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Artigos

Daniel Sampaio
Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos
Foto: Divulgação

Verticalização de empreendimentos maximiza os benefícios urbanos

Ao desempenhar papel decisivo no desenvolvimento e no funcionamento das cidades de maneira sustentável, o setor imobiliário e de construção civil chama a atenção para a discussão entre a verticalização e a horizontalização dos espaços urbanos e a necessidade de uma reflexão sobre o assunto.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

pib

Agronegócio representa 13,7% da economia baiana no 1º trimestre de 2024
Foto: Feijão Almeida / GOVBA

O agronegócio baiano acumulou um Produto Interno Bruto (PIB) de R$ 16,9 bilhões no primeiro trimestre de 2024, representando 13,76% do PIB estadual no mesmo período. É o que aponta o estudo realizado pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). 

 

Ainda segundo o cálculo da SEI, a participação do agronegócio, apesar de expressiva, é inferior à verificada no mesmo trimestre de 2023, quando era equivalente a 16,4% do PIB total baiano. A redução foi ocasionada, sobretudo, por uma retração significativa nos preços dos produtos da agropecuária e da agroindústria.

 

A estimativa do PIB do agronegócio baiano é calculada pela equipe de Contas Regionais da SEI a partir da análise e cálculo de quatro grandes agregados: Agregado I (insumos para a agropecuária); Agregado II (agropecuária, conforme consta nas Contas Regionais, incluindo agricultura, pecuária, silvicultura, extrativismo vegetal e pesca); Agregado III (indústrias de base agrícola – consomem produtos do agregado II); e Agregado IV (transporte, comércio e serviços referentes à distribuição final dos produtos dos agregados II e III).

 

Quando são comparados os valores correntes do 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, observa-se que houve retração de 8,2%, o que equivale a R$ 1,5 bilhão a menos entre os trimestres.  Neste período, o Agregado IV foi o que mais contribuiu para a definição da taxa final (47,2%); na sequência vem o Agregado II (23,4%), Agregado III (17,4%) e agregado I (12,0%).

 

Ao se comparar o 1º trimestre de 2024 com o 1º trimestre de 2023, percebe-se todos agregados contribuíram menos na formação do PIB estadual. João Paulo Caetano, coordenador de Contas Regionais da SEI, explica porque o Agronegócio perdeu participação: “Quando analisamos a participação de um segmento no PIB, estamos considerando, além das variações em termos reais, também as variações de preços. Nesse sentido, podemos ter, por exemplo, aumento nas quantidades produzidas (variação real) e ao mesmo tempo queda no valor corrente; essa queda se dá quando as variações negativas nos preços são superiores à variação real. No primeiro trimestre de 2024 tivemos essa combinação onde, apesar de se ter crescimento real de 1,3%, houve retração média de 9% nos preços do agronegócio, o que determinou menor participação da atividade na economia baiana”.

 

Ainda segundo os estudos, espera-se que no segundo trimestre se verifique um desempenho mais favorável para o segmento do agronegócio baiano com elevação da participação no PIB total da Bahia; entretanto, é possível que o aumento de participação não seja tão significativo como nos anos anteriores em função dos movimentos descendentes nos preços da maior parte dos produtos agropecuários.

Com alta no setor de serviços e consumo de famílias, PIB cresceu 0,8% no primeiro trimestre de 2024
Foto: Agência de Notícias IBGE

Puxado principalmente pelo setor de serviços e o aumento no consumo das famílias, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro teve alta de 0,8% no primeiro trimestre de 2024 na comparação com os últimos três meses do ano passado. Os dados foram divulgados na manhã desta terça-feira (4) pelo IBGE. 

 

O resultado foi superior ao que era esperado por diversas instituições financeiras do mercado. O monitor de mercado da Fundação Getúlio Vargas (FGV), por exemplo, apostava em um crescimento do PIB de 0,7% no primeiro trimestre de 2024. Há algumas semanas, as instituições financeiras cravavam um crescimento de apenas 0,2% no período. 

 

Segundo o IBGE, o resultado dos meses analisados (janeiro, fevereiro e março de 2024) revela a continuidade do crescimento do consumo das famílias brasileiras. No relatório divulgado nesta terça, a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, avalia que o consumo das famílias foi beneficiado pela melhoria do mercado de trabalho no país e às taxas de juros e de inflação mais baixas, além da continuidade dos programas governamentais de auxílio às famílias.

 

“O comércio varejista e os serviços pessoais, ligados ao crescimento do consumo das famílias, a atividade internet e desenvolvimento de sistemas, devido ao aumento dos investimentos e os serviços profissionais, que transpassam à economia como um todo”, afirmou Rebeca Palis.

 

A coordenadora da pesquisa disse ainda que outro destaque positivo que propiciou o resultado do primeiro trimestre do PIB foi o aumento dos investimentos no país. Segundo Rebeca Palis, esses investimentos foram alavancados pelo aumento na importação de bens de capital, no desenvolvimento de softwares e no setor da construção. 

 

Segundo o IBGE, o PIB totalizou R$ 2,7 trilhões no primeiro trimestre de 2024, sendo R$ 2,4 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 361,1 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,9% do PIB, abaixo dos 17,1% registrados no primeiro trimestre de 2023. Já a taxa de poupança foi de 16,2%, ante 17,5% no mesmo trimestre de 2023.

 

Na formação do crescimento de 0,8% do PIB no primeiro trimestre de 2024, o setor de serviços foi um dos principais responsáveis, com alta de 1,4%, principalmente devido às contribuições do Comércio (3,0%), de Informação e Comunicação (2,1%) e de “Outras atividades de serviços” (1,6%). A Agropecuária cresceu 11,3% E a indústria registrou uma pequena variação negativa (-0,1%), que é considerada estabilidade.

 

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em março de 2024, comparado ao mesmo período de 2023, cresceu 2,5%. Nessa comparação, houve altas na Agropecuária (6,4%), na Indústria (1,9%) e nos Serviços (2,3%).

 

Para a coordenadora da pesquisa, Rebeca Palis, os destaques para a formação do crescimento em relação a 2023 foram os mesmos, com o setor de serviços puxando a alta de 2,5% frente ao mesmo trimestre de 2023. Entretanto, a analista destaca que houve mudança na contribuição do setor externo para o crescimento da economia. 

 

“Em 2022 e 2023, o setor externo havia contribuído positivamente, com as exportações crescendo mais do que as importações. Nesse primeiro trimestre essa contribuição virou negativa. Estamos importando muitas máquinas e equipamentos e bens intermediários e o Real se valorizou”, explicou Rebeca.

 

A coordenadora do IBGE lembrou ainda que o setor do agronegócio não está com um desempenho favorável como em anos anteriores. “Nesse primeiro trimestre tivemos um crescimento da economia totalmente baseado na demanda interna”, disse Rebeca Palis.
 

Com alta de 4,2%, agronegócio fecha 2023 com participação de 21,1% na economia baiana, aponta SEI
Foto: Raylton Alves / Agência Ana

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano somou R$ 88,66 bilhões em 2023 e fechou o ano com crescimento de 4,2% e participação de 21,1% na economia baiana. No último trimestre de 2023, o crescimento bateu 3,0%, de acordo com a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

Os dados do órgão apontam que, quando comparamos a participação do agronegócio na economia baiana em 2023 contra 2022, é possível notar uma retração de 2,0 pontos percentuais – recuo de 23,1% para 21,1%. Essa queda de participação foi decorrente da redução nos preços dos principais produtos agrícolas do estado, a exemplo da soja, milho, algodão e boi gordo.

 

Ou seja, a apesar de se ter verificado variação positiva no volume do segmento (4,2%), essa variação não foi suficiente para manter a mesma participação na economia baiana em virtude da queda nos preços ter se dado em maior nível (-7,5%), resultando, portanto, num valor corrente menor que no ano anterior. 

 

Por conta da queda nos preços dos produtos agrícolas, o agregado II, que corresponde exatamente à produção agropecuária, foi o que mais contribui negativamente para a perda de participação do agronegócio, recuando a participação no PIB total de 8,6% em 2022 para 7,5% em 2023.

