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red pill
Maria da Penha vai ganhar proteção do Estado após sofrer uma série de ataques da extrema direita e dos chamados "red pills" e "masculinistas", que se reúnem em comunidades digitais para disseminar o ódio às mulheres.
Essa onda misógina procura se fortalecer com base em fake news ou mentiras. Uma das notícias falsas que passaram a circular questiona as duas tentativas de feminicídio pelas quais o ex-marido dela foi condenado, o que vai contra todas as informações já comprovadas pela Justiça. As informações são da coluna de Jamil Chade, do portal Uol.
Diante da situação, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves viajou até o Ceará para tratar tanto com o governador Elmano de Freitas (PT) como com a Secretaria de Mulheres. Ficou estabelecido que Maria da Penha vai entrar no programa de proteção a defensoras de direitos humanos e passar a ter segurança particular.
Além disso, a casa onde ela sofreu a violência, em Fortaleza, vai ser transformada em um memorial. O local está alugado, e o projeto era inviabilizado por falta de recursos. A família também precisava vender a casa. O governo do estado, solicitado pela ministra, pediu agora a desapropriação do imóvel e o declarou de utilidade pública.
Para Cida, Maria da Penha é "símbolo de resistência e avanço na luta pelos direitos das mulheres". "Tenho insistido que é fundamental que todos, sociedade e Estado, reafirmem o compromisso de não revitimizar mulheres vítimas de violência", defendeu.
"E isso inclui preservar sua história e memória. Esta semana demos um passo fundamental nessa direção. A residência onde Maria da Penha viveu à época das violências, em Fortaleza, vai virar um memorial, com apoio do governo do estado do Ceará, a pedido do Ministério das Mulheres", explicou.
"Conversei pessoalmente com o governador Elmano de Freitas, na última segunda-feira (3), sobre a importância desse memorial em respeito não somente à Maria da Penha, como a todas as mulheres brasileiras", completou.
Ao UOL, Maria da Penha lamentou ter que lidar com uma onda de ataques e fake news após 41 anos das violências que sofreu e 18 da Lei Maria da Penha. "Como se se pudesse colocar em xeque a veracidade de fatos ocorridos e a legitimidade das instituições brasileiras, sobretudo da Justiça", disse.
Na semana passada, a população baiana entrou em estado de pânico após a disseminação de diversos ataques à escolas ao redor do estado. As redes sociais tem sido uma ferramenta fundamental para a organização de supostos atentados e também para a ploriferação do terror na população. O Bahia Notícias conversou com um especialista na utilização da internet, João Senna, que é pesquisador com bolsa de pós-doutorado no Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT.DD) e mestre em Comunicação e Culturas Contemporâneas na Universidade Federal da Bahia, para compreender o fenômeno.
Senna explicou que a internet tem sido utilizada de duas formas diferentes: para a criação do estado de pânico na população; e para a disseminação de diversos ataques para maquiar os verdadeiros atentados planejados. Além disso, ele afirmou que há uma certa correlação entre a comunidade de jogos eletrônicos com os fóruns de organizações de atentados.
“O clima de pânico é interessante para eles porque elas acreditam que isso é bom. Algumas pessoas estão fazendo isso de brincadeira, porque acham isso divertido, mas outras pessoas podem achar que tem ganho político nisso, e outras querem fomentar atentados de verdade. Existe uma forte ligação desse pessoal com a cultura dos jogadores de games, você tem uma certa finalidade da criação desses grupos e você teve de alguma maneira o crescimento desse submundo perto desse tipo de comunidade”, explicou Senna.
Em relação à prevenção contra futuros ataques nas escolas brasileiras, o pesquisador afirmou que é preciso a criação de um grupo de inteligência para realizar as investigações de imediato, alinhado com um investimento no desenvolvimento social.
"Você precisa de um trabalho de inteligência, você precisa de acompanhamento de grupos de interesse. Então a comunidade de inteligência precisa estar dentro desses grupos de alguma maneira, com agentes infiltrados. Isso é um problema global, a ideia, principalmente, de que os homens jovens estão sentindo cada vez menos esperança, que acham que o mundo não tem lugar para eles e por isso seria preciso se vingar. Você precisa construir um lugar para essas pessoas e dar espaço para elas”. Veja a entrevista na íntegra!
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.