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Artigos

André Curvello
O maconheiro e as fake news

O maconheiro e as fake news

Era finalzinho do dia da data magna da Bahia quando tomei conhecimento de um treinamento que virou vídeo - e automaticamente um meme - mostrando a marcha de um grupo de policiais, possivelmente da Polícia Militar de Minas Gerais, que entoam um cântico que diz em um dos trechos “cabra safado, metido a maconheiro”. Não vou entrar no mérito deste tipo de manifestação tipicamente militar, pois  o assunto aqui é outro: as fake news e a falta de cuidado da mídia.

Multimídia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia

André Fraga admite dificuldade para mobilizar politicamente a militância ambiental na Bahia
Em entrevista ao Projeto Prisma, nesta segunda-feira (17), o vereador soteropolitano André Fraga (PV), comentou sobre a falta de representação da militância ambientalista no legislativo baiano. “Houve um equívoco na forma como [o partido] se comunica”. “Toda pauta ambiental é o ‘segundo time’. Todo mundo fala muito bem, mas na hora de votar esquece. Eu acho que houve um equívoco do movimento ambientalista, de forma geral, na forma como se comunica”, afirma. 

Entrevistas

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador

"É um povo que tem a independência no DNA", diz Pedro Tourinho sobre tema do 2 de Julho em Salvador
Foto: Reprodução / Instagram / Pedro Tourinho
Salvador se prepara para receber mais uma vez as celebrações do 2 de Julho, data que marca a luta pela independência do Brasil na Bahia, que em 2024 tem como tema "Povo Independente". Na semana passada o Bahia Notícias conversou com o secretário de Cultura e Turismo da capital baiana, Pedro Tourinho, para esquentar o clima dos festejos desta terça-feira. Para o titular da Secult, o povo de Salvador tem a independência forjada em seu DNA.

reconcavo

Homem morre em troca de tiros após ação policial no Recôncavo
Foto: Reprodução / Blog do Valente

Um homem morreu em uma ação da Polícia Militar na noite desta segunda-feira (24) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. Segundo o Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, o fato ocorreu após abordagem de agentes da Rondesp a um homem que estava em veículo Ford Ka.

 

Os agentes disseram que o suspeito saiu do carro e começou a atirar. No confronto, o homem foi baleado. Levado para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus, ele não resistiu. Na ação, os policiais apreendera o veículo em que o homem estava, além de uma pistola .40, um carregador do mesmo calibre, seis munições .40, 220g de cocaína, uma balança de precisão, seis celulares, quatro relógios, e uma corrente dourada.

 

O material foi levado para a delegacia de Santo Antônio de Jesus.

Operação interdita fábricas clandestinas de fogos de artifício no Recôncavo baiano
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Uma operação desarticulou fábricas clandestinas de fogos de artifício em quatro propriedades rurais em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. A operação ocorreu nesta quinta-feira (13) e resultou na prisão de um homem que havia arrendado um espaço para a produção clandestina dos artefatos explosivos. O material fabricado seria vendido de forma irregular em feiras.

 

 

Foto: Divulgação / Polícia Civil

 

A operação também apreendeu 120 quilos de pólvora a granel, 370 kg de nitrato de potássio e 18 metros cúbicos de fogos clandestinos. Segundo a Polícia Civil, a apreensão é resultado do trabalho integrado pela CFPC, por meio da Operação em Chamas, a convite do Ministério Público do Trabalho (MPT).

 

Foto: Divulgação / Polícia Civil

 

O órgão é responsável pelo cumprimento da sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos, que fiscaliza a produção clandestina de fogos de artifício em Santo Antônio de Jesus e região. A sentença da Corte Interamericana de Direitos Humanos é oriunda da explosão de uma fábrica de fogos em Santo Antônio de Jesus, em dezembro de 1998. O fato deixou 64 pessoas mortas.

 

A operação desta quinta foi feita pela Coordenação de Fiscalização de Produtos Controlados (CFPC) da Polícia Civil. Além de Santo Antônio de Jesus, a CFPC atuou também em Sapeaçu e Cruz das Almas, também no Recôncavo; Feira de Santana e Serrinha, na região sisaleira.

 

Em Serrinha, uma feira de fogos foi interditada por não atender aos critérios mínimos para armazenar e comercializar os produtos. A polícia informou que parte dos materiais apreendidos pela CFPC nas feiras de fogos tem indícios de origem de produção irregular e clandestina. 

PM apreende 700 kg de pólvora na Bahia; material seria usado na fabricação de espadas
Guerra de espadas é proibida desde 2011/Foto: Reprodução / Varzedo Notícias

Uma ação da Polícia Militar (PM-BA) em Cruz das Almas, no Recôncavo, apreendeu cerca de 700 quilos de pólvora, além de 300 bambus e duas máquinas artesanais usadas na fabricação de fogos de artifício.

 

Segundo a PM-BA, a ação teve início quando agentes da 27ª CIPM receberam uma denúncia de fábrica clandestina de espadas situada em uma fazenda, no município.

 

No local, os agentes confirmaram a existência do material. Os itens foram levados para delegacia que atende à região para registro da ocorrência. Desde 2011, a prática de guerra de espadas é proibida na Bahia. 

Operação volta a desmontar acampamentos de facção criminosa com base no Recôncavo
Foto: Divulgação / SSP-BA

Uma ação conjunta desmontou na manhã desta quarta-feira (15) acampamentos usados por uma facção criminosa em Maragogipe, no Recôncavo baiano. Durante a operação, os suspeitos fugiram. As ações foram feitas por equipes das polícias Civil, Militar e Federal, além da Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco).

 

 

No local, foram apreendidas três armas, munições, carregadores, drogas, balanças e roupas camufladas, informou a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA). "O combate é incessante e diário. Nossas equipes treinadas para atuação em ambiente rural continuam no local, com suporte de aeronaves e embarcações", disse o secretário da Segurança Pública, Marcelo Werner.

 

A SSP-BA acrescentou que informações sobre traficantes podem ser enviadas através do telefone 181 (Disque Denúncia).

 

Em março, as mesmas forças policiais desmontaram também acampamentos usados pela facção, conhecida como Katiara, que havia expulsados moradores da localidade de Capanema, em Maragogipe.

 

O grupo criminoso é apontado como autor de vários homicídios, roubos, tráfico de drogas, corrupção de menores, lavagem de dinheiro e porte ilegal de armas de fogo.

Famosa dona de brega e tema de livro, Cabeluda morre em Cachoeira
Foto: Divulgação

Renildes Alcântara dos Santos, morreu aos 80 anos nesta segunda-feira (6), em Cachoeira. Cabeluda, como era mais conhecida, ganhou fama como dona de uma casa de prostituição na cidade do Recôncavo Baiano. Ela deu entrada na Santa Casa de Misericórdia de Cachoeira já em estado grave na tarde de domingo (5), após uma mal estar. Foi reanimada pelos médicos, mas não resistiu e morreu hoje.


A história de vida de Cabeluda ficou conhecida no Brasil inteiro após a publicação do livro "Uma História de Cabeluda: Mulher, Mãe e Cafetina" de autoria da professora Gleysa Teixeira Siqueira, em 2022

 

A publicação é oriunda da dissertação de mestrado da docente na Universidade Federal do Recôncavo (UFRB) e conta a trajetória de Cabeluda que, para a professora, é uma história também de empoderamento feminino.


Gleysa marcou presença na edição deste ano da Bienal do Livro Bahia, com seu livro, que também se destacou nas últimas edições da  Feira Literária Internacional de Cachoeira (Flica). 

Desaparecido há 4 dias, homem é encontrado morto em trecho da BA-001 no Recôncavo
Foto: Reprodução / Blog do Valente

Um homem que estava desaparecido há quatro dias foi encontrado morto nesta segunda-feira (29) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. Familiares de Aleison Santos Ramos estavam sem informações dele desde a última sexta-feira (26).

 

Com isso, passaram a fazer campanha pelas redes sociais, pedindo informações sobre Aleison. O homem, que era morador da Ilha de Itaparica, foi encontrado às margens da BA-001.

 

Não há mais informações sobre o motivo do desaparecimento da vítima.

PRF prende homem acusado de importunação sexual no Recôncavo baiano
Foto: Divulgação / PRF na Bahia

Um homem foi preso acusado de importunação sexual em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo. O acusado pilotava uma motocicleta nesta quinta-feira (18) quando foi abordado em um trecho da BR-101 pela Polícia Rodoviária Federal (PRF).

 

Os policiais pediram os documentos e após consulta nos sistemas identificaram que havia um mandado de prisão preventiva contra o motociclista. A ordem tinha sido expedida, em agosto de 2021, pela 1ª Vara Criminal e Júri de Execuções Penais da Comarca de Santo Antônio de Jesus.

 

Não foi informado como nem quando ocorreu a importunação, motivo da prisão do acusado.Após prender o homem, os policiais o encaminharam à delegacia da cidade. 

Polícia prende na Bahia homem que expulsou morador para transformar casa em ponto de tráfico
Foto: Divulgação / Polícia Civil

Um acusado de integrar uma facção criminosa em Nazaré, no Recôncavo, foi preso nesta sexta-feira (8). Segundo a Polícia Civil, a quadrilha da qual o homem faz parte teria expulsado um morador do bairro Santa Rita para usar o imóvel com ponto de tráfico de drogas. A partir da informação, policiais civis e militares foram até a casa invadida e flagraram o acusado.

 

Com ele, os agentes encontraram 457 gramas de cocaína e 70 pinos fracionados, além de 230 gramas de maconha e oito porções da mesma droga. No local havia também diversas embalagens que seriam usadas para acondicionar os entorpecentes. Após o flagrante, o homem foi submetido ao exame de lesão corporal. Ele segue preso à disposição da Justiça.

 

A polícia informou que segue à procura de outros comparsas do preso. O material apreendido foi encaminhado à perícia.

Polícia prende membro de quadrilha que atacou carro-forte no Recôncavo
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Um homem acusado de participar da explosão de um carro-forte em um trecho da BR-101, perto da barragem de Pedra do Cavalo, foi preso nesta terça-feira (12). O crime ocorreu no dia 4 de dezembro passado. Imagens mostraram o veículo em chamas.

 

 

Segundo a polícia, o homem foi identificado como Adailton Oliveira de Brito, conhecido como "Binho Negão" e "Binho do Beco". Com ele, os policiais apreenderam uma pistola calibre 9mm com carregador em formato "caracol", um cordel detonante, carregadores para o armamento, miguelitos e R$ 1,8 mil.

 

Foto: Divulgação / SSP-BA

 

Com extensa ficha criminal, o suspeito já foi preso em 2017, quando o bando que fazia parte se preparava para explodir um banco em Maragogipe, no Recôncavo. Após ser detido nesta terça, Binho Negão foi levado para a delegacia de Santo Antônio de Jesus, na mesma região. Os agentes seguem em busca de outros integrantes da quadrilha.

 

A ação foi feita por equipes das Rondesp Recôncavo, com apoio da 27ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM) e das Companhias Independentes de Policiamento Especializado (Cipes) Litoral Norte e Central. 

Carro-forte fica destruído em ataque perto de barragem de Pedra do Cavalo; SSP faz buscas por quadrilha
Foto: Reprodução / Redes Sociais

Policiais civis e militares seguem nesta terça-feira (5) à procura dos acusados de uma tentativa de assalto a um carro-forte na noite desta segunda-feira (4). O veículo ficou destruído na ação, ocorrida em um trecho da BR-101, perto da barragem de Pedra do Cavalo, entre Cachoeira e Governador Mangabeira, no Recôncavo.

 

 

Imagens que circulam pelas redes sociais mostram a tensão de motoristas na rodovia. Não há informações de feridos. Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Estado (SSP-BA), policiais civis, além do Graer da PM-BA e policiais rodoviários federais fazem varreduras em busca do grupo criminoso.