 

Esse movimento também ocorreu no agregado IV – comercialização e distribuição – que registrou recuo de 9,9% para 9,1%. Por outro lado, os agregados I e II – insumos agropecuários e indústria de base agrícola, respectivamente – registraram ligeiros ganhos de participação.

PIB ficou em 2,9% no ano de 2023, puxado principalmente por recorde de crescimento da agropecuária
Foto: Wenderson Araújo / Confederação Nacional da Agricultura

Com forte influência da atividade agropecuária e das atividades extrativas, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encerrou o ano de 2023 com crescimento de 2,9%, totalizando R$ 10,9 trilhões. O resultado foi divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo IBGE, por meio do seu Sistema de Contas Nacionais Trimestrais.

 

O indicador ficou dentro do que era aguardado pelos analistas de mercado, que projetavam um crescimento entre 2,9% e 3,1%. O Monitor do PIB do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), por exemplo, apontava que a economia brasileira teria um crescimento de 3% em 2023. 

 

Os números apresentados pelo IBGE mostram que a agropecuária, com crescimento de 15,1% de 2022 para 2023, foi o principal motor do crescimento do PIB do país. Houve crescimento também na Indústria (1,6%) e em Serviços (2,4%). Já o PIB per capita alcançou R$ 50.194, um avanço, em termos reais, de 2,2% em relação a 2022.

 

Outra influência positiva no resultado do PIB de 2023 foi o desempenho das Indústrias Extrativas. A atividade teve alta de 8,7% devido ao aumento da extração de petróleo e gás natural e de minério de ferro.

 

Rebeca Palis, coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, afirmou, ao divulgar o resultado, que o recorde obtido pela Agropecuária, superando a queda apresentada em 2022, foi influenciado principalmente pelo crescimento da produção e do ganho de produtividade da Agricultura. 

 

“Esse comportamento foi puxado muito pelo crescimento de soja e milho, duas das mais importantes lavouras do Brasil, que tiveram produções recorde registradas pelo Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)”, disse Rebeca.

 

O PIB apresentou estabilidade (0,0%) na comparação do 4º contra o 3º trimestre de 2023. Entre os setores, a Indústria cresceu 1,3%, enquanto os Serviços tiveram variação de 0,3%. Com importantes safras concentradas no primeiro semestre, a Agropecuária recuou 5,3%.

 

Nas atividades industriais, destaque para a alta nas Indústrias Extrativas (4,7%), na Construção (4,2%) e na atividade Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (2,8%). Já as Indústrias de Transformação apresentaram variação negativa de 0,2%.

 

Assim como nas avaliações sobre a inflação de 2023, também em relação ao crescimento do PIB o mercado errou todas as suas projeções no começo do ano passado. Os primeiros boletins Focus do Banco Central em janeiro de 2023, com a média das estimativas de mais de 100 analistas e agentes do mercado, projetavam um crescimento do Produto Interno Bruto de 0,77% ao final do ano. 

 

Em relação à inflação, o mercado, no começo de 2023, projetava que o ano fecharia com o IPCA na casa de 5,39%. Em janeiro, o IBGE anunciou que a inflação brasileira foi de 4,62% no ano de 2023. 

 

Durante ao ano, os analistas do mercado foram progressivamente revisando suas estimativas e elevando as previsões para o PIB, assim como rebaixaram a sua expectativa em relação à inflação. O último boletim Focus de 2023, em 26 dezembro, apontava um PIB de 2,92% para o ano passado, número que, afinal, se mostrou correto. 

 

Já em relação à inflação, o Boletim Focus de 26/12 indicava que o IPCA fecharia o ano em 4,46%. Com uma aceleração da alta de preços principalmente em dezembro, a inflação oficia acabou em 4,62%, ainda dentro do teto da meta estipulada pelo Conselho Monetário Nacional (4,75%). 
 

 

Mercado reduz estimativa para a inflação em 2024 e mantém perspectivas sobre PIB, taxa de juros e dólar
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O primeiro Boletim Focus do Banco Central no ano de 2024, com as projeções de mais de 100 analistas do mercado sobre os rumos da economia brasileira, revelou estabilidade nas estimativas para os principais indicadores da economia. Excepcionalmente, o Boletim Focus foi apresentado nesta terça-feira (2) devido ao feriado de Ano Novo.

 

De acordo com o documento, os economistas de dezenas de instituições financeiras e do mercado mantiveram a inflação oficial de 2023 medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na casa dos 4,46%. Em relação a 2024, os analistas reduziram suas projeções de 3,91% para 3,90%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5% para cima ou para baixo.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), a previsão média para o crescimento da economia brasileira permaneceu em 2,92% no fechamento de 2023. Para 2024, a projeção seguiu a mesma da semana passada, em 1,52%, assim como para 2025, que continuou em 2%.

 

Já sobre a Selic, a taxa básica de juros, a expectativa mediana dos analistas do mercado seguiu em 9% ao fim de 2024, após cair na semana passada. Esse patamar representa um corte total de 2,75% na Selic durante o ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central de 2023, a Selic foi reduzida de 12,25% para 11,75%.

 

A mediana das estimativas do mercado para o dólar no fim deste ano de 2024 seguiu em R$ 5, assim como na última semana. Para 2025, a projeção caiu de R$ 5,05 para R$ 5,03. E para 2026 as expectativas ficaram em R$ 5,05.

 

Sobre a balança comercial brasileira, houve uma redução nas expectativas para 2023, com o superávit estimado saindo de US$ 81,40 bilhões para um saldo positivo de US$ 81,30 bilhões. A estimativa para 2024 também recuou, de US$ 71 bilhões para US$ 70,50 bilhões, enquanto a de 2025 continuou em US$ 66,59 bilhões. A estimativa para 2026 encolheu de US$ 70,00 bilhões para US$ 68,50 bilhões.

 

Na avaliação em relação à dívida líquida do setor público, os analistas do mercado reduziram suas projeções de 61,20% do PIB para 61,05% do PIB. A perspectiva para 2024 também passou por correção, caindo de 64,50% do PIB para 64,45% do PIB. A de 2025 também recuou, de 66,40% do PIB para 66,20% do Produto Interno Bruto. 
 

Salário mínimo de R$ 1.412 entra em vigor nesta segunda-feira
Foto: Marcello Casal Jr / Agência Brasil

 

A partir desta segunda-feira (1º), o salário mínimo oficial será de R$ 1.412. O valor será pago a partir de fevereiro referente à folha de janeiro, que é 6,97% maior que o salário de R$1.320, que vigorou de maio a dezembro de 2023.

 

Aprovado no Orçamento Geral da União de 2024, o valor de R$ 1.412 corresponde à inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos 12 meses terminados em novembro, que totalizou 3,85%, mais o crescimento de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2022, de acordo com a Agência Brasil. Enviada pelo governo em maio, a medida provisória com a nova política de valorização do salário mínimo foi aprovada pela Câmara dos Deputados e pelo Senado em agosto.

 

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o reajuste do salário mínimo beneficiará 59,3 milhões de trabalhadores e resultará em um incremento da renda anual no montante de R$ 69,9 bilhões. A entidade estima que o governo – União, estados e municípios – arrecadará R$ 37,7 bilhões a mais por causa do aumento do consumo atrelado ao salário mínimo maior.

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação ao final do ano e projetam corte maior nos juros em 2024
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O último boletim Focus do Banco Central em 2023, com as estimativas de dezenas de economistas de instituições financeiras, apresentou redução nas expectativas de inflação e para o dólar, e estabilidade em relação ao PIB. Excepcionalmente nesta semana, o Boletim Focus foi apresentado terça-feira (26) e não na segunda, devido ao feriado de Natal.

 

De acordo com o Focus, as expectativas do mercado financeiro para a inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo diminuíram de 4,49% para 4,46% ao final do ano. Um mês antes, a mediana das previsões dos economistas era de uma inflação de 4,53% no fechamento de 2023.

