roberto freire

Em reunião virtual realizada, neste sábado (09), membros do Diretório Nacional do Cidadania destituíram o ex-deputado federal Roberto Freire da presidência da legenda. No mês passado, uma reunião expôs racha no Cidadania e terminou em bate-boca. 

Informações chegadas ao Bahia Notícias dão conta de que 69 membros votaram pela saída de Freire, que comandava a sigla há 31 anos. Outros 29 membros votaram pela permanência dele no posto. O ex-deputado federal pelo estado de Pernambuco, Daniel Coelho, também não faz mais parte da executiva. 

Roberto Freire vinha enfrentando desgaste com os correligionários desde que o partido passou a defender a entrada no governo Lula. Uma outra ala era contrária à decisão, a exemplo de deputados federais que querem que o partido siga de forma independente ao governo, com alinhamento mais à direita e ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL).  

O bate-boca durante a reunião da cúpula do Cidadania (reveja aqui), realizada no último sábado (19), deve impactar diretamente o partido. Lideranças da legenda na Bahia avaliaram que a saída do atual presidente, Roberto Freire, é iminente. 

Em condição de anonimato, algumas lideranças apontaram que o cenário provável é que a cúpula do partido, representada pelos diretórios estaduais, promova uma alteração na presidência. A priori, a reunião está agendada para o dia 9 de setembro, podendo ser antecipada. A ideia é revisar a executiva do partido, com a possibilidade de alteração nos quadros de comando e gestão da legenda. 

Uma das principais lideranças do partido na Bahia, o vereador Joceval Rodrigues despistou sobre o futuro de Freire e preferiu reforçar a aliança com o governo da Bahia. "Faço um voto que a direção do partido, os colegas da Bahia, venham para o lado do bem, da democracia", comentou. 

Licenciado da presidência estadual da legenda, Joceval revelou que não pode antecipar a decisão que será tomada em conjunto. "São 110 membros do diretório que vão saber como a executiva vai continuar, ou se terá modificação. Existem críticas ao presidente Roberto Freire, outros concordam. Existem críticas ao tesoureiro do partido, sobre distribuição nas eleições. A reunião deste final de semana mostrou que o partido está sem voz que se faça ouvir e respeitar. Está na hora de uma decisão", disse.

EMBATE NA LEGENDA 

Durante a discussão acalorada, Roberto Freire chegou a dizer a Regis Cavalcante, secretário-geral do Cidadania (ex-PPS), que ele pedisse sua destituição do cargo e mandou que ele calasse a boca e parasse de tentar conduzir o encontro.

"Para resolver, o partido tem que ser todo chamado, e não apenas uma facção que tomou conta do partido e que acha que manda no partido. Quer mandar até no que eu penso, porque a grande reclamação não é de que o partido não cumpre o que decide, é porque eu tenho uma posição divergente de alguns que viraram lulo-petistas e que são adesistas e que eu não posso continuar sendo um crítico do governo", disse Freire durante a reunião.

O momento de maior tensão ocorreu quando o ex-deputado Daniel Coelho saiu em defesa de Freire e direcionou xingamentos a Regis Cavalcante. "Picareta e cínico", disse Coelho. Cavalcante rebateu: "Picareta é você, seu cachorro". As ofensas continuaram sob gritos de "vagabundo" e "m**da". A mudança no comando do partido pode ocorrer caso a resolução aprovada no sábado seja cumprida para que o Diretório Nacional do Cidadania decida em 9 de setembro sobre a eleição de uma nova executiva.

Reunião do Cidadania termina em bate-boca e expõe racha que pode tirar Roberto Freire da presidência do partido https://t.co/t4Jyw2iV6k pic.twitter.com/45c5YiFlV9

— Bahia Notícias (@BahiaNoticias) August 21, 2023

Uma reunião realizada no último sábado (19) pelo partido Cidadania foi marcada por confusão e bate-boca entre membros da sigla. O partido é comandado pelo ex-deputado federal Roberto Freire há 31 anos.

Ao final da reunião, realizada em uma plataforma virtual, foi aprovada uma resolução de uma parte dos integrantes para convocar o diretório nacional do partido e reformular a executiva nacional por meio de eleição. A proposta venceu por 13 votos a 11 e marca a primeira tentativa de trocar o comando da legenda desde 1992.

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Durante a discussão acalorada, Roberto Freire chegou a dizer a Regis Cavalcante, secretário-geral do Cidadania (ex-PPS), que ele pedisse sua destituição do cargo e mandou que ele calasse a boca e parasse de tentar conduzir o encontro.

"Para resolver, o partido tem que ser todo chamado, e não apenas uma facção que tomou conta do partido e que acha que manda no partido. Quer mandar até no que eu penso, porque a grande reclamação não é de que o partido não cumpre o que decide, é porque eu tenho uma posição divergente de alguns que viraram lulo-petistas e que são adesistas e que eu não posso continuar sendo um crítico do governo", disse Freire durante a reunião.

O momento de maior tensão ocorreu quando o ex-deputado Daniel Coelho saiu em defesa de Freire e direcionou xingamentos a Regis Cavalcante. "Picareta e cínico", disse Coelho. Cavalcante rebateu: "Picareta é você, seu cachorro". As ofensas continuaram sob gritos de "vagabundo" e "m**da".

