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A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI) e a Secretaria do Planejamento (Seplan) apresentam, nesta sexta-feira (15), o potencial de atração de investimentos para ampliação do transporte de cargas de alta capacidade no estado.
O evento, que ocorre às 9h, no auditório da Seplan, pretende apresentar ferrovias, portos e equipamentos logísticos que podem ser alvo de investimentos, gerando efeitos positivos para o desenvolvimento regional da Bahia.
As informações serão apresentadas pelos especialistas da Fundação Dom Cabral (FDC), com a participação do secretário do Planejamento, Cláudio Peixoto, do diretor-geral da SEI, José Acácio Ferreira, o presidente da Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM), Henrique Carballal, e a presença de especialistas de diversos órgãos do Estado ligados ao tema da logística.
O evento é uma nova edição do projeto Pensar a Bahia, da SEI, sob o tema Logística como fator de desenvolvimento regional: ferrovias e portos da Bahia. Na oportunidade, será assinado o termo de abertura da nova etapa de estudos para subsidiar o Plano Estratégico Ferroviário do Estado.
O plano foi contratado pela Companhia Baiana de Pesquisa Mineral (CBPM) e desenvolvido em 2022 pela FDC, instituição que agora é responsável pela nova etapa de estudos, contratada pela SEI.
ETAPAS
A primeira etapa identificou importantes passagens de cargas pela Bahia, estado que se destaca nacionalmente, centralizando as passagens norte-sul, ligando as regiões Nordeste e Sudeste, e leste-oeste, ligando portos à região Centro-Oeste.
As cargas, em cada direção, somam uma média de 130 milhões de TU (tonelada útil tracionada, que representa o total de carga movimentada na malha, no transporte remunerado).
Para apresentar o tema, o Pensar a Bahia convidou o professor Paulo Rezende, coordenador do Núcleo de Infraestrutura e pesquisador responsável pela Plataforma de Infraestrutura em Logística de Transportes da Fundação Dom Cabral, além dos professores Ramon Victor Cesar e Bernardo Cabral, também especialistas em Logística da instituição.
Serão apresentados os fluxos de grãos, minérios e cargas gerais que passam pela Bahia, gerando sobrecarga nas rodovias, representando uma potencialidade para ampliar as ferrovias de alta capacidade.
A nova etapa do projeto irá associar o transporte por rodovias com o novo sistema ferroviário proposto para criar nós logísticos nas principais cidades da Bahia. Inclui também as possibilidades de investimentos em plataformas logísticas ou centros logísticos de distribuição, que podem atrair investimentos em serviços e indústrias, além de um estudo mais detalhado sobre as condições e potencialidades dos portos da Bahia.
O ministro dos Portos e Aeroportos, Márcio França (PSB), afirmou que fará algumas viagens pelo Nordeste a partir da semana que vem, começando pelo município de Ilhéus, no Litoral Sul da Bahia, para autorizar uma obra no Aeroporto Jorge Amado. Ao Bahia Notícias, o vice-prefeito da cidade, Bebeto Falcão (PSB), confirmou a presença do ministro na próxima terça-feira (7) para fazer a avaliação.
A ampliação do aeroporto de Ilhéus é uma das maiores preocupações do prefeito do município, Mário Alexandre (PSD). Em dezembro, o chefe do Executivo chegou a ter uma audiência na sede da Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba). A expectativa é que Márcio França vá ao município para autorizar justamente a ampliação do aeroporto.
“Você tem que pensar no aeroporto como um hospital ou uma escola. Para entregar comida aos Yanomamis, por exemplo, está demorando 16 dias, com um aeroporto demoraria duas horas. Não é uma questão de luxo, é uma questão de acessibilidade. Semana que vem eu vou percorrer o Nordeste todo, vou começar por Ilhéus para autorizar uma obra importante no aeroporto. Mas vou visitar todo o Nordeste”, disse Márcio França.
Ao Bahia Notícias, Bebeto afirmou que a ampliação do aeroporto é fundamental para a economia não só do município, mas também do estado da Bahia. O vice-prefeito chamou atenção, principalmente, para dois problemas centrais: a própria extensão do local e a falta de equipamentos.
“Nós temos um aeroporto que não opera suficientemente. Primeiro, ter um aeroporto de porte internacional. Temos uma alta demanda de passageiros e de negócios, temos necessidade de importar produtos para a área de informática e para desentranhar esses produtos nós não temos um ponto alfandegário, não temos nada. Nós temos dois problemas no aeroporto atual, primeiro a extensão dele, segundo a falta de equipamentos. Isso nos impede que aeronaves de maior porte possam vir aqui e decolar”, disse Bebeto.
O vice-prefeito também comentou que será avaliado junto ao ministro a possibilidade da construção de um novo aeroporto regional em formato de Parceria Público-Privada (PPP). Segundo Bebeto, a obra também é fundamental para o estado por conta da “dimensão econômica” da região.
“Tem uma demanda regional, que acredito ser fundamental, que é a construção de um novo aeroporto em uma PPP. Fazendo, inclusive, permuta com o aeroporto atual. Além das obras no aeroporto atual, temos a necessidade de um aeroporto novo pela dimensão econômica que a região tem. Então o ministro vai verificar essas condições que nós estamos clamando pela solução”, afirmou Bebeto.
OS PORTOS DA BAHIA
Em entrevista ao BN, Márcio França também citou justamente as dificuldades sobre a infraestrutura da Companhia das Docas da Bahia que, segundo França, possui uma aparência “difícil”. O ministro disse que a readequação dos portos no estado será um dos focos do governo federal e já indicou possíveis obras.
“A Bahia tem um aeroporto que já é privatizado, as informações são positivas. Eu vou olhar com detalhamento para o porto. É um porto com muita dificuldade, um porto que a aparência é difícil, assim como outros portos do Brasil. Em cada porto do Brasil, dos grandes, nós vamos fazer um corte de mais ou menos um ou dois quilômetros para demonstrar que o porto está integrado à cidade, fazer um porto com cara que as pessoas possam visitar”, disse França.
Bebeto Galvão, chegou a se encontrar com o ministro no início de janeiro. Na reunião, também foram discutidas as melhorias do Porto do Malhado, além da construção do Porto Sul. Ele explicou que os terminais de Ilhéus têm sido relegados por conta dos portos de Salvador e o Porto Aratu, mas destacou que Ilhéus está localizado em uma posição estratégica e pediu por melhorias.
“O porto público tem um histórico de acúmulo, de crescimento das cargas. Nós vivemos um problema, ele sempre foi relegado em função do Porto de Salvador e o Porto de Aratu. Mas o nosso porto está situado em uma região que é de fácil acesso a outros países, então ele precisa, não só de uma dragagem de manutenção, mas precisa de uma dragagem de aprofundamento do canal para poder receber navios de grande porte, com grande cargas”, afirmou Bebeto.
Por fim, o vice-prefeito também celebrou a abertura dos diálogos e cutucou a gestão do ex-presidente, Jair Bolsonaro (PL). Bebeto contou que o governo anterior não chegou a abrir a possibilidade de possíveis empréstimos para a realização de obras no município de Ilhéus.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.