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racismo no futebol
Equipe adversária do Palmeiras nesta quinta-feira (30), às 19h (de Brasília), no Allianz Parque, pela última rodada da fase de grupos da Copa Conmebol Libertadores, o San Lorenzo recebeu uma multa de 120 mil dólares (R$ 624 mil aproximadamente) pela Conmebol. A multa se foi dada em detrimento dos gestos racistas feitos por uma torcedora no jogo de ida, ocorrido na Argentina.
O crime aconteecu após o gol de empate do Palmeiras no Nuevo Gasómetro, no início de abril. Uma torcedora do San Lorenzo foi vista imitando um macaco em direção à torcida do Verdão. A cena foi registrada por um torcedor palmeirense que estava gravando a comemoração do gol e acabou filmando a arquibancada do San Lorenzo. O vídeo rapidamente se espalhou nas redes sociais. Veja:
?????? MAIS UM CASO "ISOLADO"
— Goleada Info (@goleada_info) April 4, 2024
Uma torcedora do San Lorenzo fez gestos racistas para a torcida do Palmeiras em partida da Copa Libertadores.
???? Reproduçãopic.twitter.com/CZ1xjQV6G2
Após o ocorrido, o San Lorenzo emitiu um pedido público de desculpas ao Palmeiras. O clube brasileiro, por sua vez, acionou seu departamento jurídico para tomar as providências necessárias. Na última terça-feira, a Conmebol anunciou a multa ao clube argentino.
Além da multa financeira, a Conmebol alertou o San Lorenzo sobre a possibilidade de fechamento parcial ou total do estádio em caso de reincidência. O clube argentino tem sete dias para entrar com recurso contra a decisão.
A Fifa definiu uma nova estratégia para punir o racismo no futebol. Na manhã desta quinta-feira (16) a entidade máxima do futebol divulgou que as 211 filiadas à organização deverão incluir em seus códigos de disciplina e artigos específicos, os crimes de racismo como "sanções próprias e severas", tendo o encerramento da partida como uma das punições - associado ao time que praticar o ato racista.
Uma das novidades adotadas pela Fifa é a criação de um novo gesto. Agora, a ação de manter os dois braços cruzados com os dedos esticados feita pelos jogadores servirá como um sinal aos arbitros sobre insultos raciais. No entanto, os arbitros também deverão fazer o mesmo gesto, utilizando o método do gesto do VAR como exemplo, indicando aos espectadores que o início do protocolo antirracista será iniciado. Confira os três passos que a partir de agora serão necessários para casos de racismo:
Foto: Reprodução / FIFA
- O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
- Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência
- Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas
"A decisão da Fifa é histórica e mostra a coragem do presidente Infantino e das 211 federações em lutar contra o racismo no futebol e no mundo. O Brasil foi pioneiro ao desafiar os racistas, a CBF foi a primeira confederação nacional a adotar punição esportiva. Quando entrei no Conselho da Fifa, anunciei que a luta contra o racismo seria uma das minhas bandeiras na entidade. Por isso, minha satisfação é ainda maior. O racismo é um crime que atinge a alma e não há mais espaço para racistas no futebol", ressaltou o presidente da CBF, Ednaldo Rorigues.
Junto às medidas impostas, a Fifa também anunciou que vai lutar para reconhecer o racismo como crime em todos os países utliziando de "punições severas". Mesmo sem poder legislativo para tal, a entidade promete pressionar politicamente para que os países reconheçam as atitudes.
Alguns jogadores e ex-jogadores foram consultados para debaterem sobre a ideia, sendo um deles o brasileiro Vinícius Jr, que atualmente é um dos líderes do movimento antirracista no futebol, devido aos últimos episódios que sofreu dos seus rivais na Espanha
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A partida entre Colo-Colo e Fluminense, válida pela 4ª rodada da Copa Conmebol Libertadores, que aconteceu nesta quinta-feira (9), ficou marcada por atos de racismo e violência nas arquibancadas do Estádio Monumental de Santiago, no Chile. Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um torcedor fazendo gestos de macaco em direção à torcida do Flu. Em outro episódio no mesmo jogo, um torcedor menor de idade foi atingido por uma pedra no interior do estádio e precisou de primeiros socorros.
CASO DE RACISMO NO CHILE! ????