 

A projeção do mercado para a inflação no ano de 2024 também recuou, de 3,93% para 3,91%, após estabilidade na semana anterior. Para 2025, as previsões continuam em 3,50%. A meta de inflação perseguida pelo Banco Central é de 3,25% em 2023 e de 3% em 2024 e 2025, sempre com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

 

No último Boletim Focus de 2022, divulgado também no dia 26 de dezembro, as mediana para a inflação oficial ao final do ano de 2023 estava em 5,23%. Durante todo o ano, houve uma queda de 0,77% nas estimativas desse indicador, chegando à previsão atual de 4,46%.

 

Em relação à taxa básica de juros, a Selic, a última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central neste ano confirmou as expectativas do mercado, com a redução de 12,25% para 11,75%. Para 2024, a média das estimativas caiu de 9,25% para 9% ao fim ano, e ficou em 8,50% para 2025.

 

Sobre o PIB, a previsão média para o crescimento da economia brasileira em 2023 permaneceu em 2,92%. No final de 2022, os analistas do mercado apresentavam uma estimativa para a expansão do PIB no fechamento de 2023 na casa de 0,79%. A previsão do mercado para o PIB subiu 2,13% durante o ano.

 

Para 2024, a projeção do PIB brasileiro aumentou de 1,51% para 1,52%. Para 2025, seguiu em 2,00%. mediana das estimativas para o dólar no fim deste ano caiu de R$ 4,93 para R$ 4,90. Para 2024, a mediana das expectativas continuou em R$ 5,00. Para 2025, foi de R$ 5,08 para R$ 5,05.

 

Nas avaliações em relação ao dólar, as projeções fecham 2023 com um novo recuo, de R$ 4,93 na semana anterior para R$ 4,90, enquanto a projeção para 2024 se manteve em R$ 5,00. A de 2025, por sua vez, caiu de R$ 5,08 para R$ 5,05 e a aposta para 2026 passou de R$ 5,11 para R$ 5,10.

 

Já a projeção para o resultado primário da economia piorou para 2023. A estimativa para este ano subiu de um déficit de 1,30% do PIB para -1,40%. A de 2024 manteve-se em -0,80% do PIB. Para 2025, continuou em -0,60% do PIB, enquanto a projeção para 2026 ficou nos mesmos -0,50% do PIB.
 

Mesmo com queda nos preços da soja, algodão e café, PIB do agronegócio baiano soma R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre
Foto: Wenderson Araújo / Trilux

O Produto Interno Bruto (PIB) do agronegócio baiano totalizou R$ 18,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023, representando 19,0% da economia baiana. Os dados foram calculados e divulgados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI).

 

O terceiro trimestre do agronegócio baiano foi caracterizado pelo crescimento real de 8,1% na comparação com o mesmo trimestre de 2022 e pela retração de 11,5% nos preços dos bens e serviços do segmento. “Um exemplo claro dessa queda é o preço da arroba do boi gordo que custava R$ 285,00 em setembro de 2022 e em setembro de 2023 estava a R$ 200,00”, afirmou o comunicado da SEI.

 

Em linhas gerais, o movimento de queda nos preços do agronegócio tem ocorrido desde o primeiro trimestre de 2023 e é determinado pela retração na cotação dos principais produtos agropecuários, a exemplo da soja, algodão, café etc. O resultado final do aumento da produção e queda nos preços foi um PIB corrente R$ 826 milhões menor que no terceiro trimestre de 2022.  

 

De acordo com a SEI, no terceiro trimestre deste ano, dentre os segmentos do agronegócio, o Agregado IV, relativo à distribuição e comercialização, foi o que mais contribuiu na formação da economia baiana (9,1% de participação) e registrou crescimento em volume de 7,4%. “Essa contribuição é decorrente da maior movimentação de bens, que tradicionalmente ocorre nesse período, onde produtos do agronegócio são transacionados tanto para abastecimento interno quanto externo”, apontou a Superintendência.

 

O desempenho do agregado III, que corresponde à produção industrial de base agropecuária,também foi destacado pela SEI, uma vez que o agregado registrou crescimento em volume de 8,6%, com contribuição de 3,2% na economia baiana. 

PIB baiano cresce 0,2% no 3º trimestre de 2023; indústria tem baixa de 4% em período
Foto: Reprodução / SEI

O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia registrou crescimento de 0,2% no terceiro trimestre deste ano ante mesmo período de 2022. Já de janeiro a setembro de 2023, o crescimento do PIB foi de 0,5%, comparado ao período do ano passado. A indústria baiana, porém apresentou queda de 4% no período. O PIB brasileiro no mesmo período cresceu 0,1%.

 

Os dados foram divulgados nesta terça-feira (12) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). O órgão aponta que, na análise da série com ajuste sazonal, ou seja, 3º trimestre de 2023 contra o 2º trimestre de 2023, houve ligeira retração do PIB (-0,1%). Em valor corrente, o terceiro trimestre deste ano totalizou R$ 96,8 bilhões, sendo que R$ 83,8 bilhões são referentes ao Valor Adicionado (VA) e R$ 13 bilhões, aos impostos sobre produtos líquidos de subsídios. Com relação aos grandes setores econômicos, a Agropecuária apresentou Valor Adicionado de R$ 5,3 bilhões, a Indústria R$ 19,2 bilhões e os Serviços R$ 59,4 bilhões.

 

Para o ano de 2023, o PIB corrente equivale a R$ 322,4 bilhões, sendo R$ 287,1 bilhões de Valor Adicionado (VA) e R$ 35,3 bilhões de impostos. Para os setores econômicos, os valores acumulados em 2023 são: Agropecuária (R$ 30,1 bilhões), Indústria (R$ 74 bilhões), e Serviços (R$ 183 bilhões). O setor de agricultura registrou mais expansão, com taxa de 5%. Foram determinantes o aumento da produção de algodão, mandioca, milho e soja. A pecuária (bovinos) também influenciou na expansão do setor. 

 

INDÚSTRIA

Em relação à indústria, a Bahia registrou queda de 4% no período, com todas as atividades apresentando resultados negativos ante mesmo trimestre do ano anterior. A baixa na indústria de transformação foi de -4,1%. O motivo seria a retração na produção dos segmentos de refino de petróleo, produtos químicos, celulose, borracha e plástico, minerais não-metálicos e metalurgia).

 

A queda na indústria extrativa foi de -17,2%; na construção civil, de -0,4%; na geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água, de -1,1%, em função da retração na produção de energia nas fontes hidrelétricas. 

 

De janeiro a setembro, o setor industrial baiano acumulou retração de 3,2%. Os desempenhos negativos da indústria de transformação (-4,3%); da indústria extrativa mineral (-12,3%) e da construção civil (-0,8%). A única atividade do setor a registrar crescimento foi a geração, distribuição e consumo de energia elétrica, gás e água (+3,1%).

PIB revela desaceleração da atividade econômica no país, mas resultado foi melhor do que previa o mercado
Foto: Agência Petrobras

Apesar de apontar o esfriamento da atividade econômica brasileira, o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre de 2023 surpreendeu e ficou acima das expectativas dos analistas do mercado. Divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na manhã desta terça-feira (5), o PIB variou 0,1% em relação ao segundo trimestre deste ano. No segundo trimestre, o PIB havia subido 0,9% em relação ao período anterior.

 

Os dados divulgados pelo IBGE se colocaram acima das previsões médias dos analistas. A menor projeção apontava que haveria queda de 0,2% na comparação com o segundo trimestre do ano. Trimestral. Havia inclusive estimativas que apontavam uma queda do PIB de até 0,6% neste trimestre de julho a setembro. 

 

De acordo com o IBGE, no acumulado dos últimos quatro trimestres, terminados em setembro de 2023, o PIB cresceu 3,1%, frente aos quatro trimestres imediatamente anteriores. O acumulado do ano foi de 3,2% frente ao mesmo período de 2022. Frente ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 2,0%. 

 

Em valores correntes, o PIB no terceiro trimestre de 2023 totalizou R$ 2,741 trilhões, sendo R$ 2,387 trilhões referentes ao Valor Adicionado (VA) a preços básicos e R$ 353,8 bilhões aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. 

 

Na composição do resultado atual de 0,1% neste trimestre em relação ao anterior, tanto o setor de Serviços quanto a Indústria avançaram 0,6% na mesma comparação, enquanto a Agropecuária recuou 3,3%. Nas atividades industriais, houve variações positivas das Indústrias extrativas (0,1%) e das Indústrias de transformação (0,1%). Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos cresceu 3,6% e a Construção recuou 3,8%.

