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Internada no Hospital Materno Infantil Dr. Joaquim Sampaio, em Ilhéus, no litoral sul da Bahia, uma criança poderá receber transfusão de sangue e hemoderivados após decisão judicial. A determinação acolheu pedido apresentado pelo Ministério Público da Bahia (MP-BA) e, segundo o promotor de Justiça Pedro Nogueira Coelho, os pais da criança, alegando motivos religiosos, não haviam autorizado a transfusão mesmo com ela correndo risco de morte.
No último dia 24, a Justiça autorizou a equipe médica a realizar o tratamento. De acordo com a ação, a criança é recém-nascida, pequena para idade gestacional, e, por conta disso, apresentou insuficiência respiratória, sendo mantida em ventilação mecânica, com problemas cardiológicos e hemorragia digestiva. Diante desse quadro, a Justiça autorizou ainda a realização de todos os procedimentos que se fizerem pertinentes ao resguardo da vida e saúde da criança. Também determinou que a técnica em Serviço Social e/ou agente de proteção realize visita à residência da família para verificação do acolhimento ao bebê de forma ampla assim que ele tiver alta.
Na ação, o promotor Coelho registrou que o direito à liberdade religiosa não deve se sobrepor ao direito à vida, que prevalece e deve ser salvaguardado. "Em que pese o profundo respeito ao direito concebido aos pais de dirigir aos seus filhos a criação e educação, devendo o Estado também respeitar as responsabilidades, os direitos e os deveres destes, é, por outro lado, imperioso verificar-se que não se pode restringir o direito da criança a ter sua vida e saúde protegida, por conta da convicção dos pais”, pontuou.
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu, por unanimidade, que o uso de roupas e acessórios relacionados à crença ou religião nas fotos de documentos oficiais é um direito assegurado pela Constituição, desde que não impeçam a adequada identificação da pessoa, ou seja, o rosto precisa estar visível.
A decisão foi tomada nesta quarta-feira (17) pelo Plenário da Corte, no julgamento do recurso extraordinário, com repercussão geral (Tema 953).
O caso teve origem em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra a União e o Departamento de Trânsito do Estado do Paraná (Detran/PR), a partir de representação de uma freira que foi impedida de utilizar o hábito religioso na foto para renovar sua Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
O MPF buscou assegurar que as religiosas com atuação em Cascavel pudessem renovar a CNH sem o impedimento. A Justiça Federal, em primeira instância, julgou procedente o pedido e, no julgamento de apelação da União, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a sentença. Em seguida, a União recorreu ao STF.
O julgamento teve início em 8 de fevereiro, quando o relator e presidente da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, apresentou seu relatório, e, em seguida, as partes, as entidades e instituições admitidas como interessadas no processo realizaram suas sustentações orais.
Na sessão desta quarta-feira, o tribunal acompanhou o voto do relator pelo desprovimento do recurso extraordinário da União. Barroso considerou que restringir o uso dessas vestimentas sacrifica de forma excessiva a liberdade religiosa, com custo alto para os direitos individuais, e não é tão relevante para a segurança pública.
Para o ministro, ainda que a exigência fosse adequada para garantir a segurança pública, “é inequívoco que ela é exagerada e desnecessária por ser claramente excessiva”. A seu ver, a medida compromete a liberdade religiosa porque é sempre possível identificar a fisionomia de uma pessoa mesmo que esteja, por motivo religioso, com a cabeça coberta. Barroso observou que a liberdade religiosa é um direito fundamental, e para restringi-lo é necessário observar o princípio da proporcionalidade.
Em seu voto, o ministro aplicou o conceito de adequação razoável, que possibilita realizar adaptações necessárias a fim de assegurar igualdade de oportunidades a todas as pessoas, com base nos direitos humanos e em liberdades fundamentais. Geralmente utilizado na proteção das pessoas com deficiência, esse conceito tem sido estendido pelo STF para a proteção de outros direitos fundamentais como a liberdade religiosa.
A Corte fixou a seguinte tese de repercussão geral: “É constitucional a utilização de vestimentas ou acessórios relacionados à crença ou religião nas fotos de documentos oficiais desde que não impeçam a adequada identificação individual, com rosto visível”.
A cantora Allana Sarah, A Dama, deixou as redes sociais para se dedicar aos compromissos com a religião.
A saída da pagodeira da web acontece após o anúncio da perda dos bebês que a companheira, Gabriela Messy, esperava. "Um novo ciclo se inicia. Beijos, até breve!", escreveu antes de se despedir.
Foto: Instagram
No início da semana, a cantora comunicou aos fãs a pausa que faria na carreira para fazer o retiro espiritual. A artista cumpriu a agenda de shows do último final de semana e explicou como irá funcionar a vida a partir de agora, fora das redes sociais.
"Por uma questão espiritual vou ficar sumida aqui. Não sei por quanto tempo, isso só Deus sabe, só o Orixá sab. Minhas redes sociais estarão sendo alimentadas, porque eu gravei muitos trabalhos e tenho certeza que meu empresário vai soltar tudo aqui para vocês”, afirmou.
A perda dos bebês pegou os fãs de surpresa. A gravidez de Allana foi anunciada por Xanddy Harmonia durante a edição especial da Melhor Segunda no Carnaval. Em um texto emocionado, Gabriela Messy externou a tristeza do casal.
