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piti canella
A exoneração da ex-diretora-geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella, nesta quinta-feira (18), pegou de surpresa não somente a classe artística, como também a própria ex-gestora. A "queda" da produtora cultural ocorreu após a saída da historiadora Luciana Mandelli do comando do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), por decisão do secretário de Cultura do Estado, Bruno Monteiro.
Em sua primeira entrevista após deixar o cargo, Piti Canella admitiu estar frustrada por não ter “cumprido a missão inteira”, conforme havia se comprometido com a classe da cultura e do entretenimento.
Em entrevista ao Jornal da Cidade, da Rádio Metropole, Piti Canella também revelou que, para justificar a sua saída, Bruno Monteiro alegou que a gestão dela “não estava funcionando politicamente" e, como alternativa, ofereceu a direção do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), atualmente dirigido por Marília Gil, sua amiga pessoal.
“Ele me disse que eu sairia da Funceb e me ofereceu museus. Eu não sou uma pessoa de museus, eu sou de produção de exposições. Eu já produzi grandes exposições, eu não sou museóloga. Existem lugares que devem ser ocupados pelos técnicos das suas áreas”, frisou. Ela ainda completou que não aceitaria o cargo porque Marília Gil, além de amiga, é sua irmã e comadre: “Nós temos o mesmo CNPJ”, disse.
"Avisei a ele que gostaria de ficar na Funceb, não acho que eu seria capaz de estar em outro lugar dentro da secretaria de Cultura. Eu gosto de ficar nos lugares onde seria capaz de executar as ações. Acredito que estava desempenhando super bem e aí você pode perguntar para a classe inteira [...] Ele falou para pensar um pouco [em ir para o MAM]”, completou.
Após a exoneração, publicada no Diário Oficial do Estado (DOE), na manhã desta quinta (18), a agora ex-diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), órgão subordinado à Secult, Piti Canella se pronunciou através de uma rede social. Na publicação, ela afirma que deixou a Funceb triste, mas consciente do trabalho que foi prestado durante os 14 meses em que esteve no cargo.
“Triste com minha saída da FUNCEB, mas feliz e consciente da minha enorme contribuição, 14 meses de dedicação exclusiva e amorosa aos artistas e ao @governodabahia. Registrando que apesar do “a pedido” no DOE, eu não pedi porque sou pela resistência. Eu fui exonerada”, disse Piti.
Outra importante mudança já havia acontecido ontem (17), na Secretaria de Cultura da Bahia, quando ocorreu a exoneração de Luciana Mandelli, vice-presidente do PT baiano, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
Ainda na quarta-feira (17), o Bahia Notícias mostrou que as alterações na Secretaria de Cultura, iniciadas com a demissão de Mandelli, não se tratam de uma mera formalidade ou mudança de rumos da instituição. As saídas teriam como pano de fundo uma queda de braço travada contra o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro.
Para o lugar de Piti foi nomeada Sara Gabriela Prado Mercês Lázaro, que até então ocupava o cargo de superintendente na Superintendência de Promoção Cultural da Secult. Para o antigo posto de Sara Gabriela, o governador puxou Lorena Lais Rosa Ferreira, diretora de Fomento à Cultura, para cumulativamente responder pelo expediente da Promoção Cultural.
Dando continuidade às mudanças na Secretaria de Cultura da Bahia, o governador Jerônimo Rodrigues (PT) exonerou nesta quinta-feira (18) a diretora geral da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), Piti Canella. O órgão é subordinado à Secult. A saída ocorre um dia depois da exoneração de Luciana Mandelli, vice-presidente do PT baiano, do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC).
Para o lugar de Piti foi nomeada Sara Gabriela Prado Mercês Lázaro, que até então ocupava o cargo de superintendente na Superintendência de Promoção Cultural da Secult. Para o antigo posto de Sara Gabriela, o governador puxou Lorena Lais Rosa Ferreira, diretora de Fomento à Cultura, para cumulativamente responder pelo expediente da Promoção Cultural.
Ainda na quarta-feira (17), o Bahia Notícias mostrou que as alterações na Secretaria de Cultura, iniciadas com a demissão de Mandelli, não se tratam de uma mera formalidade ou mudança de rumos da instituição. As saídas teriam como pano de fundo uma queda de braço travada contra o secretário de Cultura da Bahia, Bruno Monteiro.
No caso de Mandelli, o "embate" já se arrastava há meses dentro da gestão Jerônimo Rodrigues (PT) e, conforme apurado pelo Bahia Notícias, nos bastidores a ala política da gestão avaliou não ser possível continuar com os dois no "mesmo local", ja que o IPAC é um órgão subordinado à Secult.
Uma fonte ligada a Jerônimo revelou que teria pesado a favor do secretário a boa relação construída com o governador, além de sua proximidade com o senador Jaques Wagner (PT). De acordo com o interlocutor, Luciana Mandelli teria criado um "clima de tensão" para tentar desestabilizar politicamente a força de Monteiro - em diversas oportunidades, o chefe da Secult foi alvo de fogo amigo, dentro da própria pasta, e, há algum tempo, bastidores apontavam uma ascendência de então diretora do IPAC no processo.
Antes da exoneração desta quarta, a reportagem já havia apurado que a ex-diretora tentou articular uma troca de cadeiras para ser alçada ao posto de secretária de Cultura com uma eventual ida de Bruno Monteiro para a Secretaria de Comunicação do Governo. A hipótese chegou a circular em tom de "fofoca", mas não houve avanço no processo. Ainda assim, ela teria continuado com as investidas.
Apesar da saída do IPAC, Mandelli deve ser realocada na estrutura estadual e pode passar a ocupar uma diretoria na Secretaria de Política para as Mulheres (SPM), atualmente comandada por Elisangela Araújo.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.