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O Papa Francisco revelou que uma eventual renúncia do comando da igreja Católica é uma “hipótese distante”. A declaração do líder religioso aconteceu durante entrevista em um livro, onde trechos foram divulgados pelo jornal “Corriere della Sera”, nesta quinta-feira (14) via G1.
Na ocasião, o pontífice disse que sente que tem saúde suficiente para continuar o papado e afastou os rumores sobre uma possível renúncia em curto prazo.
“Esta é uma hipótese distante, porque não tenho razões suficientemente sérias para me fazer pensar em desistir”, afirmou.
Francisco, que está com 87 anos, enfrentou recentemente crises de bronquite e chegou a cancelar audiências por estar gripado. Durante o ano passado, o pontífice precisou ser hospitalizado pelo menos três vezes. Em uma das internações, ele fez uma cirurgia abdominal. Já no final do último ano, o papa cancelou uma viagem aos Emirados Árabes, por conta de uma inflamação no pulmão.
No ano de 2022, Francisco comentou que deixou uma carta de renúncia assinada, caso seja impedido de desempenhar suas atividades religiosas por conta da sua saúde.
O Ministério Público de Portugal errou na transcrição de uma escuta telefônica que levou o primeiro-ministro do país, António Costa, a renunciar ao cargo. A operação investiga um suposto esquema irregular de exploração de lítio e de hidrogênio verde por parte do governo português.
Dois investigados falavam sobre conseguir influência junto a “Antonio Costa” para favorecer a empresa Start Campus para a construção de data centers em uma conversa por telefone. O ministério entendeu que a referência era ao premiê quando, na verdade, era a Antonio Costa Silva, ministro da Economia de Portugal. As informações são da CNN.
De acordo com fontes ligadas à defesa dos acusados, a omissão do último sobrenome do ministro da Economia no indiciamento, que se tornou público, gerou a percepção que Diogo Lacerda Machado, consultor da Start Campus, se referia ao premiê na ligação telefônica.
Durante os interrogatórios judiciais com Machado, o Ministério Público reconheceu que a transcrição da escuta estava incorreta.
A escuta de 31 de agosto de 2022 da conversa mostra que Afonso Salema, administrador da empresa, pediu que o consultor abordasse o governo. O objetivo era que União fizesse um pedido junto à Comissão Europeia para uma alteração em uma matéria sobre data centers, o que beneficiaria a Start Campus.
Lacerda Machado respondeu: “Tá bem. Eu vou decifrar se é com a Economia ou com Finanças. Se for Finanças, falo logo com o Medina (ministro) ou com o António Mendes, que é o secretário de Estado. Se for Economia, arranjo uma maneira depois de chegar ao próprio António Costa”.
A defesa de Machado afirmou a jornalistas no último sábado (11) que em nenhum momento do processo o nome do primeiro-ministro foi citado “direta ou indiretamente”.
Também no sábado, o primeiro-ministro reiterou que os investigados não tinham qualquer aval da parte dela para fazerem “o que quer que fosse”.
Depois de ser duramente criticado por publicar em suas redes sociais um texto no qual minimizava a gravidade do novo coronavírus, o professor Pedro Almeida renunciou à curadoria do Prêmio Jabuti, nesta quarta-feira (27).
De acordo com informações do jornal O globo, a Câmara Brasileira do Livro (CBL), responsável pelo prêmio, confirmou ter recebido e acatado a carta de renûncia enviada por ele. Em nota, a entidade agradeceu a Pedro pela contribuição na última edição do Jabuti, "em uma atuação reconhecida por todos".
"A entidade seguirá trabalhando para levar melhores serviços aos associados, enfrentando de forma responsável os enormes desafios que nossa sociedade ainda tem adiante e reafirmando seu compromisso permanente com a defesa dos princípios democráticos e valorização do livro e leitura", acrescentou, no comunicado.
A situação ficou insustentável para Pedro Almeida após a postagem contrária ao isolamento social, na qual afirmava que os brasileiros estavam sendo “enganados” sobre os casos de morte pelo novo coronavírus. Um dia depois, mais de 100 pessoas no meio literário e jornalistas assinaram um manifesto repudiando as declarações e pedindo a saída do ex-curador do Jabuti (clique aqui e saiba mais).
Nesta segunda-feira (25) ele tentou contornar a situação, através de outra publicação: "Fiz um post com dados incorretos; errei por acreditar que eram corretos. Assim que amigos me avisaram disso, apaguei o post. Não desejava colocar inverdades e, como jornalista, sempre confiro antes de divulgar. Mas apostei na fonte".
Afastado da Agência Nacional do Cinema (Ancine) desde agosto, o produtor Christian de Castro decidiu renunciar ao cargo nessa quarta-feira (13). Ele oficializou o pedido em uma carta enviada ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e ao ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.
A Ancine é vinculada à Secretaria da Cultura e, na última semana, a pasta foi transferida do Ministério da Cidadania para o Ministério do Turismo (veja aqui).