 

Foto: Alberto Maraux / SSP-BA

 

Câmeras instaladas na rodovia também serão usadas para identificar os acusados. A SPP-BA informa que informações sobre suspeitos podem ser repassadas via 190 (Centro Integrado de Comunicações) e 181 (Disque Denúncia da SSP). Não há informações sobre se houve alguma quantia levada.

Quarteto é preso por furtos em loja no Recôncavo; grupo levou 34 bolsas e 57 peças de roupas
Foto: Reprodução / Blog do Valente

Três mulheres e um homem foram presos na tarde desta quinta-feira (30) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. O quarteto é apontado como autor de furtos de mercadorias em uma loja de roupas do Centro da cidade. Segundo o Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, entre os produtos furtados havia 34 bolsas, 57 peças de roupa, 6 fritadeiras, 20 pares de sandália, 15 torneiras, entre outros itens.

 

Uma denúncia levou equipes da Polícia Civil a fazer diligências no Centro da cidade. Conforme relatos, as três mulheres faziam os furtos e depois armazenavam os produtos em um veículo. Inicialmente, duas mulheres foram detidas.

 

Horas depois, uma mulher e o homem, que formavam um casal, foram presos já na Ilha de Itaparica, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). Os dois foram levados também para a delegacia de Santo Antônio de Jesus. A polícia apura ainda a participação de outros acusados nos furtos. 

Vizinho ouviu dentista pedir socorro e avisou à portaria; corpo de jovem foi enterrado em Santo Antonio
Foto: Reprodução / Redes Sociais

O corpo do dentista Lucas Maia de Oliveira, de 36 anos, encontrado morto em um apartamento de luxo em Salvador foi enterrado na tarde deste domingo (26) em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. Ao Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, o pai da vítima, Lourenço da Lourentur, acredita que o assassino entrou no prédio onde aconteceu o crime junto com seu filho.

 

 

Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que o suspeito sai pelo estacionamento do condomínio Celebration Garibaldi, onde a vítima residia. O crime ocorreu entre o final da noite da quinta-feira (23) e a madrugada da sexta-feira (24). Ainda segundo informações, um vizinho teria chegado a ouvir Lucas pedir socorro e avisou ao segurança do prédio. O profissional teria ido até a porta do apartamento, mas não conseguiu ouviu barulho.

 

Na ação, o carro, o celular, a TV e notebook do dentista foram roubados. O corpo dele foi encontrado já na tarde do sábado (25), sem marca de tiros, mas em estado de decomposição. O imóvel estava revirado e com móveis quebrados.

 

Até o momento, o carro, do dentista, um veículo Nirvus, foi encontrado a 2,5 km do local do crime. A autoria e a motivação do crime ainda são apuradas.

Estudantes de colégio do Recôncavo passam mal após calor forte; aulas devem ser retomadas na segunda
Foto: Reprodução / Blog do Valente

Devido ao aumento de temperatura, estudantes de uma escola em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo, passaram mal. A situação ocorreu nesta quarta-feira (27) no Colégio Luís Eduardo Magalhães. Segundo o Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, um estudante chegou a ser socorrido pelo Samu e depois levado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do município.

 

Por conta do incidente, as aulas no colégio foram suspensas até esta sexta-feira (29). Ainda segundo informações, o Colégio Luís Eduardo Magalhães já teria adquirido aparelhos de ar-condicionado, mas os equipamentos não foram ligados ainda pela Coelba, responsável pelo fornecimento no estado. A onda de calor também afeta a região Oeste baiana, que chegou a registrar temperaturas acima de 40°.

 

A previsão do tempo em Santo Antônio de Jesus nesta quinta tem temperatura máxima de 35°, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). 

Cidade do Recôncavo baiano realiza 17ª Parada LGBT+ neste domingo
Foto: Reprodução / Google Maps

O município de Castro Alves, no Recôncavo, terá neste domingo (24) a 17ª Parada da Diversidade LGBT+. Com o tema “Pelo Direito de Viver, Amar e Ser Respeitado”, o evento tem como objetivo promover a visibilidade e a luta pelos direitos da população LGBT+.

 

Segundo o Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, a parada deve começar por volta das 14h com concentração no Estádio Municipal. Depois, os participantes seguem acompanhado um trio elétrico com a presença de drag queens, gogoboys e DJ MAG.

 

O show de encerramento está marcado para a Praça Dionísio Cerqueira. O evento é alusivo ao Dia Municipal do Orgulho LGBT, instituído pela Lei nº 617/2009. A organização da parada é feita pela Associação das Musas de Castro Alves do Recôncavo e conta com o apoio de comerciantes e parceiros. 

Dois suspeitos de integrar facção morrem em troca de tiros com PM no Recôncavo
Foto: Divulgação / SSP-BA

Dois homens suspeitos de integrar uma facção envolvida com homicídios e tráfico de drogas morreram em uma ação policial em Santo Amaro, no Recôncavo, nesta terça-feira (22). Armas, coletes balísticos e uma quantia de R$ 4,8 mil foram apreendidos. A operação, intitulada de Aila, ocorreu no bairro da Candolândia.

 

Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP-BA), policiais militares foram ao bairro e conseguiram identificaram dez suspeitos. Na aproximação, integrantes do grupo teria atirado contra os militares e correram. No confronto, dois homens ficaram feridos. Eles teriam sido socorridos, mas não resistiram.

 

Com a dupla, os PMs apreenderam uma pistola calibre 40, um revólver calibre 38, quatro coletes balísticos, R$ 4,8 mil em espécie, munições, carregadores, porções de maconha, cocaína, crack, celulares, entre outros itens.

 

O material foi levado para a delegacia do município. Atuaram na ação equipes da Rondesp Recôncavo, da Cipe Litoral Norte e da 20ª CIPM.

Motorista é preso após fugir de blitz e colidir em posto de combustíveis no Recôncavo
Foto: Reprodução / Blog do Valente

Um homem colidiu em um posto de combustíveis ao tentar fugir de uma blitz em um trecho da BR-101 de Santo Antônio de Jesus no Recôncavo. O fato ocorreu na tarde desta segunda-feira (21) na altura do km 260 da rodovia. Um vídeo divulgado pelo Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, mostra o momento em que o veículo, um Ford Fiesta, entra na área do posto, gira e bate do lado das máquinas de combustível.

 

 

Uma criança e outro homem estavam a bordo do veículo. Apesar do ocorrido, não houve feridos. Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF) na Bahia, o homem foi preso por cometer direção perigosa. Durante a fuga, ele chegou a trafegar na contramão e em alta velocidade, forçando diversos veículos a desviar pelo acostamento para evitar uma colisão frontal.

 

Ao final, o acusado assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), se comprometendo a comparecer a uma audiência para responder pelas condutas cometidas.

Prefeito baiano se torna réu por xingar vereadores que eram secretários em gestão passada
Foto: Reprodução / Blog do Valente

O prefeito de Cruz das Almas, no Recôncavo, Ednaldo Ribeiro (Republicanos), se tornou réu e vai responder um processo por calúnia, difamação e injúria, os chamados crimes contra a honra. Ribeiro é acusado de atacar vereadores, xingando de “ladrões” e afirmando que os edis tinham “roubado o dinheiro do povo”, sem apresentar provas.

 

Os atingidos eram secretários municipais na gestão passada e foram acusados pelo gestor de corrupção. As ilações foram feitas durante a inauguração de uma escola em julho do ano passado.

 

Nesta terça-feira (25), a Primeira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA) acolheu a ação penal movida pelos legisladores Osvaldo Pereira da Paz, Pablo Rezende da Silva, Pedro Cerqueira Melo e Ricardo Pinheiro dos Santos.  

Audiência pública vai tratar sobre explosão em fábrica de fogos que matou 64 no Recôncavo

Uma audiência marcada para o dia 18 de julho vai discutir a sentença que condenou a União a indenizar vítimas de uma explosão em uma fábrica de fogos em Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano. O caso ocorreu em 1998 e deixou 64 mortos – 22 deles com idades entre 9 e 17 anos – e 6 feridos.  

 

Segundo o Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, o Ministério Público do Trabalho (MPT) agendou a nova audiência a fim de discutir a sentença, determinada em 2020, quando a União foi condenada pelo caso. A audiência faz parte de um conjunto de medidas em andamento que visam assegurar o cumprimento da medida proferida pela Corte Interamericana de Direitos Humanos.

 

Foram convidadas autoridades federais, estaduais e municipais diretamente envolvidas no cumprimento da sentença, além de profissionais do Direito, especialistas acadêmicos no assunto e representantes da sociedade civil.

 

Ainda segundo informações, a tragédia, que ceifou a vida de 64 pessoas, não conseguiu deter a produção clandestina de fogos na cidade nem resultou em políticas que retirassem as crianças e jovens da atividade. 

Coordenador do IBGE cita tráfico como problema para entrevistar moradores no Recôncavo em censo
Nazaré / Foto: Reprodução / Voz da Bahia

Um coordenador do IBGE no Recôncavo disse que equipes do instituto tiveram dificuldades de entrevistar moradores. Nesta quarta-feira (28), o novo censo demográfico teve os primeiros dados divulgados. Ao Blog do Valente, parceiro do Bahia Notícias, Neilton Andrade relatou que alguns recenseadores não conseguiram entrar em alguns locais devido a fatores como violência devido ao tráfico de drogas.

 

A situação foi percebida em Nazaré, como em Vera Cruz, na Região Metropolitana de Salvador (RMS). A primeira teve redução de 0,82% da população. Já a segunda aumentou em 13,34% comparadas ao censo de 2010, última vez que a contagem ocorreu.

 

“Em Nazaré tivemos algumas dificuldades porque a zona rural é uma área muito extensa e difícil de acessar, sem contar que o tráfico nos proibiu de entrar. Em alguns locais de Nazaré conseguimos reverter, mas em Vera Cruz teve local que não conseguimos conversar e aí ficou prejudicado, só registramos a casa, mas não incluímos o número de habitantes por não conseguir ter acesso aos moradores”, disse. 

Nathanzinho lota arena em 1° dia de festa em Santo Antônio de Jesus
Foto: Fred Pontes / Divulgação

Uma das atrações mais esperadas do primeiro dia do São João de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo, Nattan fez uma apresentação que agradou o público na noite desta quinta-feira (22). Com um repertório na ponta da língua do público, Nathanzinho ganhou coro de milhares de vozes nos sucessos “Tem cabaré essa noite”, “Love gostosinho”, “Americana na vaquejada” e “comunicação falhou”.

 

Foto: Fred Pontes /  Divulgação

 

Segundo os organizadores, a primeira noite atraiu cerca de 100 mil pessoas, que aguardavam ansiosas as apresentações de Lucy Alves e Nadson, que prometiam muito forró ate o amanhecer.

 

Foto: Fred Pontes /  Divulgação

 

SHOWS DESTA SEXTA

Nesta sexta-feira (23), a festa prossegue a partir das 19h30, com shows de Tayrone, Zé Neto e Cristiano, Targino Godin, Del Feliz e os artistas locais Joyce França, Juliano SS, Donas do Bar e Neném Coração de Vaqueiro. A festa tem apoio da Brahma (Ambev), Nívea, Esporte da Sorte e de diversas empresas locais.

Piseiro de Vitor Fernandes sacode multidão no São João de Cruz das Almas
Foto: Divulgação / Prefeitura de Cruz das Almas

O cantor Vitor Fernandes, considerado um dos responsáveis pelo crescimento das novas vertentes do forró, agitou a multidão com o piseiro na segunda noite do São João de Cruz das Almas, no Recôncavo.

 

Foto: Divulgação / Prefeitura de Cruz das Almas

 

Tido como "O Rei do Piseiro", o vocalista levou alegria ao público que dançou e cantou seus grandes sucessos.