 

No acumulado do ano até o terceiro trimestre de 2023, o PIB cresceu 3,2% em relação a igual período de 2022. Nessa comparação, a Agropecuária (18,1%), a Indústria (1,2%) e os Serviços (2,6%) ficaram no campo positivo. 

 

No setor de Serviços, houve alta em: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (7,0%), Informação e comunicação (3,8%), Transporte, armazenagem e correio (3,5%), Atividades imobiliárias (3,1%), Outras atividades de serviços (2,9%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade (0,9%) e Comércio (0,9%).
 

Analistas do mercado reduzem previsão de inflação e mantém estimativas para PIB, dólar e juros ao final de 2023
Foto: José Cruz / Agência Brasil

Embalados pelo bom resultado divulgado na semana passada para o índice oficial de inflação – 0,24% em outubro, abaixo dos 0,26% de setembro –, os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central reduziram suas estimativas para o IPCA ao final do ano. Segundo Boletim Focus divulgado nesta segunda-feira (13) pelo BC, o mercado baixou de 4,63% para 4,59% a sua previsão para a inflação oficial do País. 

 

Os números da inflação apresentados na última sexta (10) pelo IBGE mostram que o IPCA também desacelerou para 4,82% no acumulado de 12 meses até outubro. No mês de janeiro, com o início do governo Lula, o mercado projetava uma inflação maior ao final de 2023. O boletim Focus de 16 de janeiro, por exemplo, revelava uma estimativa de 5,39% para o IPCA. 

 

A meta oficial de inflação perseguida pela autoridade monetária é de 3,25% em 2023 neste ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para baixo ou para cima. A previsão dos agentes financeiras de um IPCA de 4,59% ao final do ano, portanto, revela que o indicador estaria dentro da margem de tolerância da meta prevista pelo BC.

 

O mesmo boletim Focus do mês de janeiro apresentava uma expectativa do mercado financeiro de que a taxa básica de juros, a Selic, fecharia o ano em 12,25%. Depois do início do ciclo de corte de juros pelo Comitê de Política Monetária, a Selic chegou agora em novembro aos 12,25% projetados no começo do ano, mas ainda haverá um novo corte na reunião de dezembro.

 

De acordo com a ata do Copom, divulgada semana passada, o órgão decidirá por mais uma nova redução de 0,5% na última reunião do ano, em dezembro, levando a taxa de juros brasileira a fechar 2023 em 11,75%. Desde que o BC iniciou o ciclo de cortes na Selic, o mercado reduziu de 12,25% para 11,75% a sua estimativa da taxa de juros ao final do ano. 

 

A expectativa mediana para a taxa Selic ao fim de 2024, de acordo com o Boletim Focus desta segunda, continuou em 9,25%, assim como na semana passada. Esse percentual indica que o mercado aguarda que o Copom corte a Selic em 2% no ano que vem. Já para 2025, os analistas financeiros aumentaram sua estimativa de 8,50% para 8,75%.

 

Em relação ao dólar, a estimativa para a moeda ao fim de 2023 foi mantida em R$ 5, assim como nos boletins das últimas semanas. Já as projeções para o final de 2024 e de 2025 subiram, diferente do que aconteceu na última semana. A previsão para 2024 saiu de R$ 5,05 para R$ 5,08 e a de 2025 saiu de R$ 5,10 para R$ 5,11.

 

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2023, a projeção das instituições financeiras neste ano permaneceu em 2,89%. No começo do ano, no boletim de 16 de janeiro, as estimativas das mais de 100 instituições financeiras consultadas semanalmente pelo BC era de que o PIB de 2023 ficaria em 0,77%.

 

Em relação a 2024, a expectativa para o PIB é de haja crescimento de 1,5%. Para 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,93% e 2%, respectivamente.

 

A projeção de superávit para a balança comercial para 2023 voltou a subir no Boletim Focus, de US$ 56,61 bilhões para US$ 57,20 bilhões, enquanto a dos próximos anos foi mantida: US$ 52,40 bilhões em 2024, US$ 55,0 bilhões em 2025 e US$ 54,0 bilhões em 2026.
 

Economia cresce 2,7% no trimestre encerrado em julho, diz FGV
Foto: Divulgação / Volkswagen

O Produto Interno Bruto (PIB) - a soma de todos os bens e serviços produzidos no país - cresceu 2,7% no trimestre encerrado em julho deste ano, ou seja, de maio a julho, na comparação com o mesmo período do ano passado. O dado é do Monitor do PIB, da Fundação Getulio Vargas (FGV), divulgado nesta quarta-feira (20). As informações são da Agência Brasil.

 

Considerando-se apenas o mês de julho, a atividade econômica do país recuou 0,3% em relação a junho deste ano, mas avançou 1,8% na comparação com julho do ano passado. 

 

Segundo a FGV, o crescimento de 2,7% na comparação do trimestre móvel encerrado em julho com o mesmo período de 2022 foi puxado pelo consumo das famílias, que avançou 2,6%, e pelas exportações, que cresceram 15,1% no período. A queda de 0,9% das importações também contribuiu para o desempenho positivo do PIB nacional. 

 

Por outro lado, a formação bruta de capital fixo - isto é, os investimentos - recuou 3,2%, principalmente devido à queda de 9,4% no segmento de máquinas e equipamentos. De acordo com a FGV, o PIB acumulado do país nos sete primeiros meses deste ano é de R$ 6,11 trilhões. 

PIB do Brasil cresce 0,9% no segundo trimestre de 2023 com alta impulsionada pela indústria
Foto: Agência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,9% no segundo trimestre de 2023, ante o trimestre anterior. O resultado, divulgado na manhã desta sexta-feira (1º) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), surpreendeu positivamente o mercado financeiro, que aguardava uma taxa em torno de 0,3% ou 0,4%. 

 

O número anunciado pelo IBGE, entretanto, representa uma desaceleração em relação ao crescimento registrado nos três primeiros meses do ano, quando o resultado foi puxado por um desempenho do agronegócio acima do esperado. Este foi o oitavo resultado positivo consecutivo do indicador nessa comparação. O resultado, porém, é menor do que o registrado no primeiro trimestre (dado revisado de 1,9% para 1,8%).

 

De acordo com o IBGE, em relação ao mesmo trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,4%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho de 2023, o PIB cresceu 3,2%, ante os quatro trimestres imediatamente anteriores. No semestre, a alta acumulada foi de 3,7%. Em valores correntes, o PIB no segundo trimestre de 2023 totalizou R$ 2,651 trilhões. 

 

O resultado divulgado nesta sexta mostra que o resultado do segundo trimestre foi puxado principalmente pelo crescimento da Indústria (0,9%), seguida pelos Serviços (0,6%). Já a Agropecuária recuou 0,9%.

 

Em relação aos Serviços, os resultados positivos foram de: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (1,3%), Outras atividades de serviços (1,3%), Transporte, armazenagem e correio (0,9%), Informação e comunicação (0,7%), Atividades imobiliárias (0,5%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,4%) e Comércio (0,1%).

 

"O que puxou esse resultado dentro do setor de serviços foram os serviços financeiros, especialmente os seguros, como os de vida, de automóveis, de patrimônio e de risco financeiro. Também se destacaram dentro dos outros serviços aqueles voltados às empresas, como os jurídicos e os de contabilidade, por exemplo", diz a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

Pela ótica da demanda, o consumo das famílias avançou 0,9% no segundo trimestre. O consumo do governo cresceu 0,7%. Os investimentos (Formação Bruta de Capital Fixo), avançaram 0,1%. A taxa de investimento foi de 17,2% do PIB, inferior à do mesmo período de 2022 (18,3%).

 

Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, elaborada a partir de consultas com dezenas de economistas e especialista de instituições financeiras, o PIB deve crescer cerca de 2,3% neste ano de 2023. O resultado projetado pelo mercado ficaria ligeiramente abaixo dos 2,9% registrados no ano passado e bem acima dos cerca de 1% projetados para 2023 no começo deste ano.
 

