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ponte
O corpo técnico da Secretaria de Desenvolvimento Econômico (SDE) recebeu o presidente da Concessionária Ponte Salvador-Itaparica, Cláudio Villas Boas, para discutir o Plano de Desenvolvimento Econômico em torno da área impactada pelo sistema viário, importante vetor de distribuição de renda, que vai impulsionar a economia de toda a Bahia.
O secretário da pasta, Angelo Almeida, recebeu com alegria a notícia de que a empresa de Engenharia Portuária, Subaquática e Offshore, Belov, é umas das empresas que está atuando no processo da sondagem, fornecendo balsas e montando os equipamentos chineses em seu estaleiro no Porto de Aratu. De acordo com a concessionária, o investimento do serviço, que vai coletar amostra do solo marítimo, é de R$ 160 milhões.
Além do secretário e do presidente da Concessionária, participaram da agenda, que ocorreu nessa quarta-feira (15), o gerente de Comunicação e Relações Institucionais, Carlos Prates e a equipe técnica da SDE, o superintendente Luciano Giudice, os diretores Paulo Henrique de Almeida e José Carlos Oliveira, os arquitetos urbanistas Graça Torreão e Heber Sena, responsáveis pelo diagnóstico técnico Plano Estratégico para o Desenvolvimento Econômico dos Territórios Recôncavo, Baixo Sul e entorno.
“Discutir com o consórcio da Ponte Salvador-Itaparica um plano estratégico para o desenvolvimento econômico dos territórios do Recôncavo, do Baixo Sul e do entorno do sistema viário é fundamental para garantir a sustentabilidade e para que a sociedade tome conhecimento de que, para além de um projeto de mobilidade urbana, é um projeto de desenvolvimento econômico, sustentável e robusto”, afirma Angelo Almeida, que comemorou o trabalho de uma empresa baiana no fornecimento de três balsas e montagem dos equipamentos chineses.
A maior balsa mede 75 metros de comprimento e tem dois mil metros quadrados de área de convés.
De acordo com Cláudio Villas Boas, a construção do novo sistema viário, que inclui a ponte, é uma construção civil de obra pesada, onde a maior parte de seus insumos e serviços e empresas parceiras virão das regiões mais próximas de onde se efetivará a construção. “Iniciamos a sondagem com a contratação de duas grandes empresas, uma chinesa e uma brasileira, porém todo o serviço executado localmente é terceirizado para empresas locais.
Um exemplo é a Belov, parte integrante do consórcio. E assim acontecerá em todo o processo construtivo desse novo sistema viário, ou seja, as empresas baianas e locais terão papel preponderante nesse investimento. Neste momento, eu imagino em torno de 300 a 400 empregos de uma forma indireta, mas na obra em si, a perspectiva é de cerca de 7 mil vagas de trabalho no processo de construção da ponte”, explica.
"O Plano de Desenvolvimento Econômico do Baixo Sul, Recôncavo e entorno da área impactada pela ponte Salvador-Itaparica é mais do que um projeto de apoio à construção da ponte, ele é um plano de desenvolvimento necessário, já que a região tem um baixo dinamismo econômico, apesar da proximidade da Região Metropolitana, ela apresenta um descompasso considerável com relação às outras regiões do estado. Com a construção do equipamento, acredito na otimização e investimento, propiciando a atração de empreendimentos e de um maior impulso à atividade econômica na região, melhorando a qualidade de vida da população", afirma a analista técnica, Graça Torreão.
PONTE
O Sistema Rodoviário Ponte Salvador-Itaparica será um novo vetor de distribuição de renda e vai impulsionar a economia de toda a Bahia, contemplando 10 milhões de baianos em cerca de 250 municípios. O investimento vai fomentar o desenvolvimento econômico a partir da atração de novos empreendimentos em áreas como logística, indústria, comércio, serviços e mercado imobiliário. O novo sistema irá também impulsionar de maneira sustentável o turismo na Bahia, já que a distância entre Salvador e importantes zonas turísticas do estado, como o Sul e Baixo Sul, será reduzida em mais de 100 km.