A informação sobre a renúncia de Castro foi dada pela coluna de Mônica Bergamo, na Folha de S. Paulo. A publicação lembra que ele e outros servidores foram afastados por determinação da Justiça, com base em uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) que os acusa de prática de calúnia, difamação, prevaricação e associação criminosa com o objetivo de favorecer a candidatura dele à presidência da instituição. Tanto Castro quanto os demais funcionários negam as acusações.
"Infelizmente, fui vencido pela reação daqueles a quem a transparência não interessa", declarou o agora ex-presidente da Ancine na carta de renúncia. "Após todos os indícios de irregularidades em gestões passadas, o Ministério Público Federal para estas não atentou, passando a me acusar infundadamente, chegando inclusive a pleitear o meu afastamento do cargo, de forma reiterada, o que não se justifica", acrescentou em sua defesa.
Diante desse quadro, Castro afirma que decidiu renunciar para se dedicar a sua defesa e não prejudicar as atividades da agência.
Nessa quarta (13), a coluna noticiou que o Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2) havia marcado para o dia 3 de dezembro o julgamento do mandado de segurança apresentado por Castro para que a decisão de seu afastamento fosse anulada (veja aqui).
Um estudo da Fundação Getúlio Vagas (FGV) desmistificou as críticas infundadas à Lei Rouanet, uma das principais ferramentas de incentivo à cultura no Brasil. De acordo com dados divulgados na revista Exame, nesta sexta-feira (14), a economia e cultura criativa representam 2,64% do PIB brasileiro e corresponde a um retorno de 59% maior do que o valor da renúncia fiscal praticada pelo governo.
Segundo o levantamento, em seus 27 anos de história, a lei gerou em média R$ 1,59 na economia local para cada R$ 1 de renúncia em imposto. Tal dado derruba, portanto, o argumento de que o incentivo à cultura gera custos à sociedade. Na verdade, a Lei Rouanet traz riqueza a todo setor produtivo, que envolve 68 atividades econômicas diferentes, do transporte ao turismo, do setor alimentício às finanças. Os dados apontam ainda que as 251 mil empresas do segmento cultural criam um milhão de empregos diretos e geram mais de R$ 10,5 bilhões de impostos diretos.
Ainda de acordo com o levantamento, entre 1993 e 2018, a lei gerou R$ 31,22 bilhões em renúncia fiscal (valores reais corrigidos pelo IPCA). Esses R$ 31,22 bilhões não só retornaram à economia brasileira como geraram outros R$ 18,56 bilhões. No total, o impacto econômico da lei foi de R$ 49,78 bilhões. “A Lei Rouanet extrapola o setor cultura. E este impacta em todos os setores da economia, em diferentes proporções. Após a lei, vem toda uma cadeira produtiva que envolve venda de ingressos, turismo e eventos, financiamentos públicos e privados, alavancando a economia”, explica o coordenador da FGV, Luiz Gustavo Barbosa.
Veja o impacto do segmento na economia:
Artes Cênicas – R$ 11,8 bilhões
Audiovisual – R$ 5,0 bilhões
Artes Visuais – R$ 5,3 bilhões
Humanidades (Letras) – R$ 5,0 bilhões
Música – R$ 10,5 bilhões
Após participar da nova série de televisão do comediante britânico Sacha Baron Cohen, um deputado do estado da Geórgia, nos EUA, anunciou sua renúncia, pois mostrou suas nádegas e proferiu insultos racistas durante a série. De acordo com informações da Folha, Jason Spencer foi a primeira vítima política do criador de “Borat”, que durante a sua série de sete capítulos “Who is America?”, transmitida pelo canal Showtime, irá denunciar os medos e excessos da sociedade americana. O segundo episódio do programa foi exibido neste domingo (22), e Cohen aparecei caracterizado como Erran Morad, um falso especialista israelense na luta contra o terrorismo que ensina maneiras para sair ileso de uma tomada de reféns. Durante uma sequencia da série, o deputado apareceu lançando insultos racistas para impressionar um sequestrador e chegou a abaixar as calças para um “terrorista islâmico”. As imagens de Spencer provocaram agitação na Geórgia e a partir disso, o deputado anunciou que deixaria a Câmera em 31 de julho. Em declaração ao Washington Post, Jason declarou que o comediante britânico “se aproveitou do meu medo paralisante de que minha família seja atacada”. Ele ainda disse que recebeu ameaças de morte em 2016, após ter apresentado um projeto de lei para proibir que as muçulmanas utilizassem burca em público. Jason não foi o único político alvo do Baron Cohen, a ex-candidata republicana a vice-presidente, Sarah Palin, chegou a denunciar os métodos e humor “perverso” do comediante.