"A minha DOR GRITA POR SOCORRO! Não conseguir te abraçar, não vou ouvir teu choro, nem vou ver teu olhar, não vou sentir teu cheiro, nem te ter em meus braços. Dói em saber que eu não vou segurar sua mãozinha, ou ver seu sorriso. Sei que todos vão falar que foi pouco tempo, mas só eu tive o privilégio de te sentir, você me fez sentir enjoos, me fez ter tonteiras e até perde o apetite, e mesmo assim eu te amei, mesmo sem ter te conhecido. Só eu sei o quanto está sendo difícil não ter vocês e a sua mamãe nesse momento tão delicado."
A cantora Larissa Luz usou as redes sociais para alfinetar Claudia Leitte após um vídeo antigo da intérprete de 'Liquitiqui' viralizar na web.
Na ocasião, Luz trocou os versos de canções católicas para citar orixás, o inverso do que foi feito por Claudia Leitte na música 'Carangueijo', que trocou o nome de Iemanjá por Yeshua.
"Oi, gente, hoje vim cantar para vocês um trecho de uma música que gosto muito, mas fiz uma 'adaptaçãozinha' para colocar no meu repertório. Para ficar mais a ver comigo, com minha crença, com minha realidade e ficou mais ou menos assim", disse antes de mudar um verso de uma música de Roberto Carlos.
Na gravação, Larissa Luz brinca com as músicas: "Oxalá, oxalá, oxalá, eu estou aqui" e "Essa luz é claro que é Exu".
"Favor se esforçar para entendimento caso não haja?? Bora tá refletindo!!? Lembrando que nesta casa adoramos o respeito! Eu ouvi amém?! Axé", escreveu no Instagram.
O registro viralizado de Claudia Leitte é antigo e ganhou força durante o Carnaval. A artista, que se casou na Igreja Católica, se batizou nas águas e afirma ser cristã neopentecostal.
Em entrevistas, a cantora afirmou que crê em uma transformação pessoal até o retorno de Jesus. "Eu só amo Jesus. Eu acho que ele vai fazer uma transformação... Até o dia de ele voltar, ele vai me transformar, porque eu preciso muito".
O Supremo Tribunal Federal (STF) começa a analisar nesta quinta-feira (8) o recurso que permite o uso de trajes religiosos que cobrem a cabeça ou parte do rosto em fotos de documentos oficiais. O relator do caso será Luís Roberto Barroso, atual presidente do tribunal. Será avaliado se a obrigação de retirar as vestes fere o princípio de liberdade religiosa. As informações são do Metrópoles, parceiro do Bahia Notícias.
A decisão do STF terá impacto em disputas semelhantes que envolvam vestimentas de diferentes religiões, entre elas, por exemplo, o hijab usado por mulheres muçulmanas.
Há 13 anos a freira Kelly Cristina Favaretto, da Congregação das Pequenas Irmãs da Sagrada Família, com sede em Cascavel, no Paraná, não pôde renovar a carteira de motorista porque se negou a retirar o “hábito”, vestimenta religiosa, para a foto.
Em 2011, quando a freira Kelly foi impedida de renovar a Carteira Nacional de Habilitação (CNH), o Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR) disse que o motivo para a recusa era a Resolução nº 192/2006 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que proíbe o uso de qualquer acessório ou vestuário que cubra parte do rosto ou da cabeça.
Entretanto, no mesmo ano, Kelly havia tirado duas fotos oficiais usando a veste religiosa. Através de ação judicial, a freira teve o direito de fazer a foto com a peça garantida.
O Ministério Público Federal (MPF) chegou a mover ação civil pública contra o Detran-PR, solicitando a autorização para o uso dos trajes religiosos em fotos de documentos. Em resposta ao órgão, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) reconheceu o direito das freiras.
Porém, a União recorreu da decisão, encaminhando o caso ao STF por conta do envolvimento de questões constitucionais no caso, como liberdade religiosa e segurança jurídica.
No julgamento desta quinta, serão apresentados os argumentos de advogados e representantes envolvidos no caso. Mas a data disponibilizada para os votos dos ministros ainda não foi divulgada. Estarão presentes a União Nacional das Entidades Islâmicas, Associação Nacional de Juristas Evangélicos e Centro Brasileiro de Estudos em Direito e Religião, entre outros.
A Bahia possui mais de nove milhões de endereços, sendo o terceiro estado com a maior quantidade de registros do tipo no Brasil, perdendo apenas para São Paulo e Minas Gerais. O detalhe é que, do total, 0,6% são estabelecimentos religiosos, o que equivale ao dobro dos estabelecimentos de ensino (0,3%) e o triplo em relação à saúde (0,2%), de acordo com dados do Censo Demográfico 2022 elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com os dados, 6 em cada 10 municípios baianos (59,7% ou 249 de 417), incluindo Salvador, tinham mais estabelecimentos religiosos do que a soma dos estabelecimentos de ensino e saúde. Na Bahia, no Brasil como um todo e em outras 20 unidades da Federação, o total de estabelecimentos religiosos era maior (+18,5%) do que a soma dos totais dos estabelecimentos de ensino e saúde. Os 52.939 estabelecimentos religiosos encontrados no estado eram quase o dobro dos de ensino (28.315) e o triplo dos de saúde (16.347).
Em Salvador, havia 6.032 estabelecimentos religiosos (2,5 para cada 1.000 pessoas), o dobro do número de estabelecimentos de ensino (3.018). Mesmo assim, o município era a capital brasileira com o maior número de estabelecimentos de ensino por habitante: 1,3 para cada 1.000 pessoas.
O total de estabelecimentos religiosos soteropolitanos representava, ainda, quatro vezes o número de estabelecimentos de saúde no município (1.509). Entre as capitais, Salvador tinha o terceiro menor “per capita” de estabelecimentos de saúde: 0,6 para cada 1.000 pessoas, maior apenas do que os verificados em Goiás/GO (0,50/1.000 pessoas) e Manaus/AM (0,51/1.000 pessoas).