Mercado financeiro projeta crescimento do PIB e do dólar em 2023, segundo Boletim Focus do BC 
Foto: Divulgação BC

Na semana em que a principal expectativa do mercado financeiro é o anúncio na próxima sexta-feira (1º), pelo IBGE, do resultado do Produto Interno Bruto no segundo trimestre de 2023, a pesquisa Focus do Banco Central mostra que os analistas econômicos estão otimistas com o crescimento da economia. A pesquisa divulgada nesta segunda (28) revelou que o mercado financeiro elevou de 2,29% para 2,31% a previsão para o PIB deste ano. 

 

No primeiro trimestre do ano o PIB cresceu 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Depois deste desempenho melhor do que o esperado, para este segundo trimestre a expectativa é de que haja uma desaceleração acentuada no crescimento da econômica. 

 

Segundo a pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central com a projeção para os principais indicadores econômicos, para o próximo ano, a expectativa em relação ao PIB é de crescimento de 1,33%. Em 2025 e 2026, o mercado financeiro projeta expansão do PIB em 1,9% e 2%, respectivamente.

 

Já a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) - considerada a inflação oficial do país - foi mantida em 4,9% neste ano, a mesma da semana passada. Para 2024, a estimativa de inflação ficou em 3,87%. Para 2025 e 2026, as previsões são de 3,5% para os dois anos.

 

A estimativa para este ano está acima do teto da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

 

Segundo o BC, no último Relatório de Inflação, a chance de a inflação oficial superar o teto da meta em 2023 é de 61%. As previsões ainda preocupam o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Na semana passada, ele voltou a dizer que a “batalha da inflação no País ainda não está ganha”, com uma parte ainda bastante acima da meta, o que, segundo ele, ainda demanda um quadro restritivo de juros em meio ao processo de afrouxamento monetário.

 

Nessa direção, Campos Neto afirmou que há consenso no Comitê de Política Monetária (Copom) do BC para a continuidade de cortes de 0,50% na taxa Selic. Para o mercado financeiro, a expectativa é de que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano. Para o fim de 2024, a estimativa é que a taxa básica caia para 9% ao ano. Já para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,5% ao ano para os dois anos.

 

Em relação ao dólar, a expectativa para a moeda norte-americana no fim de 2023 aumentou de R$ 4,95 para R$ 4,98, assim como nas duas últimas semanas. Já para o final de 2024, a previsão para o dólar continuou em R$ 5 pela quarta semana seguida. Para o fim 2025, a projeção também subiu, desta vez de R$ 5,09 para R$ 5,10.
 

Economista-chefe da XP prevê “reequilíbrio” da economia brasileira em 2024: “Freio de arrumação”
Foto: André Carvalho/ BN Hall

O economista-chefe da XP Investimentos, Caio Megale, realizou uma previsão do cenário econômico do Brasil em 2024. Segundo o especialista, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro deve desacelerar durante o primeiro semestre do ano que vem, mas, durante os últimos seis meses, deve ocorrer um “reequilíbrio” seguido de um crescimento do PIB.

 

“A nossa previsão é de que o PIB continue desacelerando agora no segundo semestre. O mundo inteiro está um pouco nessa toada, trazer a inflação para baixo, é o que a gente tem chamado de um certo freio de arrumação ali no pós-pandemia. Ao longo do ano que vem, a gente espera uma desaceleração no início do ano, mas no segundo semestre a economia vai se reequilibrando e voltando a crescer”, disse Megale.

 

“A gente está em um momento muito importante do ciclo econômico. Estamos saindo da pandemia, se reequilibrando. O mundo olha pro Brasil com muito bons olhos, o Brasil é um país emergente que tem muitas opções, oportunidades de investimento. É um país com instituições mais organizadas e mais equilibradas do que muitos dos nossos competidores”, completou.

 

O economista da XP também fez uma avaliação em relação ao trabalho de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central (BC). Megale destacou a autarquia no sentido de conter o avanço da inflação, mantendo a taxa de juros em patamares mais altos para conter a evolução do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

 

O banco central fez um trabalho muito importante de controlar as expectativas de inflação. No ano passado nós vimos a inflação subindo o mundo inteiro e os bancos centrais com esse desafio de trazer a inflação para baixo. Ele segurou de forma importante as condições monetárias para que a inflação virasse e agora que a inflação está caindo. Ele vai gradativamente reduzindo as taxas de juros”, afirmou o economista.

 

“A nossa impressão é que é pelo menos até uns 10,5% 10%, talvez um pouco mais um pouco menos. O importante é que essa queda de juros seja feita de forma sustentável, que é como parece que vai acontecer”, completou Megale.

Boletim Focus revela que mercado projeta inflação menor e aguarda corte modesto na taxa de juros
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Nesta semana em que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne para definir a nova taxa de juros do País, a expectativa da maioria das instituições financeiras do mercado é de que haverá corte na Selic, mas que ele será modesto. 

 

Segundo o Boletim Focus do BC, divulgado nesta segunda-feira (31), 70% (62 de 88) das instituições consultadas esperam queda de 0,25% na taxa, que cairia de 13,5% para 13,25%. Os 30% restantes projetam uma redução de 0,5% na Selic, que levaria a taxa para 13% ao ano. 

 

Os economistas sondados pelo Banco Central mantiveram nesta semana a projeção da taxa básica de juros em 12% ao final do ano. As projeções para 2024 foram reduzidas de 9,5% para 9,25% e as de 2025 de 9% para 8,75%.

 

Na reunião que começa nesta terça (1º) e vai até o final da tarde de quarta (2), os membros do Copom têm em mãos um Boletim Focus que mostra o mercado com expectativas inflacionárias ainda mais baixas para 2023 e 2024 do que nas semanas anteriores. A projeção das instituições para a inflação oficial (IPCA) em 2023 voltou a recuar ante a semana anterior, de 4,90% para 4,84%, ou seja, apenas 0,09% acima do teto da meta deste ano (4,75%). Um mês antes, o Focus mostrava uma estimativa média para a inflação oficial de 4,98%.

 

As estimativas do mercado para 2024, horizonte da política monetária do Banco Central, foram reduzidas de 3,90% para 3,89%. Para 2025, as perspectivas foram mantidas em 3,50%.

 

Os economistas consultados pelo Banco Central mantiveram as expectativas da semana passada para o crescimento da economia brasileira em 2023, com o PIB em 2,24%. Para 2024, as projeções do PIB ficaram iguais, em 1,30%, enquanto para 2025 registraram ficaram ainda em 1,90%.

 

Em relação ao dólar, as apostas para 2023 caíram de R$4,97 para R$4,91 ao final do ano. Para 2024, a projeção diminuiu de R$ 5,05 para R$ 5. Em 2025, a projeção foi reduzida de R$ 5,12 para R$ 5,08.

 

O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do Banco Central. 
 

Governo Lula aumenta sua previsão para o crescimento da economia e reduz estimativa da inflação
Foto: José Cruz / Agência Brasil

O Ministério da Fazenda divulgou nesta quarta-feira (19) as suas novas projeções para o Produto Interno Bruto (PIB) e a inflação no ano de 2023. De acordo com as informações do Boletim Macrofiscal da Secretaria de Política Econômica (SPE), o governo Lula elevou de 1,9% para 2,5% a projeção de crescimento do PIB neste ano. Já a estimativa de crescimento para 2024 foi mantida em 2,3%.

 

Ao contrário do PIB, a projeção da SPE em relação à inflação caiu, de 5,58% para 4,85% no ano. Segundo a Secretaria, a revisão para baixo nas estimativas do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi influenciada pela forte desaceleração dos índices inflacionários em abril e maio. Também contribuíram para a queda na projeção o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de botijão nas refinarias; e as revisões nas tarifas de energia elétrica residencial e de ônibus urbano.

 

Em relação ao Produto Interno Bruto, o otimismo do Ministério da Fazenda foi motivado pelo aumento de 1,9% do PIB no primeiro trimestre e pela expectativa de queda dos juros já na próxima reunião do Copom, no início de agosto. A melhora nas estimativas do PIB foi acompanhada de aumento nas projeções de crescimento em todos os setores. Para o agro, por exemplo, a projeção de crescimento do governo passou de 11% para 13,2%. Já no setor industrial, a estimativa avançou de 0,5% para 0,8%, enquanto a projeção para a área de serviços passou de 1,3% para 1,7%.