Após sua escalação ter sido criticada por parte do movimento negro e de ter sido acusada de ser “pouco negra” para ser protagonista, a cantora paulista Fabiana Cozza renunciou o papel principal no musical em homenagem a Dona Ivone Lara. Para anunciar a desistência, a artista, que é filha de uma mulher branca e pai negro, escreveu uma carta aberta emocionada. "Aos irmãos: O racismo se agiganta quando transferimos a guerra para dentro do nosso terreiro. Renuncio hoje ao papel de Dona Ivone Lara no musical ‘Dona Ivone Lara – um sorriso negro’ após ouvir muitos gritos de alerta – não os ladridos raivosos. Aprendo diariamente no exercício da arte – e mais recentemente no da academia, sempre com os meus mestres - que escuta é lugar de reconhecimento da existência do Outro, é o espelho de nós”, declarou Fabiana. “Renuncio por ter dormido negra numa terça-feira e numa quarta, após o anúncio do meu nome como protagonista do musical, acordar ‘branca’ aos olhos de tantos irmãos. Renuncio ao sentir no corpo e no coração uma dor jamais vivida antes: a de perder a cor e o meu lugar de existência. Ficar oca por dentro. E virar pensamento por horas”, acrescentou a cantora, afirmando ter visto a “guerra” ser transferida “mais uma vez para dentro do nosso ilê (casa)” e que, como consequência, sentiu que “a gente poderia ilustrar mais uma vez a página dos jornais quando ‘eles’ transferem a responsabilidade pro lombo dos que tanto chibataram. E seguem o castigo. E racismo vira coisa de nós, pretos. E eles comemoram nossos farrapos na Casa Grande. E bebem, bebem e trepam conosco. As mulatas”. Fabiana dedicou a renúncia ainda à memória de todas negras estupradas durante e após a escravidão pelos donos e colonizadores brancos. “Renuncio porque sou negra. Porque tem sopro suficiente dizendo a hora e o lugar de descer para seguir na luta. É minha escuta de lobo, de quilombola. Renuncio pra seguir perseguindo o sol, de cabeça erguida feito o meu pai, minha mãe (branca), meus avós, meus bisavós, tatas... Ao lado de vocês, irmãos”, diz, acrescentando que deixa o projeto porque a cor da pele de Dona Ivone Lara precisa ser a de outra artista “mais preta” do que ela, mas que deseja um dia dançar ao lado de todo e qualquer “irmão”, “toda e qualquer tom de pele comemorando na praça a nossa liberdade”.
Choveram críticas na página do espetáculo nas redes sociais, que, como retaliação, recebeu várias avaliações negativas | Foto: Reprodução / Facebook
Fabiana diz ainda que sai também em respeito à família da homenageada. “Eliana, André, seu pai e todos os parentes e amigos que cuidaram dela até os 97 anos e tem sido duramente constrangidos por gente que se diz da luta mas ataca os iguais perversamente. Renuncio pelo espírito de Dona Ivone que ainda faz a sua passagem e precisa de paz”, explica, projetando um futuro no qual todos possam se unir para pensar juntos espaços de representatividade para todos os negros. “Renuncio porque quero que outras mulheres e homens de pele clara, feito eu, também tenham o direito de serem respeitados como negros. Renuncio porque tenho alma de artista e levo amor pras pessoas. Porque acredito num mundo feito de gente e afeto. Renuncio porque não tolero a injustiça, o desrespeito ao outro, o linchamento público e gratuito das pessoas, descabido, vil, sem caráter, desumano”, acrescentou, criticando os ataques sofridos por ela, pela família de Dona Ivone Lara e todos os demais envolvidos na montagem, como o diretor, o baiano Elísio Lopes Jr.. “Renuncio em respeito à direção e produção do espetáculo que tanto me abraçou, em respeito ao elenco que agora se forma e que, sensível a tudo, lutou por seu espaço e precisa trabalhar e criar em silêncio. Renuncio por amor aos meus amigos artistas, familiares, irmãos que a vida me deu que também se entristecem, mas não se acovardam diante dos covardes”, disse Fabiana Cozza, destacando que seguirá cantando em tributo à “amiga e amada” Dona Ivone Lara e, citando André Abujamra, afirmou que “alma não tem cor”.
Há seis anos circulando pelo Brasil, o espetáculo “Um Amor de Renúncia” chega a Salvador no dia 9 de abril, para realizar única apresentação no Teatro Isba. Com direção de Lucienne Cunha, a montagem tem texto adaptado por Alberto Centurião, inspirado no romance “Renúncia”, de Chico Xavier. O enredo do espetáculo narra a saga familiar de Madalena Vilamil e sua filha Alcione, ao longo de quatro décadas. A adaptação faz um recorte neste painel para contar a história do amor impossível de Alcione e Padre Carlos, que tem como pano de fundo a Santa Inquisição na Espanha e na França. A trilha sonora é assinada por Markinhos Moura.
Serviço
O QUÊ: “Um Amor de Renúncia”
QUANDO: Domingo, 9 de abril, às 17h
ONDE: Teatro ISBA - Ondina
VALOR: R$ 80 (inteira) e R$ 40 (meia)
Curtas do Poder
Pérolas do Dia
Margareth Menezes
"Cultura não é supérfluo".
Disse a ministra da Cultura, Margareth Menezes após o ministro Fernando Haddad anunciar um corte histórico de R$ 25 bilhões em despesas do Governo.