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Na gastronomia, o ovo se destaca pela versatilidade e possibilidade de compor inúmeras receitas. Nas mãos do baiano Tiago Porto, a casca desses ovos, que fazem parte da alimentação rotineira, acaba virando arte. Desfrutando do artesanato como hobby, ele já lidava com a pintura em quadros, materiais em mdf, guardanapos e tecidos, mas resolveu inovar confeccionando quadros com casca de ovos. Em entrevista ao BN Hall, o artesão detalhou sua produção artística que tem feito sucesso pela singularidade.
De acordo com Tiago, a primeira tentativa de criar um quadro com as cascas, há mais de dez anos, não deu certo pela falta de experiência: “Quando eu tinha cerca de uns vinte e cinco anos já fazia artesanato como hobby. Foi nessa época que resolvi pegar uma dessas caixas de mdf e customizar com casca de ovo. Não higienizei a casca, não fiz nenhum processo como faço hoje pela falta de conhecimento. Dias depois elas caíram e saíram da caixa, a cola que eu usava não era apropriada e isso acabou adormecendo, não fiz mais”.
No início da produção, o artista confeccionava os quadros no turno da noite, já que mantinha um emprego fixo no horário comercial. Tiago também realizava sua produção de forma sustentável com a utilização de madeira de reuso, além das cascas de ovos recicladas. Hoje em dia, devido ao volume dos quadros, o artesão opta pela madeira de mdf para base das suas obras.
“Anos se passaram, hoje estou com 38 anos e em 2022 comecei a relembrar esse mosaico de casca de ovo e fiz um São Francisco pra mim. No início eu começava com madeiras de reuso, então era totalmente sustentável. Hoje, já uso as placas do mdf. Sempre tenho que pintar de preto essa placa do mdf para destacar a casca do ovo. Se eu não pinto de preto, no caso daquela caixa lá que fiz no passado, ela não se destacava, né? Então pinto essa parte de preto e faço um estoque já que a quantidade da produção aumentou”, revelou Tiago.
A principal matéria prima do artista vem, prioritariamente, do consumo de ovos em sua residência. “80% das cascas de ovos são consumidas aqui em casa. Estou começando a pedir a algumas pessoas para juntarem para mim. Quando as cascas são do próprio consumo, já higienizo e coloco para secar e guardo no meu estoque. Quando eu ganho em grande quantidade, coloco pra fazer a higienização e depois guardo no estoque para ser pintada futuramente. A depender da figura, se for a cor branca uso a cor natural da própria casca.”
Quando questionado acerca da relação dele com o detalhamento e a atenção exigida para confecção dos quadros, o artista confessou não se considerar uma pessoa paciente: “Não consigo ficar muito tempo sentado assistindo uma televisão, não tenho paciência para série e filme. Sou muito assim ligado 220 e as pessoas me perguntam como consigo fazer um mosaico de casca de ovo. Por incrível que pareça é o único momento em que consigo me concentrar, principalmente quando é um desenho que eu nunca fiz”. O artesão considera seu trabalho como “uma verdadeira terapia”.
Produzindo quadros voltados para a religiosidade, principalmente santos católicos e orixás, Tiago assume que não definiu seu nicho embora tenha deixado o público fazer esse recorte. Entre os trabalhos que fazem bastante sucesso, estão as releituras de São Francisco, Santa Dulce dos Pobres e Oxum. Os quadros de Iansã, Santa Antônio e o Farol da Barra também chamam atenção pelos detalhes e cores.
“Comecei a fazer os santos porque já conhecia, foi quando surgiram as encomendas dos orixás e eu não entendia nada. Mas tinha a preocupação de fazer como deveria ser. Hoje entendo que posso fazer minha versão, mas sem fugir da realidade. Por exemplo: não vou fazer uma Iemanjá branca, nem uma Oxum com outra cor que não seja amarelo. Ainda tenho muita coisa pra aprender, muita coisa estudo pra poder tentar fazer o mais real possível, principalmente para não ter aquela questão de falta de respeito pela religião, que é linda e possui vários simbolismo”, destacou.
