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A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) prometeu abrir investigações sobre as condições extremas que causou mal-estar nos pilotos durante o Grande Prêmio do Catar, 17ª etapa do Mundial de Fórmula 1. Em comunicado divulgado nesta segunda-feira (9), a entidade assumiu a culpa pela situação e que vai tentar evitar que o caso seja repetido no futuro.
"A FIA nota com preocupação que as extremas temperatura e umidade durante o GP do Catar de F1 2023 tenham impactado o bem-estar dos pilotos. Enquanto atletas de elite, não deveríamos esperar que eles competissem sob condições que podem prejudicar sua saúde ou segurança. A operação segura dos carros é, a todo tempo, responsabilidade dos competidores (times). Entretanto, em outros aspectos relacionados a segurança como estrutura do circuito e requisitos de segurança dos carros, a FIA vai tomar todas as medidas razoáveis para estabelecer e comunicar parâmetros aceitáveis nos quais as competições são disputadas", diz um trecho da nota.
Após a corrida, vencida pelo holandês Max Verstappen, da Red Bull, diversos pilotos relataram problemas físicos e de desgaste durante a prova devido ao forte calor no Catar. O americano Logan Sargeant, da Williams, abandonou a disputa ao não se sentir bem, enquanto o francês Esteban Ocon, da Alpine, revelou ter vomitado dentro do capacete durante duas voltas. O canadense Lance Stroll, da Aston Martin, e o britânico Lando Norris, da Mclaren, relataram perda de consciência momentânea ao longo do percurso. Além deles, outros pilotos foram para o centro médico do autódromo para atendimento médico após a bandeira quadriculada. Segundo colocado, o australiano Oscar Piastri, também Mclaren, deitou no chão de exaustão antes da cerimônia de premiação no pódio.
A FIA informou que o GP do Catar será discutido na próxima reunião do conselho médico da entidade em Paris, na França. Dentre os tópicos do encontro, vai ser debatido pesquisas sobre um fluxo de ar mais eficiente dentro do cockpit, além de recomendações para mudanças no calendário. O GP do Catar da temporada de 2024 está previsto para o dia 29 de novembro, época em que as temperaturas estão mais amenas.
A próxima etapa do Mundial de F1 de 2023 está programada para acontecer entre os dias 20 e 22 de outubro, com o GP dos Estados Unidos, em Austin, no Texas. Verstappen já garantiu seu terceiro título mundial de forma antecipada. O holandês soma 433 pontos contra 224 do mexicano Sergio Pérez, seu companheiro na Red Bull, que é o segundo colocado. Heptacampeão mundial, o inglês Lewis Hamilton, da Mercedes, é o terceiro com 194.
Devido ao forte calor, alta umidade e extremo esforço, pilotos passaram mal durante e depois do Grande Prêmio do Catar de Fórmula 1, realizado neste domingo (8). A prova terminou com a vitória do holandês Max Verstappen, da Red Bull, que já havia assegurado a conquista do tricampeonato mundial no dia anterior.
O americano Logan Sargeant, da Williams, abandonou a corrida na volta de número 40 com sintomas de desidratação severa e gripe. Ele foi levado ao centro médico do autódromo para observação assim que deixou o carro no box. Já o francês Esteban Ocon, da Alpine, disse que vomitou dentro do próprio capacete entre duas voltas. Ele ainda conseguiu cruzar a linha de chegada na sétima colocação.
"Eu estava vomitando nas voltas 15, 16. [Vomitei] por duas voltas, acho", admitiu o piloto. "Estava fazendo isso e pensando: "merda, vai ser uma longa corrida". Tentei me controlar mentalmente e apenas focar no que precisava fazer", completou.
Outro piloto da Williams, o anglo-tailandês Alexander Albon também passou mal após o encerramento da prova, que ficou na 13ª posição, e teve dificuldades para sair do carro demorando quase dois minutos. Ele também foi levado ao centro médico por "exposição aguda ao calor". Já Lance Stroll, da Aston Martin, recebeu a bandeira quadriculada em nono lugar, mas acabou sendo punido caindo para o 11º ao ultrapassar o limite de pista. O canadense reclamou alegando a impossibilidade de ver a linha branca e revelou ter desmaiado algumas vezes ao longo da corrida. A câmera onboard do seu carro mostrou o momento em que deixou o cockpit de forma errática. Ele caminhou direto para uma ambulância onde recebeu atendimento.
"Eu estava tonto, sofrendo com pressão baixa e desmaiando no carro. Então, levar uma punição por extrapolar os limites de pista é uma piada", criticou.
Terceiro colocado na corrida, o britânico Lando Norris, da Mclaren, disse ter sentido a visão borrada em alguns momentos. Além disso, ele revelou ter visto pilotos desmaiados durante atendimento no centro médico. Bicampeão mundial, o espanhol Fernando Alonso, da Aston Martin, que ficou em sexto, se queixou do assento extremamente quente e que pediu auxílio à equipe, que não pôde ajudá-lo. O também britânico George Russell, da Mercedes, que ficou em quarto, chegou a levantar a viseira do capacete e andar sem as mãos nos volante em alguns períodos na tentativa de refrescá-las. Já o chinês Guanyu Zhou, que largou em 19º e chegou em nono, se queixou juntou ao seu engenheiro de sentir um mal estar dentro do carro da Alfa Romeo.
Em meio ao outono no mês de outubro, o Catar tem registrado temperaturas beirando os 35°C durante a o dia e 26°C de noite. A alta umidade também contribui para o aumento da sensação térmica. A última edição do GP no país havia acontecido em 2021, mas foi realizada no final de novembro. No ano seguinte a prova não aconteceu por causa da disputa da Copa do Mundo, que foi no mesmo período. Nessa época, as temperaturas variam entre 18°C e 24°C.
"Já esperávamos por isso, mas esse fim de semana foi quente demais para pilotar. Se continuarmos voltando aqui, essa corrida precisa ser mais para o fim do ano. Estava beirando 40ºC lá fora. Foi bem extremo. Muitos pilotos com os quais eu falei depois do pódio, estavam deitados no chão por aí", comentou Verstappen, vencedor da prova.
Faltando cinco etapas para o encerramento do Campeonato Mundial, a F1 retorna somente entre os dias 20 e 22 deste mês com o GP dos Estados Unidos, em Austin, no Texas.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Wilson Witzel
"O presidente Jair Bolsonaro deve ter se confundido e não foi a primeira vez que mencionou conversas que nunca tivemos, seja por confusão mental, diante de suas inúmeras preocupações, seja por acreditar que eu faria o que hoje se está verificando com a Abin e a Polícia Federal. No meu governo, a Polícia Civil e a Militar sempre tiveram total independência".
Disse o ex-governador do Rio de Janeiro Wilson Witzel, ao negar que manteve qualquer tipo de relação, seja profissional ou pessoal, com o juiz Flávio Itabaiana, responsável pelo caso de Flavio Bolsonaro (PL), e jamais ofereceu qualquer tipo de auxílio a qualquer pessoa durante seu governo, após vazementos de áudios atribuidos ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).