Embasa comunica redução do fornecimento de água neste domingo em municípios do Recôncavo; saiba quais
Foto: Unsplash

A Embasa comunicou, nesta sexta-feira (5), que reduzirá o abastecimento de água em alguns municípios do Recôncavo neste domingo (7): Santo Antônio de Jesus, Varzedo e Dom Macedo Costa. A diminuição do fornecimento ainda atingirá o povoado de Cruzeiro da Laje, em Laje, no Vale do Jiquiriçá.

 

De acordo com a Embasa, a redução do fornecimento é a realização de serviços de manutenção preventiva no sistema de abastecimento de Santo Antônio de Jesus. O serviço começa na manhã de domingo e está previsto para se encerrar na tarde do mesmo dia.

 

O fornecimento de água deve ser retomado gradativamente a partir do fim da tarde de domingo, com expectativa de plena regularização em 48 horas. Até a normalização completa do abastecimento, a Embasa recomenda que a população utilize com moderação a água disponível nos reservatórios domiciliares.

FlicaTok: Festa Literária de Cachoeira faz edição virtual voltada para a geração Z
Adriel Bispo é um dos convidados | Foto: Reprodução / Instagram

A tradicional Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) realiza uma edição especial voltada para a geração Z, nos dias 13 e 14 de novembro, com transmissão pela internet. 

 

A iniciativa, que recebeu o nome de FlicaTok, visa aproveitar a força do ambiente online entre o público nascido entre 1996 e 2010 para promover a literatura. Para isto, o evento terá bate-papos com dez BookTokers - jovens influenciadores digitais que falam sobre literatura no TikTok - conhecidos da geração Z.

 

Amanda Quesia, Adriel Bispo (saiba mais), Jonas Gabriel, Mariana Vitória, Morgana Lobo, Patrick Torres, Pedro Rhuas, Roger Ferreira, Ruane Jesus e Tiago Valente participam desta edição. Os convidados também criarão conteúdos em suas contas do TikTok para falar sobre o evento. 

 

Apesar de virtual, a FlicaTok terá suas ações em Cachoeira, com transmissão pela internet. “Todos bate-papos serão realizados em locais de destaque da cidade, mas também reunimos um time de artistas locais que vão apresentar poesias, performances e músicas entre um diálogo e outro. A essência do Recôncavo Baiano estará impressa a partir dos seus largos, praças, igrejas e dos criadores de conteúdo da região”, explica o sócio da produtora Cali e coordenador geral da Flica , Jomar Lima. 

 

O Cine-Theatro, a Igreja da Ajuda e a Praça da Aclamação são alguns dos locais de onde a Flicatok será transmitida.  

 

SERVIÇO 
O QUÊ:
Flica 2021 - Edição especial FlicaTok 
QUANDO: 13 e 14 de novembro de 2021, a partir das 14h 
ONDE: Redes sociais da Flica – canal do Youtube, Instagram e Facebook 
VALOR: Grátis

MPF determina que Iphan informe andamento de tombamento de terreiro em Santo Amaro
Foto: Reprodução / Facebook

Seis anos após pedido de tombamento do Ilê Axé Yá Oman, terreiro de Candomblé localizado em Santo Amaro, no Recôncavo baiano, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um procedimento administrativo para acompanhar o processo em andamento na Superintendência do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) na Bahia. 

 

A Portaria de Nº 11, que trata do assunto, foi publicada no Diário Oficial do MPF, nesta quinta-feira (16). No documento, o Iphan é instado a dar “informações atualizadas no prazo de 30 (trinta) dias, acerca do processo de tombamento do Terreiro Ilê Axé Yá Oman, localizado em Santo Amaro-BA, em andamento na Superintendência do IPHAN da Bahia, em situação de ‘vistoria programada para 2021’”. O MPF determina ainda que o órgão informe se a vistoria prevista para este ano já foi realizada e, em caso negativo, que dê o “cronograma para sua realização”.

 


Yá Lídia T'Oxoguian | Foto: Reprodução / Facebook

 

Fundado em 28 de maio de 1933, o Ilê Axé Yá Oman é comandado por Mãe Lídia D’Oxaguiãn. A sede da sociedade religiosa está situada na Avenida Rui Barbosa, N° 575, no município de Santo Amaro. A abertura do processo de tombamento junto ao Iphan ocorreu em 2015, mas o caso segue em situação de "instrução".

Sepromi reúne lideranças de Cachoeira e debate sobre proteção de terreiro depredado
Foto: Divulgação

Um grupo de lideranças do município de Cachoeira, situado no Recôncavo baiano, esteve na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), nesta terça-feira (20), para discutir o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais da região, principalmente na proteção dos seus territórios. 

 

Dentre as pautas da reunião, estava a série de ataques ao terreiro Icimimó, que recentemente teve sua área invadida e espaços sagrados depredados. Para tratar deste tema, a titular da Sepromi, Fabya Reis, recebeu o babalorixá Antônio da Silva, conhecido como Pai Duda de Candola; a prefeita Eliana Gonzaga; o cantor e compositor Mateus Aleluia; além de outros amigos e filhos do terreiro.  

 


Terreiro é alvo de ataques consecutivos | Foto: Divulgação

 

A casa religiosa, que encontra-se em período de obrigações religiosas e recebe periodicamente visitas de pessoas idosas, teve sua rotina prejudicada por causa de constantes episódios de violência. No mais recente, ocorrido na semana passada, parte de sua vegetação foi destruída e o caso foi registrado em delegacia. 

 

O Icimimó é um terreiro centenário, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e registrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac). 

 

“Reafirmamos compromissos na proteção destes patrimônios, na atenção ao conjunto de comunidades da região, que também são alvo de diversas investidas, para as quais estamos pedindo apuração rigorosa dos órgãos do Sistema de Justiça”, pontuou a secretária Fabya Reis. 

Livro 'Folia de Oti' propõe valorização da cultura popular do Recôncavo
Foto: Divulgação

O artista Davi Rodrigues lança, nesta quinta-feira (7), o livro “Folia de Oti - Jogos e Brincadeiras Populares do Recôncavo Baiano”. Em formato virtual, o lançamento da obra acontecerá a partir das 16h, através do YouTube, e contará com a participação do cantor e compositor Mateus Aleluia, da educadora e pesquisadora Sálua Chequer e apresentação musical do poeta e compositor Fábio Haendel.

 

“Folia do Oti - Jogos e Brincadeiras Populares do Recôncavo Baiano” busca valorizar o imenso repertório de brincadeiras que o Brasil possui, algumas herdadas dos povos africanos e europeus, muitas com referências indígenas e outras com intenso valor folclórico. O livro é composto por 50 brincadeiras e utiliza poemas e ilustrações como recurso de aprendizagem. É direcionado a crianças de 04 a 12 anos e será distribuído como material didático-pedagógico para escolas públicas da região.

 

Através do livro, espera-se que as crianças possam experimentar e compreender o mundo à sua volta, testar habilidades físicas, aprender sobre regras e sobre ganhar e perder. É também um recurso para aprimorar o desenvolvimento da inteligência emocional e das relações sociais durante a infância.

 

Além do lançamento, o projeto propõe uma agenda de formação para professores, educadores e demais profissionais pedagógicos ou educativos que utilizarão o livro em suas aulas. Além do conteúdo relacionado ao próprio livro, a formação abordará tópicos sobre a preservação dos jogos e brincadeiras enquanto ferramenta mantenedora da memória afetiva da cultura popular e tradicional.

 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

'Reconvexo Digital': Terceira edição do festival de videomapping acontece de Cachoeira
Foto: Reprodução / Reconvexo

O Festival Reconvexo vai transmitir de maneira inteiramente online a sua terceira edição, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia. Único evento de videomapping em uma cidade no interior do país, a edição deste ano foi intitulada "Reconvexo Digital" e acontece entre os dias 1º e 4 de abril. 

 

Para estimular a participação de artistas, estudantes e interessados pelo universo da vídeo-projeção mapeada, o festival lançou uma convocatória para o envio de obras que concorrerão a prêmios. Os trabalhos serão avaliados por um júri composto por VJs e pesquisadores renomados da área, entre eles, Ricardo Lara (VJ Spetto), fundador do UnitedVJs e responsável pelo espetáculo da abertura das Olimpíadas do Rio de Janeiro em 2016. Também fazem parte da equipe avaliadora o artista multimídia baiano Davi Cavalcanti (VJ Gabirue) e o artista, professor de artes visuais e idealizador do Reconvexo, Fernando Rabelo. 

 

Serão 15 prêmios divididos em três categorias: artistas baianos, estudantes baianos e artistas nacionais. Os valores variam de R$ 800 a R$ 3 mil e vão contemplar trabalhos que se destaquem pela originalidade e experimentação.

 

O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Projeto inicia formações em história para comunidades quilombolas do Recôncavo
Santiago do Iguape, no Recôncavo | Foto: Reprodução / Facebook

Com o intuito de oferecer aulas como história da África, Bahia e Recôncavo e da religiosidade de matriz africana, o projeto Quilombos Criativos foi iniciado. A iniciativa é voltada para comunidades quilombolas de Cachoeira e São Félix e pretende qualificar e capacitar os moradores, além de gerar emprego e renda a estas comunidades.

 

Previsto para ser realizado até o mês de abril, o projeto multidisciplinar contará com 80 horas de aulas online, distribuídas em três módulos, em que serão ministrados assuntos sobre História do Brasil - África; Turismo - Patrimônio Cultural; Vivência - Roteirização.

 

O Quilombos Criativos surgiu da demanda em trabalhar, com as 24 comunidades quilombolas presentes no Recôncavo, temáticas como educação, tursimo e comunicação. O curso proposto é voltado à educação patrimonial e a preservação cultural, como conteúdos teóricos e mais os eixos de turismo e roteirização, voltado às aulas práticas.

 

O projeto é uma realização da Associação de Guias Condutores e Monitores de Turismo do Estado da Bahia (AGCOMTUR-BA) e tem apoio financeiro do Estado da Bahia por meio da Secretaria de Cultura e do Centro de Culturas Populares e Identitárias (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Debates destacam história das Caretas do Mingau nas lutas pela Independência da Bahia
Foto: Carlos Augusto Falcão

Uma série de debates vai abordar a participação de movimentações de grupos invisibilizados nas lutas pela Independência da Bahia, sobretudo no que se refere à contribuição de mulheres de Saubara, no Recôncavo, conhecida como "Caretas do Mingau".

 

O primeiro encontro, via Google Meet, acontece terça-feira (2), às 19h30, com o tema “O que são os Caretas do Mingau” e “O Protagonismo Saubarense nas lutas de 1822-23”. O bate-papo será mediado pelo historiador Jadeilson Gomes e contará com o coordenador do grupo que realiza o cortejo das Caretas do Mingau, Bel Saubara.

 

No dia 10 de fevereiro, também às 19h30, os temas serão “O Protagonismo feminino nas lutas de 1822-23” e “Vivências do brincar das Caretas do Mingau”. A mediação será da professora Rita Dias, que contará com as participações da professora Vanessa Pereira e Simone Santana.

Encontro de Cheganças e Marujadas homenageiam Dona Bete, mestra da cultura popular
Foto: Divulgação / Samuel Macedo

Homenageando Dona Bete, uma das mestras da cultura popular, o grupo Cheganças de Arembepe vai realizar, no dia 30 de janeiro de 2021, às 15h, o Encontro de Cheganças e Marujadas. 

 

Responsável por, juntamente com outras mulheres, organizar a chegança feminina com o intuito de manter viva essa manifestação cultural na região de Arembepe, Dona Bete atua desde 2002 coordenando mulheres da comunidade, que tocam pandeiros, bailam como o balanço das embarcações e cantam músicas que contam histórias de marujos em alto-mar e a devoção aos Santos protetores.