BAHIA E BRASIL
Quase 8 em cada 10 espécies de endereços encontradas na Bahia eram domicílios particulares (75,9%); 1 em cada 10 (11,4%) era estabelecimento com outra finalidade (comércio, serviços diversos etc.); 6,3%, estabelecimentos agropecuários; 5,2%, edificações em construção (residenciais ou não); 0,6%, estabelecimentos religiosos; 0,3%, de ensino; 0,2%, de saúde; e 0,1% era domicílio coletivo.
No Brasil, foram georreferenciadas 11,102 milhões de espécies de endereços, ou 55 para cada 100 habitantes. Embora tenha o 3o maior total de espécies de endereços georreferenciadas, a Bahia fica em 2o lugar nos números de estabelecimentos agropecuários (abaixo de Minas Gerais), de edificações em construção e de estabelecimentos de ensino (nesses dois últimos casos, abaixo de São Paulo). Já em relação às espécies de endereços por habitante, a Bahia, além de liderar no total, também tem os maiores números “per capita” de estabelecimentos de outras finalidades (7 para cada 100 pessoas) e de edificações em construção (3/100 pessoas).
Embora fosse uma percentagem acima da verificada nacionalmente - no Brasil, os estabelecimentos religiosos eram 13,3% mais numerosos do que os de ensino e saúde juntos -, era apenas a 14a maior entre as 27 unidades da Federação. Rondônia (+100,8%), Amazonas (+95,4%) e Pará (+83,7%) tinham as maiores diferenças para cima, enquanto no Piauí (onde havia 15,3% menos estabelecimentos religiosos do que de ensino e saúde juntos), em Santa Catarina (-14,1%) e em São Paulo (-14,1%) estavam as diferenças mais expressivas para menos.
A intolerância religiosa representa um terço (33%) dos processos por racismo em tramitação nos tribunais brasileiros, segundo levantamento da startup JusRacial. A organização identificou 176 mil processos por racismo em todo o país.
No Supremo Tribunal Federal (STF), a intolerância religiosa corresponde, de acordo com o levantamento, a 43% dos 1,9 mil processos de racismo em tramitação na corte. Nos tribunais estaduais foram identificados 76,6 mil processos relacionados ao tema, sendo que 29,5 mil envolvem religião.
O Tribunal de Justiça de São Paulo, com quase 6,5 mil processos, tem o maior número de casos de racismo religioso. O Tribunal de Justiça de Minas Gerais tem o maior número de casos de racismo - 14,1 mil -. Desses, 6,3 mil envolvem a espiritualidade de matriz africana. Os tribunais regionais do trabalho reúnem 19,7 mil processos relacionados ao racismo religioso.
Perda de guarda
A vendedora Juliana Arcanjo perdeu a guarda da filha, na época com 11 anos, após levar a menina para receber iniciação no candomblé. “O pai dela, não muito contente com a feitura dela, foi no conselho tutelar e me denunciou por violência doméstica por causa das curas do candomblé e cárcere privado por causa do recolhimento”, conta a moradora de Campinas que chegou a enfrentar um processo criminal.
Mesmo absolvida das acusações, Juliana está há praticamente três anos sem poder ver a filha. “Eles não me concederam nenhuma visita assistida. Nada”, conta a mãe, que se sente injustiçada. “Foi preconceito puro. Porque toda mãe, todo pai tem o direito de levar seus filhos onde se cultua a religião. O crente leva o filho na igreja. O católico leva o filho na igreja e batiza a criança. Agora, o candomblecista não pode levar seus filhos ao candomblé”, reclama.
A última audiência a respeito da guarda da adolescente foi há cerca de três meses. Juliana diz que aguarda que a jovem seja ouvida por uma psicóloga para embasar a decisão do juiz sobre as visitas à filha.
A resolução 7/2023 do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que proíbe a associação da atividade profissional com crenças religiosas, é objeto de mais uma ação direta de inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal (STF). Desta vez, o Partido Democrático Trabalhista (PDT) pede que a Corte reconheça que a proibição não viola a liberdade de crença, de culto e de escusa de consciência.
O PDT sustenta que sua pretensão, na ação, é que o STF declare que esses dispositivos são compatíveis com a liberdade religiosa, de crença, de culto e de escusa de consciência.
Segundo o partido, o alinhamento entre religiosidade e psicologia para angariar pacientes pode fomentar práticas de intolerância religiosa, racismo, sexismo, capacitismo e LGBTfobia, entre outros, contra os próprios pacientes. Outra alegação é que a norma busca coibir as chamadas “terapias de conversão sexual”, também conhecidas como “cura gay”, por meio de conteúdo religioso, em detrimento da técnica e da ciência inerentes à profissão.
A ação foi distribuída por prevenção ao ministro Alexandre de Moraes, relator de outro processo em que o Partido Novo e o Instituto Brasileiro de Direito e Religião (IBDR) pedem a declaração da inconstitucionalidade da mesma norma.
Nesta outra ação direta de inconstitucionalidade, o ministro já havia pedido informações ao CFP e determinado que a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestassem sobre a matéria, além de adotar o rito que permite ao Plenário julgar a matéria de forma definitiva, sem exame prévio do pedido de liminar.
A Justiça Federal determinou a suspensão imediata de qualquer intervenção na área da Lagoa do Abaeté e do Parque das Dunas, em Salvador. A Justiça também ordenou também que a prefeitura não prossiga no projeto de reurbanização do local. A decisão foi publicada nesta quinta-feira (20), após parecer do Ministério Público Federal (MPF).
