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recordtv itapoan
O delegado responsável pela investigação do caso de desvios de recursos financeiros por funcionários da RecordTV Itapoan, Charles Leão, revelou, em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (12), que mais de uma dezena de pessoas estão sob a mira da polícia por suspeita de envolvimento no esquema.
"No total - a investigação é uma coisa dinâmica - posso falar para você que há algo entre 13 e 15 pessoas. Pode aparecer mais", afirmou. O número de envolvidos na subtração dos valores, doados ao vivo para pessoas em situação de vulnerabilidade, pode ser ainda maior.
Os próximos passos da investigação poderão dar conta de outras pessoas. "Algumas chaves PIX utilizadas foram desativadas", esclareceu o delegado, afirmando que o Banco Central foi acionado para que informações possam ser obtidas.
De acordo com Leão, o montante em questão são vultosos e indícios dão conta de que o esquema estava sendo praticado desde novembro do ano passado. A atuação da Polícia Civil da Bahia está se dando, afirmou o delegado, tendo como norte a prática de crimes como associação criminosa, lavagem de dinheiro e estelionato.
ENTENDA O CASO
O “Escândalo do Pix”, apura possíveis fraudes que teriam ocorrido por meio de arrecadação de doações para pessoas em estado de vulnerabilidade social, em campanhas divulgadas na Record TV Itapoan, durante o programa Balanço Geral.
Citados no esquema, Marcelo Castro e o editor-chefe Jamerson Oliveira foram demitidos da emissora.
Os envolvidos teriam desviado cerca de R$ 800 mil destinados a pessoas carentes que fizeram apelos no programa. O repórter e o produtor foram citados em depoimentos de supostas vítimas. Um dos relatos aponta que Marcelo Castro teria intermediado para colocar o PIX, que seria de um rifeiro famoso, no gerador de caracteres da tela do programa Balanço Geral.
Em conversa com o Bahia Notícias, o advogado do jornalista negou o envolvimento do seu cliente no caso.
De acordo com a Polícia Civil, dois jornalistas são investigados e cerca de 20 pessoas, que se apresentam como vítimas e funcionários da TV Itapoan, já foram ouvidas sobre o caso.
Nas redes sociais, o repórter Marcelo Castro, da RecordTV Itapoan, tem sido acusado de ser um dos participantes do suposto “Escândalo do Pix”, esquema que teria desviado centenas de milhares de reais doados para famílias necessitadas na Bahia. De acordo com o advogado Marcus Rodrigues, o jornalista rechaçou as acusações que estão sendo feitas a ele.
“Ele negou veementemente – de forma coesa e objetiva – que tivesse qualquer envolvimento com essas acusações”, respondeu o advogado, em entrevista ao Bahia Notícias.
Ainda segundo o representante de Marcelo Castro, o repórter nunca teve acesso à conta para onde o Pix é transferido pelos doadores e os dois casos específicos que foram revelados nos últimos dias – o do vendedor de milho e o do jogador Anderson Talisca – não teriam tido nenhum desvio de dinheiro.
“O que ele me informa é que ele não teria acesso a essas contas, ao Pix. Eu trago dois exemplos que ele narrou para mim. O primeiro é de uma pessoa, se eu não me engano O Rei do Milho, que não teria recebido esses valores. Essa matéria foi mostrada para mim e foi uma matéria que a Record não disponibilizou o Pix”, afirmou Marcus Rodrigues.
“E a questão do jogador, inclusive ele já esclareceu através de nota que o valor foi diretamente encaminhado para a conta da família”, complementou o defensor.
A Polícia Civil confirmou que investiga o caso, mas ninguém foi apontado formalmente como suspeito nem pela emissora, nem pelos investigadores. O advogado reforçou ao BN que nem o Ministério Público nem policiais fizeram qualquer acusação formal a Marcelo Castro e tudo que o repórter sabe do tema estaria vindo da imprensa e das redes sociais.
“Até o momento, o que a gente sabe é pela questão da notoriedade do que está acontecendo, no tocante às redes sociais, algumas emissoras de televisão e alguns sites. Mas, acerca das investigações, de uma investigação formal, ainda não tivemos conhecimento. É claro que estamos indo em algumas delegacias, mas está tudo muito sigiloso”, disse o advogado.
Questionado se Marcelo Castro teria sido procurado pela RecordTV Itapoan para falar sobre o caso, o Marcus Rodrigues diz que não fez qualquer contato com a emissora e que teria uma boa relação com a empresa, que hoje emprega seu cliente.
“Eu não entrei em contato com a emissora, RecordTV Itapoan. Os poderes outorgados à minha pessoa se referem unicamente a fazer a defesa dele nessas supostas acusações. Eu preferi não ter nenhum tipo de litígio com a Record, porque eu tenho uma proximidade muito bacana com a mídia, principalmente com a Record. Então eu não entrei nessa seara com ele, se ele entrou em contato ou como é que está lá”, contou Rodrigues.
Nesta terça-feira (14), Marcelo Castro e a também repórter Daniela Mazzei, que são namorados, apagaram das redes sociais as fotos que tinham em conjunto. Entretanto, em entrevista ao BN durante a noite, ela negou que o relacionamento tivesse terminado.
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
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