— Futzola Esportes (@FutzolaEsportes) May 10, 2024
Torcedor do Colo-Colo faz gesto racista em direção à torcida do Fluminense... pic.twitter.com/oklLKHVQO0
Após o apito do árbitro, sacramentando a vitória do Tricolor Carioca pelo placar de 1 a 0, os torcedores do chilenos arremessaram objetos em direação ao setor visitante do estádio. Um dos objetos acabou atingindo um jovem torcedor de 16 anos de idade.
Foto: Reprodução / Redes Sociais
Outros relatos alegaram que houve uma tentativa de invasão liderada por parte da torcida do Colo-Colo. A irmã do jovem torcedor, conhecida como Talita Moraes já avisou que vai cobrar as medidas cabíveis à Conmebol e também deseja levar o caso ao Fluminense em prol de uma assistência do clube.
Imagens da transmissão do jogo entre as equipes também captaram momentos em que os própios jogadores do Fluminense sofreram com ataques de objetos vindo da arquibancada. Felipe Melo, como resposta, fez uma dancinha em direção aos torcedores; o restante do elenco correu em direção ao túnel que dá acesso aos vestiários.
O comentarista argentino, Germán Burgos, foi demitido do canal de TV espanhola Movistar Plus+ nesta quinta-feira (11). O motivo da demissão se deu por conta dos comentários racistas proferidos contra Lamine Yamal, atacante esapanhol, horas antes do jogo entre PSG e Barcelona, pelo jogo de ida das quartas de final da UEFA Champions League, na última quarta-feira (10). Segundo Burgos "se o atacante não der certo no futebol, pode terminar num semáforo", o vídeo em que mostra a fala do ex-atleta já foi apagado de todas as mídias digitais.
A emissora emitiu um comunicado onde repudia as falas do agora ex-comentarista e citou ter "tolerância zero" a comportamentos discriminatórios. Confira:
"Em cumprimento ao código de conduta interno da Movistar Plus+ , que contempla uma política de tolerância zero a qualquer comportamento discriminatório, a plataforma tomou medidas após o episódio vivido na noite passada, onde um de seus colaboradores fez comentários inadequados sobre o jogador Lamine Yamal"
Segundo Ricardo Sierra, apresentador do Movistar Plus+, a TV não realizou entrevistas com os jogadores de Barcelona e PSG por conta de um "boicote" dos clubes à emissora após os comentários ditos pelo ex-goleiro. Em seu instagram, Germán se rertratou pedindo desculpas ao jogador e às organizações.
"Faço esta declaração reiterando minhas desculpas pelas minhas palavras no programa de ontem. Não era minha intenção prejudicar Lamine Yamal, o povo do FC Barcelona, ????os jogadores, a UEFA, nem a plataforma Movistar Plus+ onde trabalho. Ao fazer meu comentário optei por fazer uma piada sobre qualidade e virtudes mais lisonjeiras, em nenhum caso foi sobre qualquer etnia ou classe social", publicou o comentarista.
PSG e Barcelona voltam a se enfrentar no dia no dia 16 de abril, pela partida de volta das quartas da Liga dos Campeões. O primeiro duelo ficou em 3 a 2 para os Catalães em cima dos franceses, no Parque dos Príncipes.
O atacante português Rafael Leão, principal jogador do Milan, utilizou suas redes sociais nesta terça-feira para expor um ataque racista que recebeu de um usuário do Instagram.O jogador compartilhou a mensagem de ódio que recebeu, na qual o autor expressava sua intolerância e desejo pela saída de Leão do clube, utilizando linguagem racista.
Em resposta ao ataque, Rafael Leão publicou uma mensagem própria, destacando a persistência de indivíduos de mentalidade estreita que perpetuam o racismo
"Infelizmente, estas pessoas de mente pequena continuam a governar o mundo. Pessoas mesquinhas", repudiou Leão.
O Milan, clube de Rafael Leão, também se pronunciou sobre o episódio, expressando solidariedade ao jogador e repudiando veementemente qualquer forma de racismo. Através de suas redes sociais, o clube afirmou
"Rafa estamos com você. Não há espaço para o racismo nos nossos torcedores e no futebol. Na nossa torcida e no futebol não há espaço para racismo, emitiu o Milan em nota oficial
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.