A ação civil pública foi ajuizada pela Defensoria Pública da União (DPU) contra o município de Salvador e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), com o objetivo de obrigar o Iphan a conduzir os processos de tombamento da área com mais celeridade, bem como suspender a urbanização da região até a conclusão dos trabalhos do Instituto.
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A DPU informa na ação que a Prefeitura de Salvador divulgou, em fevereiro de 2022, um projeto que prevê a urbanização da região da Lagoa do Abaeté, bem como a alteração do seu nome para “Monte Santo Deus Proverá”.
O projeto seria conduzido pela Secretaria Municipal de Infraestruturas e Obras Públicas (Seinfra), com investimento de cerca de R$ 5 milhões de reais, incluindo a construção de uma sede, sanitários, auditório, iluminação, macro e microdrenagem, recantos e mirantes.
ÁREA DE PRESERVAÇÃO
Segundo o MPF, a região é um espaço especialmente protegido, não só por ser área de preservação ambiental, instituída pelo poder público municipal e estadual, mas também por ser área de restinga, considerada como área de preservação permanente nos termos do Código Florestal.
Em função disso, qualquer intervenção nestes espaços necessita de minuciosos estudos prévios e de efetivo envolvimento da população na tomada de decisão urbanística, da qual deve participar especialmente a comunidade diretamente atingida.
Além disso, encontram-se em curso no Iphan dois procedimentos administrativos de tombamento, referentes às áreas da Lagoa do Abaeté e do Parque das Dunas, em razão de sua relevância como patrimônio natural, social, cultural e religioso de Salvador.
A Justiça determinou também ao Iphan que junte aos autos cópia digitalizada do inteiro teor dos procedimentos de tombamento, para exame judicial e subsídio em eventual prova pericial.
A Lagoa do Abaeté é uma localidade que tem sofrido nos últimos anos, principalmente, pelo avanço urbanístico da cidade de Salvador. Além do crescimento urbano, a região também sofre por conta das condições degradantes, em situação praticamente de abandono. E, de acordo com informações do Bahia Notícias, a resolução do caso aparentemente é mais complicada do que parece.
Primeiro, atualmente a Lagoa do Abaeté convive com uma disputa religiosa entre crenças de matriz africana e evangélicos. Historicamente, o espaço foi ocupado por candomblecistas e umbandistas. Porém, mais recentemente, o local também tem sido reservado para cultos evangélicos, o que causou diversos embates.
O segundo ponto é que, apesar da responsabilidade pela Lagoa de Abaeté pertencer à gestão do estadual, há áreas do entorno que pertencem à prefeitura de Salvador. Logo, a revitalização da região teria que passar por uma espécie de parceria entre o executivo municipal e o governo do estado.
Contudo, segundo informações dos bastidores, o diálogo para uma ação conjunta é um “tópico sensível”. Membros do governo do estado acusam a prefeitura de beneficiar os evangélicos na disputa religiosa no espaço. Enquanto isso, aliados da gestão municipal afirmam que o executivo estadual é responsável pelo “sucateamento” da região. As divergências entre os dois dificultam uma possível união entre estado e município.
O PROJETO DE REVITALIZAÇÃO
O Bahia Notícias conversou com membros da gestão estadual que afirmaram que a Secretaria de Meio Ambiente (Sema) já possui um projeto para a requalificação da região. A intenção do governo é levar uma “intervenção urbana” e trazer equipamentos do Estado para a Lagoa do Abaeté.
Segundo interlocutores, as operações seriam “mais simples” do que as realizadas no Parque Metropolitano de Pituaçu e seriam possíveis mesmo sem o “diálogo” com a prefeitura de Salvador.
“A gente quer dar uma valorizada no espaço multi religioso, que a gente não caracterize que seja de uma crença ou de outra. Ali é um conflito inter-religioso muito grande. Vamos fazer um equipamento de uso comum”, disse um dos responsáveis pelo estudo que visa a intervenção na Lagoa do Abaeté.
A URBANIZAÇÃO
Em janeiro de 2022, representantes de grupos ambientalistas das Lagoas e Dunas do Abaeté apresentaram uma representação ao Ministério Público estadual (MP-BA) contra o município de Salvador por conta do projeto de urbanização da área.
Dentro do projeto estavam a construção de um prédio que serviria como sede para a administração, sanitários, estacionamento e um núcleo de orientação ambiental. Uma escadaria de madeira, pavimentação, paisagismo, equipamentos de lazer, iluminação, passeio, deck e um mirante também estão no esboço, bem como obras de micro e macrodrenagem.
Além disso, houve a discussão sobre uma possível mudança do nome do local para “Monte Santo Deus Proverá”, mas o projeto de alteração da nomenclatura foi barrado ainda na Câmara Municipal (relembre aqui).
IMPORTÂNCIA RELIGIOSA
O antropólogo Vilson Caetano, que estuda os cultos religiosos afro brasileiros, aponta a importância do Abaeté como um dos símbolos identitários da Bahia, tendo os orixás como parte do mito de fundante da lagoa de águas escuras e arrodeada de areia branca, cantada por Dorival Caymmi e representada por Jorge Amado na literatura.
"A história da Lagoa do Abaeté é que ela surge das lágrimas de uma mulher, certamente uma grande deusa, que vai até aquele lugar, se ajoelha no meio daquelas dunas e começa a chorar", disse, falando sobre a necessidade das memórias populares para que o local seja lembrado de tal maneira.