Além da ponte com 12.4 km sobre o mar, a maior da América Latina, serão construídos novos acessos viários em Salvador e Vera Cruz.
Na capital, serão 4 km de uma nova estrutura entre a região da Calçada e Água de Meninos, composta por um conjunto de viadutos e dois novos túneis que ficarão paralelos aos da Via Expressa. Já em Vera Cruz, o fluxo de veículos oriundos da ponte será direcionado para uma nova via expressa com 22 km, que será construída na região de Mar Grande e segue até as proximidades de Cacha Pregos.
Por fim, será duplicado um trecho de 8 km da BA-001 desde Cacha Pregos até o início da Ponte do Funil, onde finaliza a área de atuação da Concessionária.
Após mais de 120 anos de atraso, o projeto para a construção da Ponte Internacional Rio Mamoré, ligando o Brasil (Guajará-Mirim) e a Bolívia (Guayaramerin) deve finalmente sair do papel. A conexão que nasce a BR-425/RO, em Roraima, terá 1,2 km de extensão e faz parte do novo Programa de Aceleração do Crescimento (Novo PAC).
Apesar do governo brasileiro ter entoado que o principal motivo da conexão é fortalecer a integração na América do Sul, “a menina dos olhos” do Brasil pode partir do anseio do país em ampliar seu comércio pelo Oceano Pacífico para expandir as relações econômicas com o distante continente asiático.
O economista, doutor em Relações Internacionais e presidente do Conselho Regional de Economia do Ceará (Corecon-CE), Igor Lucena, pontua que a movimentação do governo brasileiro para estreitar os laços com os países vizinhos da América Latina deve ser levada em consideração, até por conta da Bolívia ter ingressado no Mercosul - bloco econômico que reúne Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai -, em janeiro deste ano. Porém, o Brasil, aparentemente, tem objetivos a longo prazo mais amplos do que fortalecer conexões com “seus irmãos”.
“O fato da Bolívia estar entrando no Mercosul significa que precisa de uma maior integração social de mercadorias, de serviços e de pessoas. Mas talvez para o Brasil, seja mais importante a possibilidade de ter uma saída para o [Oceano] Pacífico. Grandes nações, como os Estados Unidos e o Canadá, têm saídas para o Atlântico e para o Pacífico. Isso gera uma integração econômica muito boa”, pontuou o doutor em Relações Internacionais.
O acordo firmado para a construção da estrutura é de 2007, durante o governo Lula 2, mas nunca saiu do papel. O projeto foi elaborado em 2015 pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e atualizado em 2023.
Igor Lucena relembra que o eixo econômico do mundo “se desloca” para o Pacífico, a exemplo de Japão, China, Coreia do Sul e Singapura. Justamente por isso, facilitar a ida para essa região pode impulsionar o comércio brasileiro com o asiático. “Se a gente fizer uma análise econômica de longo prazo, ela pode se tornar, assim, uma ligação estratégica para mercadorias do Mercosul que vão poder ir até a Bolívia e serem escoadas para o Pacífico”, pontuou o especialista.
Há três saídas do Brasil para países vizinhos que dão acesso a portos do Pacífico. As fronteiras ficam em Cáceres, no Mato Grosso, Guajará-Mirim, em Rondônia - onde a ponte até a Bolívia será construída -, e Assis Brasil, no Acre.
TRATADO DE PETRÓPOLIS
A Ponte Internacional Rio Mamoré nasceu como parte de uma série de acordos previstos no Tratado de Petrópolis, firmado em 1903 durante a compra do Acre pelo Brasil. Em troca, o governo brasileiro teve de pagar dois milhões de libras esterlinas (cerca de R$ 2 bilhões, em valores atualizados); construir a estrada de ferro Madeira-Mamoré, que facilitaria o escoamento das exportações bolivianas; e ceder áreas do Mato Grosso ao país vizinho.