 

Além da Chegança Feminina de Arembepe, ela também atua em outros grupos culturais da sua localidade e da região do Recôncavo baiano. Entre eles, destacam-se o samba de roda, o terno de reis e a quadrilha junina.

 

O Encontro de Cheganças e Marujadas acontecerá de forma virtual, transmitido no canal do YouTube Cheganças de Arembepe.

Dez terreiros do Recôncavo se unem e vencem edital do IPAC
Foto: Reprodução

Um fato histórico no Recôncavo Baiano marcou a passagem do ano de 2020 para 2021: dez terreiros de candomblé se uniram para serem contemplados pelo edital de chamamento público “Salvaguarda Patrimônio Imaterial”, coordenado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Seis anos após o recebimento do título de patrimônio imaterial da Bahia, as dez casas sagradas, localizadas nos municípios de Cachoeira e São Félix, fortaleceram os laços e obtiveram a pontuação mais alta (92,1), entre todas as propostas, com a apresentação do projeto “Patrimônio Sagrado do Recôncavo”.

 

Os templos Asepò Eran Opé Olùwa – Viva Deus, Humpame Ayono Huntóloji, Ilê Axé Itaylê, Ilê Axé Ogunjá, Inzo Nkosi Mukumbi Dendezeiro, Ogodô Dey, Aganju Didê – Ici Mimó, Loba’Nekun – Casa de Oração, Loba’Nekun Filho e Raiz de Ayrá vão ser contemplados com o recurso público de R$ 900 mil, que será destinado à realização coletiva de cinco ações prioritárias: videodocumentário, portal virtual, plano planialtimétrico, publicação impressa e plano de salvaguarda. O projeto tem apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultura do Ministério do Turismo, Governo Federal.

 

Após a publicação do edital de chamamento público que atende à execução dos incisos I e III da Lei Aldir Blanc (LAB), em outubro de 2020, os dez terreiros decidiram se unir para pensar, elaborar e executar o projeto “Patrimônio Sagrado do Recôncavo” ao longo dos três primeiros meses do ano de 2021. Para construir a proposta aprovada, cada zelador/zeladora destinou um representante de cada terreiro, que, de maneira coletiva, objetivaram “caminhar com as próprias pernas”, com autonomia nas decisões dos seus interesses, sendo, portanto, proponentes.

 

"A união dos terreiros é inédita e certamente será um marco histórico. Que todos nós, terreiros patrimonializados, tenhamos a sabedoria e a consciência necessária para honrar nossos compromissos com o sagrado e com o que foi acordado durante a elaboração coletiva do projeto para salvaguarda do nosso patrimônio. Uma vitória para todos nós que nunca tivemos essa oportunidade de gerir coletivamente um recurso. É muita responsabilidade. Que os orixás e os voduns nos guiem e que possamos ter resultados positivos e transparentes desse Prêmio", destacou Gayaku Regina, zeladora do Humpame Ayono Huntóloji.

Cineastas baianas lançam livro durante programação do CachoeiraDoc

A programação do IX CachoeiraDoc contará com o lançamento do livro “Desaguar em cinema: documentário, memória e ação no CachoeiraDoc”, que reúne um conjunto de reflexões nascidas ao longo deste período de realização do festival.  

 

O evento acontecerá até o próximo domingo, 20 de dezembro. O livro traz um texto assinado por Makota Valdina, intelectual e líder religiosa homenageada nesta edição, além de vozes diversas de pesquisadores, cineastas e ativistas como Cacique Babau, Adriano Ramalho Garret, Rosângela de Tugny, entre outros, sempre em abordagens multidisciplinares.  

 

Os encontros virtuais que marcam o lançamento acontecem nos dias 17 e 18 de dezembro, às 11h, através das plataformas digitais do evento. 

IX CachoeiraDoc contará com oficinas por WhatsApp e exibições de documentários online
Foto: Divulgação

Projetor na tela, gente na praça e um repertório de documentários produzidos por indígenas, quilombolas, mulheres e outras pessoas ligadas a movimentos sociais. Essa tônica, que não é sentida no Recôncavo há cerca de dois anos, ganha novos contornos no início do próximo mês, com o retorno do festival CachoeiraDoc (veja aqui).

 

Gente na praça ainda não vai ser possível, por conta da pandemia do novo coronavírus (Covid-19) e das restrições que estão postas, mas os contornos que norteiam a curadoria e a ligação com as comunidades vizinhas seguem os mesmos. Isso é o que garante Amaranta César, professora de Cinema e Audiovisual e uma das coordenadoras do evento desde a primeira edição, em 2010.

 

"Agora, depois de um tempo de elaboração, do entendimento de quão longo seria esse período de quarentena, os esforços foram se juntando para que minimamente as pessoas não fossem deixadas para trás. Porque em Cachoeira, muita gente não tem acesso ou tem, de modo precário, à internet. As pessoas para quem a gente sempre fez o CachoeiraDoc não poderiam ficar para trás. Essa decisão não foi fácil porque o que a pandemia faz é explicitar as desigualdades que já existem e a gente nao queria ignorá-las", ressalta a professora. 

 


Última edição do CachoeiraDoc, em 2017 | Foto: Divulgação

 

Os dois anos de hiato chegaram a ser quebrados de maneira breve com a realização experimental, em maio deste ano, de um outro evento virtual, que ainda não era o CachoeiraDoc, batizado sugestivamente como "Festival impossível, curadoria provisória", mas que aconteceu no mesmo mês previsto inicialmente para o encontro.

 

"A gente fez um evento para não passar em branco, que era pra justamente dizer 'vamos fazer esse evento online, vamos disponibilizar filmes, mas isso não é um festival'", explica Amaranta, acrescentando que naquele momento, o entendimento era de que, por conta de toda a potência de relação com a história e o território, era impossível fazer algo semelhante, mas precisavam de uma ação de mobilização.

 

Segundo ela, pensar numa edição online mais encorpada só se tornou mais concreto agora, devido a um reestabelecmento da comunidade estudantil da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), onde o festival foi gestado desde a primeira edição. "Fazer um festival online é também uma maneira de fechar um ano difícil e afirmar que ainda estamos aqui", evidencia. 

 


Foto: Cine Festivais

 

Para aproximar-se do público de Cachoeira, a organização pensa em ampliar a presença em diferentes meios para atingir também quem não tem acesso à internet. A ideia, explica a coordenadora, é promover ações pontuais como a oferta de um cardápio de filmes no site para que possam ser escolhidos pela própria população, um período mais extenso de disponibilização e realização do evento, e sessões para famílias da sede do município e na comunidade quilombola de Santiago do Iguape, na zona rural.

 

"A questão agora é atingir o qualitativo, não o quantitativo, de forma pontual, como numa acupuntura. Também teremos oficinas para estudantes do ensino médio de Cachoeira e São Félix por WhatsApp chamada de 'ZapDoc', que é justamente para oferecer conteúdos rápidos e sintéticos e ensinar a captação de imagens por celular, a montar pelo celular, a iluminar, a melhorar a captação de som, de forma muito prática e de forma mais barata, já que não demanda muitos dados", completa Amaranta César.


HIATO E DESAFIOS DA RETOMADA
Quando o CachoeiraDoc foi descontinuado, em 2018, o cenário da política de editais a nível estadual não era propício para a realização de eventos como o festival de documentários. Apontando a falta de apoio para que uma nona edição acontecesse naquele ano, a organização divulgou um comunicado em que explicava o momento que estavam atravessando (relembre aqui). 

 

Nem os editais federais poderiam ajudar. Critérios como uma contrapartida financeira e a cobrança de ingressos impossibilitaram qualquer tentativa de concorrer aos certames disponíveis e captar recursos. 

 

"Um festival de documentários, que é um cinema minoritário e contra-hegemônico, que não vende exatamente ingressos, numa cidade que também só tem um cinema pequeno e com uma população majoritariamente de baixa-renda, você imagina que realmente não está no nosso alcance concorrer a esse tipo de política. Ficamos dois anos sem realização do evento e quando finalmente houve uma retomada dos editais a gente concorreu, ficou no primeiro lugar em nossa categoria e quando estávamos retomando o festival fomos surpreendidos pela pandemia", discorre a professora Amaranta. 

 

Agora, com a retomada virtual, espera-se que as perspectivas elaboradas no decorrer das últimas oito edições sigam em continuidade. "Toda nossa experiência de realização do fetival nos mostrou que a relação dos filmes que a gente exibiu com a cidade tinha perspectivas críticas, leituras históricas, possibilidades entre artistas, realizadores e pesquisadores que inclusive afetaram o próprio cinema brasileiro", argumenta, completando que, na sua avaliação, a vinculação com um passado rico, mas também traumático do processo colonial e escravagista da cidade, e a uma realidade de universidade plural são muito desejáveis para pensar criticamente o cinema.

 

NARRATIVAS NA TELA E FORA DELA
A presença de realizadores, palestrantes, produtores, pesquisadores e outros nomes do cinema e ligados com as temáticas é uma das marcas das mesas e dos filmes exibidos nas edições do CachoeiraDoc. Ao Bahia Notícias, a professora Amaranta César disse que a preocupação sempre foi a de pautar a "representação e a representatividade". 

 

"Convidamos muita gente importante do cinema negro, do cinema indígena, do cinema ligado aos movimentos sociais, do cinema das lutas urbanas e rurais", diz, avaliando que, por si só, o gênero documental já apresenta a possibilidade de ver histórias a partir de outro ponto de vista. "Ele nos revela personagens e facetas do mundo de um jeito que a gente não via antes. Nesse sentido, buscamos [ao longo da história do CachoeiraDoc] documentários que tanto experimentassem formas, quando evidenciassem narrativas que as mídias tradicionais não mostravam".

 

Nomes como o Cacique Babau, a ativista Makota Valdina e membros de comunidades tradicionais como os Guarani-Kaiowá e moradores do Quilombo Rio dos Macacos já estiveram nas atividades do festival CachoeiraDoc. 

 


Cacique Babau no CachoeiraDoc | Foto: Divulgação

 

Valdina é a homenageada do evento deste ano. Morta em março de 2019, aos 77 anos, sua participação em um debate na última edição motivou a escolha. "Makota Valdina esteve em um seminário no festival passado e que fez parte da abertura em uma das mesas, que pensava as relações do cinema com as religiões de matriz africana. Ela disse uma coisa que finalizou a fala dela e nos atravessou muito: 'Em momentos como esse, a gente tem que estar na luta como água, porque a água vai pingando e ninguém tá vendo ela pingar, daqui a pouco, quando você olha, tá tudo alagado', justificou Amaranta.

 

"Aquilo era uma lição muito além do cinema, para o cinema, mas para a vida. Era uma forma incrível de entendimento do que a gente vivia. Então, [a homenagem] tem a ver com essa lição de cura e de ação, mas também com uma pessoa que era educadora, além de ativista política que defendia os direitos das mulheres, das populações negras e os direitos ambientais. Essa integridade de Makota Valdina é um exemplo. Dizemos que o futuro está na ancestralidade e por isso a homenageamos", encerra. 

Dona Cadu, mestre da cultura popular, recebe título de doutora honoris causa

A ceramista e sambista Ricardina Pereira da Silva, conhecida popularmente como Dona Cadu, foi reconhecida pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) com o título de doutora honoris causa. A condecoração foi aprovada pelo Conselho Universitário (CONSUNI) da instituição na sessão ordinária realiuzada nesta quinta-feira (12). 

 

O título concedido à Dona Cadu celebra a contribuição da mestre da cultura popular centenária e líder da comunidade de Coqueiros, no cidade de Maragogipe, às margens da Baía do Iguape, para o patrimônio cultural do Recôncavo baiano.

 

Dona Cadu é da cidade de São Félix, vizinha a Maragogipe, e trabalha com o barro desde os dez anos. Ela também é rezadeira e fundadora do Samba de Roda Filhos de Dona Cadu. 