Caetano diz que o local, consagrado à Ewá, orixá de origem iorubá, também é espaço de outras divindades, mas que "não há equilíbrio" com os episódios de racismo religioso vistos em espaços da APA das Lagoas e Dunas do Abaeté
"A Lagoa do Abaeté não é das religiões de matriz africana, é um patrimônio de Salvador. Como você muda um bem desta natureza?", provoca o antropólogo, ressaltando que a transformação do monte é uma tentativa de negação e apropriação de um ponto do mapa de Salvador que tem uma identidade.
Um grupo de lideranças do município de Cachoeira, situado no Recôncavo baiano, esteve na Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), nesta terça-feira (20), para discutir o fortalecimento dos povos e comunidades tradicionais da região, principalmente na proteção dos seus territórios.
Dentre as pautas da reunião, estava a série de ataques ao terreiro Icimimó, que recentemente teve sua área invadida e espaços sagrados depredados. Para tratar deste tema, a titular da Sepromi, Fabya Reis, recebeu o babalorixá Antônio da Silva, conhecido como Pai Duda de Candola; a prefeita Eliana Gonzaga; o cantor e compositor Mateus Aleluia; além de outros amigos e filhos do terreiro.
Terreiro é alvo de ataques consecutivos | Foto: Divulgação
A casa religiosa, que encontra-se em período de obrigações religiosas e recebe periodicamente visitas de pessoas idosas, teve sua rotina prejudicada por causa de constantes episódios de violência. No mais recente, ocorrido na semana passada, parte de sua vegetação foi destruída e o caso foi registrado em delegacia.
O Icimimó é um terreiro centenário, tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e registrado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac).
“Reafirmamos compromissos na proteção destes patrimônios, na atenção ao conjunto de comunidades da região, que também são alvo de diversas investidas, para as quais estamos pedindo apuração rigorosa dos órgãos do Sistema de Justiça”, pontuou a secretária Fabya Reis.
Após as críticas de Baby do Brasil a um musical dos Novos Baianos, que segundo ela “é uma ficção, que não retrata exatamente como as coisas realmente aconteceram”, Moraes Moreira rebateu de forma contundente a companheira de banda.
“Dizer que o musical não retrata os Novos Baianos é uma mentira deslavada. Baby queria que o espetáculo fosse evangélico. Que não dissesse que fumou maconha, que tomou ácido, que fez tudo. Assim, os Novos Baianos não seriam revolucionários. João Gilberto deve estar se mexendo na sepultura. Porque o nosso grupo fumou, sim, tomou ácido, sim, fez músicas maravilhosas em estado de fumar maconha, sim”, disse o cantor e compositor baiano, ao jornal O Globo, referindo-se ao espetáculo que tem direção de Otávio Muller e direção musical de Davi Moraes e de Pedro Baby, o primeiro, filho de Moraes, e o segundo, filho de Baby e Pepeu Gomes.
Destacando a qualidade do espetáculo, Moraes Moreira contou que outros integrantes dos Novos Baianos também concordam com ele, na direção contrária à avaliação da cantora. “Eu adorei o musical, o Pepeu [Gomes] e o Paulinho [Boca de Cantor] também. Para com isso! Vamos parar de mentir em nome de Deus! Éramos fãs de Jimi Hendrix, Janis Joplin. Estávamos afinados com a geração daquele tempo. Será que os Beatles fariam músicas tão lindas se não tivessem tomado ácido? Não morremos de overdose porque a gente era esperto, malandro, seguramos a barra. Isso é preconceito de evangélico. Vai votar em Bolsonaro!”, afirmou o artista, indignado.
Em participação no programa Papo de Segunda exibido na segunda-feira (17), Gilberto Gil falou sobre sua relação com a religião e comentou o momento pelo qual o Brasil tem passado. "Ninguém sabe quais são os desígnios de Deus, porque ele quer que seja assim ou porque ele quer que seja assado. Eu costumo dizer que nós é que criamos isso; Deus é uma invenção do homem. A crença geral é que é o oposto, que o homem é que foi criado por Deus", disse o cantor e compositor baiano, em conversa com Fábio Porchat, João Vicente, Emicida e Francisco Bosco. "A religião no modo geral, a crença não só em uma transcendência, de uma possível vida depois desta, mas também à regência feita por essa instância superior, normatizando procedimentos e comportamentos, é uma coisa que as religiões adotam e isso acaba, na maioria dos casos, levando as pessoas a uma adoção de uma maneira de ser relativa àqueles preceitos e mandamentos de Deus", acrescentou o músico.
Durante o programa, Gil disse ainda ter apreço pela crença. "Eu gosto de todos aqueles que têm fé, que acreditam e que estão ligados a religiões que, em sua maioria, têm relações com o bem fazer e o bem querer. Eu gosto da bondade e defendo. Até brigo por ela (risos)", disse ele. O cantor, no entanto, fez uma ponderação: "Agora, é absolutamente estranho que a pessoa tenha círculos religiosos que hostilizem os outros, e mais do que isso, que querem o extermínio dos outros, o desaparecimento do próximo, negando a função de amor".
O músico revelou também que com o tempo e os estudos se afastou um pouco da religiosidade. "Na infância, por causa da minha família e da cidade onde eu vivia, a gente rezava e celebrava a festa de Santo Antônio, festa de São Pedro, de Reis, de Nossa Senhora. Eu era muito ligado com aquele modo e compreensão do homem com a vida e com a natureza a partir da religiosidade católica. Depois, no decorrer da vida, fui encontrando outras formas de interpretar a realidade. Fui descobrindo a filosofia, a ciência e outros aspectos de compreensão do que é e do que não é, do que deve e pode ser. A partir dai, a religião foi tendo um papel menor [na minha vida]", contou Gil, que apesar de professar menos a fé católica atualmente, disse que segue com alguns costumes. “Por um respeito cultural, um respeito cívico e resíduo natural, continuo dizendo 'Graças a Deus' e 'Deus lhe proteja' para as pessoas", revelou o cantor.