 

As novas projeções do governo Lula estão mais otimistas do que as análises feitas pelo mercado financeiro para os principais indicadores da economia em 2023. De acordo com o Boletim Focus do Banco Central divulgado na última segunda (17), os analistas do mercado aumentaram a sua previsão para o neste ano, de 2,19% na semana passada para 2,24%. 

 

Em relação à inflação, os economistas e analistas consultados pelo Banco Central estimam que o IPCA ficará em 4,95% neste ano de 2023. O índice estaria próximo do que avalia a equipe econômica do governo, que agora projeta inflação de 4,85% no ano. De qualquer forma, tanto a previsão do mercado como a do governo estão acima da meta de 3,25% estabelecida para 2023. Para a meta ser considerado cumprida, a inflação precisa estar entre 1,75% e 4,75%.

Mais um indicador confirma a forte retração da atividade econômica brasileira no mês de maio
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

Depois de o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado a prévia do PIB, ter registrado, na última segunda-feira (17), queda de 2% em maio na comparação com o mês anterior, um outro indicador mostra retração ainda maior na atividade econômica brasileira. O Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (Ibre/FGV) divulgou nesta quarta (19) o seu Monitor do PIB, e o resultado foi uma retração de 3% no mês de maio em comparação com abril. 

 

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, afirma que a queda de 3% do PIB se deve principalmente ao fim dos principais meses de colheita da safra de soja. A pesquisadora explica que o expressivo crescimento do PIB verificado no primeiro trimestre foi influenciado pelo desempenho da colheita, e com o fim da safra, a atividade econômica se retraiu. 

 

“Apesar da queda do PIB ser majoritariamente explicada pelas particularidades da agropecuária, cabe ressaltar que também foram registradas retrações na indústria e nos serviços em maio, embora em magnitudes distintas da agropecuária (-0,1%, em ambas as atividades). Os juros elevados contribuíram para as pequenas quedas nestas atividades, o que ajuda a explicar a dificuldade da economia crescer de forma mais robusta e menos dependente da agropecuária”, afirma a economista Juliana Trece.

 

De acordo com os dados da pesquisa da FGV, na comparação com o mês de maio de 2022, a atividade econômica teve alta de 1,8% agora em maio de 2023. O Monitor do PIB da FGV também revela que o consumo das famílias cresceu 2,9% no trimestre móvel finalizado em maio. Entetanto, apesar desse crescimento, a FGV afirma que há uma tendência de redução desta taxa de consumo desde o final de 2022. 

 

“O consumo de serviços é o principal componente a explicar essa tendência declinante; enquanto em 2022 apresentou crescimento médio trimestral em torno de 7,0%, no trimestre móvel encerrado em maio de 2023 cresceu apenas 3,2%”, explica o comunicado da instituição.

 

O Monitor do PIB da Fundação Getúlio Vargas estima mensalmente o PIB brasileiro em volume, em valor corrente e em valor constante a preços. O indicador, segundo a FGV, tem o objetivo de prover a sociedade de um sinalizador mensal sobre a situação do PIB do país, tendo como base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais (CNT) do IBGE.

 

Após a publicação do IBC-Br do Banco Central, na última segunda (17), o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que a queda na atividade econômica no mês de maio já era aguardada pelo governo. Para Haddad, o resultado negativo é reflexo da manutenção dos juros altos no país.

 

“A pretendida desaceleração da economia pelo Banco Central chegou forte. Precisamos ter muita cautela com o que pode acontecer se as taxas forem mantidas na casa de 10% o juro real ao ano. É muito pesado para a economia”, afirmou o ministro.
 

PIB pode avançar até 2,39% com reforma tributária, indica Ipea
Foto: Marcello Casal jr/Agência Brasil

A proposta da reforma tributária em votação na Câmara dos Deputados pode proporcionar 2,39% de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e dos serviços produzidos no país), até 2032, em relação ao cenário sem nenhuma reforma, indicou o estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), divulgado nesta quinta-feira (6).

 

Segundo a análise, durante o período de transição, quando gradativamente se substitui o sistema antigo pelo novo, as simulações em todos os cenários evidenciam o crescimento do PIB.

 

A nota intitulada "Propostas de reforma tributária e seus impactos: uma avaliação comparativa", do pesquisador do Ipea João Maria de Oliveira, traz um levantamento com 68 setores de atividade econômica, para as 27 unidades da Federação e compara com dez países com os quais o Brasil tem relação comercial.

 

As simulações revelam que as mudanças na estrutura tributária geram crescimento econômico. “As propostas de reforma promovem mudança estrutural em favor de setores com cadeia produtiva mais longa, com maior efeito multiplicador e, consequentemente, com maior produtividade. Assim, além de promover crescimento econômico, a reforma alinha a economia brasileira para crescer ainda mais”, disse o pesquisador, em nota.

 

Outro ponto abordado diz respeito ao resultado positivo para o saldo do emprego. “Ainda que os ganhos sejam pequenos, há aumento de emprego mais qualificado e de maior rendimento. Mas, com a mudança nos tributos, há ganhos reais na produtividade do trabalho, o que se configura como mais uma evidência de que a reforma tributária trará ganhos de alocação produtiva, pois estimula o aumento da oferta de emprego”, avalia o Ipea.

 

O pesquisador vê de maneira otimista o atual cenário. “Temos uma oportunidade agora com esse consenso criado entre estrutura produtiva, diversos setores, os três entes federativos e, principalmente, estados e municípios que são afetados de formas diferentes, dependendo da região. Acho que o consenso é possível, parece estar próximo e vai oportunizar que o Brasil esteja num estágio avançado de crescimento econômico”, concluiu.

PIB brasileiro pode crescer em até 5% com mercado de carbono regulado, afirma Alckmin
Foto: Cadu Gomes/ VPR

O presidente em exercício Geraldo Alckmin afirmou nesta terça-feira (20), que a regulação do mercado de carbono no Brasil pode estabelecer um ganho de 5% do Produto Interno Bruto (PIB),  o equivalente a 12 bilhões de dólares. O anúncio de Alckmin aconteceu durante evento conjunto da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). 

 

Na ocasião, o vice-presidente defendeu a regulação como um dos caminhos para o objetivo global de redução e neutralização de emissões de gases estufa e para o combate às mudanças climáticas. 

 

"Essa é uma realidade que tem pressa. O governo está empenhado no desenvolvimento sustentável e um dos caminhos mais importantes é o mercado regulado de carbono. Aí, nós vamos estimular as pessoas a descarbonizar, as empresas a descarbonizar, criar um mercado, oportunidade de negócios, renda e comércio exterior, que é fundamental", afirmou o vice-presidente, que representou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na abertura do evento. 


Alckmin ressaltou também sobre o potencial brasileiro, que tem a maior floresta tropical do mundo e grande parte da matriz energética limpa.   

 

"As possibilidades do Brasil são impressionantes. A pergunta sempre foi onde produzo bem e barato. Agora é onde produzo bem, barato e compenso as emissões de carbono. Aí o Brasil tem oportunidade única".

 

O mercado de carbono foi criado em 1992, durante a Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. O segmento se estabeleceu em 1997, a partir do Protocolo de Kyoto, para que os países se comprometessem a reduzir as emissões de gases do efeito estufa. 

 

“O presidente Lula em 2009 fez a lei sobre as mudanças climáticas e é signatário do Protocolo de Kyoto. Vamos trabalhar para reduzir a emissão de carbono e ajudar no combate às mudanças climáticas”, finalizou Alckmin.

Prévia do PIB divulgada pelo BC tem aumento acima do esperado e reforça críticas aos juros altos
Foto: Marcello Casal/Agência Brasil

O Banco Central divulgou nesta sexta-feira o seu Índice de Atividade Econômica (IBC-BR), considerado uma prévia do Produto Interno Bruto (PIB) do país, e o resultado confirma as projeções e estimavas de reação da economia brasileira. Segundo BC, o índice registrou aumento de 0,56% em abril na comparação com o mês de março, acima da aposta do mercado de que o IBC-BR marcaria 0,20%, após uma queda de 0,15% no mês passado. 