 

Em nota, a diretora do campus da UFRB em Cachoeira, professora Dyane Brito Reis, comemorou a titulação da ceramista, processo que teve início em 2017, com o pedido enviado pela direção do centro de ensino da cidade heroica ao CONSUNI.

 

"Agradecemos aos integrantes do CONSUNI/UFRB por, neste dia 12 de novembro de 2020, terem aprovado o pedido de concessão de título de Doutora Honoris Causa à Dona Cadu, mulher negra, mãe, líder comunitária, detentora de saberes e fazeres ancestrais, memória viva de confluências afro-indígenas do Recôncavo, sambadeira e mestra ceramista de Coqueiros, distrito de Maragojipe-BA. Este processo teve início em 2017, quando a comissão presidida pela Professora. Dra. Fabiana Cormelato apresentou o relatório ao Conselho Diretor do CAHL e este órgão aprovou o mesmo por unanimidade", ressalta a professora no texto.

Inspirado no Recôncavo, filme baiano resgata afetos e aponta literatura como refúgio
Foto: Reprodução / Facebook

Nascido em Salvador, mas criado na região de Conceição do Almeida e Sapeaçu, o diretor e roteirista Dan Borges buscou inspiração nas lembranças da infância para rodar seu segundo filme, “Retirante Juvenil”, que tem estreia virtual neste domingo (27), a partir das 19h, seguida de um bate-papo com a equipe e o público (clique aqui para reservar ingresso). 

 

O média-metragem conta a história de Luce (Marina Torres), uma menina irrequieta que cresceu em uma fazenda junto com a irmã Dora (Camila Castro) e a mãe (Eliana Assumpção). Insatisfeita com a vida monótona do campo, além de abalada pela desestruturação da família e o abandono do pai, ela encontra refúgio e redenção nos livros apresentados pelo misterioso e sábio andarilho Alberto (Isaac Fiterman). “Ela tem um amigo no filme, que é aquele famoso velho do interior, contador de história. E ele é um cara muito viajado, conhece muito, também gosta de ler filosofia, gosta de poesia, esse tipo de coisa, então o refúgio dessa menininha é com esse senhor. Ela se isenta completamente da casa dela, que é onde tem uns problemas familiares, o pai abandonou, a mãe é meio traumatizada e chocada com o abandono, porque numa cidadezinha uma mulher que é abandonada pelo marido até hoje ainda é vista como uma largada. E aí a irmã mais velha que teve que assumir a casa e por causa desse estresse acaba descontando tudo nessa menininha”, detalha o diretor.

 


O filme é centrado na relação de uma menina com um velho andarilho, que conduz sua pupila pelo mundo da literatura e lhe estimula a ver o mundo por diferentes perspectivas | Foto: Reprodução / Facebook

 

Apesar de usar suas experiências como base para o enredo, o artista conta que a obra não foi inspirada em sua história pessoal, em si, mas no que presenciou e nas relações que mantinha na infância. “Como eu passei a minha juventude toda indo para o interior e passando vários dias na fazenda, eu tive o convívio com muitas pessoas que são de lá, que se você for relacionar, estão como personagens do filme. Não ninguém específico, mas, por exemplo, a menininha que nasceu no interior e detesta aquela vida monótona e queria vir para a cidade, porque lá nada acontece. É basicamente a personagem principal. Mas tem outras pessoas que são do contraponto, de pensar totalmente o oposto, que acham maravilhoso aquela vida calma e jamais iriam querer morar na cidade”, contextualiza Dan Borges.

 

O baiano explicou ainda que o média-metragem filmado nas fazendas e vilarejos da região onde cresceu se passa em uma cidade específica, mas propositalmente não citada de forma explícita na obra. A ideia de não delimitar uma “locação muito palpável”, segundo ele, se deu para que todo o Recôncavo e o interior, de forma geral, se identificassem com a história. Essa ideia de representatividade também pautaria a estreia, que precisou ser readaptada na quarentena. “A pandemia acabou com todos os nossos planos de lançamento, nossos planos físicos. A gente já tinha três sessões fechadas nos interiores, pra começar a exibir basicamente nos interiores. Já tinha uma sessão marcada na cidade da atriz, que é Alagoinhas; na própria cidade de Conceição do Almeida, no auditório da prefeitura; Sapeaçu também, numa escola. Tudo isso foi cancelado por conta da pandemia”, conta o diretor, lembrando que começou a escrever o roteiro no início de 2019 e só em fevereiro deste ano a equipe finalizou a obra, realizada de forma totalmente independente.

 

Apesar da mudança inesperada de rota, Dan avalia que o lançamento virtual não tem apenas pontos negativos. “É diferente, a gente como pessoas de público, de cinema, principalmente os atores que são de teatro e têm a paixão por esse contato com plateia, é um pouco decepcionante. Tem esse lado ruim, que a gente queria estar nesse calor da festa, do lançamento, mas também tem o lado bom, que é a possibilidade de maior alcance, online”, pondera o artista, que mesmo aceitando as imposições do momento, segue otimista quanto ao futuro e diz que pretende retomar a ideia inicial de circular pela Bahia. “A gente pretende fazer uma sessão [física] de alguma forma, ainda não planejamos. Talvez, dependendo até do possível sucesso do filme durante esse período em alguns festivais e no lançamento online, pode ser que a gente consiga fazer em algum momento. Mas está dentro do plano, a gente não desistiu não. Inclusive, essas sessões que a gente já tinha marcado e foram abortadas nos interiores, nós vamos voltar com elas. A gente pretende fazer uma mini turnezinha pelo Recôncavo, porque é um filme que é a cara deles, é a representação deles ali, e acho que vai ser muito bem recebido nessas cidades”, conta.

 


Com um diretor e roteirista que é também artista gráfico, o storyboard do filme se aproxima muito do elenco selecionado | Foto: Reprodução / Facebook

 

Profissional originalmente das áreas de design, ilustração e quadrinhos, Dan Borges revelou ainda que a experiência das artes visuais segue expressa em seu trabalho no audiovisual, iniciado a partir de 2012 com videoclipes de bandas baianas. Um exemplo bem claro dessa influência é a forma pela qual ele faz a escolha dos atores para suas produções, garimpando perfis na internet. “A questão de selecionar elenco, eu tenho um ponto meio louco na minha cabeça que ajuda e dificulta. Porque quando eu crio o personagem, eu já penso exatamente na imagem dele, até a voz já está construída na minha cabeça”, revela, atribuindo o comportamento ao costume dos quadrinhos. “Então, quando eu penso nesses personagens e depois vou procurar pessoas reais para colocar no lugar deles, tem que ser uma pessoa que se encaixe com aquilo que eu imaginei, senão eu não quero (risos). E isso é terrível, porque pra achar uma pessoa bem próxima pelo menos, se não for idêntica ao que eu imaginei, é difícil. Mas também quando eu acho, aí pronto, estou 100% satisfeito, só precisa que a pessoa seja bom ator, boa atriz, e graças a Deus todos foram”, diz o artista, revelando o fato curioso de que para “Retirante Juvenil”, o storyboard foi desenhado antes da seleção do elenco, mas acabou muito parecido com os atores escolhidos.

 

O resultado de tudo isso - memórias de infância, diferentes olhares sobre a vida no campo, além de afetos e reflexões por meio da literatura - poderá ser conferido nesto domingo (27), no Brasil e no mundo, durante a sessão online. 

Campanha arrecada recursos para nova sede da Casa do Samba de Dona Dalva
Foto: Márcia Paraíso / SecultBA

A Casa do Samba de Roda de Dona Dalva lançou a primeira fase de uma campanha colaborativa para captar recursos para a construção da sede definitiva da instituição, localizada na cidade de Cachoeira, no Recôncavo baiano. Atualmente, a entidade que homenageia um dos principais nomes da manifestação cultural no país funciona em um imóvel alugado.

 

A ideia é que o novo espaço funcione como um centro de referência do samba de roda no Brasil, que é registrado como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil desde 2004 e Obra prima do Patrimônio Oral e Imaterial da Humanidade desde 2005.

 

O dinheiro arrecadado nesta etapa serão direcionados, explica a gestão da Casa do Samba, para a contratação de profissionais para elaboração do projeto arquitetônico, aquisição de materiais e mão de obra para iniciar a primeira etapa da construção, que será erguida em um terreno de 248,45m² de propriedade da Associação Cultural do Samba de Roda Dalva Damiana de Freitas. A iniciativa, que é tocada pela neta de Dona Dalva, Any Manuela Freitas, prevê a arrecadação de cerca de R$ 100 mil. 

 

"Ficaremos imensamente gratos com a sua participação nesta grande missão de preservação de nossas memórias e originalidades", afirma a organização da campanha na plataforma de arrecadação (clique aqui para acessar e contribuir).


DALVA DAMIANA DE FREITAS
Reconhecida como a primeira doutora honoris causa da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) pelo trabalho na preservação do samba, Dona Dalva Damiana tem 93 anos e é líder dos grupos Samba Mirim Flor do Dia e do do Samba Suerdick. A sua participação foi essencial para o tombamento do samba como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Iphan. 

 

O Suedick, em especial, foi criado por ela e companheiras de trabalho quando trabalhavam na fábrica de charutos Suerdieck. Segundo o professor de Etnomusicologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Sandroni, em entrevista para a Rolling Stone em agosto deste ano, o grupo mostra a proximidade do samba de roda com o cruzamento de processos identitários, religiosos e econômicos da região do Recôncavo (veja aqui). 

 

Além de Sambadeira, cantora e compositora, Dona Dalva também é integrante da Irmandade de Nossa Senhora da Boa Morte, sendo Procuradora Geral dos Festejos 2020 e Fundadora do Terno do Acarajé e do Terno de Reis Esperança da Paz. 

Rolling Stone faz dossiê sobre o Samba de Roda e o Prato-e-Faca do Recôncavo
Foto: Luiz Santos/Acervo do IPHAN

A revista Rolling Stone publicou, nesta quarta-feira (19), uma reportagem sobre o Samba de Roda e o Prato-e-Faca, duas expressões culturais tradicionais no Recôncavo da Bahia. A veiculação do conteúdo acontece semanas após a própria Rolling Stone tratar o uso do prato e da faca como instrumentos inusitados e colocados em cena de forma "improvisada" pelo filho de Caetano, Moreno Veloso, pela primeira vez durante a live de aniversário do filho de Dona Canô.

 

Na época da primeira publicação, Caetano classificou a publicação da revista especializada em música como sendo de uma "ignorância inacreditável" (relembre aqui). "O fato é que de inusitado não tem nada. Prato e faca no samba de roda na Bahia é um instrumento tradicional. Mas, não é só na Bahia. Tem João da Baiana. Aqui no Rio ainda tem gente que toca em área de samba. Se você falar com qualquer pessoa do mundo do samba e que sabe das coisas, prato e faca é comum. Agora, uma revista de música pensar que prato e faca foi inventado na hora, porque Moreno não tinha instrumento, isso é uma maluquice. É uma ignorância inacreditável", explicou o cantor na ocasião.

 

No dossiê desta quarta-feira, a Rolling Stone conversou com J. Velloso, produtor, cantor e compositor natual de Santo Amaro para falar sobre a sua vivência com o Samba de Roda. "Não precisava contratar um grupo de samba. Os próprios santo-amarenses já eram sambistas por natureza. Um cantava, outro respondia e ia aumentando. Aí, aparecia alguém e começava a bater palmas", ressaltou o artista.

 

Destacando a relação entre a linguagem e a cultura afro-diaspórica, a publicação também deixa claro que o Samba do Recôncavo inspira diferentes musicalidades brasileiras. Uma das fontes ouvidas pela revista, o professor de Etnomusicologia na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Carlos Sandroni, afirmou que a tradição de "se juntar para cantar, dançar e tocar junto ao som de certos ritmos e instrumentos" é integrante de uma matriz cultural que inclui o Samba de Roda.