Diretora do Festival Internacional de Cinema Cristão, a cineasta e gestora cultural Veronica Brendler comemorou o fato de ser cotada para assumir um cargo na diretoria da Agência Nacional do Cinema (Ancine).
“É gratificante ser indicada pelo Presidente Bolsonaro! Nosso nome foi aprovado em todo o processo, faltando apenas o Senado”, escreveu ela, em sua conta no Instagram. “Desde 2012 atuo diretamente no audiovisual brasileiro e se Deus quiser posso somar muito para o fomento Nacional e expansão Internacional. Assim como meu tatataravô alemão Johann August Brendler, foi tenente no Exército Brasileiro e lutou pelo Brasil na Guerra de Monte Caseros, vou lutar com todas as forças pelos valores da família brasileira”, acrescentou.
Após o presidente da Fundação Nacional de Artes (Funarte), Dante Mantovani, afirmar que o rock “leva ao aborto e ao satanismo" (clique aqui e relembre), o órgão vetou este estilo musical de um edital divulgado nesta quarta-feira (22).
"O rock ativa a droga que ativa o sexo que ativa a indústria do aborto. E a indústria do aborto alimenta uma coisa muito mais pesada, que é o satanismo. O próprio John Lennon disse abertamente, mais de uma vez, que fez um pacto com o satanás”, afirmou Mantovani em um vídeo publicado em suas redes sociais.
Com inscrições abertas até 9 de março, o Prêmio de Apoio a Bandas de Música 2020, recém lançado pela Funarte, prevê a distribuição de instrumentos de sopro aos artistas selecionados. Além do rock, ficam de fora também outros gêneros musicais. “Não poderão participar deste Edital ‘fanfarras’ ou ‘bandas marciais’ ligadas ou não a instituições do ensino regular público ou privado, ‘bandas de pífanos’, ‘bandas de rock’, ‘big-bands’, bem como conjuntos musicais assemelhados, conjuntos musicais de instituições religiosas, bandas militares e bandas de instituições de segurança pública”, diz o edital (clique aqui e saiba mais).
Com letras que abordam temas como autoconhecimento, amor-próprio, feminismo, ancestralidade e questões sociais, as jovens Niambi Sala e Thandiwe formam o duo nova-iorquino OSHUN. O nome vem da orixá homônina, Oxum em português, e faz referência à deusa yorubá das águas doces. Ou talvez fosse melhor dizer reverência, já que elas até pedem que se escreva o nome todo em letras maiúsculas.
A aproximação com o candomblé, inclusive, é algo que se destaca no trabalho das duas, graças à influência, primeiramente, de seus familiares, conta Niambi em entrevista ao Bahia Notícias.
"Nós descendemos de pessoas com melanina que foram roubadas de suas terras e sistemática e forçadamente excluídas de sua cultura. Mas apesar desses esforços, nossas famílias nos incutiram nossa cultura africana desde o nascimento. Nós somos pessoas africanas na América. Nós somos filhas dos orixás e sempre fomos – só precisávamos nos reconectar com nossos ancestrais para lembrar", ressalta a cantora.
Neste contexto, elas estão animadas com o show em Salvador, no Commons Studio Bar, na noite deste sábado (16). Será a primeira apresentação do duo em solo baiano – a primeira passagem pelo Brasil foi em 2017 com show apenas em São Paulo. Agora, elas integram a programação do projeto Intercenas Musicais (veja aqui), que neste Novembro Negro conta ainda com shows da nigeriana Okwei Odili e da sergipana Héloa, na sexta (15).
Para Thandiwe, a forte presença do candomblé em Salvador é inspiradora, ainda que os registros de intolerância religiosa, especialmente contra as religiões de matriz africana, sejam frequentes.
Somente este ano, de acordo com o Ministério Público do Estado (MP-BA), foram feitas 165 denúncias de racismo na Bahia. Por intolerância religiosa, foram 48 ao longo de 2019. Destas, 43 foram contra religiões de matriz africana. A maioria aconteceu nos próprios locais sagrados, como monumentos e locais de culto de diferentes crenças.
Mesmo assim, Thandiwe ressalta que a cidade "é a imagem mais vívida da resiliência dos nossos ancestrais no mundo". “Nós torcemos para que um dia todas as crianças da África encontrem um lugar onde elas tenham a liberdade de expressar com orgulho as antigas tradições daqueles que vieram antes de nós”, complementa.
Uma das melhores lembranças que a dupla tem do Brasil é justamente a visita que fizeram ao “Vale dos Orixás”, o Santuário Nacional da Umbanda, em São Paulo. Neste retorno ao país, elas também pretendem “sentar aos pés” de líderes e curandeiros da comunidade do Candomblé.
Quanto à música, Thandiwe adianta que o público que garantiu ingresso para as apresentações em Salvador e na capital paulista poderá conhecer algumas novas canções.
A dupla viaja com a turnê de seu primeiro álbum, o “Bittersweet vol.1”. Antes disso, elas lançaram alguns EPs e singles, todos marcados pela mistura de hip hop e soul dentro da estética do afrofuturismo.