A mudança no comando do partido pode ocorrer caso a resolução aprovada no sábado seja cumprida para que o Diretório Nacional do Cidadania decida em 9 de setembro sobre a eleição de uma nova executiva.

Um dos principais fatores para os embates entre o presidente e os dirigentes é o futuro do partido. O Diretório Nacional do Cidadania aprovou neste ano o apoio ao governo Lula, mas a bancada, composta por cinco deputados federais, anunciou independência desde então.

Além disso, membros da cúpula criticam a federação com o PSDB. Apesar de o movimento ter permitido a manutenção do tempo de TV e fundo partidário, teria culminado na desfiliação de três senadores desde março do ano passado.

O ministro da Cultura, Roberto Freire, quer mudar a forma pela qual a comissão indica o filme que representa o Brasil no Oscar. "O que acontece hoje é quase uma indicação oficial do ministério", disse ele à Folha de S. Paulo. A declaração corrobora com os protestos da classe artística, que no ano passado denunciou a parcialidade na escolha do indicado e o critério meramente político para descartar “Aquarius” (clique aqui e saiba mais). Ainda segundo a Folha, o ministro sugere fazer com que a comissão "seja indicada pelo Conselho Superior de Cinema, excluindo­-se dessas indicações os membros conselheiros do governo". "É uma posição de democratização", concluiu.

Nas próximas quinta (4) e sexta-feira (5) o ministro da Cultura do Brasil, Roberto Freire, estará em Salvador. O líder da pasta virá a capital baiana para presidir a X Reunião de Ministros da Cultura da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP). Promovido pelo MinC, o encontro contará com a presença dos ministros de Angola, Cabo Verde, Guiné Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal e São Tomé e Príncipe, além de representantes de Timor Leste. Também estarão presentes autoridades locais e presidentes de autarquias e fundações vinculadas ao MinC. Na ocasião, Salvador será designada Capital da Cultura da CPLP, até o fim do período de vigência da presidência rotativa do Brasil no bloco em 2018. Além disso, será revisto o Plano Estratégico de Cooperação Cultural Multilateral da Comunidade. A expectativa é que seja estabelecida uma instância formal responsável por coordenar políticas públicas relacionadas à proteção, salvaguarda e promoção do patrimônio cultural material e imaterial dos nove países de língua portuguesa. Também será anunciada a criação do Prêmio Monteiro Lobato de Literatura para a Infância e a Juventude, entre os governos do Brasil e de Portugal (veja aqui). A abertura do evento acontece na quinta-feira (4), às 19 horas, no Forte São Diogo, e além da presença dos ministros, contará com a Orquestra Afro Sinfônica, declamação de poesia pelo artista Dody Só, apresentação de Samba de Roda e exposição do pintor Caribé. Na sexta, será realizada coletiva de imprensa no Hotel Pestana Convento do Carmo, onde serão anunciados os principais resultados na X Reunião de Ministros da Cultura da CPLP.

O ministro da Cultura, Roberto Freire (PPS), crítico ferrenho do que considerava aparelhamento do PT e PCdoB para implantação de um “projeto de poder”, é acusado pela Associação dos Servidores do Ministério da Cultura (AsMinC) de promover o “desmonte” do MinC ao contratar aliados políticos. “A atual gestão do Ministério optou por não dar continuidade a procedimentos de seleção por critérios que sejam publicamente conhecidos. O único critério que parece ter sido adotado é o de pertencer ao mesmo partido do atual ministro”, afirmou a associação por meio de nota de repúdio, referindo-se aos mais de 40 servidores efetivos que ocupariam cargos de confiança por meio de edital, mas foram substituídos por membros do PPS. “A AsMinc se solidariza com os servidores que tiveram sua ocupação em cargos comissionados efetivada por meio de processo seletivo e que foram exonerados para dar lugar aos indicados políticos”, diz a nota, denunciando ainda o comprometimento da eficiência de políticas públicas conduzidas pelo Ministério da Cultura, por conta da “falta de transparência”. “As mudanças intempestivas de cargos prejudicam a continuidade das politicas culturais”, afirmam os servidores da pasta. 

Clique na imagem para ampliar a carta de repúdio da AsMinC

De acordo com uma lista elaborada pela Folha de S. Paulo, entre os membros do Partido Popular Socialista (PPS) nomeados por Roberto Freire estão João Batista de Andrade, presidente da Ancine (Agência Nacional do Cinema); João Artur de Almeida Pinheiro, chefe de gabinete substituto; Fabiano Caldeira, chefe da Assessoria de Comunicação Social; José Haddad, chefe da representação regional da pasta nos Estados do RJ e ES; Alberto Aggio, Assessor especial e Sionei Ricardo Leão de Araújo, assessor. Em nota à Folha, no entanto, o ministro da Cultura afirmou que "a escolha dos nomes para a equipe se dá por critérios republicanos" e que a “preocupação é com a competência, a experiência, a idoneidade e a conduta ilibada dos funcionários que aqui atuam".