“Apesar de 120 anos de atraso, a gente está falando de uma ponte que liga os dois países de uma maneira muito significativa. Tem essa situação onde o Acre também era uma região da Bolívia, e é uma demanda histórica ainda do Tratado de Petrópolis de 1900. Lembrando que o Acre é uma região extremamente complexa do ponto de vista do desenvolvimento econômico”, destacou Igor Lucena.
ALTOS CUSTOS
No entanto, nem tudo são flores. Por mais que a ponte seja vista com bons olhos, ela deve sair “salgada”. A previsão é de que as obras comecem em 2025 e sejam concluídas em 2027, após 36 meses, com custo inicial de R$ 300 milhões para o governo brasileiro. No entanto, no edital lançado pelo Dnit acerca do empreendimento, o valor global das obras está estipulado em cerca de R$ 430 milhões.
Na visão de Igor Lucena, as cifras são altas, sobretudo considerando o cenário de déficit orçamentário do Brasil e dos valores que devem ser repassados para conter as enchentes que devastaram parte do Rio Grande do Sul.
“O grande problema é a questão de custos. O Brasil está na situação de déficit orçamentário. A gente está falando de um valor de aproximadamente 500 milhões de reais, execução de três, quatro anos, mas a gente sabe que obras desse tipo são muito difíceis de ser realizadas nesses custos pré-estabelecidos e nesse próprio prazo. Até porque o Brasil vai desviar muitos recursos para a reconstrução do Rio Grande do Sul, que é mais importante”, destacou o economista.
No total, o país tem 12 pontes binacionais, sendo que duas estão em construção e outras três estão sob planejamento. A mais conhecida é a Ponte Internacional da Amizade, na fronteira entre o Brasil e o Paraguai. Há também estruturas que conectam cidades brasileiras a: Guiana Francesa, Guiana, Peru, Uruguai, Argentina, além da própria Bolívia.
Além da ponte de Guajará-Mirim, o governo brasileiro planeja construir mais duas pontes binacionais, conectando o Brasil à Argentina e ao Uruguai. Ainda estão em obras outras duas estruturas que ligarão o país ao Paraguai.
Navio perdeu força antes de bater em ponte nos EUA; tráfego foi interrompido e reduziu nº de vítimas
O governador do estado americano de Maryland, Wes Moore, declarou, durante entrevista coletiva, que a tripulação do navio cargueiro que se chocou com a ponte Francis Scott Key, em Baltimore, nesta terça-feira (26), notificou as autoridades que eles haviam perdido energia. A embarcação colidiu e derrubou a ponte por volta das 1h30 desta terça (2h30, no horário de Brasília).
Além disso, o governador decretou estado de emergência e ordenou que se iniciasse uma operação de busca e resgate, que já está em andamento. Autoridades confirmaram que seis pessoas ainda estão desaparecidas, Além disso, duas pessoas foram resgatadas inicialmente, uma recusou o tratamento, uma foi levada e posteriormente liberada do trauma de choque.
As investigações preliminares mostram que a colisão não foi intencional. Wes Moore disse que que entre o pedido de socorro e o colapso, as autoridades interromperam o fluxo de tráfego para que não houvesse mais carros na ponte, potencialmente salvando vidas.
O CASO
Com a colisão, a embarcação pegou fogo e acabou afundando. Além disso, diversos veículos caíram na água. As autoridades acreditam que pelo menos 20 pessoas podem estar no rio. Veja o momento do acidente:
Navio derruba ponte nos EUA e veículos caem na água: https://t.co/xmjHdlePox
— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) March 26, 2024
???? Reprodução/ BCO News pic.twitter.com/IinZL8qpVK
De acordo com a Autoridade de Transporte de Maryland, todas as pistas foram fechadas em ambas as direções na ponte de 2,6km. As equipes de emergência procuram pelo menos sete veículos que caíram, de acordo com Kevin Cartwright, diretor de comunicações do Corpo de Bombeiros de Baltimore. Nesta época do ano, a água no rio Patapsco tem uma temperatura média de -1°C.