“Nossas principais influências são aquelas que abriram os caminhos para vivermos no nosso propósito. Em geral, são nossos parentes e familiares, lideranças políticas como Assata Shakur e Malcom X e, musicalmente, é Fela Kuti, Bob Marley, Missy Elliot, Lauryn Hill, The Soulquarians... A lista segue", cita Thandiwe.
Do Brasil, Niambi conta que algumas de suas artistas favoritas são a cantora Tássia Reis, o cantor Hodari, a banda Tuyo e o produtor Ecologyk. "Nós estamos ansiosas para aprender mais sobre a música brasileira agora que nós estamos aqui", admitiu.
Além de conhecer um pouco da atual cena musical do Brasil, elas também têm acompanhado, mesmo que de longe, a situação social do país. Com um viés político nas próprias canções, Thandiwe compara o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, ao norte-americano, Donald Trump: "Nós temos ouvido muita decepção do povo brasileiro sobre seu presidente. Nos EUA, nós lidamos com as consequências de um presidente sem educação e prejudicial, e pelo que pudemos compreender parece que muitos brasileiros se sentem da mesma forma. Nosso melhor conselho é deixar que esses desafios unam a juventude e as pessoas que não vão desistir da liberdade e igualdade. Essa dificuldade só fará o Brasil mais forte".
Os brasileiros ainda conhecem pouco de OSHUN, já que elas circulam na cena alternativa. Mas sem deméritos. O primeiro e o segundo lote promocionais para o show de Salvador, por exemplo, já esgotaram. Agora, os interessados em ouvir o duo ao vivo terão que pagar R$ 25 no ingresso, que pode ser adquirido pelo portal Sympla (veja aqui). De acordo com a assessoria do projeto, a casa de shows vai vender as entradas restantes por R$ 20 na hora do show.
A única recomendação é feita por Niambi: "venham hidratados, receptivos e prontos para se curar". A dupla sobe no palco a partir das 20h.
Após ser escalado para a programação do Festival Sundance, o filme “Divino Amor”, do diretor pernambucano Gabriel Mascaro (“Boi Neon”), foi selecionado para o Festival de Berlim. O longa-metragem irá integrar a programação da mostra Panorama. A obra acompanha uma realidade distópica, na qual o Brasil é tomado por evangélicos e uma escrivã (Dira Paes) tenta desestimular divórcios, em nome da manutenção da família tradicional. Segundo o diretor, se trata de “um filme que especula sobre o futuro para entender o presente”. “Ali, a confusão entre Estado e religião é ainda mais forte do que hoje”, disse Gabriel, em entrevista à Folha de S. Paulo.
O músico, repentista, escritor e poeta baiano Bule Bule lança, no dia 11 de abril, em Salvador, o livro “Bule Bule – Orixás em Cordel”. O evento de lançamento, que conta com noite de autógrafos, acontece às 18h30, no foyer do Teatro Castro Alves. Publicada pela Pinaúna Editora, com ilustração de Klévisson Viana e prefácio do compositor, cantor e instrumentista Mateus Aleluia, obra une dois elementos da cultura brasileira e nordestina, a literatura de cordel e as religiões de matriz africana. “A escolha desse tema foi uma oportunidade ao descobrir que há cento e tantos anos que o cordel circula no Brasil e, mesmo com muitos grandes mestres que conviveram com os temas variados e viveram dessa arte majestosa de criar títulos e personagens, ninguém ainda tinha escrito, levando a sério, um trabalho de matriz africana, como esse. Alguns tinham feito tipo brincadeira, gozação... Mas levando a sério, a religiosidade, ninguém tinha feito. Eu acho que vai ser um elemento mágico para abastecer essa lacuna que o mercado ainda tem”, explica Bule Bule. Além do lançamento do livro, o projeto, que contou com apoio do Governo do Estado, por meio do Fundo de Cultura, Fundação Pedro Calmon e Secretarias da Fazenda e de Cultura do Estado da Bahia, prevê ainda rodas de conversas com o autor em terreiros de Candomblé de Salvador, Lauro de Freitas e Cachoeira.
SERVIÇO
O QUÊ: Lançamento do livro “Bule Bule – Orixás em Cordel”
QUANDO: Quarta-feira, 11 de abril, às 18h30
ONDE: Foyer do Teatro Castro Alves – Salvador (BA)
VALOR: Entrada gratuita, sujeita à lotação do espaço
Com reflexões sobre a vida, a fé e a humanidade, o espetáculo “Se Deus Fosse Preto - O Legado de LHOID” será apresentado nesta sexta-feira (28), a partir das 20h, no Espaço Cultural Cine Teatro Solar Boa Vista. A montagem, cujo texto, atuação e cenário são assinados pelo ator Sérgio Laurentino, parte de uma situação hipotética: “Como seria se o Deus cristão, ocidental, cultuado pela maior parte das religiões, desaparecesse? No lugar dele, um Deus negro, com outros valores, outra doutrina e outro templo”.
O personagem central da peça é Lhutam Omí Imbó do Dendê - LHOID, homem negro preso injustamente pelo assassinato de sua filha e de sua esposa. Enquanto esteve na cadeia, ele escreve diversos textos, que após sua morte nortearão a criação de um novo paradigma mundial. Suas ideias ganham enorme repercussão, tornando-se a nova religião universal. Com elementos de ficção científica, o espetáculo faz um percurso até os anos 3000, revelando surpresas de um mundo que viu a queda das religiões vigentes e o surgimento de um novo messias. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).