 

No acumulado de 12 meses, o índice de atividade econômica do BC registrou alta de 3,43%. Já na comparação com o mês de abril do ao passado, o crescimento registrado foi de 3,88%. No trimestre encerrado em abril, o indicador subiu 3,47% ante o trimestre anterior. Em relação ao mesmo trimestre de 2022, houve alta de 4,06%.

 

Os números do IBC-BR se somam às boas notícias em relação à economia do país, com melhora da atividade econômica, redução da inflação, recuo do dólar e maior volume de negócio no Ibovespa. Os bons números do PIB já haviam sido identificados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na semana passada, o IBGE divulgou o resultado do primeiro trimestre de 2023, que registrou crescimento de 1,9% em comparação com o último trimestre de 2022, impulsionado principalmente pela força do agro.

 

A divulgação da chamada prévia do PIB vem junto com uma nova subida de tom nas críticas de membros do governo Lula e lideranças petistas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, por conta da alta taxa de juros do País. O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, por exemplo, chegou a dizer que se Campos Neto estivesse trabalhando na iniciativa privada, já teria sido demitido “por errar tanto”. Marinho participa, em Genebra, na Suíça, da 111ª Conferência Internacional do Trabalho, promovida pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). 

 

“Se fosse em qualquer empresa privada, ele teria sido demitido, porque não está cuidando da abrangência de suas funções. A empresa já teria colocado outra pessoa mais competente no lugar dele”, afirmou Luiz Marinho.

 

A presidente do PT, deputada Gleisi Hoffman, uma das mais contundentes críticas do presidente do BC entre aliados do governo, afirma que Campos Neto “sabota o país”. A deputada destacou que sindicatos e movimentos sociais farão protestos nas ruas nesta sexta contra os altos juros. 

 

“Brasil está voltando aos trilhos, governo Lula atuando forte, mas Campos Neto não ajuda. Na verdade, Roberto Campos Neto pertence ao mercado financeiro, e infelizmente, na economia, quem está ditando regras é o mercado financeiro. Ele já fazia isso antes, está fazendo isso agora, obviamente que ele deve ter também compromisso político com Bolsonaro, e ele só quer que o mercado financeiro dê certo. Ele não está nem aí para o País”, disse Gleisi.

 

Na próxima semana, o Comitê de Política Monetária do Banco Central se reúne para decidir se mantém a taxa básica de juros no patamar atual de 13,75% ao ano.
 

Lula diz que Brasil vai crescer mais de 2,5% este ano
Foto: Joédson Alves/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou, nesta quinta-feira (15), que a economia brasileira pode avançar mais de 2,5% este ano e que está convencido de que o Produto Interno Bruto (PIB) deve superar as estimativas do Fundo Monetário Internacional (FMI), de crescimento de 0,9%. Segundo o petista, as razões são as políticas do governo para que o dinheiro volte a circular na mão da população. As informações são da Agência Brasil.

 

“Nós vamos crescer acima de 2%, de 2,5%, e se acontecer o que eu estou pensando, podemos até crescer um pouco mais, porque a primeira coisa que nós fizemos foi retomar todas as políticas sociais que estavam funcionando corretamente. Ou seja, políticas sociais que vão irrigando dinheiro na base deste país, para o pequeno produtor, para o pequeno empreendedor, para as pessoas do Bolsa Família, para as pessoas que estão na Previdência Social esperando na fila para se aposentar. Ou seja, esse dinheiro começou a voltar, inclusive voltar o dinheiro para a cultura”, declarou o presidente em entrevista a rádios de Goiás.

 

Em abril, o FMI reduziu a previsão de crescimento da economia brasileira para 0,9% este ano, abaixo da média mundial e da média dos países da América Latina e Caribe. No relatório anterior, de janeiro, a previsão era maior, de 1,2%.

 

Lula criticou mais uma vez o patamar da taxa básica de juros, a Selic. Em março de 2021, o Banco Central (BC) iniciou um ciclo de aperto monetário, em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis, elevando a taxa básica ao seu maior nível desde janeiro de 2017, quando também estava em 13,75% ao ano. A decisão de manutenção da Selic nesse patamar vem sendo criticada pelo governo federal, que cobra uma redução para impulsionar o crescimento da economia.

 

“Não tem explicação, nesse país, uma taxa de juros a 13,75% [ao ano] com inflação a 4,5%. Nós não temos inflação de demanda, o povo não está comprando, nós temos 72% da população brasileira endividada”, disse, ao se referir ao programa Desenrola, lançado pelo governo para a renegociação de pequenas dívidas da população.

 

“Para as pessoas que estão endividadas voltarem ao mundo do comércio, de poder comprar outra vez. Elas estão endividadas no cartão de crédito porque comparam comida, então nós temos que tentar ajudar essa gente”, acrescentou Lula.

 

Para o presidente, é preciso recuperar a capacidade de geração de emprego porque as pessoas querem viver do seu trabalho. “Ninguém gosta de ficar vivendo de Bolsa Família, ninguém gosta de ficar vivendo de favor”, disse. “Nós já fizemos uma vez e nós vamos repetir. Esse país vai voltar a crescer, vai voltar a gerar empregos, vai voltar a aumentar o salário mínimo, vai aumentar todo ano acima da inflação. Isso vai acontecer porque é pra isso que eu voltei e foi pra isso que o povo me elegeu”, disse.

Depois da surpresa positiva com o PIB, IBGE divulga resultado negativo na produção industrial do país
Foto: Rafael Martins / Arquivo Sistema FIEB

Um dia depois da boa notícia dada pelo IBGE com o surpreendente PIB de 1,9% no primeiro trimestre deste ano, puxado principalmente pela força do agronegócio, foi divulgada uma má notícia no setor industrial. O IBGE divulgou nesta sexta-feira (2) os números da produção industrial, que caiu 0,6% em abril em relação ao mês de março. Em relação a abril de 2022, a queda foi de 2,7%, sem ajuste sazonal. 

 

Os números do Produto Interno Bruto do primeiro trimestre divulgados nesta quinta (1º) já anteciparam as dificuldades no setor industrial. Enquanto o agronegócio cresceu 21,6% em relação ao último trimestre de 2022, houve queda nas atividades industriais, como na área de construção (-0,8%) e das indústrias de transformação (-0,6%).

 

O resultado do setor industrial divulgado hoje pelo IBGE acontece após um avanço de 1% verificado no mês de março em relação a fevereiro, quando houve interrupção de dois meses consecutivos de retração. No ano de 2023, segundo o IBGE, a indústria brasileira acumula queda total de 1%, e nos últimos 12 meses, houve variação negativa de 0,2%.

 

De acordo com o IBGE, o resultado negativo de abril foi influenciado principalmente pelas quedas verificadas em máquinas e equipamentos (-9,9%), produção de veículos automotores, reboques e carrocerias (-4,6%), e produtos alimentícios (-3,2%). Também tiveram contribuição decisiva para a queda do setor a produção de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (-9,4%), a indústria extrativa (-1,1%), a área de bebidas (-3,6%), de produtos de metal (-3,3%), de outros equipamentos de transporte (-5,2%) e de máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%).

 

Na avaliação dos últimos 12 meses, o índice de -1% foi puxado por resultados negativos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos industriais pesquisas, além de 46 dos 80 grupos e 53,5% dos 789 produtos que entram na análise do IBGE. Entre as atividades, as principais influências negativas no total da indústria foram registradas por produtos químicos (-8,1%), produtos de minerais não metálicos (-9,6%), metalurgia (-4,8%) e máquinas e equipamentos (-6,4%).

 

Segundo observou André Macedo, gerente da Pesquisa Industrial Mensal (PIM) do IBGE, diferentemente dos últimos três meses do ano passado, quando houve saldo positivo acumulado de 1,5%, neste início de 2023 há uma presença maior de resultados negativos. “Em abril, observamos uma maior disseminação de quedas na produção industrial, alcançando 16 dos 25 ramos industriais investigados. Esse maior espalhamento de resultados negativos não era visto desde outubro de 2022”, ressaltou, em texto publicado pelo IBGE. “Os números mostram redução nesse saldo positivo frente ao patamar pré-pandemia. Em agosto de 2022, esse saldo positivo era de dois dígitos, 16,7%. O saldo positivo vem perdendo fôlego nos últimos meses”, completou.