 

"O repertório de cantigas tradicionais é muito rico, e cresce com a criação de novos sambas dentro dos estilos tradicionais da chula, do corrido, etc. As maneiras de dançar, das quais a mais conhecida tem o passo chamado de 'miudinho', são maravilhosas", elencou Sandroni.

 

Rosildo Rosário, um dos sambadores mais importantes atualmente no Recôncavo, vai além na definição do samba de roda: “Me arriscaria a dizer que não haveria música baiana se não existisse o samba de roda do Recôncavo". Para ele, esse "samba constituído no campo semântico possibilita a utilização e interpretação em qualquer recorte temporal. O samba se completa com outras manifestações e reorienta para outros campos da música. Foi construída uma identidade musical no Brasil em torno do samba". 

 

A Rolling Stone ainda dá conta do percurso histórico da manifestação cultural, que tem registros das primeiras referências nas décadas de 1860 e 1870. 

 

Doutorando em etnomusicologia pela Universidade Federal da Bahia (Ufba) e pesquisador das musicalidades e culturas africanas e afrodiaspóricas, Marcos Santos explicou que "enquanto acontecimento, [a roda] é um princípio que fundamenta muitas das tradições do continente africano bem como tradições dos povos originários do Brasil". "Ela organiza a partilha de experiências musicais nos diversos lugares e contextos do nosso território, a exemplo dos candomblés, os sambas de coco, os jongos, tambor de crioula, as cirandas, os batuques de umbigada do sudeste e os sambas de roda", completou. 

 

Um dos nomes que têm evidência no cenário é o da sambista baiana Dona Dalva Damiana, doutora honoris causa pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) e líder de um dos grupos de samba mais famosos, o Samba de Roda Suerdieck, de Cachoeira. "[Ela] era funcionária da fábrica de charutos Suerdieck, naquela cidade, e criou o grupo com suas companheiras de trabalho.", explica Sandroni, afirmando que o grupo fundado por ela mostra a proximidade do samba de roda com o cruzamento de processos identitários, religiosos e econômicos da região do Recôncavo. 

 

Além do Samba de Roda, compõem o "guarda-chuva" o Samba Chula, Corrido, de Viola, de Parada. Tradições distintas, ritmos, instrumentos, danças, estéticas, sonoridades diferenciam os diferentes sambas. 

 

A Rolling Stone ainda comenta sobre o prato-e-faca e a importância de Edith do Prato. "Como bem sabemos, não foi permitido à pessoa africana escravizada trazer instrumentos musicais em sua travessia, entretanto, foram trazidos em seus corpos referenciais sonoros identitários", explica o pesquisador Marcos Santos. Daí é que vem a instrumentalização. "Atrela-se ao lugar da ressignificação de uma pretensa carência de um instrumental originário em um novo e estabelecido referencial sonoro - prática própria da diáspora -, e pela localização geográfica interna de uma casa em período colonial, onde as mulheres passavam maior parte do tempo e tinham permanente acesso a esses utensílios: ou seja, na cozinha".

UFRB promove diálogo aberto sobre Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc
Foto: Clara Angeleas / Secult

A Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB) vai promover no próximo dia 10 de agosto, às 17h, um diálogo aberto com o tema "Participação Social na Cultura - fortalecimento da sociedade civil para a implementação da Lei de Emergência Cultural Aldir Blanc". O encontro tem a parceria da Câmara Técnica de Cultura do Colegiado Territorial Desenvolvimento Sustentável (Codeter) e será transmitido no canal da UFRB no YouTube.

 

O evento terá como palestrantes Edgilson Araújo, professor da Universidade Federal da Bahia; Inti Queiroz, professora do curso de Gestão Cultural na PUC Cogeae SP; e Pan Batista, presidente do Conselho Estadual de Cultura da Bahia. A mediação será realizada por  Daniele Canedo, professora do Centro de Cultura, Linguagens e Tecnologias Aplicadas da UFRB e coordenadora de cultura da Pró-Reitoria de Extensão. 

 

A discussão sobre a importância da participação social na elaboração de políticas culturais no contexto da pandemia de Covid-19 faz parte do projeto Emergência Cultural no Recôncavo. A iniciativa vai ofertar curso virtual para orientar gestores públicos e sociedade civil de 19 municípios do Recôncavo.

 

A Confederação Nacional dos Municípios, a partir da previsão de recursos e seus critérios de distribuição entre os municípios brasileiros, estima que os municípios do Território de Identidade do Recôncavo vão receber, ao todo, mais de R$ 4 milhões.

Único brasileiro contemplado com bolsa de Soros, baiano fará mostra sobre 'Recôncavo'
Foto: Arquivo Pessoal

Natural de Santo Antônio de Jesus, no Recôncavo baiano, o artista visual Tiago Sant’Ana é o primeiro brasileiro contemplado com a Soros Arts Fellowship, iniciativa da Open Society Foundations, organização filantrópica criada pelo bilionário americano George Soros.

 

Ele e outros 10 artistas, curadores, produtores culturais e pesquisadores de diversos países receberão o prêmio de 80 mil dólares, para desenvolver projetos relacionados à imigração, espaço público e artes. A execução dos trabalhos deve ser realizada pelo período de 18 meses.

 

“O processo de seleção da bolsa se dá por meio de indicação. A Open Society Foundations, que é a organização por trás do prêmio, solicita a profissionais do mundo inteiro indicações de artistas que estejam alinhados com o conceito do prêmio: estar num nível de carreira médio ou emergente, além de trabalhar com temas relacionados ao espaço público, diásporas e imigração, por exemplo. Após esse processo de indicação, há a submissão do projeto. E a última etapa é uma avaliação por diversos profissionais das artes, além de um entrevista”, conta Tiago, em entrevista ao Bahia Notícias. “É um processo longo e a peneira é rigorosa, mas o tratamento da fundação é primoroso e nos faz sentir confortáveis mesmo estando sob avaliação”, garante o artista baiano. 

 

Com o prêmio, Sant’Ana pretende seguir um caminho que já vem trilhando, com foco na identidade cultural. “Eu vou dar continuidade a uma série de trabalhos que eu venho desenvolvendo na região do Recôncavo da Bahia, onde nasci e cresci, em torno das ruínas dos antigos engenhos de açúcar. É um projeto que trata sobre história, sobre memória e também da necessidade de tecer narrativas sobre o nosso passado sobre um ponto de vista que se distancia de uma visão eurocêntrica. Essa pesquisa culminará numa exposição que realizarei em um museu de Salvador em 2021”, detalha o artista visual.

 

Sensibilizado com o atual cenário do país, Tiago destaca a importância de um prêmio como a bolsa Soros Arts Fellowship. “Esse é um dado muito importante porque estamos vivendo uma situação muito complexa no setor cultural no Brasil. Há um desmonte sistemático das políticas públicas nesse setor. Então, ser contemplado é como um respiro”, diz o baiano. “Além disso, ser da região do Nordeste, uma região que está fora do eixo principal da arte no Brasil, é outra questão a ser citada. Há muitas pessoas produzindo em diversas geografias do país e esse corpo de trabalho também deve ser visto como importante”, conclui. 

 

 


No trabalho “Passar em branco”, o artista faz intervenção nas ruínas do antigo Engenho da Vitória, em Cachoeira, no Recôncavo da Bahia

 


SOBRE O ARTISTA
Tiago Sant’Ana (Santo Antônio de Jesus, 1990) é artista visual, curador e atualmente está concluindo Doutorado em Cultura e Sociedade pela Universidade Federal da Bahia. Seus trabalhos imergem nas tensões e representações das identidades afro-brasileiras, entendendo as dinâmicas coloniais que envolvem a produção da História e da memória. Foi um dos artistas indicados ao Prêmio PIPA 2018 e vencedor do Prêmio Foco ArtRio 2019.

 

Já expôs seus trabalhos em diversos países como Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha, Portugal e Colômbia. Participou de festivais e exposições nacionais e internacionais como “Rua!” (2020) e “O Rio dos Navegantes” (2019), no Museu de Arte do Rio; “Histórias afro-atlânticas” (2018), no MASP e Instituto Tomie Ohtake; “Axé Bahia: The power of art in an afro-brazilian metropolis” (2017-2018), no Fowler Museum at UCLA; “Negros indícios” (2017), na Caixa Cultural São Paulo e “Reply All” (2016), na Grosvenor Gallery. 

 

Foi curador-assistente da 3ª Bienal da Bahia (2014), além de ter organizado outras mostras como “O espaço dividido” (2019), “Kaurís” (2019); “Concerto para pássaros” (2019); “Vamos de mãos dadas” (2018); “Campo de Batalha” (2017) e “Future Afro Brazil Visions in Time” (2017). Suas obras fazem parte de acervos públicos como o do Museu de Arte do Rio, Casa de Cultura da América Latina e Museu de Arte Moderna da Bahia. É representado em Salvador pela Roberto Alban Galeria.

Com personagem inspirada em Kelly Ciclone, 'Listrado' mistura sonhos reais e fictícios
Foto: Reprodução / Instagram

Em processo de concepção, o filme "Listrado" mistura o real e o ficcional em torno de uma temática: os sonhos. Contemporâneo e conterrâneo de produções como "Até o fim", lançado na semana passada na Mostra de Tiradentes (lembre aqui), ele só começa a ser rodado no segundo semestre, mas já engatinha com um prêmio na estante. Na residência de roteiros do 3º Festival Sertão e Diversidade, no Ceará, o argumento de "Listrado" levou o primeiro lugar. Agora, o cineasta Marvin Pereira, idealizador da obra, aguarda o Visões Lab, do Festival Visões Periféricas, no Rio de Janeiro, para o qual foi selecionado.

 

Entrevistado pelo Bahia Notícias, o cineasta relata que esse é um projeto que caminha com ele há bastante tempo e traz um enfoque sobre histórias que cruzaram o seu caminho. "É uma mistura de todos esses encontros com essas pessoas que cruzaram comigo. Eu também passo por essas coisas", diz. "Todas elas têm o sonho de ser alguém através da arte. Essas mesmas pessoas têm o enfrentamento de não conseguir encontrar essas oportunidades para realizar esses sonhos, elas nunca têm dinheiro para publicar um livro, nunca têm a chance de conseguir lançar uma música ou um clipe, ou sempre enfrentam com muita dificuldade para que isso aconteça. O projeto surge muito dentro disso. Como essas pessoas continuam na luta, realizando outras coisas por fora, mas não desistem desses sonhos, essas vontades de seguir". 

 

Essa vontade para realizar os sonhos aparece em "Listrado" não só no conteúdo, mas também no processo de concepção. Para tornar esse projeto realidade, Marvin lançou na semana passada uma campanha de financiamento coletivo com o objetivo de arrecadar R$ 67.568. O recurso será utilizado, explica o cineasta, para o pagamento e a alimentação dos profissionais envolvidos durante os dias de set, o aluguel dos equipamentos, a produção dos figurinos e de objetos de cena. As contribuições para a viabilização de "Listrado" podem ser feitas até 5 de julho (acesse aqui).

 

Formado em Cinema pela Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (UFRB), Marvin começou a escrever "Listrado" ainda em 2014, durante o seu trajeto universitário. De lá para cá já são 33 prêmios e filmes como  "A Vida É Pra Valer" (2018) e "CorpoStyleDanceMachine" (2017). Ele conta que sempre foi deixando para depois, mas que o momento de executar chegou.

 


Referências que Marvin usou para idealizar o filme | Foto: Divulgação

 

Um dos personagens do filme, Millah Marley (Danielle Almeida), é uma jovem que almeja criar uma rede de seguidores e ter uma carreira de digital influencer. A história de Millah foi inspirada em Kelly Ciclone, personagem conhecida dos baianos e assassinada em Lauro de Freitas no ano de 2011. A intenção, segundo Marvin, é desmistificar a imagem que se criou em torno da jovem, que chegou a ser apelidada de "Dama do Pó".