SALVADOR
O QUÊ: Espetáculo “Se Deus Fosse Preto - O Legado de LHOID”
QUANDO: Sexta-feira, 28 de julho, às 20h
ONDE: Espaço Cultural Cine Teatro Solar Boa Vista – Salvador/BA
VALOR: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia)
Como parte do projeto Concerto nas Igrejas, o Coral Ecumênico da Bahia (CEB) apresenta um concerto gratuito neste domingo (19), das 11h às 12h, no Museu da Misericórdia, no Pelourinho. Sob regência do maestro Jean Prado, o grupo é formado por voluntários de diversas tradições religiosas e não religiosos, tendo como proposta cantar a diversidade cultural e a pluralidade religiosa do Brasil e do mundo. O programa passa por composições das mais diversas religiões, como budista, espírita, católica, judaica, até clássicos da música erudita e da MPB. No repertório estão Guru Grahma (Mantra Hindu); Ave Verum Corpus (Mozart); Eyli, Eyli (Tradição Judaica); Domine Fili (A. Vivaldi); Encontros e Despedidas (Milton Nascimento e Fernando Brant) e Girassol (Tony Garrido e Pedro Luís).
Serviço
O QUÊ: Concerto gratuito o Coral Ecumênico da Bahia
QUANDO: Domingo, 19 de março, das 11h às 12h
ONDE: Museu da Misericórdia
VALOR: Grátis
A mesa será composta por Mãe Jaciara, representante do candomblé; Frei José Jorge Rocha, representante do catolicismo e coordenador da Comissão Arquidiocesana de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso; pastor Djalma Torres, representante da fé evangélica e vencedor do prêmio de Direitos Humanos, concedido pela presidente da República, Dilma Rousseff; o coordenador da Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Sérgio São Bernardo, e outros líderes. Montada em agosto pela Fundação Cultural do Estado da Bahia (Funceb), a exposição integra o projeto #MusEuCurtoArte, de dinamização artística dos museus. “A mesa de encerramento marca o fim desta exposição, que saiu do Solar Ferrão, no Pelourinho, onde existe hoje uma resistência da Diáspora Negra, e foi para o Palacete das Artes, na Graça, atingindo um outro público”, considera Fernanda Tourinho, diretora da Funceb.
Gratuita, a mesa é aberta ao público, que ainda pode conferir a exposição do artista Cláudio Masella, em exibição até este domingo (1º). Ao todo, o "Bahia é África Também" atraiu mais de seis mil pessoas para assistir suas palestras, mostras e mesas-redondas, que evidenciavam a diversidade da produção cultural africana do século XX.
Mesa-redonda "Intolerância Religiosa"
Data: 28/10
Local: Palacete das Artes
Horário: 17h
Entrada Franca
Ato Ecumênico pela Paz
A seleção dos títulos para a mostra "Cinema de Santo" privilegia além da variedade destas representações ao longo da história, aqueles filmes cujo universo mágico e mítico das religiões afro-brasileiras aparece como energia motriz de narrativas, pesquisas estéticas, formas, idéias, olhares e atmosferas, independentemente do viés ideológico e do grau de adesão do cineasta e/ou do próprio discurso do filme em relação à religiosidade em questão. Entre o filmes selecionados estão "O Amuleto de Ogun" (1975), de Nelson Pereira dos Santos; "Anjo Negro" (1972), de José Umberto Dias; "As Aventuras Amorosas de um Padeiro" (1961), de Waldyr Onofre; "Copacabana, Mon Amour" (1973), de Rogério Sganzerla; "Cordão de Ouro" (1977), de Antônio Carlos Fontoura; "O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro" (1969), de Glauber Rocha; "Egungun" (1982), de Carlos Blajsblat; "O Fio da Memória" (1989), de Eduardo Coutinho; "O Fim da Picada" (2009), de Christian Saghaard; "Samba da Criação do Mundo" (1978), de Vera Figueiredo; "A Cidade das Mulheres" (2005), de Lázaro Faria; "Jardim das Folhas Sagradas" (2010), de Pola Ribeiro; "Devoção" (2008), de Sérgio Sanz, entre outros.
Serviço
O QUÊ: Mostra "Cinema de Santo"
ONDE: Cachoeira - Auditório da UFRB e Salvador - Sala Walter da Silveira (Barris)
QUANDO: De 7 a 13 de fevereiro, em Cachoeira; 14 a 19 de fevereiro, em Salvador
QUANTO: Gratuito
Sem ver um sucesso bíblico há dez anos, desde quando "A Paixão de Cristo" (2004), de Mel Gibson, faturou US$ 611 milhões (R$ 1,45 bilhão) em todo o mundo, Hollywood apostará em "Noé"", de Darren Aronofsky, o mesmo diretor de "Cisne Negro". Com previsão para entrar em cartaz em 4 de abril, duas semanas antes da Páscoa, o filme ainda está sendo finalizado, mas apesar de inspirado em um personagem bíblico, possui mais uma mensagem ecológica que religiosa. Outra produção é "Exodus", que tem lançamento previsto para dezembro, e se configura como a tentativa do diretor Ridley Scott de repetir o sucesso de "Gladiador" (2000). Também no fim do ano deve estrear "Mary", cinebiografia da mãe de Jesus.
Deve ficar para 2015 um thriller de Kevin Reynolds ("Waterworld") em que um centurião romano investiga a ressurreição de Cristo. Há ainda projetos sobre Pôncio Pilatos (a Warner quer Brad Pitt no papel) e Davi e Golias. As informações são da Folha de S. Paulo.
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Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Luciano Simões
"Estou sabendo é dos partidos que estão firmes".
Disse o presidente do União Brasil em Salvador, deputado estadual Luciano Simões sobre o apoio de partidos a candidatura de Bruno Reis.