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O líder do PP na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Niltinho, observou, nesta terça-feira (2), sobre uma possível aliança do Partido Progressista (PP) para a base do ex-presidente Jair Bolsonaro, a nível nacional, nas eleições federais em 2026. De acordo com o parlamentar, a expectativa do partido em termos estaduais é de que a sigla não tenha essa coligação com Bolsonaro.
O progressista revelou que, mesmo que o apoio aconteça, na Bahia a sigla vai continuar na base do Partido dos Trabalhadores (PT) e do governo Lula e Jerônimo Rodrigues.
“Olha, aqui na Bahia a gente tem posicionado, junto com o presidente Mário [Negromonte] Júnior, um caminho ao lado do governador Jerônimo Rodrigues. É lógico que a gente acaba acompanhando, vem a imprensa, as posições do presidente nacional do partido. A nossa expectativa é que não haja esse movimento para o Bolsonaro. Aqui nós seguimos com o presidente Lula e o nosso desejo é que a nacional tenha o mesmo caminho. Agora eu acho que ainda é prematuro 2026, quando se trata de partido, partido do tamanho do Progressistas [...]”, indicou o deputado durante o entrevista à imprensa no desfile do 2 de julho,
O parlamentar comentou também sobre a possibilidade do partido integrar na base do governo federal integralmente.
“[...] Quem sabe a gente contará com o PP ao lado do presidente Lula, a parte da bancada federal. Inclusive tem o Ministério dos Esportes, o deputado [André] Fufuca. Eu não tenho dúvida que essa foi a porta de entrada e quem sabe o PP em breve anuncia esse ingresso na totalidade, o partido como todo”, apontou Niltinho.
Mesmo antes da realização das eleições municipais deste ano, a articulação pensando no futuro não tem descanso. A busca para conseguir se alocar em espaços, pensando não só nas eleições de 2024, movimenta os partidos na Bahia. Com isso, o senador Angelo Coronel (PSD) poderia ter uma nova legenda para o próximo pleito, em 2026.
Informações obtidas pelo Bahia Notícias dão conta que Coronel já teria recebido "carta branca" do PP para ingressar no partido. Na última semana, o senador teria dialogado com lideranças do partido na Bahia, onde a possibilidade teria sido debatida. Apesar da conversa ter sido em "tom descontraído", a alternativa não estaria sendo descartada por Coronel, também já tendo a anuência nacional do partido.
O senador tem cenário desafiador na base governista, pensando na reeleição em 2026. Inclusive, o BN apurou que o grupo já teria sinalizado que Coronel não teria espaço para integrar a chapa majoritária. Com duas vagas disponíveis no próximo pleito estadual, o grupo tem como favoritos para a disputa o atual senador Jaques Wagner, que buscaria a reeleição, e o ministro da Casa Civil, o ex-governaador da Bahia, Rui Costa, ambos pelo PT.
Apesar disso, para a disputa ao Senado, não necessariamente o candidato precisa estar atrelado a uma chapa majoritária, sendo permitido a "candidatura solta". O movimento seria a aposta de Coronel para 2026. Além disso, com a maior "aproximação" do PP com o governo, o período de "relação mais fria" com a gestão de Jerônimo seria superado, abrindo a disputa para que Coronel concorresse por um partido da base. E Coronel também teria suas armas.
Um dos fatores que pode ser preponderante é a articulação de Coronel com prefeitos espalhados pelo estado. O senador também tratou de "ampliar" seus braços de contato com as bases, já que, em 2022, elegeu dois filhos: Diego Coronel (PSD), que era deputado estadual e subiu para a Câmara, além de Angelo Filho (PSD), que ocupa uma cadeira na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA).
Além disso, outro nome pode pesar para que Coronel entre mais forte nessa disputa: Otto Alencar (PSD). Presidente estadual do PSD e com longa relação com Coronel, Otto poderia "facilitar" a vida de Coronel nas eleições. Com o PSD "turbinado" desde as eleições de 2020, a legenda pode ter um saldo ainda mais positivo no pleito deste ano. Com a expectativa de conseguir mais prefeitos, a legenda já chega com mais de 140 gestores espalhados pela Bahia.
Do indicativo até a confirmação, o apoio do Progressistas em Salvador, a reeleição de Bruno Reis (União) também foi comemorado pela base aliada. Ao Bahia Notícias, o presidente estadual do Republicanos, deputado federal Márcio Marinho, ressaltou a importância de reforçar o arco de apoio.
"Mostra também, por outro lado, se davam como favas contadas que o PP apoiaria Geraldo Jr., agora se consolida o apoio a Bruno. Se mostra que as principais correntes estão com o projeto do prefeito, que tem dado certo", comentou Marinho ao BN.
O diálogo também passou pelo presidente estadual do PP, deputado Mário Negromonte Jr. Após a realização de um encontro na última semana, Marinho ressaltou que o ato foi "positivo". Além disso, o parlamentar ressaltou que também demonstra a "força política" do grupo. "Se amplia cada vez mais, com a chegada de dois partidos, com a consolidação do PP municipal ao apoio a Bruno Reis. Isso mostra força, pois, serão mais candidatos a vereadores disputando a eleição e apoiando a reeleição. Só ampliamos a força de apoio, para um prefeito que é bem avaliado", apontou.
O PP CHEGA, MAS TERÁ FEDERAÇÃO?
Além disso, com um debate aquecido para a possibilidade de realizar uma federação entre PP, Republicanos e União Brasil, Marinho apontou que o movimento não deve ser consolidado.
