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O contrato para a execução das obras de restauração e requalificação do Elevador Lacerda, um dos principais cartões-postais de Salvador, usado para ligar a parte alta e baixa da cidade, ganhou o primeiro termo aditivo na última semana.

Sob gestão da Superintendência de Obras Públicas (Sucop) - órgão subordinado à Secretaria de Infraestrutura (Seinfra), o aditivo feito para as intervenções no equipamento foi no valor de R$ 916.424,59, equivalente a quase 14% do valor contratado inicialmente. Com o acréscimo, o valor global do contrato com a empresa Flex Engenharia passa a totalizar R$ 7,53 milhões. O aditivo foi assinado na última sexta-feira (19) pelo superintendente da Sucop Orlando Castro.

Com cerca de 22 mil usuários diários, o Elevador Lacerda será modernizado com a promessa de oferece mais conforto a soteropolitanos e turistas. O projeto foi elaborado pela Fundação Mário Leal Ferreira (FMLF) e prevê melhorias estruturais nos saguões que abrigam as quatro cabines dos elevadores, abrangendo desde implantação de sistema de climatização até nova pintura, iluminação, revestimentos das paredes e do piso, assim como soluções para otimizar o fluxo de passageiros.

Uma das novidades previstas no projeto será a liberação das varandas situadas nos espaços laterais do acesso da Cidade Alta, na Praça Municipal. Para isso, a sorveteria A Cubana, instalada no Elevador Lacerda desde o final da década de 1930 e que ainda hoje é uma referência ligada ao monumento, será realocada para o hall de acesso onde atualmente funciona o Centro de Informações ao Turista, conforme antecipado pelo Bahia Notícias.

BILHETAGEM
Ainda de acordo com o projeto, a Prefeitura pretende criar bilheterias próximas às entradas, tanto na Praça Municipal quanto no Comércio, onde os passageiros poderão fazer o pagamento da tarifa para embarcar no elevador. A ideia da gestão é evitar a formação de filas longas nas catracas, sobretudo nos horários de pico e em períodos de alta demanda.

ELEVADOR LACERDA
Com 150 anos de existência, o Elevador Lacerda possui 72 metros de altura e chega a transportar passageiros num percurso que dura cerca de 20 segundos. O equipamento foi inaugurado em 8 de dezembro de 1873, dia da padroeira da Bahia, Nossa Senhora da Conceição - por esse motivo, inicialmente ele era chamado de Elevador Hidráulico da Conceição.

Foi o primeiro elevador público e também o mais alto do mundo. Inicialmente, ele funcionava por um sistema hidráulico. Em 1896, passou a ser chamado oficialmente de Elevador Lacerda, em homenagem ao seu idealizador, Antônio Lacerda, sendo eletrificado em 1906.

Essas e outras mudanças foram introduzidas ao longo de sua história após cinco grandes reformas e revisões. Em 1930, o ascensor passou por uma modernização para a ampliação da altura (de 63 metros para os atuais 72 metros), ganhando uma nova torre e incremento do número de cabines, seguindo um padrão arquitetônico de art déco.

O Elevador Lacerda é patrimônio histórico tombado pelo Iphan desde 2006.

Um dos principais pontos turísticos de Salvador, usado para ligar a parte alta e baixa da cidade, o Elevador Lacerda passará por uma reforma. Segundo contrato fechado pela prefeitura da capital, através da Secretaria de Mobilidade (Semob), as quatro cabines que compõem o equipamento, localizado na Praça Thomé de Souza, serão revitalizadas.

Por meio de inexigibilidade de licitação, a empresa contratada foi a "Elevadores Otis LTDA" e a intervenção vai custar R$ 4,35 milhões. Estão incluídos o fornecimento de materiais conforme especificações no Projeto Básico. A ação faz parte do projeto de requalificação e modernização do sistema de transporte vertical.

O Elevador Lacerda tem 72 metros de altura e conta com duas torres: uma que sai da rocha e perfura a Ladeira da Montanha, equilibrando as cabines, e outra, mais visível, que se articula à primeira torre, descendo até ao nível da Cidade Baixa. O elevador chega a transportar 900 mil passageiros por mês ou, em média, 28 mil pessoas por dia ao custo de R$ 0,15 por passageiro, num percurso de trinta segundos de duração.

Desde 2006, é patrimônio cultural pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).