 

"Eu lembro que quando ela [Kelly Ciclone] surgiu e aconteceu tudo isso com ela eu era muito novo e via tudo isso nos jornais e as pessoas comentando. Foi um boom [a repercussão] e foi um outro boom o assassinato dela. Fiz algumas pesquisas e me deparei com comentários que a consideram como a primeira digital influencer da Bahia, poque ainda que naquela época ainda não existisse essa realidade atual das redes sociais, ela conseguiu criar tendências e todo mundo a conhecia, o modo de vestir, o modo de falar. Millah ganha um pouco disso, é uma personagem que muitos ouvem falar e que muitos têm um pré-julgamento sobre ela, mas que tem sonhos e que o filme tem esse olhar. É uma das minhas preferidas", defende Marvin Pereira. 

 

Já divulgado nas redes sociais, o elenco que vai compor o projeto é majoritariamente formado por pessoas negras. Uma escolha por motivos de representatividade no campo do cinema, onde personagens negros ainda são pouco vistos e em algumas vezes aparecem "carregados de esteriótipos", argumenta o idealizador. Consequência, segundo Marvin, da falta de representatividade por parte de quem realiza.

 

"No caso de 'Listrado', todas as pessoas escolhidas por mim têm alguma ligação com o personagem que ela vai interpretar", diz, exemplificando personagens como a interpretada pela cantora Sued Nunes (a Preta Luz) e a interpretada pela repórter da TV Bahia Luana Souza (Rita da Silva). Com isso, Marvin acredita deixar a história "ainda mais verdadeira".

 


Marvin em debate no Rio de Janeiro | Foto: Matheus Magalhães

 

Personagens reais como MC Jayne, artista conhecida na cena rap de Cachoeira, também vão aparecer em cena - junto com o seu trabalho.

 

O nome da produção é o mesmo do protagonista, um rapper que constrói uma afeição pela cultura hip-hop e relaciona esse contexto ao seu próprio crescimento e à sua identidade de jovem homem negro. Nesse cenário, no interior da Bahia, se desenrola o fio narrativo do filme. Cachoeira, Conceição da Feira e São Félix serão pano de fundo para a história de "Listrado". 

 

Outro pano de fundo é a boate "Dynamit Night Club", principal espaço de lazer e diversão dos personagens mais jovens do filme. É também na "Dynamit" que a travesti "Banana", personagem de outra obra do repertório de produções de Marvin, ganha o "pão de cada dia" no papel de dona do local.

'Ser baiano na medida do Recôncavo': Jornalista lança livro na Confraria do França
Foto: Divulgação

O livro do jornalista e professor da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB), José Péricles Diniz, "Ser baiano na medida do Recôncavo", será lançado nesta quinta-feira (19), na Confraria do França, no bairro do Rio Vermelho. 

 

A obra aborda, através de uma pesquisa em periódicos que veicularam na região entre 1832 e 1946, as principais influências da construção simbólica para aquilo que está escrito, inspirando e orientando a formação da identidade baiana e a do Recôncavo da Bahia.

 

Para Péricles, que também é autor de "O Impresso na Prática" e "O Jornal na Escola", "nos periódicos impressos é possível encontrar os temas e problemas mais caros e urgentes para dado período histórico”. A edição lançada é da Edufrb, editora da universidade.

 

SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do livro ""Ser baiano na medida do Recôncavo"
ONDE: Confraria do França - Rio Vermelho
QUANDO: 19 de dezembro (quinta-feira)

Bailarino baiano estrela espetáculo de dança na Polônia
Foto: M. Zakrzewski

Integrante do elenco do espetáculo "Polifonias", o bailarino Anderson Danttas viajou para a Polônia nessa quarta-feira (6) para mais uma temporada de apresentações na Europa. Essa já é a segunda montagem no continente.

 

O espetáculo visa mostrar como os corpos dialogam numa mistura entre as danças populares do Brasil, a exemplo do samba de roda do Recôncavo, e as danças populares da Polônia, como o oberek, em meio à contemporaneidade. Ele é também inspirado no trabalho da polonesa Yanka Rudzka, considerada peça fundamental para a criação da Escola de Dança da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

 

"São quatro anos de continuidade do projeto [Projeto Yanka Rudzka], uma vez que ele começou lá em 2016 quando era comemoração do ano da Polônia no Brasil e aí decidiram inscrever um projeto para aproximar os dois países no que tange a Yanka, que foi a primeira professora de Dança da Funceb e quem levou dança afro, atabaques, instrumentos e a cultura dos orixás para a universidade", destaca Dantas.

 

Ele lembra que no início das atividades, o grupo ficou imerso em Cachoeira para pesquisar e trabalhar com as danças populares. No caso do samba do Recôncavo e do oberek, o bailarino pontua que a ligação está nos giros, “nos pés no chão” e na tradição oral.

 

Além de Danttas, o elenco tem também o brasileiro Neemias Santana. Os demais são da Geórgia, Armênia e Polônia. Eles farão duas apresentações, uma em Cracóvia, na capital da Polônia, e outra na cidade de Lublin. O grupo vai ainda ministrar workshops de dança, com foco na dança dos orixás e no samba de roda.

Com quadrinhos, cordel e mesas LGBT+, Flica busca atender antigas demandas do público
Foto: Camila Souza / GOVBA

Tradição no calendário de eventos literários do Brasil, a nona edição da Festa Literária Internacional de Cachoeira (Flica) acontece desta quinta-feira (24) a domingo (27), no Claustro do Convento do Carmo, no município do Recôncavo baiano. Neste ano, as principais novidades do evento gratuito ficam por conta de mesas exclusivamente dedicadas à literatura de cordel, aos quadrinhos e às produções com temática LGBT+.

 

Pela primeira vez à frente da curadoria das mesas, a professora Kátia Borges reconhece que esses eram pleitos antigos do público do evento e ressalta a abertura desse espaço dentro da programação com mais de 50 atrações.

 

"A gente está com mesas que são pioneiras, são inéditas na Flica. Tem uma mesa sobre quadrinhos, com Marcelo D'Salette, Hugo Canuto, uma novidade interessantíssima pra quem é fã de quadrinho. A gente também tem uma mesa de cordel, que é dedicada a toda a população do Recôncavo, uma reivindicação antiga, e uma das principais mesas é com Bráulio Bessa", destaca a curadora.

 

Poeta e cordelista que ganhou maior projeção nacional com sua participação no "Encontro com Fátima Bernardes", nas manhãs de sexta, Bessa se junta ao autor baiano Antônio Barreto na mesa "Pra cada canto que eu olho, vejo um verso se bulindo". O bate-papo com os dois será na manhã de sábado (26), com mediação de Maviael Melo.

 

Já D'Salette e Canuto se apresentam um pouco mais tarde, às 17h, na mesa "Quer que desenhe? Perspectivas negras nos quadrinhos".

 

Além deles, outros nomes de destaque na programação são Lilia Moritz Schwarcz, Antonio Brasileiro, Lande Onawale, Thalita Rebouças e a autora portuguesa Maria do Rosário Pedreira.

 

Como a programação é diversa e a festa não possui um tema central, Katia frisa que “há nomes que se impõem” no momento de pensar a programação. Como exemplo, ela cita o soteropolitano Itamar Vieira Júnior, vencedor do prêmio LeYa e finalista do Prêmio Jabuti 2018. Ele e Marcelo Maluf vão participar da segunda mesa, "Cartografias da subalternidade; a construção do lugar do outro", às 19h de quinta.

 

Ainda assim, a curadora explica que há um "nexo curatorial" que permite trazer coesão para todos os espaços do evento. "Cada curador faz um recorte. Graças a Deus, a gente tem uma literatura contemporânea imensa, com vários autores, gêneros e tal, mas nós buscamos trazer um pouco de reflexão em relação a um fazer literário e em relação a novas vertentes. É uma diversidade não só na temática que está presente, mas também há diversidade de autores", defende.

 

O discurso de Kátia está alinhado ao da "booktuber" e também curadora Barbara Sá. A jovem de 24 anos está à frente da Geração Flica, espaço que será inaugurado nesta nova edição, na Casa do Iphan de Cachoeira. Nele, a ideia é abordar assuntos diretamente ligados à literatura juvenil.

 

A curadora Barbara Sá | Foto: Wellyson Gomes

 

“Eu tive como norte a ideia de apresentar literatura em várias vertentes, então eu queria autores que trabalhassem seus livros de formas diferentes, com adaptações, livros sobre internet e mergulhar nesses aspectos diferentes da literatura baiana”, conta Barbara.

 

Como sua própria base literária foi formada no meio digital e ela hoje trabalha no Youtube, a curadora destaca que a busca pelos autores ocorreu, principalmente, na internet. Para ela, é preciso mostrar a esses leitores que eles têm um canal acessível para compartilhar suas experiências de leitura. O resultado disso foi a escolha de nomes como o escritor e compositor baiano Edgard Abbehusen, que participa da mesa "Literatura de Instagram, arte ou brincadeira?", e do escritor Matheus Rocha.

 

A programação da Geração Flica, que termina mais cedo, no sábado (26), tem ainda nomes como Pam Gonçalves, na mesa "Lives: novos modelos de criação", Clara Alves, para defender que "Video-game é coisa de menina", e de novo Thalita Rebouças, que aqui vai falar sobre as adaptações de seus livros na mesa "Oi, mãe, meu livro foi parar no cinema".

 

FLICA PARA BAIXINHOS

Presente desde 2013, a Fliquinha tem espaço garantido na Festa Literária. Como nas edições anteriores, a programação especial para crianças ocorre no Cine-Teatro Cachoeirano, também de quinta a sábado.

 

Nesta sétima edição, serão 16 autores, entre nomes locais e nacionais, que vão participar de rodas de conversa e oficinas de escritas. Além disso, diversas atrações integram a grade, cujo conceito para a escolha dos participantes visa atender às multilinguagens.

 

Foto: Camila Souza /GOVBA

 

"Se observar a programação da Fliquinha, ela tem os autores locais aqui da Bahia e também autores nacionais. A gente tem apresentações artísticas, várias expressões, como teatro, cinema, mas sempre permeia a literatura. Além disso, a gente tem sempre a representatividade da nossa herança tanto indígena quanto afrobrasileira porque é nossa formação, está no nosso DNA, principalmente aqui no Recôncavo e em Salvador, que tem tanta influência africana", ressalta Mira Silva, curadora da Fliquinha ao lado de Lilia Gramacho.

 

Ela explica que as duas, juntas, todo ano cumprem a missão de levar nomes que possam contribuir para o processo de formação de leitores.

 

Viabilizada por meio do edital Fazcultura, do governo do estado, a Flica é inteiramente gratuita. Além das mesas literárias, a festa conta ainda com apresentações musicais, de dança e oficinas. Confira no site a programação completa (veja aqui).

Santo Amaro: Bembé do Mercado reúne mais de 40 terreiros para celebrar fim da escravidão 
Foto: Divulgação

O município de Santo Amaro, situado no Recôncavo baiano, realiza mais uma edição do Bembé do Mercado, entre os dias 13 e 19 de maio. 


Realizada há 130 anos, a tradicional festa reunirá mais de 40 terreiros de candomblé da região para celebrar a abolição da escravatura. A programação do evento inclui celebrações religiosas, atrações musicais, capoeira, dança, debates e exposição.

 

Confira a programação (clique na imagem para ampliar):

São Félix Rock Festival leva shows gratuitos ao Recôncavo baiano
Grupo Os informais é uma das atrações | Foto: Divulgação

Com uma programação inteiramente gratuita, o São Félix Rock Festival agita a cena cultural do Recôncavo baiano nos dias 27 e 28 de abril. 