Ele garantiu que as equipes estavam trabalhando “metodicamente e com segurança” para garantir que “todos que operam aqui no local estejam seguros e que possamos progredir sem causar danos adversos a ninguém”. “Nosso foco agora é tentar resgatar e recuperar essas pessoas”, afirmou Cartwright. Ele apontou que é muito cedo para saber quantas pessoas foram afetadas, mas acredita que é um “evento em desenvolvimento com vítimas em massa”.
Seis contêineres com equipamentos e materiais que serão usados na sondagem da Ponte Salvador-Itaparica desembarcaram no sábado (9) em Simões Filho, na Região Metropolitana de Salvador.
Embarcados em um navio que saiu da China com destino ao Rio de Janeiro, até chegar em carretas a Bahia, a viagem durou cerca de 34 dias. Até este domingo (10), chegarão mais 4 contêineres, totalizando dez.
Para o governador Jerônimo Rodrigues, a chegada dos materiais é "mais um passo concreto para que este projeto tão importante avance”. A ponte, fruto de uma parceria Público-Privada (PPP) entre o Governo da Bahia e um consórcio chinês, recebe um investimento de aproximadamente R$ 9 bilhões.
Dentro dos contêineres estão diversos tipos de equipamentos que serão usados na sondagem a ser realizada em águas rasas e profundas na Baía de Todos-os-Santos. Foram trazidas, três perfuratrizes especiais que possuem um sistema de compensação de ondas, tecnologia chinesa fundamental para executar o serviço no mar durante o inverno, período em que podem ocorrer condições climatológicas adversas.
O sistema permite também a estabilização das balsas onde estarão as plataformas, garantindo assim uma melhor qualidade dos resultados. Ainda entre os equipamentos estão: uma cabine de operação, torre de operação, guincho, gerador e um laboratório para análise geotécnica do material a ser coletado no mar.
SOBRE A SONDAGEM
A sondagem é uma atividade necessária para compreender as características do terreno e dimensionar a fundação da estrutura da ponte. São obtidos fragmentos do solo no local onde serão instalados os pilares e essas amostras são enviadas para laboratório onde são feitas as análises detalhadas do material coletado.
Já foram iniciadas as sondagens em terra no município de Vera Cruz, dia 31 de janeiro, e em Salvador, dia 21 de fevereiro. Nos próximos dias, o serviço será realizado na área de borda do mar de Vera Cruz, em uma plataforma que já está montada. Em seguida, começa a sondagem em águas rasas e profundas com uso de balsas de grande porte e os equipamentos chineses que chegaram no sábado (9).
O Consórcio Pórtico – UFC-NM será responsável pela construção da nova estrada que ligará o município de Porto Seguro ao distrito de Arraial d’Ajuda. O resultado da licitação foi confirmado pelo governo municipal. O projeto tem investimento de R$ 80,7 milhões.
A obra prevê a construção de uma ponte e um pontilhão sobre o Rio Buranhém. De acordo com informações apuradas pelo Radar News, parceiro do Bahia Notícias, o prefeito Jânio Natal (PL) deve dar a ordem de serviço até o mês de junho. O prazo estabelecido para a conclusão da obra é de 12 meses após a ordem de serviço.
A nova estrada, que incluirá uma ciclovia e três rotatórias, será construída nas imediações da planície de inundação do rio Buranhém, com acesso no Km 10 da BR 367, cerca de mil metros depois da Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB). A estrutura contará com uma ponte e um pontilhão para o canal existente e passagem dos animais.
A escolha do traçado da via aproveita uma estrada rural já existente, não pavimentada, que chega até as margens do Rio Buranhém.
Para Jânio Natal, a obra vai proporcionar mais rapidez e praticidade, principalmente durante o verão, quando há grandes filas de veículos na travessia entre Porto Seguro e Arraial d’Ajuda.
A nova estrada e as estruturas de ponte e pontilhão não irão substituir o serviço de balsas que opera há várias décadas, mas sim complementá-lo, oferecendo mais uma opção de acesso entre as duas localidades.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.