"A Federação tem muita gente que quer que ela aconteça. Mas não tem como acontecer, não por conta das pessoas, mas por conta de interesses. Temos problemas regionalizados, ninguém quer perder lideranças. Essa federação não tem como acontecer”, ponderou.
Os ares de Brasília podem soprar novidades para a Bahia. Com a possibilidade do Partido Progressista reforçar a bancada governista na Câmara dos Deputados, integrando a gestão federal, a legenda no estado já vislumbra a adesão ao governo da Bahia.
Segundo informações obtidas pelo Bahia Notícias com lideranças do partido no estado, existe uma expectativa para o reforço do apoio em Brasília, alterando o panorama na Bahia. A possível troca de Wellington Dias, atual ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, pelo deputado federal André Fufuca (PP-MA) pode promover essa mudança.
O cenário apontado por um interlocutor do partido é que, caso se confirme o ingresso do PP no governo federal, o reflexo pode ser quase que imediato na Bahia. O partido estaria em "compasso de espera" do movimento para aderir formalmente à gestão de Jerônimo Rodrigues (PT). A bancada de deputados estaduais já compõem a base de apoio.
A alteração se daria no cenário "institucional", já que, desde a alteração do apoio antes das eleições de 2022, quando o então vice-governador João Leão (PP) rompeu com o grupo e apoiou a candidatura de ACM Neto (União) ao governo, o PT e o PP seguem distantes. Com a chegada de Mário Negromonte Jr. à presidente do diretório estadual, a retomada do diálogo também poderia ser facilitada.
Outra possibilidade já vislumbrada por integrantes da legenda na Bahia é da ampliação de espaço na gestão. Alguns deputados já apontam que essa seria a "peça que faltava" para fechar a reaproximação total do partido na gestão. O partido tem almejado uma participação maior na gestão, apesar dos deputados estaduais, através do deputado estadual Niltinho, já terem participado do Conselho Político, "órgão" de debate da gestão com os partidos aliados.
Novo presidente estadual do PP, o deputado federal Mário Negromonte Jr sinalizou que ainda não teve um encontro com o governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues (PT). Presente na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), nesta quarta-feira (14), Jr. comentou que o foco do partido são as eleições municipais.
"Não teve encontro com o governador [Jerônimo]. A gente tem trabalhado nas campanhas vindouras, prefeito, vice e vereadores. Nosso objetivo é isso, crescimento da base do partido, para pensar em 2026. Não teve conversa, o trabalho é mais de organização. A princípio não muda nada".
Apesar disso, o presidente do PP explicou que os deputados estaduais do partido "já fazem parte da base e participam do conselho político dando a contribuição"."Parte do partido quer estar na base e outra parte não quer, temos procurado respeitar. A gente ainda não parou, a executiva. Por conta dos festejos juninos fica difícil definir costuras para 2026", apontou.
O parlamentar comentou também que tem conversado conversando com prefeitos, vereadores e candidatos, já de olho em 2024. "Deputados têm nos procurado. Vou trabalhar na forma que trabalho, com cautela, planejamento e na hora certa vamos resolver isso", disse.
"Meta [de prefeitos eleitos] não estipulamos, pois ainda não conseguimos reunir. Tem critérios para os partidos nos municípios, podemos mudar uma coisa ali. A regra existe a muitos anos, desde meu pai, Leão. Prefeitos do partido têm prioridade. Pessoas históricas, pessoas que chegam com projetos para fazer o partido fazer, trabalhando a maioria. Os 30 maiores municípios vão ser resolvidos pela executiva", finalizou.
Com a saída de Ronaldo Carletto (Avante) e o indicativo de alguns que parlamentares do PP podem deixar a legenda, o deputado estadual Eduardo Salles (PP) negou que o Progressistas tenha "encolhido". Ao Bahia Notícias, nesta quinta-feira (18), Salles ressaltou que o partido possui "muita relevância" e importância no estado.
"Tem quadro de qualidade. Os deputados do PP são deputados muito bons, sempre estão conversando. Em Brasília e aqui, temos muita condição de ajudar os governos a trabalharem", comentou.
Salles indicou ainda que Carletto tem "uma liderança inconteste" e descartou um desentendimento com o ex-deputado. "Na vida, tem alguns momentos que estamos caminhando junto e se separa. Desejo muito sucesso ao ex-deputado, sucesso na nova caminhada. O PP continua numa caminhada importante. Temos um partido robusto, importante. São caminhos diferentes, mas lá na frente se junta novamente. Carletto é um amigo da turma do Progressistas", disse.
O deputado estadual Nelson Leal (PP) pediu "bom senso" para os comandantes do Progressistas na Bahia para solucionar os entraves sobre o futuro presidente da legenda. Informações obtidas pelo Bahia Notícias indicam que o deputado pode migrar do PP ao Avante, juntamente com outros integrantes do partido.
"Ainda estou aguardando para ver qual desenrolar que terá o PP. Acredito que é importante que todos se sintam contemplados. Acredito em uma solução salomônica. As pessoas que comandam o partido, tenham o bom-senso de ter uma solução inclusiva e não de deixar o partido mais fracassado ainda", comentou ao BN.
O clima continua turbulento nos bastidores do PP na Bahia. A definição do nome do deputado federal Mário Negromonte Jr. para comandar a sigla no Estado não agradou todos os quadros do Progressistas.
Recentemente, Leal sinalizou ao Bahia Notícias que não foi comunicado de forma oficial sobre a nova liderança do PP e revelou um suposto não cumprimento do acordo por parte de Negromonte, ainda durante o período eleitoral do ano passado (veja mais).
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.