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Renildes Alcântara dos Santos, morreu aos 80 anos nesta segunda-feira (6), em Cachoeira. Cabeluda, como era mais conhecida, ganhou fama como dona de uma casa de prostituição na cidade do Recôncavo Baiano. Ela deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira já em estado grave na tarde de domingo (5), após uma mal estar. Foi reanimada pelos médicos, mas não resistiu e morreu hoje.
A história de vida de Cabeluda ficou conhecida no Brasil inteiro após a publicação do livro "Uma História de Cabeluda: Mulher, Mãe e Cafetina" de autoria da professora Gleysa Teixeira Siqueira, em 2022.
A publicação é oriunda da dissertação de mestrado da docente na Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e conta a trajetória de Cabeluda que, para a professora, é uma história também de empoderamento feminino.
Gleysa marcou presença na edição deste ano da Bienal do Livro Bahia, com seu livro, que também se destacou nas últimas edições da Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica).
Cinco homens foram presos na Coreia do Sul, após terem atraído sete brasileiras até o país, sob promessa de que elas se tornariam estrelas de K-pop, e forçá-las a se prostituírem. As mulheres têm idades entre 20 a 30 anos.
De acordo com o site The Korea Times, as jovens são fãs de K-pop e foram recrutadas pelas redes sociais no início de julho. Os detidos teriam falado a elas que eles tinham contatos no país e que poderiam ajudá-las a se tornarem cantoras e modelos.
Os homens pagaram as passagens de ida e volta e as brasileiras chegaram ao país asiático na metade de julho. No local, elas tiveram seus passaportes confiscados, foram confinadas em alojamentos em Goyang e Paju, na província de Gyeonggi, e tiveram seus voos de volta cancelados.
Segundo o site, em seguida, elas foram vendidas a uma casa de prostituição por 2 milhões de won (cerca de R$ 7 mil) cada. Lá, elas foram ameaçadas e informadas que deveriam trabalhar para conseguir pagar novamente o valor de suas passagens aéreas. Os responsáveis pela casa também teriam dito que, caso procurassem a polícia, seriam presas e acusadas de prostituição.
Aproveitando uma distração das pessoas encarregadas da vigilância da casa, no dia 17 de agosto, elas conseguiram entrar em contato com a embaixada brasileira, que alertou a polícia. Uma operação de resgate retirou as vítimas do local e agora elas estão em um abrigo, aguardando para retornar ao Brasil.
Ainda de acordo com o The Korea Times, a polícia de Ilsan Dongbu afirmou que os cinco homens foram acusados de cárcere privado, tráfico de pessoas e exploração de prostituição.
Japonês radicado no Brasil, Hirosuke Kitamura hesita ao tentar explicar os caminhos que o conduziram há mais de dez anos à sua temática: o amor e o ódio nos bordéis de Salvador. "Não sei o que me levou até lá. Gosto de ver a passagem do tempo".
A montagem "Hidra", que esteve em Nova Iorque este ano, e agora está aberta a visitações na Fauna Galeria, em São Paulo, contempla 12 fotografias do submundo da prostituição em Salvador e imagens de uma viagem que Oske fez para a Índia. Em entrevista ao Bahia Notícias, ele contou que há uma relação entre as duas situações que se baseia na espiritualidade. "A Índia tem muito a ensinar sobre o transcorrer do tempo, que é o que eu busco".
Suas obras não se dirigem para ligações óbvias e imediatas, tudo é muito pessoal e subjetivo. Apesar do forte valor antropológico da sua temática - fotografias de mulheres na Ladeira da Conceição, em Salvador, onde diversas casas de prostituição estão abrigadas
em antigos casarões -, Kitamura não as define como documentais. "Eu sou um homem com uma câmera, fotografo o que vejo. Não é um trabalho documental. É algo subjetivo e indeterminado". Interessam a ele, principalmente, as contradições aviltadas nos bordéis, onde angústia, repulsa, sofrimento, amor e prazer participam do cotidiano de quem faz parte do lugar. Além disso, ele diz possuir afinidade com o ambiente "brega", suas cores e texturas. "Acho que eu gosto do cafona".
LUGAR EXÓTICO
A primeira vez que o japonês veio para o Brasil foi nos anos 90, em um intercâmbio pela faculdade. Na época, cursava Letras com Português. A identificação com a cultura latina sempre foi muito presente em sua vida. Decidiu morar na Bahia pelo caráter exótico do lugar e pela proximidade com a cultura africana. "Eu tocava jazz, era trompetista. Queria aprender ritmos africanos". Além disso, optou por ficar longe de comunidades japonesas, como encontraria se tivesse mudado para São Paulo. "Queria me distanciar. Precisava de uma viagem verdadeira, em que eu não falasse em japonês".Depois de concluir a graduação em 1993, voltou para Salvador. Trabalhou por alguns anos em um escritório local do governo do seu país e foi professor de japonês. Até que decidiu procurar uma especialização profissional na cidade e se viu diante de duas opções: cabeleireiro ou fotógrafo. Escolheu a segunda.
Fez um curso de fotografia e seguiu adiante, à procura de um estilo. Passou algum tempo envolvido em um projeto com lentes 35mm e imagens em formato quadrado. Parte desse ensaio foi exposto no Masp, em São Paulo. Daí surgiu o convite para levar o seu trabalho a Nova Iorque, onde "Hidra" foi vista pela público pela primeira vez.
BICHO DE SETE CABEÇAS
O nome da montagem é uma referência à Hidra de Lerna, figura da mitologia grega que tinha corpo de dragão e sete cabeças de serpente. Apesar de o titulo estabelecer uma relação com as faces dantescas da prostituição, a intenção de Oske não foi construir uma imagem espetacular, forçada ou monstruosa. O fotógrafo mergulhou na temática para expor um caminho espiritual, que faz parte de uma busca individual. Difícil de entender?! Então, ficou claro o verdadeiro objetivo de Oske, não ser direto ou explicativo; não denunciar nada. Mostrar o que percebe: as relações caóticas e nostálgicas do lugar; só "para sentir mais essa atmosfera".
Oske conta não ter tido muita dificuldade para fotografar dentro dos bordéis. Algumas vezes, foi obrigado a pagar pelo aluguel do quarto, enquanto fazia seu trabalho. Mas não teve problemas em estabelecer diálogo. "Com as mulheres não foi difícil. Acho que ser gringo ajuda nisso. Elas querem agradar".
Não há previsão para quando "Hidra" será exposta em Salvador. Em novembro, Kitamura participa da Bienal do Recôncavo, onde exibirá uma seleção das suas obras.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.