Idealizado pelo produtor cultural Marcos Moura e promovido pela Rock and Blues, com o apoio da Calumbi Produções, o evento acontece na orla do porto da cidade de São Félix, em uma área verde gramada à beira do Rio Paraguaçú.


Na ocasião, o público poderá conferir shows de Os informais, Horda, Tio Maruzo, Karbon, Appetite For Ilusion (Guns Cover), Alquimea, O Pacto e Mang Mama. 
Além das atrações musicais, haverá ainda próximo ao festival uma feira com artesanato, artes plásticas, vinil, gastronomia, carros antigos e moto clube. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
São Félix Rock Festival
Sábado, 27 de abril: Os informais, Horda, Tio Maruzo, Karbon
Domingo, 28 de abril: Appetite For Ilusion (Guns Cover), Alquimea, O Pacto e Mang Mama 
ONDE: São Félix (BA)
VALOR: Grátis

Museu do Recolhimento dos Humildes sedia fórum educativo musical em Santo Amaro
Foto: Divulgação

O Museu do Recolhimento dos Humildes, localizado em Santo Amaro, na região do Recôncavo baiano, recebe o Fórum Latinoamericano de Educação Musical (Fladem), nesta quarta-feira (10), a partir das 13h. 


O evento, cujo tema é “Educação Musical, Democracia e Práticas Emancipatórias: perspectivas e abordagens”, faz parte da II Jornada Estadual Fladem Brasil e conta com a parceria dos cursos de Licenciatura Interdisciplinar em Artes e Licenciatura em Música Popular Brasileira da Universidade Federal do Recôncavo (UFRB). 


A iniciativa tem como proposta investigar e propor práticas e políticas de educação musical centrada nas lógicas próprias dos países da América Latina, descentralizando a forma eurocêntrica. 


“Além do fórum de educação musical, o museu tem sido espaço para diversas atividades de educação patrimonial para comunidade. Dentre as atividades previstas para 2019 estão oficinas de artes, música, teatro, dança, aula de flauta doce, exibição de filmes, exposições temáticas, leituras e mostras literárias do Recôncavo, como o cordel e as manifestações artísticas da região”, explicou Paola Publio, responsável pela articulação do museu.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Fórum Latinoamericano de Educação Musical (Fladem)
QUANDO: Quarta-feira, 10 de abril, 13h às 17h
ONDE: Museu do Recolhimento dos Humildes - Santo Amaro (BA)
VALOR: Grátis

Universo do Recôncavo baiano é tema de exposição na Galeria Acbeu
Foto: Divulgação

A partir da investigação do universo do Recôncavo baiano, através da feira livre da cidade de Cachoeira, a artista Isabela Seifarth realiza a exposição “Feira, Livre”, em cartaz na Galeria Acbeu, em Salvador, com entrada gratuita. “São expostas diversas temporalidades a partir dos personagens e as suas ancestralidades em sua grande maioria pobres e negros: dos escravos de ganho, trabalhadores rurais e feirantes da cidade”, explica Isabela. Promovida pela Associação Cultural Brasil-Estados Unidos (Acbeu) e com curadoria de Rosa Bunchaft, a mostra segue em cartaz até 22 de setembro, com visitação Vitória de segunda à sexta das 14h às 20h e aos sábados das 9h às 13h. 

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Exposição “Feira, Livre”
QUANDO: Até 22 de setembro. Segunda a sexta das 14h às 20h e aos sábados das 9h às 13h
ONDE: Galeria Acbeu – Corredor da Vitória – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita

Secult se manifesta, após CachoeiraDoc anunciar pausa por falta de patrocínio
Foto: Reprodução / Facebook

A Secretaria de Cultura da Bahia (Secult), que foi apoiadora de diversas edições do CachoeiraDoc, se manifestou após a organização do evento anunciar a descontinuidade, por falta de patrocínio (clique aqui e entenda). De acordo com a produção, o festival não conseguiu repetir a aprovação no edital de eventos calendarizados da Secult, garantindo a realização por quatro anos, como havia conseguido em 2013. “Infelizmente, na segunda convocatória do edital de eventos calendarizados não fomos selecionados, sequer ficamos como suplentes. E, apesar das solicitações feitas, ainda aguardamos um parecer para que sejam compreendidos os motivos”, protestou a organização. Em nota, a Secult informa que a convocatória em questão teve 104 projetos inscritos e 11 propostas aprovadas, após análise de mérito. “No parecer final do processo de seleção, ao qual o proponente [produção do CachoeiraDoc] teve livre acesso, há fundamentação pela Comissão de seleção - que é independente e soberana quanto às suas deliberações a partir dos objetivos elencados no texto do edital e das diretrizes da política cultural. Em razão da sua não seleção, os responsáveis pelo projeto interpuseram recurso e foram informados da manutenção da decisão”, explica a pasta, rebatendo a acusação de que não havia informado sobre os motivos para a não aprovação do projeto. “Não obstante a publicação no Diário Oficial do Estado, a resposta ao recurso foi devidamente enviada ao proponente por meio do Sistema de Informações e Indicadores em Cultura (SIIC)”, acrescenta a Secult, destacando a “lisura do processo formal” do edital e se colocando à disposição para manter o diálogo com a sociedade civil e produtores culturais, no intuito de formular proposições voltadas para os festivais audiovisuais, inclusive aqueles realizados no interior da Bahia.  “Quanto às definições do Edital, a SecultBA coloca-se à disposição do proponente”, conclui a pasta, informando os canais de comunicação por e-mail ([email protected]), telefone ( 71 3103 3489) e presencialmente.

Após 8 edições, CachoeiraDoc anuncia ‘pausa’ este ano por falta de patrocínio
Foto: Divulgação

Há oito edições movimentando a cena cultural no Recôncavo baiano, o CachoeiraDoc será descontinuado este ano, por falta de patrocínio. “As forças nefastas se alastram, o golpe se adensa e, perplexos, vamos reajustando nossas crenças, buscando caminhos para restaurar nossa capacidade de reação. Certamente, não há momento pior para anunciarmos que, este ano, o CachoeiraDoc não se realizará”, anunciou a produção do festival, por meio das redes sociais. A organização explica que no primeiro ano, 2010, o projeto teve apoio financeiro do Fundo de Cultura da Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (Secult) e que a partir de 2013 foi contemplado pelo edital de eventos calendarizados, garantindo sua realização por quatro edições. Após este período, na segunda convocatória, no entanto, o CachoeiraDoc não foi contemplado sequer como suplente. "Apesar das solicitações feitas [à Secult], ainda aguardamos um parecer para que sejam compreendidos os motivos", diz o texto. “Neste mesmo ano, concorremos e fomos contemplados pelo edital setorial de audiovisual que assegurou a realização do evento em 2017. Desde então, não foram lançados, pelo Governo do Estado da Bahia, novos editais setoriais de modo que se tornou inviável contarmos com os recursos que assegurou nossa existência até aqui e, portanto, mantermos o cronograma de realização do CachoeiraDoc”, argumenta a organização do evento, destacando a dificuldade de conseguir apoio junto à iniciativa privada e também do governo federal. “Entre as grandes empresas que patrocinam cultura no país não se aposta em festival de documentário numa cidade do interior do nordeste brasileiro cujo retorno midiático não é garantido. As linhas de financiamento federal parecem seguir a mesma lógica comercial, o último edital da SAV para festivais, por exemplo, exige um retorno financeiro do investimento, inviável para um evento como o nosso”, criticam, afirmando que diante da situação “uma pausa se impôs e o primeiro e mais importante evento do Nordeste dedicado ao documentário está sob o risco de desaparecimento”. O texto destacou ainda a importância do festival para o desenvolvimento regional, ao longo de seus oito anos: “O CachoeiraDoc tem acontecido em dos raros cinemas de rua em operação no interior do estado da Bahia, reunindo estudantes, pesquisadores, cineastas, artistas, comerciantes, professoras, para assistir filmes de todo o Brasil, debater e pensar a vida através do cinema. Ao mesmo tempo em que desenvolveu projetos de extensão para as comunidades locais, o CachoeiraDoc fez de Cachoeira um lugar de encontros e intercâmbios, de onde se tem interrogado e instigado o cinema produzido no Brasil, colocando a Bahia na rota dos eventos cinematográficos mais respeitados do país”. 

 

O anúncio foi recebido com consternação pelo público, além der profissionais e artistas do audiovisual. "Muito triste! Estamos na mesma situação!", comentou o cineasta ipiauense Edson Bastos, idealizador do FECIBA - Festival de Cinema Baiano. “A cada dia vejo o poder político e aqueles que governam nosso Brasil, fazer merda e me entristece ver um evento tão lindo e importante como o CachoeiraDoc não ser realizado. E eu me pergunto Aonde esse Fundo de Cultura da Secretária de Cultura do Estado da Bahia está sento usado?”, questionou o ator e dançarino Alderivo Amorim.

Aliança Francesa recebe mostra com materiais coletados no Recôncavo
Foto: Divulgação / Germano Estacio

Troncos, raízes e cipós ganham novas formas e significados nas 12 esculturas da exposição “De São Braz a Araripe”, assinada pelo músico e escultor Eloy Cheiderate, que fica em cartaz de 4 de outubro a 1º de novembro, na Aliança Francesa, em Salvador. A matéria-prima utilizada pelo artista foi coletada das praias e manguezais do Recôncavo baiano, como Saubara e Bom Jesus dos Pobres. “É um trabalho totalmente ecológico, uma parceria minha com a Mãe Natureza”, Avalia Eloy. “Sempre tive uma fixação por pedaços de madeira encontrados na Natureza. Olhava esses objetos e via algo de artístico em cada um deles. A intervenção que realizo é no sentido de fazer com que as pessoas também adquiram esse olhar”, acrescenta. A mostra pode ser visitada de segunda a sábado, das 9h às 21h, com entrada gratuita.

 

SERVIÇO
O QUÊ:
Exposição “De São Braz a Araripe”
QUANDO: 4 de outubro a 1º de novembro. Segunda a sábado, das 9h às 21h
ONDE: Aliança Francesa – Ladeira da Barra – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita

Curtas do Poder

Ilustração de uma cobra verde vestindo um elegante terno azul, gravata escura e língua para fora
O São João na Ilha tá rendendo até agora, e vai ter impacto nas próximas semanas. Mas no meio político também teve gente se destacando. Principalmente de forma visual. Mas nem por isso a campanha parou, pelo contrário. O Ferragamo já tá buscando um jeito de economizar, enquanto Kleber das Rosas mirou em algo mais popular. Mas ninguém muda porque é festa junina. Que o diga o barbeiro do Cacique. Saiba mais!
Marca Metropoles

Pérolas do Dia

Gilmar Mendes

Gilmar Mendes
Foto: José Cruz/Agência Brasil

"Eu diria que nós estamos ‘metidos em muita coisa’ exatamente em face dessa conflagração que marca a sociedade brasileira, mas não só neste momento não tão glorioso das democracias no Ocidente". 

 

Disse o ministro do STF Gilmar Mendes ao comentar as recentes decisões tomadas pela Corte. 

Podcast

Terceiro Turno: Além da festa, São João também se tornou palanque político?

Terceiro Turno: Além da festa, São João também se tornou palanque político?
Arte: Igor Barreto / Bahia Notícias
O São João vem ganhando destaque no cenário político da Bahia. A cada ano uma das festas mais tradicionais do Nordeste brasileiro vai ficando mais robusta, com investimentos cada vez maiores por parte do poder público. Este movimento se torna ainda mais intenso em anos de eleição, como é o caso de 2024. Em busca de agradar o público eleitor, os gestores se empenham em garantir festas pomposas, com atrações nacionais que muitas vezes têm cachês milionários. O episódio do Terceiro Turno desta semana discute como as festas de São João espalhadas pelos quatro cantos da Bahia podem ou não ajudar a eleger quem vai tentar a sorte nas urnas em outubro.

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