 100 agentes federais.
3. Ordenou a mobilização das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (Ficco), que congregam as polícias federais e estaduais nas ações de repressão da criminalidade organizada, para colaborarem com os esforços de localização e prisão dos foragidos.
4. Instruiu a Polícia Federal (PF) para que efetuasse o registro dos nomes dos fugitivos no Sistema de Difusão Laranja da Interpol, bem como a sua inclusão no Sistema de Proteção de Fronteiras, para que sejam procurados pela comunidade policial internacional;
5. Mobilizou a Polícia Rodoviária Federal (PRF) para que realize o monitoramento das rodovias sob sua jurisdição e dê suporte à recaptura dos presos.
6. Mandou que fosse realizada uma imediata e abrangente revisão de todos os equipamentos e protocolos de segurança nas cinco penitenciárias federais.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).