PIB cresce 1,9% no primeiro trimestre impulsionado pela Agropecuária, aponta IBGE
Foto: Jaelson Lucas / AEN-PR

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o último trimestre do ano passado. O resultado foi puxado, principalmente, pelo crescimento de 21,6% da Agropecuária, maior alta para o setor desde o quarto trimestre de 1996. O PIB, que é a soma dos bens e serviços finais produzidos no Brasil, chegou a R$ 2,6 trilhões em valores correntes. As informações são da Agência de Notícias IBGE.

 

Na comparação com o primeiro trimestre de 2022, o PIB cresceu 4,0%. No acumulado dos quatro trimestres terminados em março de 2023, o PIB registrou elevação de 3,3% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Os dados são do Sistema de Contas Nacionais Trimestrais, divulgado hoje (1) pelo IBGE.

 

O crescimento do PIB foi puxado pela alta na Agropecuária (21,6%), que tem peso de aproximadamente 8% da economia do país. "Problemas climáticos impactaram negativamente a Agropecuária ano passado e esse ano estamos com previsão de safra recorde de soja, que representa aproximadamente 70% da lavoura no trimestre, com crescimento de mais de 24% de produção. A safra da soja é concentrada no primeiro semestre do ano. Ao compararmos o quarto trimestre de um ano ruim com um primeiro trimestre bom, observamos esse crescimento expressivo da Agropecuária", analisa a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis.

 

Ainda no campo positivo, o setor de serviços, que tem o maior peso no indicador, cresceu 0,6% no período. O resultado foi puxado, principalmente, pelas altas nos setores de Transportes e Atividades Financeiras, ambos com crescimento de 1,2%. 

 

“A alta no setor dos Transportes foi influenciada tanto pelo transporte de carga quanto o de passageiros e nas Atividades Financeiras, foi puxada pela parte de seguros, pois o valor dos prêmios cresceu, mas o dos sinistros caiu, e o setor tem um ganho quando acontece isso”, pontua Palis.

 

Por outro lado, o setor de Informação e comunicação (-1,4%) apresentou a maior queda do primeiro trimestre para os serviços. “A queda dessa atividade pode ser explicada, em grande parte, por uma base de comparação alta. Foi a atividade que mais cresceu depois da pandemia, se encontra 22,3% acima do patamar do quarto trimestre de 2019.”, explica a coordenadora.

 

A Indústria apresentou estabilidade (-0,1%) no primeiro trimestre de 2023. “A queda na Indústria de Transformação foi influenciada pelas quedas de bens de capital e bens intermediários, enquanto a Atividade de Eletricidade e água, gás, esgoto, atividades de gestão de resíduos subiu 6,4%, visto que estamos em um momento de boas condições hídricas, sem escassez”, pontua Palis.

PIB avançou 1,6% no primeiro trimestre, indica FGV
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

O Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 1,6% ante o último trimestre de 2022. Na comparação ao mesmo período do ano passado foi registrado um avanço de 4,5%, segundo dados do Monitor do PIB, divulgados pela Fundação Getulio Vargas (FGV).

 

Os valores não são oficiais, o cálculo do PIB é feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e divulgado trimestralmente.

 

De acordo com a FGV, só em março, a economia brasileira cresceu 1,8% em relação a fevereiro. Na comparação com março do ano passado, expansão chegou a 4,5%.

 

Na comparação do primeiro trimestre deste ano com o mesmo período do ano passado, o consumo das famílias cresceu 4,7%, principalmente pelos consumos de serviços e de bens não duráveis.

 

Os investimentos (formação bruta de capital fixo) avançaram apenas 0,2%. O desempenho do segmento foi prejudicado pela queda de 3,4% na parte de máquinas e equipamentos.

 

As exportações tiveram alta de 5,7%, puxadas pelos produtos da indústria extrativa mineral e pelos serviços, enquanto as importações recuaram 2,1%, devido aos recuos nas compras de produtos agropecuários, da extrativa e de bens intermediários.

 

Metodologia

 

O Monitor do PIB/FGV estima mensalmente o Produto Interno Bruto brasileiro, com base a mesma metodologia das Contas Nacionais Trimestrais do IBGE.
 

“A decisão é dele”, afirma Haddad sobre novo arcabouço fiscal entregue a Lula
Foto: Fábio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, se reúne nesta sexta-feira (17) com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para discutir os detalhes da proposta de uma nova regra fiscal que substituirá o teto de gastos vigente.

 

Segundo Haddad, cabe a Lula decidir quando a proposta será apresentada ao público. "“A partir de agora, ele que decide. Tá na mão dele, e a decisão é dele. A Fazenda cumpriu seu cronograma”, declarou Haddad nesta sexta-feira (17) momentos antes de reunir com o presidente no Palácio do Planalto.

 

A reunião contará com a presença do vice-presidente e ministro de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e dos ministros do Planejamento, Simone Tebet, de Gestão e Inovação em Serviços, Esther Dweck, e da Casa Civil, Rui Costa.

 

A proposta, chamada pelo governo de "arcabouço fiscal", é a maior aposta da equipe econômica para reduzir o déficit das contas públicas, estimado em R$ 231,5 bilhões. Caso seja aprovada pelos congressistas, a proposta substituirá o teto de gastos.

 

O presidente Lula deve concluir as discussões sobre a nova regra na reunião desta sexta-feira e definir o formato final do texto antes de sua viagem à China, prevista para 26 de março. A proposta já havia sido entregue a integrantes do Executivo na quarta-feira (15), mas Lula disse na ocasião que ainda não havia lido o texto. O esboço do programa já foi apresentado ao vice-presidente Geraldo Alckmin e à ministra Simone Tebet.

Em visita à AL-BA, Portugal propõe projeto de lei que estabelece 1,5% do PIB para Cultura
Foto: Divulgação

Durante visita à Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quarta-feira (31), o secretário de Cultura Jorge Portugal solicitou, junto ao presidente da casa, deputado Angelo Coronel (PSD), o apoio do legislativo para dois projetos de interessa da pasta. O primeiro deles, é a elaboração de um projeto de lei que estabelece 1,5% do Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia, seja destinado, exclusivamente, a ações desenvolvidas pela Secretaria de Cultura. "Temos uma secretaria para dar conta de uma cultura que é maior que o Estado. A Bahia respira cultura. Não temos condições de atender a todas as demandas culturais que nos são apresentadas. Com esse projeto, nós teríamos condições de minorar as dificuldades enfrentadas com o atual orçamento", justificou Portugal. A segunda proposta apresentada pelo secretário ao presidente da AL-BA, é a criação de outro projeto, que determina que 20% das salas de cinema no estado sejam destinadas para a exibição de filmes locais ou nacionais. "É importante a existência de uma lei que nos garanta este percentual para os filmes nacionais, porque se não for assim Hollywood toma conta", afirma Portugal. 

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O São João na Ilha tá rendendo até agora, e vai ter impacto nas próximas semanas. Mas no meio político também teve gente se destacando. Principalmente de forma visual. Mas nem por isso a campanha parou, pelo contrário. O Ferragamo já tá buscando um jeito de economizar, enquanto Kleber das Rosas mirou em algo mais popular. Mas ninguém muda porque é festa junina. Que o diga o barbeiro do Cacique. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Margareth Menezes

Margareth Menezes
Foto: Tomaz Silva / Agência Brasil

"Cultura não é supérfluo".

 

Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.

Podcast

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato

Terceiro Turno: 2 de Julho marca início de calor político e opõe grupos durante ato
Foto: Feijão Almeida / Gov.Ba
Ainda mais reforçado em um ano eleitoral, o cortejo ao Dois de Julho, em Salvador, contou com a presença de diversas lideranças políticas, inclusive, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Com o termômetro político buscando medir a popularidade, principalmente dos nomes que irão disputar a prefeitura da capital baiana, o povo foi às ruas mantendo a tradição e conservando os costumes. 

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