Tendo em média 20 encomendas por mês para diversos estados do Brasil, o artesão celebra a boa fase: “Estou vivendo esse boom atualmente e me sinto muito feliz por isso”. Além dos pedidos específicos, Tiago também expõe obras que podem ser adquiridas via pronta entrega em feiras e lojas colaborativas na capital baiana.
“Sempre participo de eventos e diversas feiras. Agora estou no ‘Artesanato da Bahia’ que tem uma visibilidade incrível e uma organização impecável, além disso possui espaço físico no Porto da Barra, Shopping da Bahia, Park Shopping e Hotel Mercure. Lá no ‘Artesanato da Bahia’ vocês vão encontrar peças minhas, mas também de artesãos que são formidáveis. São trabalhos 100% artesanais e baianos”.
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Até mesmo a cervejaria Bohemia se rendeu ao Dia de Iemanjá e decidiu fazer uma homenagem à Rainha do Mar.
Para celebrar o 02 de fevereiro, a empresa convidou seis artistas plásticos baianos. A ideia é que eles façam quadros que representem, sob suas óticas, a cultura e o festejo de Iemanjá, retratando a imagem dela.
Os escolhidos foram Ananda Santana, Suzane Lopes, Eder Muniz, Andressa Moniqui, Ani Ganzala e Tárcio V. Todas as obras foram expostas nas redes sociais.
Confira:
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Acompanhando o presidente Jair Bolsonaro em viagem aos Estados Unidos, a primeira-dama Michelle publicou em suas redes sociais uma série de fotos da visita que o casal fez ao ateliê do artista pernambucano Romero Britto, em Miami.
“Ontem tivemos a alegria de ser recebidos pelo artista Romero Britto em seu ateliê. Fomos surpreendidos pelos lindos quadros que ele fez em nossa homenagem. Meu carinhoso agradecimento ao Romero e a sua equipe pela calorosa recepção. Viva o Recife, viva o Brasil”, escreveu Michelle, em referência a obras que já haviam sido anunciadas em homenagem ao presidente e sua família (clique aqui).
Maior roubo de obras de arte já cometido no Brasil, o assalto ao museu Chácara do Céu, no Rio de Janeiro, terá sua história contada no cinema. De acordo com informações da coluna assinada por Lauro Jardim no jornal O Globo, a adaptação de Claudia Furiati e Daniel Sroulevich será filmada em 2019, tendo como base o livro “A Arte do Descaso”, da jornalista Cristina Tardáguila, que investigou o caso.
O crime, que nunca foi solucionado, aconteceu no carnaval de 2006, quando quatro homens invadiram o local, roubando um quadro de Salvador Dalí, um de Matisse, outro Monet e dois Picassos, estimados em US$ 10 milhões na época. As obras nunca foram encontradas.
O público baiano poderá conferir gratuitamente, até o dia 7 de maio, a exposição “Retratos do Mundo Flutuante”, em cartaz de terça a domingo na Capela do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA). A mostra, do artista visual, cenógrafo, restaurador e arquiteto, Chico Mazzoni, reúne 31 quadros inspirados no Ukiyo-e - gênero de xilogravura e pintura que prosperou no Japão entre os séculos XVII e XIX. Segundo o artista, ele se apoia na cultura japonesa "numa busca da paisagem improvável, dos retratos do mundo que flutua na nossa imaginação". Na mostra estarão expostas obras com pintura acrílica e acrílica em baixo relevo sobre telas em formatos 80 X 80 cm, 90 X 90 cm, 100 X 100 cm. Chico Mazzoni tem 33 anos de carreira, já realizou 17 exposições individuais entre 1983 e 2015 e participou de 58 exposições coletivas entre 1972 e 2017.
SERVIÇO
O QUÊ: Exposição “Retratos do Mundo Flutuante” de Chico Mazzoni
QUANDO: 7 de abril a 7 de maio. De terça-feira a domingo, das 13h às 19h
ONDE: Capela do Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM-BA) - Salvador
VALOR: Entrada gratuita
Exposição Influências, de Dauri Diogo
Data: até 12/03, de segunda a sábado, sempre das 9h às 12h e das 13h às 17h
Local: Galeria Nelson Daiha, no Senac Pelourinho
Entrada: Gratuita
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.